ADORANDO UNIÃO CENTRO-OESTE BRASILEIRA
ADORAÇÃO PARTICIPATIVA O culto é para todos e deve envolver todas as idades
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O CAMINHO DE VOLTA
EDITORIAL adoração é um dos grandes desafios dos nossos dias. Vivemos em um tempo em que as pessoas estão voltadas para o entretenimento e cada vez mais impacientes com todos os processos, exigindo velocidade. Pressa e diversão parecem caracterizar nossos dias. Por outro lado, os mais conservadores se posicionam como defensores dos valores antigos, provocando um choque de gerações em vários aspectos da vida atual. O que temos diante de nós é um quadro bem interessante, pois dois modelos básicos de liturgia têm tomado conta de nossos cultos. Um extremamente tradicional, baseado em partes formais, envolvendo rituais que estão desprovidos de um significado teológico ou prático, ou seja, apenas tradição. Em outra ponta está uma liturgia de entretenimento, que inclui coisas legais e bonitas, mas que agregam muito pouco ou nada para a adoração a Deus. Sem contar que uma onda promocional multiplica o tempo de anúncios e propagandas durante o culto. Na maioria das vezes, esses aspectos comprometem os elementos essenciais da adoração a Deus. A oração, o louvor congregacional e a pregação da Palavra devem estar no centro do culto. Esses elementos não podem ser comprimidos ou suprimidos em outras partes desnecessárias em uma abordagem de “entretenimento espiritual” ou desfigurados por um formalismo que não tem sentido. Isso coloca a igreja cada vez mais distante das novas gerações que não conseguem se identificar com os modelos vigentes. Hoje, mais do que nunca, surge a necessidade de uma liturgia mais simples e participativa, na qual os fundamentos essenciais da adoração sejam a prioridade, e os nossos filhos tenham uma participação ativa como protagonistas. É necessária uma reflexão sobre a liturgia que usamos. Temos que fazer igreja para todas as gerações. O projeto Adorando Juntos traz como proposta a construção de uma liturgia mais simples, na qual o importante esteja no centro da adoração. Também quer propor uma participação mais ampla
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das novas gerações em nossos cultos. O bom senso é necessário para a construção de um modelo litúrgico que possa incluir a todos no propósito de buscar o Senhor juntos e crescer em comunhão uns com os outros. Essa é uma preocupação da igreja, não apenas da UCOB. Em novembro de 2015, a Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul tomou um voto sobre liturgia e propôs uma série de 15 mudanças e ajustes na liturgia de nossa igreja. Esses pontos am pelos elementos que trabalhamos nesta revista – uma liturgia mais simples e participativa. O voto fala em “desenvolver um culto de adoração mais dinâmico e que se comunique de maneira eficiente com a geração atual”, e desafia a igreja a “equilibrar e integrar” vários elementos do culto, além de chamar a atenção para a necessidade de “uma programação mais direta e bem preparada”. (voto na página 46) Esta revista não tratará de questões polêmicas. Não vamos dizer qual o tipo de música ou instrumentos que devem ser utilizados em sua igreja. Se o culto deve ser tradicional ou mais contemporâneo. As características de cada igreja devem ser respeitadas, porém este material tem como objetivo convidar a liderança da igreja para uma autoanálise de sua liturgia, buscando adequá-la para, com simplicidade (menos partes e distrações em um culto mais direto) e com inclusão de todas as gerações, tornar os cultos de sua igreja verdadeiros momentos de adoração, nos quais todos se encontram para Adorar Juntos. Cada pastor deve tomar tempo para refletir neste material. A liderança da igreja deve separar alguns momentos para estudar juntos o seu conteúdo. Seria muito bom formar uma subcomissão de liturgia, em que os juvenis, a dolescentes e jovens sejam convidados a participar e possam contribuir. Juntos podemos construir uma igreja mais relevante para todos. Uma liturgia que conduza à simplicidade e à participação de todos numa experiência de genuína adoração é um alvo que todos deveriam perseguir. Pr. Alijofran Brandão Presidente da União Centro-Oeste Brasileira da IASD
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ADORAÇÃO PARTICIPATIVA
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SUGESTÕES PRÁTICAS
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ADORAÇÃO INFANTIL
Produção Executiva: Alijofran Brandão Matheus Tavares Gilnei Abreu Organizador: Charlles Britis Colaboradores: Ebenézer Oliveira Eleni Wordell João Gusmão Jomarson Dias Joni Oliveira Lelis Silva Lucilene Britis Manuel Teixeira Nunes Moises Staut Richard Figueiredo Walmir Rosa Direção de Arte e Capa: Marcos Santos
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CRESCIMENTO DA LIDERANÇA
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PROGRAMAS ESPECIAIS NA IGREJA
Projeto Gráfico: Renan Martin Revisão: Jéssica Manfrim Imagem da Capa: © tai111 / Adobe Stock Impressão: Casa Publicadora Brasileira 0000/00000
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ATIVA
O projeto JUNTOS é um apelo urgente para que se considere a importância estratégica e o potencial de crianças, adolescentes e jovens. A expectativa é abrir o coração e a mente de toda igreja para a ideia de atingir e levantar uma nova geração de dentro desse vasto grupo – uma geração que pode experimentar uma transformação pessoal e também ser mobilizada como discípulos de Jesus. Nossa visão e esperança é a de maximizar o seu poder de impacto transformador enquanto ainda estão na infância e juventude, e mobilizá-los para que continuem a causar impacto por toda vida. Para maximizar o impacto transformador da nova geração, o contexto mais apropriado é a família. Os pais têm a responsabilidade primária com a criação de seus filhos. Mas também temos o contexto complementar da igreja, e o papel dela é nutrir, estimular a capacidade e fornecer recursos num cenário coletivo de adoração. Se conseguirmos atingir a nova geração e discipulá-la enquanto as suas perspectivas de vida e visões de mundo ainda estão sendo moldadas, vamos colocá-las sobre uma rocha que não poderá ser movida facilmente.
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Podemos perceber, em algumas realidades, que os ministérios e departamentos relacionados aos cultos de adoração nas igrejas têm focado principalmente os adultos. Nota-se uma escassez de oportunidades para jovens, adolescentes e crianças em nossos cultos. Eles acabam sendo anulados no exercício de seus dons e no desenvolvimento do potencial de participação de honrarem a Deus com os adultos e idosos. O culto é para todos e deve envolver todas as idades, mas infelizmente só constatamos a inclusão dos mais novos em datas especiais como Dia das Crianças, 13º Sábado, Dia Mundial de Jovens, Aventureiros e Desbravadores. Na rotina normal da programação local dificilmente é considerado inserir na lista dos hinos de louvor uma opção de hino infantil para todos cantarem
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O Senhor deixou, por meio da inspiração, luz
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juntos. Adorar não pode ser segmentado a um pequeno espaço e tempo como acontece com a adoração infantil. Embora seja um momento importante, não substitui um culto integral que envolve todas as gerações. Além do envolvimento, temos que pensar no foco. Não podemos de forma nenhuma negligenciar uma comunicação inteligível para todos, inclusive jovens, adolescentes e principalmente crianças. A nova geração ainda é moldável, por isso precisamos priorizar nossos esforços para alcançá-los nos serviços de adoração. A clara compreensão do conceito de adoração e seu verdadeiro significado são essenciais para uma igreja que quer envolver todas as gerações. Adorar a Deus é a motivação do verdadeiro culto. Adoração não significa meramente estar na igreja. O culto, na perspectiva de quem é amigo de Deus, consiste em aprender a viver na presença desse amigo. É integrar na vida diária o que se aprendeu na igreja. Para que isso aconteça, todas as idades precisam entender o que se a no culto e vivenciá-lo. Não se trata de entreter, mas comunicar para transformar. O entretenimento de forma nenhuma deverá substituir o verdadeiro culto, que é, ao mesmo tempo, contemplação, iração e reconhecimento da grandeza de Deus. Muito do que se faz para as crianças em nossas igrejas hoje está voltado para entretê-las, ao invés de equipá-las e desafiá-las. Não tem nada de errado com o fato de crianças e jovens quererem se divertir; contudo, acabam se perdendo muitas oportunidades ao fazer disso o foco entre jovens e crianças. Uma pergunta que precisa ser feita é a seguinte: O que nossos filhos não estão aprendendo quando vão aos cultos? O Senhor deixou, por meio da inspiração, luz suficiente para que, a despeito de idade, a genuína adoração possa ser reconhecida e praticada por todos. Note o que diz Ellen G. White no livro Testemunhos Seletos, volume 2, páginas 251 e 252:
