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Terça-feira, 07 de Agosto de 2018
Ediçao : 763
Treinadores lamentam agressões nos campos
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Taça de Moçambique 2018: Equipas do Moçambola vão disputar meias-finais
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Liga Europa X X
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Desporto Nacional
O mal com o mal se (deve) paga(r)... Opiniao Semanal
Por- Ermelinda Nhatave Os indícios eram claros. Não havia como confundir e, mais grave tolerar. As palmadinhas nas costas dos intervenientes nos diversos quadrantes da prática da bola indígena não tardaram deram lugar a tapas sem beijos. Os recintos desportivos com especial realce nas províncias de Nampula e Cabo Delgado, sem esquecer as constantes escaramuças em Gaza, e sim, porque não, na capital nacional Maputo. O que eram ânimos exaltados deu lugar a manifestações exacerbadas. Com os insultos soezes e pancadaria. Os recintos desportivos paulatinamente vão deixando de ser locais de concentração de pessoas desejosas de ver e aplaudir os seus emblemas de eleição para se tornarem verdadeiros campos de batalha. São adeptos que escondidos no anonimato intencional que a impunidade lhes confere não se atemorizam em agredir quem com eles não alinhe. São jogadores que a falta de melhor argumento desportivo recorrem à pancadaria para conseguirem o que desportivamente e socorrendo-se de seus atri-
butos não conseguem. A sociedade esta doente. O país está devastado não apenas no conceito da disputa que se vive desde a colonização, atravessando a independência, mas também em termos de civilidade. A cordialidade foi escorraçada, a bojarda tomou de assalto o verbo dos indivíduos e mais fácil se é insultado que saudado. A propalada cordialidade do povo moçambicano manifesta-se perante o estrangeiro na mira de uma esmola à laia de alvíssara. A impunidade que grassa nos recintos desportivos é de bradar aos céus. É o dirigente que tem o seu séquito, é o agente que à porta do estádio trata de resolver primeiro e antes de tudo o seu problema, é o adepto que ao invés de pagar o ingresso organiza grupos de arruaceiros para tomar de assalto a entrada, é o treinador que sente o aperto caso perca o jogo em seu terreno e no receio de represálias instrui a adopção de tácticas alheias ao desportivismo, em suma é um rol de situações paralelas a prática desportiva que é levada a cabo visando a satis-
fação de agendas pessoais alheias a razão de sua presença no local. As consequências quando estes e outros pressupostos, na óptica dos meliantes disfarçados de treinadores, jogadores, polícias, seguranças, adeptos, meros entusiastas que se fazem à bola reúnem-se, mais não é que um barril de pólvora com pavio curto. A mínima fricção a explosão está garantida, com consequências drásticas. Paradoxalmente e segundo o entendimento dos dirigentes desportivos os culpados desta situação são os clubes e vai daí são castigados com multas, proibidos de jogar em seus recintos e demais represálias. Os amotinados na maioria dos casos não são sócios, não pagam quotas, não pertencem a um clube de adeptos organizado e registado nas estruturas desportivas e, verdade seja dita, não são tidos nem achados nos clubes. Contam-se pelos dedos de uma mão os clubes que têm as centenas de sócios como os que se vêm nos recintos desportivos a vociferar impropérios. enquanto as autoridades dirimem
argumentos apontando dedos acusadores fechados em salas climatizadas as disputas vão se sucedendo no terreno sem, que se vislumbre uma solução definitiva. Urge pôr, não um travão como muito se fala, mas sim, um fim definitivo, e a redundância, a este escabroso milando. esta provado que o desporto não precisa de meios marginais para a sua pratica. Não merece ter no seu seio indivíduos disfarçados de jogadores quando mais não são que autênticos arruaceiros. A cada um que se recomende a prática de uma modalidade segundo as suas aptidões. recomeda-se urgencia para se estancar este mal social que esta a ganhar contornos de batalha dominical. a saude desportiva da modalidade e precaria por razoes que nao cabem neste espaco nao vao agora deliquentes anti-futebol privar os aficionados da sua maior alegria. com justica urge repor a tranquilidade nos recintos desportivos. o desporto agradece. e mais nao digo!
