PROJETO DE REDE DE OPERAÇÕES PRODUTIVAS
*Por que rede de operações produtivas? - Nenhuma operação produtiva existe isoladamente, todas fazem parte de uma rede maior, interconectada com outras operações. - Essa rede inclui fornecedores e clientes, além de fornecedores de fornecedores e clientes de clientes e etc. - No nível estratégico os gerentes são responsáveis por projetar a forma e a configuração da rede na qual a operação esta inserida. - Detalhes que são influenciados são a localização de cada operação produtiva, como é istrada a capacidade geral e outros fatores estratégicos.
*Perspectivas da rede - Materiais, peças, informações, idéias e as vezes pessoas, tudo flui pela rede de relações entre cliente e fornecedor formada pelas operações. - No lado do fornecimento uma operação tem seus fornecedores de peças, informações e serviços, muitas vezes, esses fornecedores também tem seus próprios fornecedores, que por sua vez também tem fornecedores. - No lado da demanda a operação tem clientes que podem ser usuários finais ou podem possuir clientes também. - O nível que fornece diretamente para a operação é chamado “primeira camada” e esses recebem produtos de fornecedores da “segunda camada”. - O mesmo ocorre no lado da demanda quem adquire produtos da operação é o cliente de primeira camada, esse vende produtos a clientes de segunda camada, a soma dessa malha é a “rede total de suprimentos”.
*Por que considerar toda a rede? - Ajuda a empresa a compreender como pode competir mais efetivamente. - Ajuda a identificar ligações entre nós que são especificamente significativos a rede. - Ajuda a empresa a focalizar uma perspectiva de longo prazo na rede.
*Compreendendo a competitividade
- Faz sentido que clientes e fornecedores imediatos sejam a principal preocupação da empresa, entretanto, é preciso olhar além dessas relações imediatas. - É preciso entender o cliente final, logo para entender e entregar o que esse cliente deseja, as empresas estão deixando de lado os clientes intermediários e tomando para si a responsabilidade de compreender o consumidor final.
*Identificando ligações significativas da rede - A chave para entender redes de suprimentos é identificar quais as partes da rede contribuem para os objetivos de desempenho valorizados pelo cliente final
*Foco em uma perspectiva de longo prazo -Uma perspectiva de longo prazo na rede de suprimento seria avaliar as vantagens relativas a serem obtidas ajudando ou substituindo o elo fraco.
*Decisões de projeto de rede. - Como a rede deveria ser configurada? Essa resposta possui dois aspectos básico. 1. Como a operação produtiva pode influenciar a forma que a rede poderá ter? 2. Quanto da rede de operações produtiva deveríamos possuir? (decisão de integração vertical) - Onde deve ser localizada cada operação da parte da rede pertencente a empresa? (decisão de localização das operações produtivas) - Que capacidade de produção deve ter cada operação da parte da rede pertencente a empresa ao longo do tempo? (Decisões de gestão de capacidade produtiva a longo prazo).
*Mudando a forma da rede - Mesmo quando uma operação produtiva não possui, ou controla, diretamente outra operação na rede ele pode usar sua influencia para mudar a forma desta na rede. - Isso é gerenciar o comportamento da rede por reconfiguração, mudando o escopo das atividades de acordo com seu interesse.
*Integração vertical
- É o grau e a extensão de propriedades de uma organização sobre a rede que ela faz parte. - Em nível estratégico envolve a análise da organização da conveniência de adquirir fornecedores e clientes. - Em nível de produtos/serviços, significa que a operação esta decidindo se produz o produto/serviço ou se adquire de um fornecedor.
*A estratégia da integração vertical e definida em termos de: - Direção da integração vertical – Ou seja, no sentido do cliente, fornecedor ou ambos, quando se busca o lado dos fornecedores chamamos de integração vertical a montante (upstream), já quando no sentido da demanda, integração vertical a jusante (Downstream). - Amplitude da integração vertical – Ou seja, até que ponto deseja lançar a iniciativa de integração, se vai da extração da matéria prima até o produto final ou se direciona esforços a menos setores. - Equilíbrio entre etapas – Esta decisão não diz respeito a propriedade da rede, é relativa ao comportamento operacional de cada etapa, é não produzir demais ou de menos em relação a próxima etapa.
*A integração vertical e os objetivos de desempenho. - Qualidade – As origens de quaisquer problemas de qualidade são mais fáceis de rastrear em operações internas à empresa do que em fornecedores externos. - Rapidez – Estar próximo de fornecedores e clientes pode ajudar a reduzir o risco de produzir produto/serviço para demanda incerta, eliminando perda de tempo em retrabalho. - Confiabilidade – Melhor comunicação ao longo de uma rede vertical pode resultar em promessas de entrega mais confiáveis. - Flexibilidade – A verticalização fornece o potencial da flexibilidade para guiar o desenvolvimento tecnológico, bem como negá-lo aos concorrentes. - Custo – Operações integradas verticalmente proporcionam a capacidade de compartilhar custos e assim reduzi-los no montante total.
