PUC SP -
FEA
ESTATISTICA PROBABILISTICA (Primeira Parte)
Apostila para os cursos de:
ISTRAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Professor Everaldo Montesi Medeiros
Primeira Parte:
Capitulo 1 Teoria das Probabilidades Técnicas de Contagem Teorema de Bayes
Capitulo 2 Distribuições de Probabilidades Esperança Matemática ou Valor Esperado
Professor Everaldo
2
Capitulo 1 Teoria das Probabilidades Conceito → As probabilidades são usadas para demonstrar a chance de ocorrência de um determinado evento. Foram desenvolvidas três abordagens para a determinação de valores e definição de probabilidades. São elas: 1. Enfoque Clássico (a priori); 2. Enfoque da Freqüência Relativa (a posteriori); 3. Enfoque Subjetivo (Feeling). •
Enfoque Clássico
E conhecido como calculo a “a priori”, pois podemos determinar os resultados antes de observada qualquer amostra do evento. Formula Básica:
Onde :
a
P (x) =
P ( x ) = Probabilidade de ocorrência do evento;
a + b
a = numero de casos favoráveis; b = numero de casos desfavoráveis.
Exemplo: Qual a probabilidade de retirarmos um REI de um baralho de 52 cartas em uma única oportunidade?
Observação : Probabilidade de “Não Ocorrência”
4
P (x) =
4 + 48 4
P (x) =
52
=
1
(INSUCESSO)
P ( não x ) = 1 -
a a + b
13
A probabilidade de não ocorrência do evento:
4 48 ⎛ a ⎞ = = 92 ,31 % P( X ) = 1 − ⎜ ⎟ =1− 52 52 a + b ⎠ ⎝
Professor Everaldo
3
•
Enfoque da Freqüência Relativa
E baseado na proporção das vezes que ocorre um resultado favorável em um determinado numero de observações (amostra).
Exemplo: Foram coletados dados para 10.000 adultos em uma determinada região do país. Desse total foram selecionadas 100 pessoas que apresentaram taxas de colesterol acima do nível normal. Determinar a probabilidade de “uma pessoa” escolhida ao acaso, apresentar taxas elevadas de colesterol.
a
P (x) =
a + b
P (x) =
100 100 + 9900
0,01 ou 1%
•
Enfoque Subjetivo
E uma avaliação pessoal do grau de viabilidade de ocorrência de um determinado
evento
(feeling;
conhecimento;
experiência...).
Não
tem
embasamento científico.
Exemplo : • Prognostico de uma greve; • Recuperação de um doente; • Previsão das decisões do Governo.
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4
1. A expressão de Probabilidade P(x) Probabilidade de ocorrência do evento em analise em um determinado experimento.
2. Intervalo de Variação Menor Valor = ZERO Indica que o evento e impossível. Probabilidade infinitamente pequena. Maior Valor = HUM Indica que o evento vai ocorrer com toda certeza.
Portanto,
ZERO
≤
P(x)
≤
HUM
Observação: Em um dado experimento um evento pode ou não ocorrer. Portanto,
P(x) +
p ( não x ) =
HUM
3. Experimento aleatório E aquele cujos resultados podem apresentar variações, mesmo quando repetido em condições uniformes.
4. Espaço amostral (s) É o conjunto de todos os resultados possíveis de um determinado experimento.
Exemplo: •
Observações de recém-nascidos s=
•
Lançamento de uma moeda s=
•
M; F
K; C
Lançamento de duas moedas s=
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KK ; CC ; KC ; CK
5
5. Evento É qualquer subconjunto do espaço amostral (s)
6. Diagrama de Venn (ou de Euler) É relacionado com a teoria dos conjuntos em matemática e tem a finalidade de tornar mais fácil a visualização dos elementos.
A S
B
A C S B C S
7. Evento Simples É o evento formado pôr apenas um elemento de S. Exemplo:
Masculino ou Feminino;
(KK ; CC ; KC ; CK) duas moedas isoladamente.
