Processamento Histologico 233h42

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

PROCESSAMENTO HISTOLÓGICO

Professora Dra. Janaína Evangelista

Introdução: Para estudarmos as patologias e buscarmos tratamentos, é necessário primeiramente estudar as células e os tecidos de maneira saudável, tornando possível a identificação de qualquer alteração sofrida. Para o estudo de estruturas tão pequenas como células e tecidos, é necessário o uso de equipamentos que ampliem (os Estudantes observando lâminas microscópios) e métodos que possibilitem uma posterior visualização clara do objeto de estudo em tais equipamentos (processo histológico).

Metodologia: Antes de ir ao microscópio, o tecido precisa ar por diversas etapas que visam uma melhor visualização e durabilidade da lâmina:  Coleta: A obtenção do material estudado pode ser feita em seres vivos ou mortos, por biópsias cirúrgicas ou punções (feita por uma agulha, sem cirurgia)  Fixação: A fixação tem como objetivo estabilizar estruturas e conservar componentes, pois mergulha e perfunde o tecido em formol a 10% por um período entre 12-24h, desnaturando enzimas evitando a autólise celular.  Descalcificação: Sendo uma etapa facultativa no processamento, a descalcificação do tecido tem como Tecidos em processo de fixação. As bandejas objetivo diminuir o desgaste da navalha e auxiliam na e no a possibilidade de criar artefatos. identificação manejo das amostras Utilizando ácidos, pode haver uma danificação dos tecidos, já com um agente quelante (EDTA) há um menor dano, porém é um processo mais lento.

 Desidratação: O material é mergulhado em concentrações crescentes de álcool etílico (70-100%), que propicia uma desidratação gradual, sem prejuízo à estrutura das células.  Diafanização/clarificação: Esse processo utiliza o xilol, uma substância miscível tanto no álcool quanto na substância utilizada na próxima etapa, para retirar o álcool e clarear o tecido, num total de 3 banhos (assegurar a total remoção do álcool).  Inclusão: Para que o tecido fique rígido e possa ser cortado em finíssimas lâminas no micrótomo, é necessário um endurecimento. A amostra é colocada em resina ou parafina líquida e depois é levada à estufa, onde fica em uma temperatura de 60ºC em 3 banhos de 30min de duração cada. A temperatura faz com que o xilol evapore, permitindo que a substância (parafina ou resina) penetre na amostra. Após ser retirado da Amostras com resina estufa, o material endurece e pode ser levado ao micrótomo.  Microtomia: O bloco é levado ao micrótomo, aparelho com lâminas de aço ou vidro que corta “fatias” de espessura entre 1 e 10 µm. Essa etapa também pode ser feita em micrótomos de congelamento ou criostatos , que congelam a amostra e dispensam a inclusão.  Banho-maria: Ao sair do micrótomo, Cortes no micrótomo a amostra fica enrugada, sendo necessária uma imersão em água em um aparelho com termostato, onde ela é distendida.  Pescagem: A amostra é retirada do banho-maria, colocada na lâmina e levada para a secagem em estufa. Pescagem no banho-maria  Coloração: Para que determinadas estruturas sejam vistas, é necessário colorir a amostra de acordo

com o que quiser ser visto. A combinação mais utilizada é a de Hematoxilina com Eosina (HE). A Hematoxilina cora em azul ou violeta (corante básico que cora estruturas ácidas) e a Eosina (corante ácido que cora estruturas básicas), em cor-de-rosa. Outros corantes utilizados são os tricrômios (corantes de Mallory e Masson), importantes na diferenciação entre colágeno e músculo liso. Além deles, a impregnação por metais, como a prata e o ouro, é comum no estudo de tecido nervoso. Processa-se através dos seguintes os: – Desparafinar em xilol durante 10 min. – Hidratar em álcool – Imersão em álcool absoluto (2x) – Imersão em álcool 95% (2x) – Lavar a lâmina em água corrente durante 3 min. – Corar pela hematoxilina durante 5 min. – Lavar a lâmina em água corrente durante 5 min. – Corar, pela eosina durante 30 segundos – Desidratar o corte em álcool – Imersão em álcool 95% (2x) – Imersão em álcool absoluto (2x) – Diafanização ou clareamento. – Imersão em xilol (3x)

A coloração ajuda na observação e no estudo da amostra

 Montagem: Coloca-se uma resina sintética e uma lamínula, pressionando e retirando todo o ar que possa prejudicar a lâmina final.

Lâmina com resina

Conclusão: Estudando as etapas do

processamento histológico percebemos o quão complicada e demorada a montagem de uma lâmina é. Sem todas essas as técnicas de

clareamento e coloração não seria possível observarmos os tecidos e estudá-los, destacando assim a sua importância no estudo da medicina veterinária e na atuação de tal profissão, já que podemos identificar problemas em meio a uma cirurgia, em uma biópsia laboratorial, etc. Se cada etapa do processo histológico for realizada de maneira correta, a lâmina poderá ser vista de maneira nítida e durar por um longo tempo,

como as que existem desde a fundação da FAVET, tornando possível o estudo das células, estruturas, funcionamento e funções dos diversos tecidos.

Bibliografia: http://focobiomedico.blogspot.com.br/2011/03/histologia-montagem-delaminas.html http://histologiavet.blogspot.com.br/2007/02/etapas-na-preparao-dostecidos-ou-rgos.html https://sites.google.com/site/mostradebanners/resumos/substanciasparadesc alcificacaodetecidoosseocomotecnicarotineiraemprocessamentohistologico http://compartilhandoamedicina.blogspot.com.br/2013/12/histologiatecnicas-de-preparacao-de.html http://www.apanalys.com.br/sitevelho/exames.php? u=&c=&op=ListarExames&id=9 http://es.slideshare.net/luisduque9461/tcnica-histolgica-37891778 Anotações das aulas