Métodos analíticos em biomedicina Aula 02: Punção Venosa e Recomendações gerais aos exames de laboratório
Renan Nunes Leles
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Punção venosa Antes de mais nada, vamos reconhecer primeiro os vasos que são mais utilizados...
São classificadas em :
Grande calibre
Pequeno calibre Médio calibre
Vênulas
Punção venosa Além disso, podem ser superficiais ou profundas.
Quais características devemos procurar em uma boa veia para punção? Veias que sejam superficiais e de média porte são as mais adequadas, além da facilidade de o ao local de punção!
Punção venosa Calibre: Veias circulares e de bom calibre
Veias palpáveis e superficiais
Buscar preferencialmente no sentido do braço para as mãos
Punção venosa O primeiro o para a punção venosa adequada é a escolha do local de punção mais interessante para o flebotomista
Punção venosa Fossa antecubital: Face anterior do cotovelo
Área com veias de calibre adequado; Menor sensibilidade;
Veia Cefálica
de pouca mobilidade; Veia Basílica fácil o (superficiais).
Veia mediana cubital
Punção venosa Dorso das mãos:
Área com veias de calibre razoável;
mais sensível (que a fossa antecubital); muita mobilidade; fácil o (superficiais); Propenso a hematomas.
Punção venosa
Área com veias de calibre razoável;
muito sensível e pele grosseira; muita mobilidade; fácil o (superficiais);
Propenso a hematomas.
Punção venosa Quais os motivos que me levam a não realizar uma punção na fossa antecubital ?
Não palpação de veias na região
Braço contendo cânula ou fístula arteriovenosa
Pacientes em tratamento rotineiro i.v. (quimioterapia)
Punção venosa Em caso de hidratação intravenosa
01 – Interromper a perfusão por pelo menos 03 minutos; 02- Amostras obtidas em braço oposto ou outro membro*; *desde que a dosagem não esteja relacionado a eletrólitos ou análitos relacionados diretamente a infusão (eletrólitos ou glicose, por exemplo)
Punção Venosa 1° Seleção do local de punção
2° Limpeza e descaontaminação do local da punção com álcool 70% 3° Depois de limpa colocar o torniquete (garrote), entre 10 e 15 cm acima do local de punção
Punção Venosa 4° Executar o a punção venosa com a agulha condizente ao calibre da veia e com bisel voltado para cima 5° Relaxar o torniquete o mais rápido possível
6° Puxar o êmbolo da seringa com pressão suave e constante
Punção Venosa 7° Colocar algodão seco sobre o local de coleta
8° Retirar a seringa
9° Solicitar ao paciente que não dobre o braço e segure o algodão por pelo menos 3 minutos sobre o local de punção
Punção venosa Realizei a punção e o sangue não veio, e agora? ... Primeiro vamos entender o posicionamento ideal da agulha em relação a veia do paciente... O bisel está no meio do vaso sem impedimento para o afluxo de sangue Ausência de transecção do vaso e perfeito estado circulatório
Punção venosa O que pode ter acontecido e o que eu devo fazer ?
01- Inclinar suavemente a agulha para cima 02 – Introduzir vagarosamente a agulha mais profundamente no vaso
Bisel enconstado na parede superior do vaso
Punção venosa O que pode ter acontecido e o que eu devo fazer ?
01- Retroceder gentilmente a agulha 02 – Girar sutilmente a seringa ou o adaptador até o retorno do fluxo
Parte posterior da agulha encostada na parede do vaso
Punção venosa O que pode ter acontecido e o que eu devo fazer ?
01- Retroceder vagarosamente a agulha
02 – Observar a retomada de fluxo
Transecção do vaso
Punção venosa O que pode ter acontecido e o que eu devo fazer ?
01- Eminente formação de hematoma 02 – Introduzir a agulha levemente no braço Penetração parcial do bisel
03 – Tranquilizar o paciente e recomendar compressa de gelo
Punção venosa O que pode ter acontecido e o que eu devo fazer ?
01- Retirar ou afrouxar o torniquete
02 – Permitir o refluxo de sangue
Colabamento da veia
03 – Retroceder levemente a agulha, permitindo a desobstrução do fluxo
Tubos de coleta Diferentes tubos (identificados por diferentes cores) são utilizados para diferentes finalidades
Para entendermos isso, devemos antes entender outro processo !!!
Tubos de coleta
Principais aditivos utilizados Ácido Etilenodiaminotetracético (EDTA)
Atua como agente sequestrante do cálcio, impedindo, de maneira irreversível o processo de coagulação
Apresenta aceitável conservação da células sanguíneas e impede a aglutinação de plaquetas Tipagem sanguínea, hemograma, etc
Principais aditivos utilizados Citrato de sódio
Combinam-se de forma reversível ao cálcio, impedindo o processo de coagulação Permitem a formação de coágulo na adição de cálcio ao tubo. Deterioram significativamente as células Provas de coagulação
Principais aditivos utilizados Fluoreto
Atuam sequestrando os íons cálcio de forma irreversível
Inibem o processo de degradação natural da glicose, permitindo sua manutenção por mais tempo no plasma Dosagem de glicose
Principais aditivos utilizados Heparina
Anticoagulante natural que inibe a formação da trombina, impedindo a formação de fibrinogênio Permitem a manutenção das células, contudo, alteram a coloração do esfregaço sanguíneo Gasometria (seringa), dosagens bioquímicas e hemograma
Principais aditivos utilizados Sem aditivos
Não utilizam nenhuma aditivo, permitindo a formação natural do coágulo
Impossível avaliação das células do sangue
Utilizado nas dosagens sorológicas em geral: Bioquímica, Imunologia e Hormônios
Principais aditivos utilizados Gel separador
Utilização de um gel com densidade intermediária entre as células e o soro
Impossível avaliação das células do sangue
Utilizado nas dosagens sorológicas em geral: Bioquímica, Imunologia e Hormônios
Referências bibliográficas
Caps. 02 e 03
Cap. 02
Cap. 04
Muito obrigado !!!