8. Evento Composto É aquele formado pôr dois ou mais elementos de S. Exemplo:
Pelo menos uma cara (K) no lançamento de duas moedas;
(KK ; KC ; CK) três elementos de S.
Obtenção de um n.º par no lançamento de um dado;
(2, 4, 6) três elementos de S.
9. Evento Certo Ocorre em todas as realizações do experimento. Exemplo:
Lançamento de uma moeda (resultados possíveis: K ou C).
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6
10. Evento Impossível Não ocorre em nenhuma realização do experimento. Exemplo:
Probabilidade de sair o numero sete no lançamento de um dado.
A
U
S
S
A = O
11. Evento Complementar É aquele evento formado pôr todos os elementos de S que não pertencem a A.
A
A
U
A`
A` = O
A U A` = S
S
Exemplo: Obtenção de uma face par no lançamento de um dado. P (A) = ( 2 ; 4 ; 6 ) --- par P (B) = ( 1 ; 3 ; 5 ) --- impar
12. Eventos Mutuamente Exclusivos Dois ou mais eventos são chamados de mutuamente exclusivos, se a ocorrência de um deles excluir a ocorrência do outro. Portanto, quando não podem se apresentar simultaneamente.
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7
A
B
Exemplo: P (A) = extração de um ÁS
S
P (B) = extração de um REI
Em uma única oportunidade
Portanto, ambos não podem ocorrer simultaneamente. 13. Eventos Não Mutuamente Exclusivos Os eventos A e B da ilustração abaixo, não são considerados mutuamente exclusivos porque possuem elementos em comum.
Exemplo:
AB
P (A) = a carta é de ouro P (B) = a carta é uma figura
S
Portanto, existe um ponto de intersecção entre A e B
14. Eventos Coletivamente Exaustivos Os eventos A e B são chamados de coletivamente exaustivos porque esgotam todas as possibilidades de ocorrências. Exemplo: P (A) = a carta é preta P (B) = a carta é vermelha
A
B
S
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8
15. Eventos independentes Quando a ocorrência do evento B não depende ou não está vinculada à ocorrência do evento A. Exemplo: Lançamento de dois dados
Em outras palavras, dizemos que os eventos são independentes quando não há modificação do espaço amostral, após a ocorrência de cada evento (COM REPOSIÇÃO)
16. Eventos dependentes Quando há modificação no espaço amostral após a ocorrência de cada evento (SEM REPOSIÇÃO)
Exemplo: Qual a probabilidade de retirarmos um ás e um rei de um baralho em duas oportunidades?
1a. Retirada P (A) = um ás = 4 / 52 2a. Retirada P (B) = um rei = 4 / 51
Professor Everaldo
Modificação no espaço amostral
9
Existem duas Categorias: a) P (A ou B) Probabilidade de ocorrência “de um ou outro” evento.
b) P (A e B) Probabilidade de ocorrência “simultânea” dos eventos (ou de ambos).
Regras da Adição
P (A ou B)
P ( A ou B ) = P ( A + B ) = P ( A ) + P ( B ) = P ( A U B )
Dentro da regra da adição é possível ocorrer duas situações, conforme segue:
a) Eventos Mutuamente Exclusivos P ( A ou B ) = P ( A ) + P ( B ) = P ( A U B ) A
B
S
Exemplo: Determinar a probabilidade de retirarmos um “ás” ou um “rei” de um baralho de 52 cartas, em uma única oportunidade.