“Nossas reuniões devem oferecer o maior interesse possível. Deve imperar ali a própria atmosfera do Céu. As orações e discursos não devem ser prolixos e enfadonhos, apenas para encher o tempo. Todos devem espontaneamente e com pontualidade contribuir com sua parte e, esgotada a hora, a reunião deve ser pontualmente encerrada. Deste modo será conservado vivo o interesse. Nisto está o culto agradável a Deus. Seu culto deve ser interessante e atraente, não se permitindo que degenere em formalidade insípida. Devemos dia a dia, hora a hora, minuto a minuto viver para Cristo; então Ele habitará em nosso coração e, ao nos reunirmos, Seu amor em nós será como uma fonte no deserto, que a todos refrigera, incutindo nas almas esmorecidas um desejo ardente de sorver da água da vida” (itálicos acrescentados). Será que chegamos ao ponto em que a mensagem não desperta necessidade de mudança e nem faz refletir, comunicando apenas com alguns poucos; o louvor nos faz fechar os olhos para nossa realidade ao invés de abri-los; os avisos são chatos, demorados e repetitivos; e os elementos da programação não fazem mais sentido? Resumindo, será que tem gente que está toda semana na igreja como se fosse algo que precisa ar ardorosamente, pois seria o mínimo a fazer depois de descobrir o que Jesus fez por ela? Não precisa ser assim! Pensando em todas essas questões é que o Adorando Juntos desafia pastores e líderes a refletir num formato de liturgia leve e que estimule a realidade do reino de Deus em cada pessoa que está cultuando, independentemente da idade. Uma liturgia que impacte diretamente o coração de crianças, adolescentes, jovens e adultos. Pr Jómarson Dias Escola Sabatina e Ministério Pessoal – UCOB Adorando Juntos
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NA PRÁTICA
Sugestões
Conceitos Básicos e Sugestões Práticas para o Culto de Adoração
PRÁTICAS A Bíblia claramente recomenda a adoração coletiva. A fim de adorar juntos, são necessários ordem e planejamento. Sendo assim, cuidados especiais devem ser levados em conta na adoração pública. “O culto não deve ser um entretenimento religioso, mas precisa cativar e prender o interesse da congregação, enquanto esta é levada a um encontro com Deus. Embora o culto não deva ser apenas para exposição doutrinária, a pureza e clareza da doutrina devem ser parte integrante da verdadeira adoração. Ainda que não deva ser apenas para propósitos de fazer apelos evangelísticos, ele deve levar os adoradores a comprometer a vida com Deus” (Guia para Ministros, p. 119). Cabe aqui uma reflexão. Pense nos diversos momentos que sua igreja se reúne a cada semana. O culto conduz os participantes à genuína adoração? A Palavra é compartilhada de forma que possa ser compreendida e aplicada na vida prática? Há momentos que encorajam a comunhão e o amor entre os adoradores? As pessoas são inspiradas e ensinadas a se envolver na missão de Cristo? Se esses objetivos são considerados seriamente, sua igreja buscará desenvolver um serviço de adoração que apresente as seguintes características:
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ADORAÇÃO PRAZEROSA
“Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras. Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante Dele com cântico. Sabei que o Senhor é Deus; foi Ele quem nos fez, e Dele somos” (Sl 100:1-3). A emoção sincera é parte integrante do verdadeiro culto, e sua expressão deve ser coletiva e francamente demonstrada.
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ADORAÇÃO PESSOAL
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O culto não é prestado por procuração; ele é experimental. Ninguém pode adorar em lugar de outro. O culto não deve ser uma rotina ou cerimônia realizada para nós por meio de outras pessoas. Ele não é tradição nem evento para um espectador ivo. A adoração compreende uma interação pessoal entre Criador e criatura – um encontro com Deus.
ADORAÇÃO SIGNIFICATIVA
Um serviço de culto de adoração que apela à mente é sempre intelectualmente saudável, se centraliza na Bíblia e dá prioridade para o tempo dedicado ao seu estudo.
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Aqueles que planejam e dirigem o culto de adoração devem envolver o máximo possível de participantes, incluindo jovens e crianças. O envolvimento de todos aumentará o interesse. A juventude deve ser convidada a fazer orações, dirigir louvores, introdução para ofertas, leitura da Bíblia, sermões, etc. “Não devemos nos reunir simplesmente para preencher uma formalidade, e sim para trocar ideias, relatar nossa experiência diária, oferecer ações de graça e exprimir nosso sincero desejo de ser iluminados para conhecer a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. A comunhão em conjunto com Cristo fortalece a alma [...]. Nem é possível imaginar ser cristão e viver concentrado em si mesmo. [...] A experiência de cada um será até certo ponto determinada pela de seus companheiros” (Conselhos para a Igreja, p. 271). Perceba que é mais do que estar reunidos num mesmo lugar. Quando nos tornamos uma comunidade de pessoas que se amam, adoramos realmente juntos.
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PLANEJANDO A ADORAÇÃO Diante do que foi exposto até aqui fica evidente que a adoração congregacional pede o melhor e mais cuidadoso planejamento, e quanto melhor o planejamento, mais confortável e restaurador será o serviço de culto. Embora o propósito do planejamento não deva ser o estabelecimento de formatos rígidos, deve prover uma sequência suave dos elementos do culto. De acordo com Ellen White, alguns aspectos são fundamentais quando se planeja o serviço de adoração: “Os cânticos de louvor, a oração, a palavra ministrada pelos embaixadores do Senhor são os meios que Deus proveu para preparar um povo para a assembleia lá do alto, para aquela reunião sublime à qual coisa nenhuma que contamine poderá ser itida” (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 491, itálicos acrescentados). Percebe-se essa citação três elementoschave para o culto: (1) louvor, (2) oração e (3) ministração da palavra. Veja a seguinte declaração: “Nossas reuniões devem ser intensivamente interessantes. Deve imperar ali a própria atmosfera do Céu. As orações e os discursos não devem ser longos e enfadonhos, apenas para encher o tempo. Todos devem espontaneamente e com pontualidade contribuir com sua parte e, esgotada a hora, a reunião deve ser pontualmente encerrada. Desse modo será conservado vivo o interesse. Nisso está o culto agradável a Deus. Seu culto deve ser interessante e atraente, não se permitindo que degenere em formalidade insípida” (Testemunhos para a Igreja, v.5, p. 609, itálicos acrescentados). Destacam-se alguns pontos a ser cuidadosamente observados: (1) precisam ser “intensivamente interessantes”, “atraentes”; (2) sem orações e discursos “longos e enfadonhos”, ou seja, planejados com simplicidade; (3) marcados pela “pontualidade”. Hora para começar e terminar. Isso significa objetividade; (4) cheios de vida, “não se permitindo que degenere em formalidade insípida”.
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Nossas reuniões devem ser intensivamente interessantes. Deve imperar ali a própria atmosfera do Céu"
Se esses princípios forem aplicados, os cultos de sua igreja alcançarão a mente e o coração de crianças, adolescentes, jovens e adultos. De fato, será uma comunidade que se une em adoração. SUGESTÃO PRÁTICA:
A liderança da igreja e o pastor poderiam promover encontros, que integre as gerações existentes na igreja, para conversar, trocar ideias e planejar um programa/modelo de culto de todos os módulos semanais (sábado, domingo e quarta-feira) de tal modo que sejam mais participativos, mais simples, mais objetivos e mais cheios de vida.
As reuniões lideradas pelo pastor, que tem responsabilidade direta pela adoração, poderiam se pautar por algumas diretrizes: 1. Definir pessoas que possam liderar tanto a preparação como a execução dos serviços de adoração. 2. Cuidar dos detalhes de preparo do pessoal e das instalações da igreja para o culto. 3. Ter uma lista de checagem para revisar o preparo das músicas selecionadas, as condições do serviço de som, as pessoas que irão atuar, os arranjos da plataforma, a pontualidade nos horários e outros detalhes. Adorando Juntos
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LOUVANDO JUNTOS (CÂNTICOS DE LOUVOR) Como apresentado acima, um dos elementos fundamentais na adoração coletiva são os cânticos de louvor. “O cântico, como parte do culto religioso, é um ato de adoração, tanto como a prece. O coração deve sentir o espírito do cântico, a fim de dar a este a expressão correta.” (Patriarcas e Profetas, p. 594). Na experiência do culto, o louvor congregacional é parte essencial. Cantar como uma comunidade de adoração traz vida e inspiração. “Permita-se o quanto possível que toda a congregação dele participe”. (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 144, itálico acrescentado). Obviamente isso inclui os adoradores de todas as gerações. As músicas para crianças e jovens devem fazer parte da escolha do repertório, possibilitando-lhes envolvimento e participação importante no culto. Diante disso, com a grande variedade de gostos musicais e tradições refletidas nos diferentes grupos etários, a tentativa de estabelecer padrões e fórmulas rígidos para a música aceitável frequentemente se torna um ato divisor e inócuo. As congregações, portanto, devem reconhecer a importância de ter variedade de opções musicais que atendam aos diferentes grupos na igreja. A música escolhida deve refletir os princípios e ensinos bíblicos (Guia para ministros, p. 122).