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Desporto Nacional
Treinadores lamentam agressões nos campos
FICHA TECNICA
Os treinadores dos locomotivas de Quelimane e da Beira exortam aos dirigentes desportivos e as autoridades de justiça a tomarem medidas contundentes contra os autores das agressões nos recintos desportivos. “Estamos a transformar o desporto em uma guerra, cada jogo é como se fosse uma batalha”,
disse Ernesto Fumo, treinador do Ferroviário de Quelimane. Os dois treinadores que falavam no final da partida que opôs as suas equipas na luta por uma vaga nas meias finais da taça de Moçambique, neste domingo na cidade da Beira. “Temos que lidar com o nosso adversário porque às vezes há
uma falsa idéia de que o outro é nosso inimigo”, acrescentou o treinador do Ferroviário da Beira, Rogério Gonçalves. Ernesto Fumo defendeu a necessidade das penalizações serem estendidas aos autores das agressões e não apenas aos clubes.
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Desporto
Taça de Moçambique 2018: Equipas do Moçambola vão disputar meias-finais
Já estão encontrados os semi-finalistas da Taça de Moçambique, após a disputa dos jogos da segunda mão dos quartos-de-final, este final de semana. Assim, o primeiro semi-finalista encontrado foi o Maxaquene, que depois de ter ganho ao Estrela Vermelha da Beira por uma bola sem resposta, na primeira mão, em Maputo, foi a Chiveve vencer pelo mesmo resultado, ando com agregado de 2-0. O adversário do Maxaquene nas meias-finais é o Costa do Sol, que teve algumas dificuldades para ultraar a ENH de Vilankulo, pelo agregado de 1-0. Na primeira mão, em Vilankulo, houve nulo e, este domingo, no seu ninho, o “canário” teve que suar as estopinhas para vencer uma bola sem resposta, como golo apontado aos 92 minutos
por Cláudio, quando todo mundo já estava a espera das grandes penalidades. Aliás, este jogo teve de tudo um pouco. Dois jogadores, um de cada equipa, viram o cartão vermelho, após confusão na área do Vilankulo, tendo o árbitro do encontro, Paulo António não tido meias medidas para dar o vermelho aos jogadores das duas equipas. Nas meias-finais perspectiva-se uma partida de grande nível entre duas equipas que já se cruzaram duas vezes no Moçambola. Na primeira volta do campeonato nacional de futebol as duas equipas se equivaleram, na primeira jornada, com um nulo. Mas na segunda volta os “tricolores” venceram a tangente e os “canarinhos” podem usar desta partida para se vingar e procurar a sua segunda final consecutiva. - Fer-
roviário da Beira vs Liga Desportiva é outro atractivo- Os “locomotivas” de Chiveve ainda tremeram para deixar para trás o seu homónimo de Quelimane. Mas acabaram vencendo por 4-2, ando a eliminatória com agregado de 6-3, depois do 2-1 na primeira mão. Tremeu porque o Ferroviário de Quelimane ainda chegou a empatar a eliminatória, quando até aos 44 minutos do jogo estava a vencer por 2-1, mesmo resultado da primeira mão. Rasta e Macalira deram a vantagem a turma de Quelimane, mas no último lance da primeira parte Dayo restabeleceu novamente o empate depois de ter empatado a um golo. Na segunda parte os “locomotivas” de Quelimane já não tiveram a mesma frescura e o de Chiveve aproveitou-se disso para marcar o ter-
ceiro por Babo e sentenciar a eliminatória aos 94 minutos por intermédio de Lineker. E o adversário dos “locomotivas” de Chiveve é a Liga Desportiva de Maputo, que foi a Nacala empatar sem abertura de contagem, gerindo a vantagem de 3-1 que levava de Maputo. Para o Moçambola 2018 estas duas encontram-se na última jornada. Ou seja, até ao momento só se encontraram na primeira volta, com a vitória a sorrir para a Liga, em Chiveve, por uma bola sem resposta. Nesta nova deslocação a Beira, como irão se comportar as duas equipas? É já dia 29 de Agosto, para a primeira mão. O Costa do Sol é o detentor desta competição depois de ter vencido a UD Songo, no ano ado, por uma bola sem resposta.
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Desporto
Volta a Portugal: Stacchiotti bisa em etapas na chegada a Viseu
O italiano Riccardo Stacchiotti (Mstina Focus) conquistou na segunda-feira, (06), o seu segundo triunfo na 80.ª edição da Volta a Portugal em bi-
cicleta, impondo-se ao sprint em Viseu, no final da quinta etapa, que começou no Sabugal. Stacchiotti, que tinha vencido a primeira etapa, em
Albufeira, concluiu os 191,7 quilómetros da tirada em 05:01.45 horas, batendo na chegada o espanhol Enrique Sanz (Euskadi-Murias) e o
tativa de “perturbar” os pilotos que estavam atrás dele. Para isso, o italiano variou sua velocidade nas voltas inicias, quando trabalhava para preservar seus pneus.