P (A) = um ás = 4 / 52 P (B) = um rei = 4 / 52
P (A U B) = P (A) + P (B) 4 / 52 + 4 / 52 = 8 / 52 = 2 / 13 Professor Everaldo
10
b) Eventos Não Mutuamente Exclusivos Neste caso é subtraída da soma das probabilidades a ocorrência conjunta dos eventos (interseção)
P ( A ou B ) = P ( A U B ) = U
P ( A ) + P ( B ) - P (A
B)
A B S
Exemplo: Qual a probabilidade de retirarmos um “ás” ou uma “carta de ouros” de um baralho de 52 cartas, em uma única oportunidade. P (A) = um ás = 4 / 52
P ( A ou B ) =
P (B) = uma carta de ouro = 13 / 52
4 / 52 + 13 / 52 – 1 / 52 = 16 / 52
Regras da Multiplicação
P (A e B)
As regras de multiplicação se relacionam determinação da probabilidade conjunta de (simultânea).
=
P(A
U
P(AeB)
B)
=
P(A)
com a eventos
. P(B)
a) Eventos Independentes Exemplo Uma moeda não viciada é lançada duas vezes. Determinar a probabilidade de que ambos os resultados sejam CARAS.
Professor Everaldo
11
Portanto, P (A) = 1 / 2
P (A)
P (B) = 1 / 2
1/2.1/2
. =
P (B) = 1/4
=
25%
b)Eventos Dependentes Probabilidade Condicional É quando a probabilidade de ocorrência do evento B está condicionada a ocorrência do evento A. =
P ( A
U
P ( A e B )
B )
=
P ( A )
.
P ( B / A )
Exemplo Qual a probabilidade de retirarmos um às e um rei de um baralho de 52 cartas, em duas oportunidades “sem reposição”
P (A) = 4 / 52 P (B) = P (B / A) = 4 / 51 P (A e B) = 4 / 52
Professor Everaldo
. 4 / 51
= 1 / 13
. 4 / 51
= 4 / 663
12
Exercícios: 1. Em uma urna existem 15 bolas numeradas de 1 a 15. Qual a probabilidade de retirarmos 1 bola múltipla de três e múltipla de 4. Resposta: 46,7%
2. Na urna A existem 5 bolas amarelas, 4 pretas e 3 brancas. Na urna B existem 4 amarelas, 3 pretas e 3 brancas e na urna C existem 6 amarelas, 5 pretas e 4 brancas. Qual a probabilidade de retirarmos uma bola de cada uma e todas terem a mesma Resposta: 12,5%
3. Em uma urna existem 3 bolas brancas e 2 pretas. Qual é a probabilidade de retirarmos duas bolas, sem reposição, e ambas serem pretas? Resposta: 10,0%
4. Roberto aguarda com ansiedade o resultado de dois exames. Ele estima em 80% a probabilidade de obter A em Matemática e 40% em Filosofia. [Determinar as seguintes probabilidades]: a) Nota A em ambos: Resposta: 32% b) Nenhuma nota A: Resposta: 12% c) A em Matemática e não A em Filosofia Resposta: 48% d) não A em Matemática e A em Filosofia Resposta: 8%
Professor Everaldo
13
Conceito: No cálculo das probabilidades (a priori), é necessário conhecer o tamanho do espaço amostral. Precisamos conhecer todos os resultados possíveis em um determinado experimento. Uma das formas tradicionais é o uso das arvores de decisão. Entretanto, quando o numero de resultados é muito grande sua aplicação não é muito prática. Ilustração gráfica: Diagrama de árvore para ilustrar todos os arranjos possiveis
Resultados Possiveis
Essa prática é bastante útil para ilustrar o comportamento de certos fenômenos, muito embora sua expansão o torna cansativo. Na realidade, estamos em busca do numero total de resultados e não necessariamente identificá-los Como quantificá-los? •
O principio da multiplicação
Vamos supor que um fabricante de automóveis pretende produzir um veiculo com as seguintes características: o Um modelo (1000 cilindradas com 16 válvulas); o Quatro cores (azul, preto, verde e creme); o Duas e quatro portas; o Com e sem ar condicionado; Professor Everaldo