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SUGESTÕES PRÁTICAS:
1. A igreja pode escolher uma pessoa competente para cuidar, com antecedência, da seleção de cânticos para os cultos. 2. Os cânticos escolhidos precisam atender às variadas faixas etárias presentes na congregação. 3. O tema da mensagem bíblica que será apresentado deve ser levado em conta. Caso isso não seja possível, hinos e músicas centrados em Cristo devem ser selecionados. 4. Adultos, jovens, adolescentes e crianças podem ser escolhidos para dirigir o louvor. 5. O grupo de louvor deve se preparar previamente para conduzir a adoração. 6. O uso de instrumentos musicais precisa ser uma prioridade, sempre que possível. 7. Os momentos de louvor podem servir para conectar os programas da escola sabatina e culto, evitando o intervalo e a perda de tempo. 8. Esses elementos devem ser aplicados a todos os cultos semanais (sábado, domingo e quarta-feira).
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CLAMANDO JUNTOS (ORAÇÃO E INTERCESSÃO) Uma comunidade de fé que se une em oração fortalece o senso de pertencimento. É o reconhecimento de que todos são filhos do mesmo Pai e confiam no mesmo Deus. De acordo com Ellen White, na oração coletiva alguns pontos devem ser considerados: “Especialmente o que ora em público deve servirse de linguagem simples, para que os outros possam entender o que diz, e unir-se à petição.” (Obreiros Evangélicos, p. 177). “Uma oração breve, feita com fervor e fé, abrandará o coração dos ouvintes, mas durante as orações longas, eles esperam impacientemente, como se desejassem que cada palavra fosse o final da mesma.” (Obreiros Evangélicos, p. 179).
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Note que alguns elementos caracterizam a oração em público: (1) linguagem simples e (2) concisa. Se esses dois aspectos são considerados, a igreja vai de fato se unir na oração. SUGESTÕES PRÁTICAS:
1. Escolher previamente a pessoa responsável para conduzir a oração intercessória. 2. Realizar convites definidos para o momento de oração intercessória. Pode ser para crianças, adolescentes, jovens e adultos. Pode ser para irem à frente, para se unirem em família, etc. 3. Designar crianças, adolescentes, jovens e adultos para conduzir o momento de oração durante o culto. Adorando Juntos
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todos, deve seguir os métodos de ensino de Jesus."
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bela a verdade, apresentando-a da maneira mais positiva e simples. [...]. Mas se bem que fosse simples o ensino, falava como alguém que tem autoridade” (O Desejado de Todas as Nações, p. 253). Coloque cor nas histórias. Jesus usava parábolas a fim de cativar a atenção de todos. Ilustre a partir das Escrituras tanto quanto possível. Elas estão repletas de histórias gloriosas que lidam com praticamente cada uma das questões da vida. A Palavra de Deus é viva e poderosa. Aprenda simplesmente a comunicar sua mensagem de forma simples. Assim, as Escrituras influenciarão a vida das crianças, adolescentes e jovens poderosamente (Hb 4:12).
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SUGESTÕES PRÁTICAS:
A seguir estão algumas sugestões que podem ajudar os membros de sua igreja a crescerem juntos no estudo coletivo da Palavra de Deus. 1. O culto deve ser preparado de tal maneira que o tempo para a pregação seja de 30 a 40 minutos e sem muitos elementos prévios. 2. A espiritualidade e a capacidade para se conectar com todos os presentes devem ser levados em conta na escolha dos pregadores. 3. A simplicidade com profundidade deve ser buscada na pregação da Palavra de Deus. 4. Ilustrações, histórias, tecnologia e, se possível interatividade, tendo como base principal o texto bíblico, podem tornar o culto mais dinâmico e participativo. 5. A escala dos pregadores deve contemplar jovens, adolescentes e crianças. 6. A fim de atender devidamente às necessidades espirituais da congregação, os líderes podem planejar um calendário anual de sermões. 7. O calendário pode tratar de temas que fortaleçam a visão bíblica de discipulado, ou seja, que ajude cada seguidor de Cristo a ser mais semelhante a Ele.
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APRENDENDO JUNTOS (MENSAGEM BÍBLICA) Muitos pregadores ficariam ofendidos se as pessoas lhes dissessem: “Aquela mensagem que você acabou de pregar foi algo que até uma criança poderia entender”. Um dos maiores elogios, no entanto, para um pregador deveria ser: “A pregação dele é muito simples”. A mensagem apresentada com simplicidade tende a alcançar a todos os que estão ouvindo, independentemente da idade. Jesus falava como quem tem autoridade e todos eram alcançados por sua mensagem. As crianças tinham prazer em ouvi-Lo, e os adultos ficavam irados com Seus ensinos. As pessoas comuns O entendiam. Que tremendo elogio ao ensino de Jesus. Ele estava ensinando as pessoas comuns, e as pessoas comuns o ouviam com prazer. O púlpito antenado com o interesse de todos, inclusive dos jovens e crianças, deve seguir os métodos de ensino de Jesus. “Jesus abordava o povo no mesmo terreno em que se encontrava, como alguém que lhes O púlpito conhecia de perto as perplexidades. Tornava
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MÃOS À OBRA Reúna a equipe de adoração e converse sobre as dicas abaixo e o modo como elas podem ser adaptadas à realidade de sua igreja: – Um culto compacto de 75 minutos, com espaço para participação de todas as gerações. – Um culto com uma só linguagem e mensagem do começo ao fim. – Um culto sem “partes”, no qual louvor, estudo da Bíblia e mensagem se misturem em uma só mensagem. – Uma mensagem que conte e explore as histórias bíblicas. – Um culto com interatividade sem ser invasivo. – Um lugar em que possamos olhar uns para os outros e não só para o pastor e ministro de louvor.
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O objetivo das dicas e observações é levar a liderança local a refletir sobre a forma mais adequada à sua realidade. Gostaríamos que esse tema fosse discutido entre os que pensam em construir juntos uma adoração mais relevante para todas as gerações!
CULTO DIVINO (SÁBADO) ATIVIDADE
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MINUTOS
ORIENTAÇÃO
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Esse Louvor pode acontecer sem “entrada de plataforma”. Terminada a Escola Sabatina, a equipe de louvor já entra e começa a conduzir esse momento. Planeje um louvor que contenha hinos para todas as idades. Seria muito importante que a equipe de louvor tivesse em sua composição crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.
ORAÇÃO INTERCESSÓRIA
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Essa oração pode ser feita pelo próprio ministro de louvor depois do último hino ou por alguém escolhido com antecedência que se aproximasse da equipe de louvor antes do término do louvor.
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ADORAÇÃO INFANTIL
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O ideal é que seja contada uma história bíblica. Se for possível, encene a história com personagens.
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PROVAI E VEDE (TESTEMUNHOS)
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No momento do Provai e Vede, os diáconos já devem estar em suas posições. Ao terminar o testemunho, eles já devem iniciar a coleta dos dízimos e ofertas.
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– Uma liturgia que permita orar uns pelos outros. – Uma leitura bíblica em linguagem plenamente compreensível para as crianças. – Um louvor que contenha hinos para todas as idades. – Uma equipe de louvor que junte no mesmo grupo crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. – Um púlpito que seja visto como oportunidade de aprendizado para jovens pregadores. – Pregadores que conversem com as crianças enquanto comunicam a Palavra. – Pregadores que se preocupam em saber se os menores entenderam a mensagem.
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Essa música pode ser congregacional conduzida pela equipe de louvor ou ser uma participação musical. Deve preparar a congregação para a mensagem que será pregada.
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O pregador pode estar assentado junto à congregação nos primeiros bancos e se levantar dali indo na direção do púlpito para iniciar sua pregação.
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Esse momento de oração pode ser antecedido ou não por música de apelo.