“No começo, eu estava a tentar fazer algo estranho, porque o grupo principal era grande. É sempre melhor ter menos pilotos quando você começa a lutar [pela vitória], especialmente quando você tem que controlar o pneu”, explicou o piloto. “Mas não funcionou, porque o grupo ficou com seis motos até cinco voltas até o final”. “Eu decido a estratégia volta a volta”, explicou ele, segundo o Motorsport. “Eu estava a tentar entender o [principal] concorrente, Valentino Rossi, nas primeiras voltas da corrida. No final, eu estava a espera por Marc, porque ouvia seu motor em cada ponto de tra-
português João Matias (Vito-Feirense-Blackjack), segundo e terceiro classificados, respectivamente. O espanhol Raúl Alarcón (W52-FC Porto), campeão da Volta em 2017 e vencedor das terceira e quarta etapas, mantém-se na liderança da corrida, com 52 segundos de vantagem sobre Jóni Brandão (Sporting-Tavira), que ocupa o segundo lugar e 1.41 minutos sobre o compatriota Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano), que segue em Hoje, terça-feira, o pelotão vai gozar o único dia de descanso da prova, antes de retomar a corrida, na quarta-feira, com os 165,4 quilómetros da ligação entre Sernancelhe e Boticas.
Volta a Portugal: Stacchiotti bisa em etapas na chegada a Viseu
Depois de levar a melhor no GP da República Tcheca, no domingo, Andrea Dovizioso explicou que seu ritmo “estranho”, na dianteira da corrida, foi uma ten-
vagem e toda vez que ele abria o acelerador”, destacou. Em sua primeira vitória desde a abertura da temporada, no Qatar, o italiano foi surpreendido. “No final, o Jorge veio com uma velocidade muito boa e começamos a lutar. Não foi fácil nas últimas cinco voltas”. Andrea ainda ressaltou que, depois de vencer seis corridas no último ano, a pressão torna-se maior. “Todo mundo espera que você vença, por isso estão a dizer que estamos a viver um momento mau”, enfatizou, defendendo que, apesar dos erros na temporada, a equipa tem evoluído. “Estamos a trabalhar isso, mas estou feliz”, finalizou.
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Internacional
Rui Vitória elogia Fenerbahçe e fala em responsabilidade
O técnico do Benfica, Rui Vitória deixou na segunda-feira elogios ao adversário do encontro da primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões de futebol, o Fenerbahçe e frisou que os ‘encarnados’ têm consciência da importância do apuramento. Nesta terça-feira, naquela que será a primeira partida oficial da temporada, o treinador bicampeão pelas ‘águias’ deixou ainda evidente que é importante começar a ganhar e considera que a existir pressão será vista de uma forma positiva. “Vamos ser uma equipa muito
determinada, com a perfeita noção daquilo que queremos com a importância e responsabilidade”, começou por dizer o treinador, em conferência de imprensa, analisando de seguida a formação turca: “Vamos encontrar uma equipa com qualidade, bem organizada e vão criar algumas situações para as quais já nos preparamos”. Com experientes jogadores, conhecidos do panorama internacional, como Kameni, Martin Skrtel, Mauricio Isla, Mathieu Valbuena, André Ayew ou Roberto Soldado e uma média de idades a rondar os 27 anos,
Rui Vitória definiu o tipo de jogo dos vice-campeões turcos. “Jogam com uma linha de quatro jogadores, mais outra linha quatro e dois jogadores na frente. É uma equipa que gosta de circular a bola, tem uma faixa etária muito interessante para esta competição e tem feito uma boa pré-temporada”, resumiu. Por isso, ao seu grupo de jogadores apelou a alguma agressividade e há necessidade de controlarem os atletas mais perigosos do lado adversário. “Da nossa parte ambicionamos começar bem em casa a ganhar. Queremos ter uma circu-
lação fluida da bola, agressividade no bom sentido e sempre a controlar os jogadores mais influentes do Fenerbahçe. Estamos muito confiantes”, declarou. Quanto a uma eventual pressão que possa existir, Rui Vitória mostrou-se satisfeito por poder jogar com vista a conquistar títulos, lembrando que já sabia de antemão que o calendário de jogos em agosto poderia ser exigente. “Já sabíamos o que nos esperava e não há que fazer drama. Preparámo-nos na pré-temporada, há uma densidade de jogos, mas encaramos com muita convicção e muita crença. Não há mais pressão, nem menos pressão, e eu gosto da pressão positiva, pois há alguma coisa para conquistar. Nunca entramos no jogo a pensar que já está ganho. Há uma pressão constante”, argumentou. Também o internacional sérvio Fejsa marcou presença na antevisão à partida, sublinhando as palavras do seu técnico. “A equipa esta preparada, estamos bem para competir e estou muito bem. O primeiro jogo é sempre complicado, mas espero um bom jogo da nossa parte e um bom resultado para nós. Isso é o mais importante. É bom jogar primeiro no nosso jogo com os adeptos, é sempre positivo”, concluiu. O Benfica recebe nesta terça-feira a equipa turca no Estádio da Luz, pelas 20:00 horas, na primeira mão da terceira pré-eliminatória da ‘Champions’, com o segundo desafio a realizar-se no próximo dia 14, pelas, 19:00, em Istambul, na Turquia.