*Localização da capacidade - A localização é a posição geográfica de uma operação em relação aos recursos de Input, as outras operações e aos clientes com os quais interage. - Estar na localização errada pode ter impacto significativo nos lucros, uma diferença de alguns metros pode transformar lucro em prejuízo.
- A localização além de ter efeito sobre os custos de produção também afetará a habilidade de atender aos clientes.
*Razoes para decisões de localização. 1. Alterações na demanda de bens e serviços 2. Alterações na oferta de insumos para operação
*Objetivos da decisão de localização - Busca-se o equilíbrio entre: 1. Custos espacialmente variáveis da operação 2. Serviços que a operação é capaz de prestar aos seus clientes 3. Receita potencial da operação
*Influencia do lado dos fornecedores - Custo de mão de obra – varia de acordo coma localização e é fator significativo, custos diretos e indiretos. - Custo da terra – Aquisição do terreno pode ser fator relevante para a localização. - Custo de energia – Operações que usam grandes ou baixas quantidades de energia, vêem importância bem diferentes neste aspecto para produção. - Custo de transporte – É dividido em custos de transporte dos insumo do fornecedor ate a operação e custo de transporte dos bens do local de produção ate os clientes. - Fatores da comunidade – Impostos locais, restrição de movimentação de capital, assistência financeira do governo, assistência de planejamento do governo, estabilidade política, língua, escolas, teatros, lojas e etc.
*Influência do lado da demanda - Habilidade da mão de obra – A habilidade da MDO local pode ter efeito na relação do cliente aos produtos que a operação produz. - Adequação do local em si – Questões geográficas ou de faixa de renda propiciam alguns negócios e condenam outros. - Imagem do local – Abrir um hotel em Bali só pela localização a uma idéia de luxo e exclusividade, mesmo que o hotel seja simples e barato. - Conveniência para os clientes – Este é sem dúvida o mais importante fator do lado da demanda, afinal é preciso dar ao cliente o que ele deseja, mesmo que para isso gaste-se mais ou trabalhe-se mais.
*Níveis de decisão de localização - Escolha da região ou país – A decisão em grandes empresas considera o mundo todo como localização possível - Escolha da área dentro de um país ou região – Depois de escolhido o país busca a área dele onde irão se situar, fatores importantes são as condições de MDO, estradas, portos, preços terrenos, impostos locais e etc. - Escolha de um local – É uma decisão diferente da tomada nos dois níveis anteriores, o número de alternativas é menor, fatores importantes são a vizinhança imediata, aparência do local, os os por ferrovias, rodovias e portos.
*Gestão de capacidade produtiva a longo prazo - Após a integração vertical da rede de operações e a localização de suas diversas operações ser decidida, o próximo conjunto de decisões diz respeito ao tamanho ou capacidade de cada parte da rede.
*Nível ótimo de capacidade - A maioria das organizações precisa decidir sobre o tamanho de cada das suas instalações. É fundamental a análise primária dos custos fixos básicos para que o limite mínimo de produção seja fixado. - Custos fixos são custos que existem independente da quantidade produzida, já os custos variáveis são custos que a fabrica tem para cada unidade fabricada, junto esses fornecem o custo total. - Quando divide-se o custo total pelo volume produzido obtemos o custo teórico médio de produção de cada produto para aquela quantidade produzida. - Para a escolha da capacidade ótima deve-se levar em conta os fatores da economia de escala, limite da planta produtiva, custo médio por unidade produzida e margem de lucro esperada.
*Escala de capacidade produtiva e o equilíbrio demanda/capacidade - Uso de capacidade extra, também chamada de folga é uma grande falha, a escolha de uma capacidade produtiva excessiva representa baixa utilização, maiores custos unitários e prejuízo estratégico.
*Balanceamento de capacidade (Gargalo)
- Todo processo produtivo é composto de redes de clientes e fornecedores, cada setor é cliente do anterior e fornecedor do seguinte. - Para que esse processo flua com naturalidade os setores devem ter aproximadamente a mesmo capacidade, uma limitação na capacidade é chamada de “gargalo” pois exerce a função, desejável ou indesejável de reduzir o fluxo produtivo.
*Determinação do momento de alteração da capacidade - Alterar a capacidade de uma operação não é somente uma questão de decidir o melhor tamanho para o incremento de capacidade mas também é preciso decidir quando colocar para funcionar essa nova capacidade. - Existem duas estratégias para decidir quando as novas fábricas devem ser introduzidas, a de antecipação à demanda e a de acompanhamento à demanda.
*Capacidade antecipada a demanda e Capacidade acompanha a demanda - Programar a introdução de capacidade de forma que sempre haja capacidade suficiente para atender a demanda prevista. - A programação da introdução de capacidade de forma que a demanda sempre seja igual ou maior do que a capacidade.