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o Com e sem direção hidráulica. Questão: Calcular o mix possível de produção utilizando-se o principio da multiplicação. O numero total de resultados possíveis é igual ao produto das diversas formas que o fabricante deseja produzir o automóvel. Portanto, temos:
DECISÕES
COMBINAÇÕES POSSÍVEIS
Modelo
1
Cores
4
Portas
2
Ar Condicionado
2
Direção
2
Mix total
32
Exemplo 2 Vamos supor que um aluno responde 15 questões de um teste qualquer. Cada questão ite somente duas respostas (certo ou errado). Calcular o numero de maneiras possíveis. Os cálculos: 2x2x2x2x2x2x2x2x2x2x2x2x2x2x2 (quinze questões com duas possibilidades de respostas)
Portanto,
•
2 15 = 32768 (espaço amostral)
Permutações e Arranjos
Conceito: Para quantificarmos o numero total de resultados em um determinado experimento e considerando que a ordem dos elementos é importante, recomenda-se a aplicação dos conceitos das Permutações e dos Arranjos. Neste caso:
Professor Everaldo
AB
‡
BA
15
Permutações Conceito: É o numero de maneira que n objetos podem ser arranjados. Principio algébrico:
n! = n . (n-1) . (n-2) .......... 2 . 1 onde: n é sempre positivo 0! = 1 por definição
Exemplo (1): Três membros de uma organização (A, B e C) se ofereceram como voluntários para comporem a diretoria do ano seguinte, assumindo as funções de presidente, tesoureiro e secretário. Determinar o número de permutações possíveis.
3! = 1 x 2 x 3 = 6
A A B B C C
B C A C A B
C B C A B A
Exemplo (2): Vamos supor que quatro (A, B, C ou D) times de futebol disputam um torneio. Determinar o numero total de maneiras que pode apresentar-se o resultado final. Colocação
Times
Possibilidades
Suposição
1º
Quatro
∴
4
(A, B, C ou D)
B Campeão
2º
Três
∴
3
(A, C ou D)
D Vice
3º
Dois
∴
2
(A ou C)
A 3º
4º
Um
∴
1
(C)
C 4º
O numero total de resultados é o que segue:
n! = 4!
∴
4 . 3 . 2 . 1 = 24
Professor Everaldo
16
Permutações com REPETIÇÕES Conceito: Em algumas oportunidades nos deparamos com situações onde os itens são iguais. Suponhamos, por exemplo, três letras (A, A, A) e outras duas (B, B). Uma permutação possível é do tipo: A A A B B Se trocarmos de posição a letra B entre si não haverá modificação na permutação. Nesse caso deve-se deduzir do total, pois nas permutações os grupos são diferentes. A formula para esse cálculo é a seguinte:
n! n 1! n 2 !...... n 3 ! onde: n!
= numero total de permutações
n1! / n2! / n3! = são iguais entre si
Portanto, temos:
5! 3 !2 !
=
10
Exemplo 2: Em uma bolsa existem 10 bolas. Três azuis, quatro amarelas e três brancas. A única diferença entre as bolas são as cores. Calcular de quantas maneiras pode-se alinhá-las. Portanto, temos:
n! = 3 + 4 + 3 ∴ 10! n1! . n2! . n3! = 3! . 4! . 3!
10 ! 3 !4 !3 !
Professor Everaldo
=
3628800 864
4200
17
Arranjos Conceito: Quando existe o interesse de conhecermos o número de permutações de um sub grupo de n objetos, temos os Arranjos.
fórmula: A n.x
=
n! (n − x)!
onde n = n.º total de observações da amostra x = n.º de elementos de um subgrupo da amostra.
Exemplo 1: Suponhamos que uma organização é composta por 10 membros e que nenhuma indicação tenha sido feita para os cargos de presidente, tesoureiro e secretário. Determinar o número de arranjos possíveis.
A10.3 =
10 ! 10 ! 10 .9 .8 .7! = = = 720 (10 − 3 )! 7! 7!
