Entender a formação do Congresso de Viena Entender o princípio da legitimidade Entender o princípio da restauração Entender o princípio do equilíbrio europeu Doutrina Monroe
CONGRESSO DE VIENA
O Congresso de Viena foi uma conferência entre embaixadores das grandes potências europeias que aconteceu na capital austríaca, entre 2 de maio de 1814 e 9 de Junho de 1815, cuja intenção era a de redesenhar o mapa político do continente europeu após a derrota da França napoleônica na primavera anterior, retomar a colonização, no caso do Brasil, restaurar os respectivos tronos às famílias reais derrotadas pelas tropas de Napoleão Bonaparte.
CONGRESSO DE VIENA
Os termos de paz foram estabelecidos com a do Tratado de Paris (30 de Maio de 1814), em que se estabeleciam as indenizações a pagar pela França aos países vencedores. Mesmo diante do regresso do imperador Napoleão I do exílio, tendo reassumido o poder da França em Março de 1815, as discussões prosseguiram. O Ato Final do Congresso foi assinado nove dias antes da derrota final de Napoleão na batalha de Waterloo em 18 de Junho de 1815.
CONGRESSO DE VIENA
O objetivo foi reorganizar as fronteiras europeias, alteradas pelas conquistas de Napoleão, e restaurar a ordem absolutista do Antigo Regime. Após o fim da época napoleônica, que provocou mudanças políticas e econômicas em toda a Europa, os países vencedores (Áustria, Rússia, Prússia e Reino Unido) sentiram a necessidade de selar um tratado para restabelecer a paz e a estabilidade política na Europa, já que momentos de instabilidade eram vividos e temia-se uma nova revolução.
CONGRESSO DE VIENA
Política: Restauração legitimista e compensações territoriais. Instrumento de Ação: Santa Aliança, aliança político-militar reunindo exércitos de Rússia, Prússia e Áustria prontos para intervir em qualquer situação que ameaçasse o Antigo Regime, incluindo a hipótese de intervir nas independências da América. Contra isso foi criada a "Doutrina Monroe" (América para os Americanos)
CONGRESSO DE VIENA
O congresso foi presidido pelo estadista austríaco Príncipe Klemens Wenzel von Metternich (que também representava seu país), contando ainda com a presença do seu Ministro de Negócios Estrangeiros e do Barão Wessenberg como deputado. Portugal é representado por três Ministros Plenipotenciários: D. Pedro de Sousa Holstein, Conde de Palmela, António de Saldanha da Gama, diplomata destacado na Rússia, e D. Joaquim Lobo da Silveira, diplomata destacado em Estocolmo. A Prússia foi representada pelo príncipe Karl August von Hardenberg, o seu Chanceler e o diplomata e acadêmico Wilhelm von Humboldt.
CONGRESSO DE VIENA
O Reino Unido foi inicialmente representado pelo seu Secretário dos Negócios Estrangeiros, o Visconde de Castlereagh; após fevereiro de 1815 por Arthur Wellesley, Duque de Wellington; nas últimas semanas, após Wellington ter partido para dar combate a Napoleão, pelo Conde de Clancarty[6] . A Rússia foi defendida pelo seu Imperador Alexandre I, embora fosse nominalmente representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros. A França estava representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord
O PRINCÍPIO DA LEGITIMIDADE
Defendido sobretudo por Talleyrand a partir do qual se consideravam legítimos os governos e as fronteiras que vigoravam antes da Revolução sa, garantindo com isso que os Bourbons retornassem ao poder com a anuência dos vencedores. Atendia os interesses dos Estados vencedores na guerra contra Napoleão Bonaparte, mas ao mesmo tempo buscava salvaguardar a França de perdas territoriais, assim como da intervenção estrangeira. Os representantes dos governos mais reacionários acreditavam que poderiam, assim, restaurar o Antigo Regime e bloquear o avanço liberal. Contudo, o o não foi respeitado, porque as quatro potências do Congresso trataram de obter algumas vantagens na hora de desenhar a nova organização geopolítica da Europa.
