Sobre propaganda simulada, podemos defini-la como aquela propaganda disfarçada, onde o consumidor não percebe o caráter publicitário (Eles acham que não percebemos...). Exemplos tipicos e constantes são aqueles que aparareçem em novelas. O mocinho da história vai lavar roupa e a o sabão em pó que usa. A mãe do vilão quer produtos anti envelhecimento e a quais os produtos (e MARCAS) que ela usa ou vai começar a usar. Isso também ocorre em revistas, com práticas do tipo: o político paga a revista para ser publicada uma materia falando bem de sua pessoa e expondo suas ações. Ah sim, o Reality Show mais famoso do Brasil também usa esse tipo de propaganda, ou você acha que eles fumam como loucos sem nenhum propósito!? Nada mais do que uma propaganda de cigarro, com o incentivo ao consumo.
A publicidade simulada é aquela em que o conteúdo publicitário da mensagem é disfarçado para que o consumidor não perceba o propósito mercantil do anúncio, que oculta o seu caráter de propaganda, como ocorre com as mensagens subliminares, o merchandising e pretensas reportagens com fins indiretos de promover o consumo de produtos e serviços.. Ela procura ocultar o seu caráter de propaganda ou a que interfere no inconsciente do consumidor. O art. 36 do CDC estabelece que a veiculação da publicidade deve ser feita de modo que o consumidor possa percebe-la, fácil e imediatamente, adotando as cautelas próprias diante a natureza necessariamente parcial da mensagem
transmitida. Dentre os exemplos de publicidade simulada, podemos citar: a inserção, em jornais e revistas, de propaganda com a aparência externa de reportagem, e a subliminar, captável pelo inconsciente, mas imperceptível ao consciente, que interfere diretamente na vontade do consumidor sem que este, ao menos, tenha noção disto. Em outros termos não se tolera que os fornecedores tomem proveito comercial com a falta de conhecimento, com a influência do inconsciente do consumidor, as técnicas utilizadas nas publicidades devem ser para o convencimento honesto e espontâneo do consumidor que tem o direito de optar ou não pelo produto e não ser forçado a adquirilo. A publicidade simulada também se expressa sob a forma de patrocínio indireto de serviço ou produto como em entrevistas, jornais, artigos ou em outros meios de comunicação que usa esses meios d comunicação com um pretexto mas na verdade esta veiculando anúncios publicitários , tentando iludir o consumidor. Esta prática é condenada pelo CDC, pois oculta e não torna evidente a publicidade ferindo o princípio da identificabilidade.
15 – Quais são as espécies de publicidade ilícita? R: Publicidade é a ação econômica que visa motivar o consumo de produtos e serviços, por mio da veiculação de mensagens persuasivas através de diversos meios. Não se confunde publicidade com propaganda, cujos objetivos não são mercantis. Por outro lado, ela se torna ilícita quando: o
simulada utliza de disfarces, oportunismos; o caráter do anúncio é disfarçado para o que seu destinatário não perceba a intenção promocional inerente a mensagem veiculada (disfarce; oportunismo; subliminar (atinge o subconsciente); testemunhal; reportagem com fim específico “merchandising”;
Novelas lucram com merchandising, burlando regra de programação Entre um e outro momento dramático, enquanto a mocinha se recupera de um grave acidente, sobra espaço para dar dicas de maquiagem,