P.S: No arranjo a ordem é importante, ou seja, AB ≠ BA
Exemplo 2: Numa corrida de cavalos existem sete cavalos competindo. Calcular o numero possível de arranjos para os três primeiros colocados. n = 7 x = 3
7! 7! 7 .6 .5 .4! = = = 210 ( 7 − 3)! 4! 4!
Combinações:
Conceito: Quando existe o interesse de conhecermos o número de grupamentos dos objetos, sem levar em consideração a ordem de apresentação, temos as combinações. fórmula: C n.x
=
Professor Everaldo
n! x! ( n − x ) !
18
Neste caso:
AB
=
BA
Exemplo 1: Suponha o mesmo exemplo da organização composta por 10 membros e que nenhuma indicação tenha sido feita para os cargos de presidente, tesoureiro e secretário. Determinar o número de combinações possíveis.
C 10.3 =
1 0! 1 0 .9 .8 = =120 3 !7 ! 3 . 2 .1
Exemplo 2: De quantas maneiras diferentes o diretor de uma empresa pode escolher dois estudantes de istração entre sete candidatos e três estudantes de economia entre nove candidatos?
Solução:
Professor Everaldo
7
9
2
3
=
1764
19
O teorema de Bayes caracteriza-se como uma probabilidade condicional. Entretanto, é utilizado quando o experimento apresenta mais de dois eventos. Vamos supor o seguinte exemplo: Uma fabrica de enlatados na cidade de Jundiaí, possui três linhas de produção (A, B e C) que respondem por 50%, 30% e 20% da produção total. Considerando que 0,4% das latas da linha A apresentam defeitos, e das linhas B e C apresentam respectivamente 0,6% e 1,2% defeitos. Determinar as seguintes probabilidades: 1. Qual a probabilidade de um consumidor adquirir uma lata dessa fabrica em um supermercado qualquer da cidade, e apresentar algum tipo de defeito? 2. Qual a probabilidade dessa lata encontrada no supermercado ter sido produzida pela linha de produção A?
Diagrama de Arvore 0,004
(0,50 . 0,004) = 0,0020
Linha A
(0,30 . 0,006) = 0,0018
Linha B
(0,20 . 0,012) = 0,0024
Linha C
0,50
0,006
0,30
0,20 0,012
Resposta 1ª. Questão =(0,5*0,004)+(0,3*0,006)+(0,2*0,012)
=
0,62%
Resposta 2ª. Questão
=(0,5*0,004)/((0,5*0,004)+(0,3*0,006)+(0,2*0,012))
Professor Everaldo
32,25%
20
(Exemplo 2) Três máquinas fabricam um determinado produto. A máquina A apresenta 1% de defeitos. A máquina B apresenta 2% e a máquina C apresenta 5%. Vejamos:
Máquina Produção
Produtos
Produtos
c/
s/
defeitos
defeitos
A
0,333
0,01
0,99
B
0,333
0,02
0,98
C
0,333
0,05
0,95
Responder: Escolhido ao acaso um produto defeituoso, determinar a probabilidade de ter sido produzido:
Pela Maquina A.
=(0,333*0,01)/((0,333*0,01)+(0,333*0,02)+(0,333*0,05))
= 12,50%
Pela Maquina B.
=(0,333*0,02)/((0,333*0,01)+(0,333*0,02)+(0,333*0,05))
= 25,00%
Pela Maquina C.