TEMPO TOTAL
75 minutos
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Modelos de liturgia si MODELO 1 Nos modelos de liturgia, sugerimos que a simplicidade e objetividade sejam marcas registradas; sem rodeio, floreio e deixando de lado elementos desnecessários e sem justificativa clara. Pensamos em sete momentos que contêm os quatro elementos indispensáveis para adoração: louvor, oração, testemunho e mensagem Bíblica. A seguir, você pode conferir esses sete momentos:
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MOMENTO DE LOUVOR
ORAÇÃO INTERCESSÓRIA
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ADORAÇÃO INFANTIL
TESTEMUNHO DO PROVAI E VEDE/DÍZIMOS E OFERTAS
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MENSAGEM MUSICAL OU HINO CONGREGACIONAL
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BÊNÇÃO FINAL
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MODELO 2 Com base no que foi exposto anteriormente, segue um outro modelo com uma ordem sugestiva de um culto simples, relevante e organizado a partir dos três elementos seguintes: “Louvando Juntos”, “Clamando Juntos” e “Aprendendo Juntos”.
ia simples LOUVANDO JUNTOS Canto Congregacional
DOMINGO E QUARTA-FEIRA
Testemunho Provai e Vede
Nos cultos de quarta-feira e domingo, podemos resumir a estrutura litúrgica em 5 momentos:
Mensagem Musical ou Louvor Congregacional
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Momento de Louvor
CLAMANDO JUNTOS
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Oração Intercessória
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APRENDENDO JUNTOS Adoração Infantil Mensagem Bíblica/Sermão Hino Final ou Música de Apelo Bênção Final
Oração Intercessória
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Mensagem Musical ou Hino Congregacional
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Pregação Bíblica
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Bênção Final
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Dicas (Parte 2) SUGESTÕES ADICIONAIS:
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Cultos de quarta-feira conduzidos pelos departamentos Em muitas igrejas já existe a prática de que um culto de quarta-feira, a cada mês, seja coordenado pelo Ministério da Mulher. Algumas igrejas estão ampliando essa proposta para ter um ou dois departamentos coordenando o culto de meio de semana regularmente. Apenas como exemplo: 1. N a primeira quarta-feira do mês, o culto fica sob a responsabilidade da classe dos Adolescentes e Desbravadores. 2. Na segunda quarta-feira do mês, o culto fica a cargo dos anciãos ou do Diretor do Grupo. 3. Na terceira quarta-feira do mês, o culto fica sob a coordenação do Ministério da Família e Mordomia Cristã. 4. Na quarta semana do mês, o culto de quarta-feira é deixado aos cuidados do Ministério da Mulher, com a programação Quartas de Poder. Imagine se no planejamento de sua igreja houvesse um projeto para revitalizar o culto de quartafeira, tornando-o mais envolvente, participativo e dinâmico. Será que não teríamos mais engajamento e maior frequência? Pense nisso e mãos à obra.
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Sermões/Estudos Interativos da Bíblia Nem sempre o momento de alimentar a congregação com a Palavra precisa ser na forma de sermão nos moldes tradicionais. Veja esta declaração de Ellen G. White: Ocasiões há em que convém fazerem os nossos pastores, no sábado, em nossas igrejas, breves sermões, cheios de vida e do amor de Cristo. Os membros da igreja não devem, porém, esperar um sermão cada sábado (Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 19). Há ocasiões, portanto, em que a pessoa responsável por compartilhar a mensagem pode selecionar um ou mais textos bíblicos relacionados a um tema e dividir os mesmos com a congregação para que se estude em grupos de maneira breve (10 a 12 minutos). Depois, um representante de cada grupo apresenta suas impressões sobre o texto estudado. O pregador, então, que está coordenando o culto, deve fazer as considerações finais ligadas ao tema estudado. Essa é uma boa maneira de envolver a todos, tornar o culto mais interativo, provocar reflexões mais profundas e despertar o gosto pelo estudo das Escrituras.
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Envolva as Famílias Dê oportunidade para que as famílias possam atuar/ participar juntas nos cultos. Desde conduzir o louvor, dirigir os momentos de oração, recolher os dízimos e ofertas, conduzir o culto de oração da quarta-feira, entre outros. Além disso as famílias podem ser organizadas para atuar em parceria com outras famílias. Para isso funcionar bem, aquelas que já têm mais experiência podem ser colocadas com uma outra família que está desenvolvendo seus dons. Os que tem a responsabilidade pelos cultos podem estabelecer uma escala para proporcionar essas oportunidades de participação em família.
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Um dos aspectos que, em muitas igrejas, leva à perda de tempo e à quebra do clima de adoração são os anúncios. O Manual da Igreja (p. 124) chama a atenção de modo bastante claro acerca do assunto: “Cuidadosa consideração deve ser dada à duração e à natureza dos anúncios e das promoções departamentais durante os cultos de sábado. Quando se trata de assuntos que não estão especialmente relacionados com o culto ou com a obra da igreja, os pastores e oficiais devem excluí-los, mantendo a esse respeito o devido espírito do culto e da observância do sábado.” O período de saudações e anúncios pode servir para direcionar a atenção dos adoradores e atraí-los para uma atitude de adoração. Os anúncios devem focalizar a vida da igreja, evitando que sejam promocionais ou campanhas de levantamentos de fundos. Requer preparo prévio para que as informações sejam comunicadas com clareza e de forma objetiva. Ferramentas como o WhatsApp podem ser utilizadas para comunicação mais direta de questões da igreja, especialmente quando se trata de recados para grupos específicos da igreja. Boletins digitais ou impresso podem ser relevantes para a comunicação dos temas essenciais para a igreja. Quando os anúncios forem feitos no começo do culto, é recomendado que se encerrem com um chamado à adoração.
Adorando Juntos
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ESTRATÉGIAS
ADORAÇÃO E VEJA OS EXEMPLOS DE IGREJAS QUE AJUSTARAM O FOCO PARA UMA LITURGIA MAIS SIMPLES E PARTICIPATIVA, RECONFIGURANDO SEU SERVIÇO DE CULTO COM PEQUENAS, MAS SIGNIFICATIVAS MUDANÇAS QUE ESTÃO FAZENDO MUITA DIFERENÇA.
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O ENVOLVENTE
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RIO BRANCO 200 Membros
Uma liturgia mais simples e participativa é um alvo de igrejas que buscam um serviço de adoração mais significativo e menos mecânico. A igreja adventista de Rio Branco, localizada na cidade de Barra do Bugres, Mato Grosso, começou a sentir essa necessidade depois que a liderança ou por um retiro espiritual voltado para o discipulado bíblico relacional. Ao analisar a realidade da igreja diante dos ideais bíblicos, sua condição e o que ela poderia se tornar, decidiram fazer alguns ajustes internos, começando com a liturgia. Nesse sentido, consideraram seis elementos:
2. TEMPO
1. AVALIAÇÃO
As músicas congregacionais são escolhidas de maneira a contemplar todas as faixas etárias presentes. Para isso, músicas contemporâneas e hinos tradicionais são utilizados.
A partir de uma iniciativa do pastor distrital e da liderança local, fizeram uma avaliação honesta da liturgia, considerando se ela estava alcançando seus objetivos. Com a percepção de que poderiam ter um serviço de culto mais simples e participativo, buscaram uma estratégia que contribuísse, de forma direta, para uma adoração mais genuína para os participantes do culto.
O programa de culto do sábado pela manhã foi planejado para ter duração média de duas horas (das 9 até às 11 horas). 3. FOCO NAS CRIANÇAS
Ao terminar as atividades nas salas infantis, as crianças são conduzidas e acompanhadas, pelos seus professores, à nave da igreja, onde permanecem juntas até o momento da adoração infantil. 4. LOUVOR CONGREGACIONAL
5. PREPARO ANTECIPADO
As pessoas escolhidas para tomar parte nas atividades do culto são avisadas e orientadas com muita antecedência (entre 1 e 3 meses). Adorando Juntos
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6. TEMÁTICA DOS CULTOS
Os cultos de sábado se pautam nas grandes causas ou ênfases que a igreja tem colocado com prioridade. Diante disso, desde o tema dos sermões, ando pelas músicas especiais e pelo louvor congregacional, tudo está focado nas quatro grandes causas do Campo e da igreja local.
UMA IGREJA EM QUE
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CADA MEMBRO SEJA
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UM VERDADEIRO AMIGO DE DEUS
Essas ênfases são as seguintes:
COMUNHÃO
CADA MEMBRO EXPERIMENTE VIDA EM COMUNIDADE
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RELACIONAMENTO
CADA MEMBRO
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ESTEJA ENVOLVIDO
ado cerca de um ano, verificou-se que as mudanças postas em andamento trouxeram significativos benefícios para toda a congregação. Segundo os anciãos, esse formato trouxe mais agilidade, objetividade e disposição para todos. A frequência e a pontualidade melhoraram sensivelmente. De acordo com eles, “não há qualquer possibilidade de retorno ao formato anterior de liturgia”. O mais interessante é que o novo modelo acabou atraindo a atenção das demais congregações do distrito, que, ao implantarem o mesmo roteiro, aram a experimentar os mesmos benefícios. A seguir está o formato de liturgia adotado nessa igreja. 22
Adorando Juntos
PESSOALMENTE NA SALVAÇÃO DE UM AMIGO MISSÃO
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QUE CUIDE E DISCIPULE AS NOVAS GERAÇÕES NOVA GERAÇÃO
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PROGRAMA UNIFICADO DE SÁBADO – MANHÃ
8:45 | Boas-Vindas e Louvor Congregacional A equipe de louvor cumprimenta a todos de acordo com a ênfase daquele sábado e faz uma breve introdução para cada louvor, buscando o envolvimento da congregação. a) Dois louvores assentados. b) Um louvor em pé. c) Oração de joelhos. Essa oração é feita por alguém previamente designado pelo ancião do dia, com bastante antecedência. 9:05 | Informativo Mundial das Missões Introdução breve, de um minuto, seguida do vídeo do informativo. Após o vídeo, um breve comentário de conclusão deve ser feito, seguido do convite para os momentos em comunidade (Pequenos Grupos), dedicados ao estudo da Lição da Escola Sabatina. 9:10 | M omento em Pequeno Grupo (Unidades de Ação) Esse momento é istrado pela rede de Pequenos Grupos (PGs). O(a) líder do PG faz os apontamentos. O cartão é similar ao da escola sabatina, criado para os apontamentos. Na sequência, há oportunidade para se recolher as ofertas e para o estudo da lição. 9:50 | Entrada das Crianças Os professores do Ministério da Criança e Ministério do Adolescente acompanham e permanecem com suas classes até o fim do momento da adoração infantil, assentando-se nos primeiros bancos que estão reservados às crianças e aos adolescentes. Em seguida, retornam para seus pais. Nesse momento, termina a classe de Escola Sabatina dos menores. 9:55 | Mensagem Musical A apresentação musical é direcionada à ênfase do sábado. Para tanto, a equipe de louvor já informou à pessoa que vai cantar com pelo menos três meses de antecedência.