indicar cores de batom ou descrever os muitos atributos de um rádio de carro com controle remoto. Além dos dramas de Alinne Moraes, estão na novela das oito, "Viver a Vida", cosméticos da Natura, telefones Nextel e todos os 11 modelos de carros da Kia, com direito a eios pela concessionária entre uma cena de choro e outra de briga. "Está indo bem demais", comemora o autor da trama, Manoel Carlos. "O merchandising em "Viver a Vida" é um recorde." Desde a estreia, há 120 capítulos, a história já teve pelo menos 41 ações publicitárias, entre cenas que descrevem produtos, as que os mostram de relance e outras em que personagens aparecem dirigindo, acionando teclas e se maquiando. Nos últimos cinco anos, esse tipo de ação em novelas vem turbinando o faturamento da Globo, da Record e do SBT. Só na Record, o número de profissionais trabalhando com essa tática quintuplicou, e o setor já responde por mais de 16% do faturamento anual da rede. "É o produto mais caro que temos na grade", diz Marcus Vinicius Chisco, diretor de merchandising. "Antes eram dois clientes, no máximo cinco ações na temporada, agora temos uma a cada dez capítulos." Na Avon, gigante de cosméticos, as ações triplicaram em cinco anos: foram das dez inserções que fizeram na novela das sete "A Lua Me Disse", em 2005, às 30 de "Negócio da China" e "Caras & Bocas", na Globo, e "Bela, a Feia", na Record. "Quando tem um lançamento, a gente sempre opta por fazer isso", diz Mônica Nakamura, diretora de marketing. "É uma forma de ar as mulheres de maneira mais suave, fazer parte do dia a dia delas." Mas essa suavidade tem um preço. Enquanto um anúncio de 30 segundos num intervalo da novela das oito, na Globo, custa em média R$ 380 mil, a publicidade dentro do programa chega a sair por R$ 1 milhão. Um conjunto de ações, negociado entre o cliente e a emissora, pode ar de R$ 3 milhões. E vários desses pacotes podem ser vendidos ao longo da trama, que costuma se estender por 200 capítulos. Considerando um custo de produção de R$ 200 mil por episódio, 40 ações desse tipo são suficientes para bancar toda uma novela. Segundo publicitários ouvidos pela Folha, o anúncio disfarçado vale a pena. Lica Bueno, diretora de mídia da agência F/ Nazca, aponta três vantagens da estratégia para o anunciante: maior impacto, já que a novela dá mais audiência que o intervalo, a possibilidade de demonstrar o uso do produto e o endosso de celebridades. Em geral, anunciantes não querem seu creme hidratante associado a um mafioso ou traficante. Preferem mocinhas e mocinhos, nunca vilões. No caso de uma vilã, só uma "glamourosa", como frisa a diretora de marketing da Avon. Um redator publicitário, que não quis ser identificado, conta que se a vilã for apenas fútil, não há problemas. Grave é quando falhas de caráter a levam a ações mais violentas, como explodir alguns shoppings.
Drible na regra Esses informes publicitários, velados em forma de diálogos em grande parte insossos, são uma forma de as redes driblarem o limite máximo de 25% do tempo de programação que podem destinar à publicidade, já que o Ministério das Comunicações não conta merchandising como intervalo comercial. A diferença entre publicidade convencional e a inserida na trama também demanda a atenção dos anunciantes. Ao contrário do spot de 30 segundos, em que controlam de tudo, do roteiro, cenário e escolha de atores à maquiagem e à iluminação, o set da novela é um terreno não tão certo. "Merchandising é mais desgastante", diz a publicitária Lica Bueno. "Não tem padrão, o roteiro é feito na emissora, e o resultado requer um ajuste de expectativas." Uma cena em que Jorge, personagem de Mateus Solano em "Viver a Vida", descreve em detalhes o rádio de seu carro da Kia não agradou nem ao presidente da marca. "Foi um pouco "over'", diz José Luiz Gandini. "Isso não é bom, pode gerar a rejeição do público." A empresa faz ações comerciais em todas as novelas das oito desde "A Favorita" (2008), e inclusive já fechou contrato para a próxima, "ione", que deve estrear em abril deste ano. Em tese, anunciantes não podem interferir nas gravações, nem exigir mudanças no roteiro. "Em programas de auditório, o anunciante pode ir, mas em novela, depende do quanto está pagando", diz um redator de merchandising. "Se o cara der um caminhão de dinheiro, tudo pode ser negociado." Fonte: Folha de S.Paulo