=(0,333*0,05)/((0,333*0,01)+(0,333*0,02)+(0,333*0,05))
Professor Everaldo
= 62,50%
21
(Exemplo 3) Encima de uma mesa existem quatro urnas com bolas vermelhas, brancas e azuis. A probabilidade de retirarmos qualquer bola de qualquer urna está demonstrada na tabela abaixo: P (xi)
P (xi)
P (xi)
P (xi)
P (xi)
“a priori”
Vermelha
Branca
Azul
Total
A
0,25
0,10
0,60
0,30
1,00
B
0,25
0,60
0,20
0,20
1,00
C
0,25
0,80
0,10
0,10
1,00
D
0,25
0,00
0,60
0,40
1,00
Urnas
Evidencia Amostral
Calcular: 1. Retirando-se ao acaso uma bola vermelha, qual a probabilidade dessa bola ser da Urna B =(0,25*0,6)/((0,25*0,6)+(0,25*0,1)+(0,25*0,8))+(0,25*0,0)
2. Calcular em relação à Urna A
(R = 6,7%)
3. Calcular em relação à Urna C
(R = 53,3%)
4. Calcular em relação à Urna D
(R = 0,07%)
Professor Everaldo
= 40,00%
22
Capitulo 2 Distribuições de Probabilidades a) Conceito → É uma distribuição de freqüência relativa para os resultados de
um espaço amostral. Demonstra a proporção das vezes que uma variável aleatória tende a assumir cada um dos diversos vetores possíveis. Exemplo 1:
Resultados possíveis no lançamento de duas moedas: C= K=
Sendo:
Espaço Amostral CC CK KC KK
Coroa Cara Probabilidades dos Resultados 0,50 * 0,50 = 0,25 0,50 * 0,50 = 0,25 0,50 * 0,50 = 0,25 0,50 * 0,50 = 0,25
P (x)
Exemplo 2:
Numero de caras em duas jogadas de uma moeda:
Nº de caras (xi) 0 1 1 2
P (xi) 0,25 0,25 0,25 0,25
P(xi) 0,25
Total
1,00
1,00
P(xi)
0,50 0,25
Nº de caras lançamento duas moedas
0,75 0,50 0,25 0,00 0
1
2
xi
b) Variáveis Aleatórias:
É uma descrição numérica do resultado de um experimento.
Professor Everaldo
23
• Variável Aleatória Discreta
Podem assumir um numero finito de valores em uma infinita seqüência de valores tais como zero, um, dois... Simplificando, são aquelas variáveis que podem ser contadas (números inteiros) Exemplo: numero de clientes; numero de funcionários, resultado de uma partida de futebol,...Etc. Exemplo prático: Numero de alunos pôr disciplina em uma Escola:
Ps
na Fi
... st
nç
t ic t ís ta Es
ini
18
ia
istração Geral
m
26
Ad
Economia
om
32
on
Psicologia
ia
28
Ec
Finanças
40 30 20 10 0 lo g
20
ic o
Estatística
as
Numero de alunos
a
Disciplinas
• Variável Aleatória Continua
São aquelas que podem assumir qualquer valor em um determinado intervalo. Em outras palavras, podem assumir um numero infinito de valores. Exemplo: peso dos alunos; diâmetro dos parafusos, duração de uma conversa telefônica, etc. Obs. Medidas de um modo geral
Exemplo prático: Altura dos alunos em uma determinada sala:
Altura (xi) Classes
Numero de alunos
1,50 a 1,60
6
25
1,60 a 1,70
22
20
1,70 a 1,80
18
15
1,80 a 1,90
10
10 5 0 1,50 a 1,60
Professor Everaldo
1,60 a 1,70
1,70 a 1,80
1,80 a 1,90
24
c) Distribuições Discretas de Probabilidades (Descontinuas):
x = variável aleatória;
P (x) ou f (x) = função probabilidade de ocorrência de cada valor de x.
Exemplo prático de uma distribuição de Probabilidade.