A história deve ser contada entre 5 e 7 minutos. 10:05 | Ofertório Os vídeos do Provai e Vede são utilizados. A equipe de louvor se posiciona e conduz o louvor enquanto se recolhem as ofertas e os dízimos. 10:10 | Louvor Congregacional Após o ofertório, a equipe de louvor continua à frente. De forma dinâmica e participativa, canta com a congregação três músicas. A primeira música voltada para os adultos (Hinário); a segunda, para a nova geração (CD Jovem); e a terceira, para a ênfase do sábado. 10:25 | Mensagem Bíblica A temática sempre guarda relação com uma das quatro ênfases mencionadas anteriormente. 11:00 | Música para a saída A equipe de louvor se posiciona e, enquanto dirige o último louvor da manhã, os diáconos coordenam a saída dos membros e visitantes.
CONCLUSÃO A duração de todo o programa de sábado pela manhã é de duas horas e quinze minutos (das 8h45 até às 11 horas). O roteiro apresentado acima já está em andamento desde meados de 2017. Nesse período, as demais igrejas da cidade também assimilaram essa nova proposta, com índices altos de aprovação por parte dos membros.
10:00 | Adoração Infantil Adorando Juntos
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CENTRAL DE CUIABÁ 1100 Membros
A Igreja Central de Cuiabá tem 1.100 membros. É uma igreja dinâmica e viva que busca aprimorar os serviços de adoração de cada módulo semanal para ter a participação efetiva de suas famílias. Um desafio a ser superado era a baixa frequência das crianças nos cultos de domingo e quarta-feira. As razões identificadas para essa realidade foram a falta de algo interessante e relevante para eles e o argumento dos pais de que os filhos precisavam acordar cedo para irem à escola. O culto começava às 20 horas e terminava às 21h15. Diante disso, algumas ações foram planejadas pelo pastor e a liderança da igreja local. Um novo modelo de culto para as quartasfeiras e os domingos foi adotado. 24
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RESGATANDO OS CULTOS DE DOMINGO E QUARTA-FEIRA
1 JARDIM DO ÉDEN Culto De Quarta-Feira
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IDEIA PARA MUDAR O QUADRO:
Criar um espaço denominado Jardim do Éden, que funciona no Salão Jovem, com atividades focadas nas crianças e juvenis até 12 anos.
Mudar o horário do culto para começar às 19h30 e terminar às 20h30. Combinar com os pais que o culto terminará pontualmente, para que as crianças possam dormir cedo. Criar um incentivo para que as crianças não faltem – um aporte com espaços para colar adesivos. A cada trimestre, a criança que tiver no máximo duas faltas ganhará um brinde relacionado ao tema de aventuras. São quatro brindes durante o ano (boné, binóculo, bússola e lanterna tática)
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OBJETIVOS:
Alcançar as crianças no nível delas, incentivando-as a participarem do culto de quarta-feira, trazendo seus pais
Abordar assuntos espirituais necessários para essa faixa etária, contribuindo com seu desenvolvimento
PROGRAMA:
1. As crianças assistem à primeira parte do culto com os pais (louvor e oração).
2. Às 20 horas, as crianças já estão no ambiente pre-
parado para o programa Jardim do Éden. Enquanto os pais assistem à mensagem musical e ao sermão na nave da igreja.
3. A liturgia para esse momento é a seguinte: Louvor (dirigido pelas crianças) – 5 minutos Oração (um dos professores) – 1 minuto Encenação sobre o tema (jornada Guardiões do Tesouro) – 9 minutos Resumo do tema geral (pastor) – 3 minutos Oração sobre o tema – 2 minutos Separação por faixas etárias (até 8 anos/acima de 8 anos) – 10 minutos ATÉ 8 ANOS – atividades lúdicas sobre o tema: massinha para modelar, pinturas, desenhos, histórias ilustradas. ACIMA DE 8 ANOS – bate-papo bíblico com o pastor sobre o tema do dia.
4. Cada criança maior de 8 anos recebe um desafio para realizar durante a semana.
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PAIS E FILHOS
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Culto de domingo
IDEIA PARA MUDAR O QUADRO:
1. Pais. Criar conscientização e
motivação nos pais para trazerem seus filhos à igreja nos domingos à noite.
2. Assentos Exclusivos. Separar
os primeiros bancos da igreja para os pais sentarem com seus filhos.
3. Adoração Infantil. Inserir, na
liturgia, um momento de adoração infantil ministrado pelo próprio orador – apresentando o mesmo assunto do sermão.
4. Identificação. O pregador pre-
cisa criar identificação com as crianças falando ao coração delas.
5. Louvor Inclusivo. Incluir crianças e juvenis para participarem no Ministério de Louvor.
6. Pregação Seriada. Os sermões seguem séries com duração variada. Pode ser por um mês, por dois meses, etc.
3 FOCO NAS CRIANÇAS Culto de domingo
Ideia para mudar o quadro: PROBLEMÁTICA:
Mesmo tendo o momento de adoração infantil, as crianças têm a impressão de que o culto não é para elas. Além de termos a presença das crianças na igreja, precisamos garantir que elas estejam saindo alimentadas espiritualmente, sendo capazes de entender a mensagem e tomarem decisões ao lado de Cristo. IDEIA PARA MUDAR O QUADRO:
1. O pregador deve preparar o tema do culto de domingo de
maneira relevante ao interessado, mas pensando em alcançar as crianças, observando os seguintes detalhes: Linguagem ível (que as crianças entendam). Garantir que as crianças estejam sentadas nos primeiros bancos com seus pais. Fazer contato visual com as crianças – olhando e falando para elas. Levar algo ilustrativo a cada sermão ou usar alguma dinâmica que envolva as crianças na construção do tema. Mencionar o nome delas enquanto prega, mantendo interação.
2. As crianças e os adolescentes devem continuar participando do Ministério do Louvor.
3. Manter os pais motivados a trazerem seus filhos no culto de domingo.
4. Criar um movimento de conscientização dos pais para não
marcarem festas de aniversários e outras atividades que impossibilitem a participação das crianças no culto de domingo.
5. Firmar acordo com os ministérios da igreja, especialmente
Clube de Desbravadores, para que não prolonguem as atividades de domingo, contribuindo para que as crianças e os juvenis possam participar dos cultos. Adorando Juntos
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ADORAÇÃO INFANTIL
NÃO AS IMP T
alvez se chamasse Maria ou José; talvez fosse menino ou menina. Na realidade, não sei. Tudo o que posso garantir é que, silenciosa e respeitosamente, mantinha os olhinhos fixos em Jesus, observava tudo o que o “Amigo das crianças” fazia e dizia. Não tenho dúvida de que estava feliz ao se achar tão perto de Jesus, o amado mestre. Subitamente, ouviu seu nome ser chamado. Com a face corada e sorridente, correu até Jesus, enquanto todas as demais crianças se aproximavam para ver o que aconteceria. Tomando aquela criança no colo, disse o Mestre a Seus ouvintes: “Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos Céus” (Mt 18:3). Acaso, você pode imaginar como, depois de ouvir essas palavras, os pequenos ouvintes de
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Jesus intensificaram seu amor por Ele? Jesus era seu herói! Certa ocasião, contrariando a atitude dos discípulos, que consideravam um transtorno a aproximação das crianças, o Mestre afirmou: “Deixem vir a Mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas” (Mc 10:14). Que palavras maravilhosas e amáveis! Desde então, nada mudou. Ele ainda nos diz: “Não as impeçam.”