O PRINCÍPIO DA RESTAURAÇÃO
Era a grande preocupação das monarquias absolutistas, uma vez que se tratava de recolocar a Europa na mesma situação política em que se encontrava antes da Revolução sa, que guilhotinou ao rei absolutista e criou um regime republicano, a República, que acabou com os privilégios reais e instituiu o direito legítimo de propriedade aos burgueses. Os governos absolutistas defendiam a intervenção militar nos reinos em que houvesse ameaça de revoltas liberais.
O PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO
Defendeu a organização equilibrada dos poderes econômico e político europeus dividindo territórios de alguns países, como, por exemplo, a Confederação Alemã que foi dividida em 39 Estados sendo a Prússia e a Áustria como líderes, e anexando outros territórios a países adjacentes, como o caso da Bélgica que foi anexada aos Países Baixos.
CONSEQUÊNCIAS
A Suécia e a Noruega uniram-se; Reconstruir as monarquias absolutistas A Rússia anexou parte da Polônia, Finlândia e a Bessarábia; A Áustria anexou a região dos Bálcãs; A Inglaterra ficou com a estratégica Ilha de Malta, o Ceilão e a Colônia do Cabo, o que lhe garantiu o controle das rotas marítimas; O Império Otomano manteve o controle dos povos cristãos do Sudeste da Europa;
CONSEQUÊNCIAS
A Prússia ficou com parte da Saxônia, da Westfália, da Polônia e com as províncias do Reno; A Bélgica, industrializada, foi obrigada a unir-se aos Países Baixos, formando o Reino dos Países Baixos; Os Principados Alemães formaram a Confederação Alemã com 38 Estados, a Prússia e a Áustria participavam dessa Confederação ; Restabelecimento dos Estados Pontifícios;
CONSEQUÊNCIAS
A Espanha e Portugal não foram recompensados com ganhos territoriais, mas tiveram restauradas as suas antigas dinastias. No encerramento do Congresso de Viena, pelo Artigo 105 do Acto Final, o direito português ao território de Olivença foi reconhecido. Apesar de sua inicial resistência a esta disposição, a Espanha terminaria por ratificar o tratado mais tarde, em 7 de Maio de 1817, nunca havendo entretanto cumprido esta disposição ou restituído o território oliventino a Portugal.
CONSEQUÊNCIAS
Além das disposições políticas territoriais, estabeleceu-se:
o princípio da livre-navegação do Reno e do Meuse; a condenação do tráfico de escravos, determinando sua proibição ao norte da linha do Equador; medidas favoráveis para a melhoria das condições dos judeus; e, de suma importância, um regulamento sobre a prática das atividades diplomáticas entre os países.
Doutrina Monroe O Big Stick (em português: "Grande Porrete") foi o slogan usado pelo presidente Theodore Roosevelt para descrever o estilo de diplomacia empregada como corolário da Doutrina Monroe, a qual especificava que os Estados Unidos da América deveriam assumir o papel de polícia internacional no Ocidente. Foi como uma "injeção de economia" nos países da America do Sul.
Doutrina Monroe Roosevelt tomou o termo emprestado de um provérbio africano, "fale com suavidade e tenha à mão um grande porrete", implicando que o poder para retaliar estava disponível, caso fosse necessário. As intenções desta diplomacia eram proteger os interesses econômicos dos Estados Unidos na América Latina. Estas ideias levaram à expansão da U.S. Navy e a um maior envolvimento nas questões internacionais. Tudo isso levou à Diplomacia do Dólar.
Doutrina Monroe Nesse contexto ideológico e econômico, houve a criação do planejamento da construção do Canal da Nicarágua e do Canal do Panamá, duas obras de gigantesco porte que iriam melhorar o deslocamento de mercadoria estadunidense pela América Latina.
Doutrina Monroe Nesse contexto ideológico e econômico, houve a criação do planejamento da construção do Canal da Nicarágua e do Canal do Panamá, duas obras de gigantesco porte que iriam melhorar o deslocamento de mercadoria estadunidense pela América Latina.