Lançamento de um dado Espaço Amostral 1 2 3 4 5 6
Função Discreta Uniforme de Probabilidades
P (x) 0,20
0,17 0,17 0,17 0,17 0,17 0,17 1,00
0,15 0,10 0,05 0,00 1
2
3
4
5
6
Lançamento de dois dados
1 2 3 4 5 6
1
2
3
4
5
6
2 3 4 5 6 7
3 4 5 6 7 8
4 5 6 7 8 9
5 6 7 8 9 10
6 7 8 9 10 11
7 8 9 10 11 12
Distribuição Discreta de Probabilidades
xi 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
P (xi) 2,78% 5,56% 8,33% 11,11% 13,89% 16,67% 13,89% 11,11% 8,33% 5,56% 2,78% 100,00%
Espaço Amostral Todos os resultados possíveis (n = 36)
Portanto, Soma P (X i) = 1 sendo o i de 1 a n
20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% 2
Professor Everaldo
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12
25
d) Esperança Matemática E (xi)
Valor Esperado (valor de maior freqüência) Conceito: é a média de uma variável aleatória. Portanto, é a medida de tendência central para a distribuição de probabilidades. Símbolo utilizado;
E (x)
Formula básica;
E (xi) = ∑ [x i . p (x i)]
Onde:
ou
µ
x i = valores observados P (xi) =
probabilidade de ocorrência de x i
Exemplo prático: Determinar a esperança matemática no lançamento de dois dados. Xi 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Total
P (xi ) X i . P (xi ) 1/36 2/36 2/36 6/36 3/36 12/36 4/36 20/36 5/36 30/36 6/36 42/36 5/36 40/36 4/36 36/36 3/36 30/36 2/36 22/36 1/36 12/36 252/36
E(Xi) =
20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% 2
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12
252 =7 36
e) Variância
Conceito: É a medida de variabilidade que mede a dispersão dos valores da variável aleatória em análise.
• Símbolo utilizado: • Formula básica: Onde:
Variância (x) ou
σ2
σ 2 = ∑ (x - µ) 2 . p (x)
µ = E (x i) = valor esperado ou esperança matemática
Professor Everaldo
26
Exemplo pratico: calcular a variância no lançamento de dois dados
Xi
x-µ
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 0
(x - µ)2 25 16 9 4 1 0 1 4 9 16 25 0
(x - µ)2.p(x)
P(xi )
0,694 0,889 0,750 0,444 0,139 0,000 0,139 0,444 0,750 0,889 0,694 5,833
0,0278 0,0556 0,0833 0,1111 0,1389 0,1667 0,1389 0,1111 0,0833 0,0556 0,0278 1,00
media 7 var = dpad =
5,83 2,42
Exemplo 1: Revendedor Sabrico
Estatística de Vendas do automóvel Gol durante os últimos 300 dias no Revendedor Sabrico. Determinar a Esperança Matemática, a Variância e o Desvio Padrão da amostra analisada. Vendas (x) 0 1 2 3 4 5
Dias
P (x)
X. p (x)
X-µ
(X - µ)2
(X - µ)2 . p(x)
54 117 72 42 12 3 300 R = Esperança Matemática = 1,50 Variância = 1.25 Desvio padrão = 1,118
Exemplo 2: Loja Lava Melhor
Determinar a venda diária de maquinas de lavar na loja “A Melhor”, tomando-se pôr base os resultados abaixo obtidos em uma pesquisa de 20 dias: Vendas pôr dia
Pesquisa
0
4
1
6
2
6
3
3
4
1
Professor Everaldo
P (xi)
X . P(xi)
(X - µ)
(X - µ)2
(X-µ)2.p(x)
27
Resposta: 1,55 maquinas / dia. Determinar também: •
A Variância e o Desvio Padrão
•
A venda mensal da loja considerando 300 lojas e 20 dias úteis do mês.
Resposta: 1,55 x 20 = 31 maquinas / mês 31 x 300 = 9.300 maquinas /mês
Exemplo 3: Execução de Obra
Um profissional faz as seguintes estimativas para a execução de uma obra. Determinar o prazo esperado: Prazo de execução Probabilidades
10
0,3
15
0,2
22
0,5
Xi P(Xi)
Resposta: (17 dias)
Exemplo 4: Investimento
Um investidor acredita ter 40% de chance de ganhar 25.000 reais e 60% de perder 15.000 reais em um determinado investimento. Qual o resultado esperado?
Xi
P(Xi)
Xi P(Xi)
Resposta: (1000 reais)
Professor Everaldo
28