MODELO PARA HOJE O Salvador compreendia os cuidados e os fardos daquelas mães que se esforçavam para educar os filhos de acordo com a Palavra de Deus. Ele tinha ouvido as orações delas e as havia atraído à Sua presença. Ao longo de Seu ministério terrestre, Jesus dedicou tempo para ministrar às crianças. Não apenas as observava enquanto brincavam,
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MPEÇAM
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mas, de alguma forma, envolvia-Se com elas. De acordo com Ellen G. White, “Cristo observava as crianças brincando e, muitas vezes, expressava Sua aprovação quando elas obtinham uma inocente vitória sobre algo que haviam decidido fazer. Cantava para as crianças em palavras suaves e venturosas. Elas sabiam que Ele as amava. Nunca franzia a testa para elas. Participava das alegrias e tristezas infantis. Muitas vezes, Ele colhia flores e, depois de realçar sua beleza para as crianças, deixava-as com elas, como presente. Ele criou as flores, e gostava de realçar-lhes a beleza” (Exaltai-O! [MM], 1992, p. 91). “Quando Jesus disse aos discípulos que não impedissem as crianças de ir ter com Ele, falava a todos os Seus seguidores em todos os tempos – aos oficiais da igreja, aos ministros, auxiliares e todos os cristãos. Jesus está atraindo as crianças,
Jesus estava sempre de braços abertos para receber as crianças" e ordena-nos: ‘Deixai vir os meninos a Mim’ (Lc 18:16), como se quisesse dizer: Elas virão, se os não impedirdes” (O Desejado de Todas as Nações, p. 517). Sim, Jesus estava sempre de braços abertos para receber as crianças. Como igreja, devemos imitar Sua atitude e deixar que elas venham até Ele. Uma das maneiras pelas quais podemos possibilitar esse encontro é dedicar um momento especial para elas no culto de adoração.
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Voto Com o objetivo de facilitar a implantação dessa prática e aprimorála, a Divisão Sul-Americana tomou um voto cuja lembrança é oportuna. Os termos desse voto são os seguintes: O que é adoração infantil? Adoração infantil é um momento do culto no qual as crianças têm participação especial e recebem adequado alimento espiritual. Por que é importante? Pelo fato de fornecer à criança o senso de inclusão no programa do culto. Valoriza e reconhece a criança como participante da adoração. Ajuda para que ela cresça com a ideia de que o culto é uma experiência agradável. Contribui para seu ensinamento, crescimento espiritual, compromisso com a igreja e o desenvolvimento do correto sentido de adoração. Quem coordena? A execução do programa está sob a responsabilidade dos coordenadores do Ministério da Criança da igreja local, tendo a supervisão do pastor ou do ancião. Quando ocorre? O momento da adoração infantil está inserido no espaço do culto divino. Qual é o tempo de duração? Entre cinco e sete minutos. Esse tempo é suficiente. Mais do que isso prejudica o aprendizado, porque o tempo de concentração das crianças é curto. O que fazer? O momento da adoração infantil não se limita à narração de histórias, bíblicas ou não, mas as narrativas bíblicas devem ser a pri30
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meira opção. Podem ser incluídas outras atividades como testemunho de uma criança sobre gratidão ou oração respondida. Apresentação musical por crianças e juvenis, e a dedicação de bebês também podem ser realizadas. É bom lembrar que, no caso de se usar representações, essas devem ser curtas e com narração. O que não fazer? Uso de contos irreais, lendas, histórias seculares que envolvam fantasia, ficção ou terror, marionetes, ilustrações contrárias à filosofia cristã, coisas que não promovam a reverência e o sentido de adoração. Filmes e desenhos bíblicos animados devem ser evitados na hora da Adoração Infantil. Esse é um momento para interagir com as crianças. Importante! É aconselhável ler um texto bíblico para iniciar ou terminar a história, considerando a importância da Bíblia na adoração. Que sejam usadas palavras simples, adequadas à idade. Jamais usar gírias ou jargões seculares, nem saudações barulhentas que comprometam a reverência. O momento infantil deve terminar sempre com apelo (às crianças) e oração. Quem dirige? Os coordenadores do Ministério da Criança local podem liderar esse momento, ou convidar qualquer pessoa habilitada, que se comunique bem com as crianças para fazê-lo. Pode ser também o pastor ou um ancião. Como fazer? Caso seja possível, é importante saber com antecedência o tema do sermão, para que a história infantil seja relacionada a ele. Outra alternativa muito apropriada é o Caderno da Adoração Infantil
disponibilizado pela Associação ou Missão (pode ser baixado no site adventistas.org), que apresenta temas para todos os sábados do ano. Também é indispensável que os participantes da adoração infantil saibam com tempo suficiente qual será a responsabilidade de cada um e os materiais que serão utilizados. Pode ser necessário que outras pessoas ajudem na manutenção da reverência. À semelhança de qualquer outra coisa que seja feita na igreja, tudo deve ser conduzido com ordem e precisão, em concordância com a liderança local. Finalmente, é maravilhoso saber que “o obreiro cristão pode ser o instrumento de Cristo em atrair essas crianças para o Salvador. Com sabedoria e tato pode ligá-las ao próprio coração, dar-lhes ânimo e esperança, e por meio da graça de Cristo transformar-lhes o caráter, para que delas se possa dizer: ‘Dos tais é o reino de Deus’” (O Desejado de Todas as Nações, p. 517). Graziela Hein Revista Ministério
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Dicas e sugestões ORIENTAÇÕES PARA O COORDENADOR DO MINISTÉRIO DA CRIANÇA
1 Faça uma escala entre aqueles que têm habilidades e dom para contar histórias para crianças.
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2 Realize com os voluntários um encontro de formação sobre a Arte de Contar Histórias ou os leve para encontros de professores com essa temática
Desafie outros membros da igreja, inclusive adolescentes e jovens, a participarem desse momento e leve-os para encontros de capacitação.
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Disponibilize o Caderno de Atividade. Você pode adquiri-lo com o líder do Ministério da Criança de seu Campo ou baixar no site adventistas.org. Se necessário, acrescente lápis de cor, giz de cera e outros materiais para que a atividade seja realizada no momento do culto.
RECOMENDAÇÕES PARA QUEM FOR CONTAR A HISTÓRIA
1. Peça a Deus sabedoria no preparo da história e pela atuação do Espírito Santo no momento que for falar. 2. Estude a história com muita atenção, relendo quantas vezes for necessário. 3. Conte a história antes para alguém de sua família ou até mesmo diante do espelho. Cronometre o tempo (entre 5 e 7 minutos). 4. Prepare o material com antecedência e verifique se as ideias fornecidas são interessantes, ou se precisará de outra ilustração mais apropriada para a ocasião. Tenha tudo o que for precisar organizado previamente e em mãos. 5. Leve a Bíblia e leia o texto escolhido, no início ou no final. 6. Verifique o melhor lugar para ficar, ser visto e ouvido por todos, especialmente pelos pequenos. 7. Olhe para todas as crianças, mesmo as que estão mais longe. 8. Cuide com seu tom de voz. Não fale alto demais, nem muito baixo. Procure alterar a altura da voz e o jeito de falar de acordo com os personagens ou com o que está acontecendo na história. Viva a história! 9. Use outros recursos para prender a atenção das crianças e ajudá-las na fixação da mensagem principal. Cuide, porém, para que os materiais concretos ou a dramatização não distraiam as crianças e tirem o foco da essência da história. 10. Apresente-se de maneira modesta sem chamar a atenção para seu corpo por algum motivo específico. 11. Faça um apelo ao finaObservação: lizar a história e ore Para acréscimo às sugestões acima sobre isso, confirverifique as ideias mando a decisão das praticadas pela Igreja Central de Cuiabá na crianças. página 24.
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CRESCIMENTO DA LIDERANÇA
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Da mesma maneira que a sociedade moderna tem instalado a ansiedade em todas as esferas da vida humana, também tem tirado a simplicidade do culto a Deus. Onde quer que estejamos, temos a sensação de que precisamos de uma megaestrutura para oferecer culto a Deus. O clichê é batido, mas verdadeiro: menos é mais. E isso nunca foi tão real como é hoje na adoração congregacional. “Menos é mais” trata de abrir mão do malabarismo litúrgico em nome da simplicidade. Tanto nos sermões, quanto no louvor congregacional e na ordem do culto, a adoração deve ser bela, direta e sem rodeios. Muitos tratam a adoração congregacional como um espetáculo religioso, uma grande performance que justifique a ida ao culto. Damos mais valor e atenção à liturgia da cerimônia do que propriamente ao exercício da fé com simplicidade. Isso acontece porque a igreja não conhece o que é o verdadeiro culto a Deus. Parece que temos perdido, como igreja, a capacidade de compreender que o culto a Deus é simples. Que foi vivido/experimentado por Jesus e os apóstolos de uma forma profunda e, ao mes-
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mo tempo, com simplicidade. O que era a igreja do 1º século? Um grupo de pessoas reunidas em um círculo, compartilhando a ceia do Senhor, cantando hinos a Deus e relembrando as palavras do Cristo ressurreto. Adoração não tem que ser complicada. Imagine o contraste desse quadro com a cultura de adoração dos nossos dias. Estamos muito ligados a uma forma complexa de executar as coisas. Estamos imersos num ritmo formal de adoração: devo levantar ou me assentar, devo ficar parado ou me movimentar, devo ficar em silêncio ou me manifestar, devo ajoelhar ou simplesmente cantar? Nós até julgamos os outros pelo modo como eles escolhem adorar a Deus. Se estamos empregando novos estilos de adoração e estão funcionando, isso é maravilhoso, desde que a forma da adoração não se torne o foco da adoração. Essa questão do foco da adoração verdadeira entrou na conversa de Jesus com uma mulher samaritana junto ao poço de Jacó. Depois de falar da água da vida e dar uma nova esperança àquela mulher, Jesus ouve dela uma indagação sobre a verdadeira adoração. Sua dúvida era quanto ao lugar onde Deus deveria ser adorado, se em Jerusalém ou em Samaria. Nesse ponto, depois de afirmar que o lugar da adoração deixara de ser importante, Jesus adiciona um elemento essencial na revelação e diz:
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Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é Espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade (Jo 4:23, 24).