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Internacional
Com título nos EUA, Zverev ultraa Federer no ranking da temporada Com apenas 21 anos, Alexander Zverev já mostrou para muita gente que está cada vez mais próximo de tornar-se número um do mundo e marcar seu nome na história do ténis. Actualmente na terceira posição do ranking da ATP, o jovem alemão conquistou no domingo o bicampeonato do ATP 500 de Washington e superou Roger Federer no ranking anual, onde são computados todos os pontos ganhos na actual temporada. O título em Washington fez com que o alemão ganhasse mais 500 pontos no ranking de 2018, alcançando a marca de 4.085 e ultraando Roger Federer na segunda posição, que não jogou na semana ada e continua com 4.020. No fim do ano, os oito melhores tenistas da temporada disputarão o torneio Finals, realizado em Londres e que tem Grigor Dimitrov como actual campeão. Além da importância do torneio, vencer em Washington era fundamental para Zverev manter-se na terceira posição do ranking. Caso não
tivesse um resultado positivo na semana ada, o alemão poderia ser ultraado pelo argentino Juan Martin Del Potro, actual quarto classificado, que disputou o ATP 250 de Los Cabos. No entanto, o atleta sul-americano foi finalista vencido da competição
mexicana e ainda viu o jovem talento ganhar pela segunda vez seguida em Washington. A campanha de Zverev em Washington faz com que mais uma vez o tenista seja colocado como o grande nome da nova geração do ténis mundial e provável melhor
do mundo nos próximos anos. Com apenas cinco anos no circuito, o alemão tem três títulos de Masters 1000, dois de ATP 500 e quatro de ATP 250, além de já ter derrotado Roger Federer, Novak Djokovic, David Ferrer, Andy Murray e Kei Nishikori.
sexta posição entre todos os pilotos da categoria. Mesmo que a posição não seja muito diferente das de 2017 (6°) e 2016 (5°), o holandês teve
momentos negativos marcantes, como quando chocou com seu companheiro de equipa, Daniel Ricciardo, no GP do Azerbaijão.
Verstappen questiona rivais e mostra descontamento com motor Um dos pilotos mais talentosos e polémicos da Fórmula 1, Max Verstappen foi novamente assunto na mídia internacional nesta semana. Em entrevista realizada na Hungria, onde abandonou a prova com a suspeita de uma falha no seu motor Renault, o holandês afirmou estar desapontado com a fornecedora e ainda questionou duas construtoras rivais. “É difícil dizer. No caso do combustível, podíamos ter tido isso na semana ada (na corrida realizada na Alemanha), porém nós só recebemos agora, porque eles não estavam tão seguros da confiabilidade. É esse tipo de coisas”, questionou Verstappen quanto ao tratamento da fornecedora à Red Bull. O jovem piloto holandês também destacou
a velocidade com que as coisas acontecem nas duas principais construtoras da categoria. “Na Mercedes e Ferrari, as novidades são imediatamente introduzidas e aí eles podem tirar vantagem dessa situação durante uma ou duas corridas, já que os outros não conseguiram a mesma coisa no mesmo tempo. Então, estamos sempre duas corridas atrás. Agora que eles possuem sua própria equipa de fábrica, sempre ficamos um pouco atrás nessas situações”. Nesta temporada, Verstappen não está com bons resultados como os que teve no começo da sua carreira na Fórmula 1. O piloto holandês ou a marca de 100 pontos no ano recentemente (são 105 na actual edição) e ocupa apenas a