Escola de Teologia do Espírito Santo Campus Avançado Parada Modelo Curso Bacharel em Teologia
Cristologia: de cima ou de baixo?
(Resumo)
Guapimirim- RJ 2018
Escola de Teologia do Espírito Santo Curso Bacharel em Teologia
MARCILIO FONTES DA COSTA
Trabalho - resumo apresentando ao Professor Pr Antonio Carlos, em exigências a Disciplina Cristologia do Curso Bacharel em Teologia.
Guapimirim- RJ 2018
Cristologia de Cima ou Cristologia de Baixo (ascendente ou descendente) A metodologia cristológica pode ser “ascendente e descendente”. Cristologia ascendente (ou seja, de “baixo para cima”), aquela que parte do aspecto humano de Jesus. O ponto de partida da reflexão é o ser humano histórico Jesus, que aos pouco se vai revelando como Deus. Alguns textos podem servir de base à Cristologia ascendente (ou “de baixo para cima”); por exemplo, (morphé – doulos) em Filipenses l2: 6 a 11, Cristologia descendente (“de cima para baixo”) é aquela que parte da Divindade de Jesus, a segunda Pessoa da Trindade. O ponto de partida da reflexão é o ”Filho eterno de Deus”, na Trindade e a sua encarnação. (O Verbo (gr. logos), Aquele que sempre existiu se fez (gr. ginomai, uma ação concreta) carne (gr. sarx) e habitou entre nós.) João 1: 1a14, fundamenta a Cristologia descendente. As duas abordagens “alta, descendente” e “baixa, ascendente” se encontram, se completam como duas fases do processo de entendimento de Cristo. É necessário fazer a síntese das duas modalidades de Cristologia e nenhuma das duas pode ser cultivada parcialmente ou apartadas.
A Cristologia de Cima, trata de Jesus Cristo, ou seja, o logos (a palavra), como apresentada no evangelho de João Cap. 1 v1. A Cristologia de Baixo, ela é (foi) criada a partir do momento em que ‘’pessoas” vão definir Jesus como terreno, então Jesus é mais humano e eles querem ( ou) entendem que Jesus ele é um homem e que se tornou o “ o filho de Deus” quando foi batizado e ao sair do batismo, o Espírito Santo desceu sobre ele e aí, então ali, se tornou o ” filho de Deus”. O – logos- que era ginomai , se fez sarx. Quanto mais “a igreja primitiva” enfatizava a divindade de Cristo, fazendo uso deste conceito de Deus, mais difícil se tornava demonstrar que o Filho de Deus que era de uma substância com Deus era Jesus de Nazaré. Consequentemente, um docetismo moderado percorre a cristologia da igreja antiga. Qualquer um que começasse com a questão sobre o que estava "acima" em termos da questão de Deus e salvação, como colocado na antiguidade, achou difícil, em qualquer sentido real, encontrar uma resposta "abaixo", na história de Jesus de Nazaré. e ainda mais difícil encontrar uma resposta no abandono de Deus do Jesus crucificado.
Essa desconexão entre a alta cristologia da igreja e o homem Jesus de Nazaré é caricaturada em tais tratamentos populares de Jesus como encontramos em Bart Ehrman e outros. Os estudos históricos sobre Jesus tendem a uma cristologia “de baixo” que nunca chega a “acima” (com notáveis exceções, como N.T.). A famosa "cristologia de Pannenberg de baixo para cima" em Jesus-Deus e o Homem tenta colmatar essa lacuna e ao fazê-lo ele rejeita firmemente a cristologia tradicional "de cima para baixo". Moltmann parece compartilhar a preocupação de Pannenberg de que o Cristo pregado pela igreja deve estar ligado ao Jesus conhecido pela história. Então ele destaca um pensamento interessante: Todo conhecimento começa indutivamente "de baixo" e é a posteriori, e todo conhecimento histórico é post factum; mas aquilo que é para ser conhecido o precede. A diferença entre uma "cristologia a partir de baixo" e uma "cristologia de cima" é apenas aparente. Eles não são mais alternativas do que a famosa pergunta: ”Jesus me ajuda porque ele é o Filho de Deus, ou ele é o Filho de Deus porque ele me ajuda?” É somente quando a relação inversa da ordem do conhecimento com o ordem de ser é ignorada que tais perguntas são feitas. Os dois métodos cristológicos não são mutuamente exclusivos. A cristologia “de cima” está fundamentada no ser eterno de Deus, enquanto a cristologia “de baixo” é baseada em nossos meios humanos de conhecer. Bibliografia Consultada Resumo extraído do Cristologia: de cima ou de baixo? Prof. Dr J Galot, S.J. Pg de 137 a 155