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Jesus ensina principalmente duas coisas nessa agem. Primeiro, quando diz “em espírito”, Ele está indicando o nível “interior” em que deve ocorrer a verdadeira adoração, não a performance “exterior”. Ou seja, devemos comparecer diante de Deus com total sinceridade e num espírito (ou disposição) dirigido pela atividade do Espírito Santo em nossa vida. Segundo, quando diz que a adoração
deve ser “em verdade”, Ele está afirmando que a adoração deve ser prestada conforme a verdade da revelação que Deus fez de Si mesmo por meio de Seu Filho Jesus. A complexidade da adoração pode ser simplificada pela compreensão de que não somos nós que definimos a adoração; a adoração nos define. A adoração é viver cada segundo de nossa existência em honra ao Criador. Essa concepção nos liberta dos laços da natureza humana e permite que a natureza de Deus nos controle. Adoração é a maneira como falamos, como andamos, como trabalhamos e como amamos. Adoração é a ação e reação às demandas diárias. É o modo como tratamos todos aqueles que Deus envia em nosso caminho. Nosso culto corporativo a Deus é aceitável para Ele quanA adoração do se origina de nosso amor e de um desejo inabalável de é viver cada agradá-Lo. Ele aceita as nossas imperfeitas expressões de segundo adoração e se deleita na mais simples manifestação de loude nossa vor. Quando você adora com esse espírito, nada mais imporexistência ta. Você pode ser um entre a multidão ou a única pessoa em honra ao no recinto, mas ninguém fica entre você e seu Criador. Você Criador" pode ser afinado ou desafinado quando canta; suas mãos podem estar levantadas ou baixadas; seus olhos podem estar fechados ou abertos, você pode estar assentado ou em pé – nada disso importa quando sua adoração é movida pelo desejo de agradar a Deus. A simplicidade ajuda a retirar os holofotes das formas de adoração. E quando os holofotes saírem da banda, do solista, do pregador e da sequência litúrgica, então se repetirá no culto o que aconteceu no monte da transfiguração: “Então, eles, levantando os olhos, a ninuém viram, senão Jesus” (Mt 17:8). Adorando Juntos
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O DE VOLTA Estêvão Queiroga | Pedro Anversa | Ruy Reis | Tiago Arrais
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Redação: Ruy Reis
ENCONTRO COM DEUS O culto é um encontro. É o momento em que homens e mulheres se apresentam diante de seu Criador, para que Deus se revele ao homem. Desde o princípio, o maior privilégio que foi concedido à humanidade foi conhecer à Deus e conversar com Ele face a face. Neste texto, apresentamos algumas considerações sobre o primeiro encontro da humanidade com Deus e como foi possível aos homens conhecerem a Deus. Abordaremos também o que aconteceu quando os homens, longe de Deus, se esqueceram de Sua face, e como Deus novamente se fez conhecer. Esperamos que essas considerações possam servir de reflexão à maneira como temos nos encontrado com Deus para adorá-lo em nossa vida, principalmente nos cultos que realizamos. É nosso desejo que possamos nos aproximar cada dia mais Dele, até chegar o dia em que veremos Seu rosto novamente.
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DESPERTAR
Ao nos reunirmos em adoração, precisamos renovar a ligação com aquele que é a fonte de nossa vida. Nós O buscamos não somente porque podemos, mas porque precisamos Dele em todo tempo. Nosso culto não é uma demonstração das coisas que podemos fazer por Ele e para Ele – cantar, pregar, ofertar ou orar –, mas sim um reconhecimento do que Deus fez e faz diariamente por nós. Em nossa vida, devemos lembrar que o ser humano está intimamente ligado ao divino, seja em sua aparência, seu respirar ou seu caráter. Para que tenhamos uma vida plena, a relação com Deus deve ser mantida. Assim como no dia de sua criação, o homem não deve perder de vista a face de Seu Criador. Adão despertou para a vida ao sentir o sopro divino em seu rosto, enquanto seus pulmões se enchiam Em nossa do fôlego de Deus. No amanhecer de sua existência, a vida, devemos face de Deus foi a primeira coisa que ele contemplou. lembrar que o Ali nascia o ser humano, e assim se deu o primeiro enser humano está contro da humanidade com intimamente seu Criador. Adão aprendeu do próprio Criador que havia ligado ao divino" sido formado pelas mãos divinas. Fora cuidadosamente modelado da terra do solo (adamah), e havia então recebido em seu corpo um sopro de vida (ruah) vindo dos lábios de Deus, que o havia transformado em um ser vivente (nefesh).1 Essa é a equação da vida tal como apresentada na Bíblia, e ela pode nos dar algumas indicações sobre quem somos. Nossa vida é resultado da fusão entre o pó da terra e o sopro de vida vindo de Deus. Na ausência da matéria ou do sopro divino, a vida se desfaz. A vida de Adão só era possível enquanto Deus o sustentasse por meio 36
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de Seu sopro divino. O milagre da vida não havia ocorrido apenas em sua criação, mas era um dom constante, que se desdobrava a cada dia. Muitas vezes colocamos bastante ênfase na origem da vida e na criação do ser humano, e acabamos por achar que a continuação da vida é algo corriqueiro, como se o seu prosseguimento fosse trivial. Não é. O dom da vida se manifesta a cada momento. Sem o sopro divino para nos sustentar, somos apenas pó. Em nosso próprio respirar estamos ligados a Deus, e não apenas em um plano espiritual remoto. Ao respirar e tomar consciência de si, o primeiro homem examinava seu corpo e seu entendimento. Percebeu que era semelhante a Deus. Com o tempo, compreendeu que a semelhança não se limitava à sua aparência, mas era também manifesta em seu próprio caráter. A lei de Deus corria em suas veias, e segui-la era tão natural quanto respirar. Ellen G. White afirma que “Adão e Eva, em sua pureza, tinham o conhecimento da lei original de Deus. Ela lhes estava gravada no coração, e eles estavam familiarizados com as exigências da lei no tocante a si próprios” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 1193).
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REVELAÇÃO
Para recebermos a revelação divina em nossos cultos, precisamos estar abertos a todas as maneiras possíveis que Deus tem para se comunicar conosco. O culto que se concentra em tentar alcançar a Deus criando mecanismos formais, não propicia que o adorador entenda que é Deus quem tem interesse em se revelar a ele. Nas orações, nas canções, nos aconselhamentos mas, sobretudo, no estudo aprofundado de Sua Palavra. Perto de Deus, somos insignificantes, e não há nada que tenhamos que possa ser útil ao Criador do Universo. Para que pudéssemos nos relacionar com Ele, foi preciso que Ele se revelasse, já que, por nós mesmos, seria impossível
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compreendê-lo. Deus quer se relacionar conosco porque nos ama. Ao se encontrarem com Deus, Adão e Eva estavam em severa desvantagem. Se fosse requerido que eles fizessem algo por seu Criador em troca da vida, o que eles fariam? O que teriam para oferecer ao Todo-Poderoso? Nada. Se oferecessem o que tinham de melhor, se chegassem ao limite de sua capacidade, que proveito teria isso para Deus? Nenhum. “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor?”2 Adão e Eva estavam à mercê de Deus. O casal, recém-chegado ao mundo, estava diante do Criador e Sustentáculo do Universo. Homem e mulher não estavam apenas em situação de extrema vulnerabilidade, eles nem mesmo podiam compreender diante de quem se encontravam.3 Mesmo no ápice de sua inteligência, Adão e Eva não eram capazes de assimilar a vastidão do abismo existencial que os separava de seu Criador.4 A glória de Deus era maior do que qualquer coisa que eles pudessem imaginar, sua grandiosidade e majestade excediam o entendimento humano. Ao olhar nos olhos de Deus, Adão e Eva se deparavam com o infinito. Como eles fariam para conhecer seu Criador? Tendo sido criados pelas mãos de Deus, o coração de ambos estava aberto para todas as manifestações divinas, e reconheciam em toda a natureza as digitais do Criador. Cada vez que o casal examinava as obras de Deus, das mais distantes até o mais íntimo de seu ser, das maiores às menores, eles vislumbravam a glória do Criador.5 No entanto, havia outra maneira de conhecer a Deus, certamente a mais maravilhosa de todas. Deus se apequenou de tal forma que era possível a Adão e Eva estarem com Ele pessoalmente. Assim foi possível a Adão e Eva andarem ao lado de Deus sem serem consumidos por Sua glória, e a contemplá-lo sem encherem-se de terror. Para que a humanidade se relacionasse com Deus, foi preciso protegê-la do esplendor divino.
Deus precisou se diminuir para se tornar ível. Que Deus tenha se sujeitado a se rebaixar para se revelar a Adão e Eva é algo espantoso. Eles não tinham nada para oferecer em troca ao Criador, nada que pudesse lhe interessar. Por que Deus se daria ao trabalho de se curvar somente para que esses seres pudessem conhecê-lo? O que a humanidade descobriu quando Deus se deu a conhecer foi que Deus é amor.6 E o amor de Deus por Adão e Eva foi tamanho que Ele se humilhou a ponto de se fazer insignificante, para que eles pudessem conhecê-Lo e se relacionar com Ele.
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Se, em nossa liturgia, buscamos antes a nossa vontade do que os princípios divinos, é certo que perderemos Deus de vista"
EXÍLIO
Se, em nossa liturgia, buscamos antes a nossa vontade do que os princípios divinos, é certo que perderemos Deus de vista. Por não termos mais a lei de Deus escrita em nosso coração, somos particularmente vulneráveis. Nossa necessidade da revelação de Deus deve estar continuamente em nosso foco. Em tudo que fizermos, Sua palavra deve ser o centro, ou nos perderemos em rituais vazios. Quando Adão e Eva pecaram, eles perderam tanto a presença do Criador quanto o conhecimento da lei de Deus, que estava em seu coração. Assim, eles ficaram sem os principais indicadores do caráter de Deus, e era uma questão de tempo até que perdessem Deus de vista. O mesmo sopro que dava vida a Adão e Eva também lhes dava liberdade para aceitar ou rejeitar as palavras de Deus. Essa liberdade era tamanha que permitiu que eles agissem contra o próprio fôlego que os animava. Inexplicavelmente, Adão e Eva escolheram comer o fruto Adorando Juntos
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proibido. Sua transgressão os colocava não só contra a orientação divina, mas também contra a própria essência de seu ser. A lei de Deus estava em seu coração, mas eles resolveram sufocá-la.7 Assim, quando Adão e Eva se viram nus diante de Deus, uma drástica transformação havia ocorrido, e as folhas de parreira com as quais eles procuravam se cobrir seriam insuficientes para reverter sua condição. Apesar do fôlego de vida ainda encher seus pulmões, uma mudança funesta havia se operado. Sua sentença de morte fora assinada por eles mesmos. A consequência imediata de sua desobediência foi o exílio. Adão e Eva olharam para a face de Deus pela última vez e saíram. Naquele instante, talvez eles não compreendessem exatamente o que era a morte, mas uma coisa era certa: o exílio da presença de Deus lhes afigurava o pior castigo que poderiam conceber. Desde sua vinda ao mundo, o homem podia contemplar a face de Deus e desfrutar de Sua presença diariamente. Com o pecado, esse privilégio foi suspenso. Mais do que serem expulsos do jardim do Éden, Adão e Eva foram privados de contemplar a face de Deus. Pelo resto de suas vidas, eles estariam distantes da presença de seu Criador, em uma ausência que seria duramente sentida até o fim. Quando reuniam seus filhos e filhas para contarem como haviam sido criados, sua mente se voltava para quando eles podiam andar com Deus. Em sua tristeza, eles se lembravam da promessa que Deus havia feito, de que um dia eles novamente olhariam nos olhos de Deus e sentiriam Seu amor.
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IDOLATRIA
Até mesmo a cerimônia religiosa pode ser usada para dissimular a ausência de espiritualidade, e o formalismo prospera em tais condições. Ao buscarem santificar formas esvaziadas da presença de Deus, os homens acabam construindo ídolos para si. Se Deus não estiver no centro da liturgia, tudo o que fizermos será em 38
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vão. Nossas orações, músicas, ofertas, sermões e tudo mais não arão de imagens feitas por mãos humanas. Ao acreditar que o encontro com Deus acontece por intermédio de nossas ações e não de Sua revelação, estamos assumindo o lugar que é devido a Ele em nossa religação. Ao se esquecerem do rosto de seu Criador, os seres humanos trocaram a adoração em espírito e verdade por uma rotina de cerimônias. Muitas vezes, tentavam obter o favor divino por meio de seus ritos, como se fosse possível barganhar com Deus. Entretanto, formalismo desprovido da presença de Deus não a de idolatria. Longe de Deus e com coração de pedra, as sucessivas gerações depois de Adão e Eva se esqueceram do rosto de seu Criador. Haviam se tornado cegos, surdos e insensíveis a qualquer coisa espiritual. Ao se aproximar a época determinada por Daniel para a chegada do Messias8, o conhecimento de Deus havia se tornado escasso sobre a Terra. Deus não abandonara a humanidade. Ele continuava a se comunicar com ela por intermédio daqueles que ainda se lembravam de Sua face, testemunhando sobre as revelações divinas. Entretanto, a maior parte dos homens e mulheres não conseguia mais discernir a fisionomia de Deus nos diversos ritos com os quais estavam habituados. O que antes havia sido adoração em espírito e verdade dera lugar a uma rotina de cerimônias, tradições e especulações. Destituídas do fôlego divino, as cerimônias não tinham mais poder algum sobre os corações. Homens e mulheres avam desgostosos o que eles percebiam como somente fábulas e falsidades. Enquanto isso, a maior parte daqueles que professavam o nome de Deus buscavam apenas o seu próprio interesse, e sua hipocrisia era patente.9 Apesar de todo seu aparente zelo, Deus era um estranho para eles. O rito, por sua vez, era certificado como se dotado de propriedades mágicas. O formalismo era tal que, se o próprio Deus tivesse descido dos céus e eado pela
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brisa da tarde em Jerusalém, poucos o teriam reconhecido. Ao perderem Deus de vista, os homens tentaram manter suas cerimônias e tradições vivas. Incautos, muitos dos que incentivavam o desenvolvimento dessas formas inertes e desprovidas da presença de Deus acabavam por construir um formalismo santificado por eles mesmos e não por Deus. Inversamente ao que aconteceu na criação, quando Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, os homens construíram formas à sua imagem e semelhança. Contudo, a forma santificada por homens tem um nome na Bíblia: se chama idolatria, e os deuses de criação humana são apenas formas inertes e sem vida, sejam objetos, costumes ou rituais, mesmo aqueles feitos em Seu nome. Só Deus pode gerar o fôlego de vida, que vivifica tanto a carne quanto o espírito. Muitos corações sinceros buscavam inutilmente o favor divino por meio de ritos e cerimônias, buscando aproximar-se de Deus por seus próprios esforços. Entretanto, quando esses adoradores julgavam ter algo com que pudessem comprar o favor de Deus, o culto assumia a forma de uma barganha. Não era em nada semelhante à forma humilde com que Adão se aproximava de seu Criador. A barganha, por sua vez, era uma das marcas dos cultos gregos e romanos. Seus deuses foram criados à imagem dos homens e eram acometidos por toda sorte de paixões e aflições: eram suscetíveis, vulneráveis, atraiçoavam-se e invejavam-se mutuamente. Eram deuses que aceitavam oferendas para favorecerem os homens. Portanto, de certa forma esses deuses podiam ser manipulados pelos indivíduos. Quando gregos e romanos sacrificavam animais, o seu intuito era agradar seus deuses em troca de favorecimento. De maneira oposta, o Deus de Adão não encontrava satisfação no sacrifício de animais. Visto que o culto sacrificial dos judeus tinha por objetivo apontar para a morte de Cristo, afirmar que
tal prenúncio alegraria ao Senhor é menosprezar o amor do Pai pelo Filho. O sacrifício servia para que os homens se lembrassem da promessa, para que eles enfim entendessem a missão do Messias. Deus não precisava do sacrifício para si. O Deus criador não é sugestionável, e não tem necessidade alguma que se faça algo por Ele. Aqueles que tentam manipular a Deus demonstram sua incompreensão do fato de ser Ele o Criador e nós Suas criaturas.10 Quando homens insistem em comover a Deus por meio de seus próprios esforços, demonstram total desconhecimento de Seu caráter. Sua grandeza e glória nos ultraam, e o favor divino é oferecido de graça. Deus age em favor da humanidade porque assim decide, motivado por amor.
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REENCONTRO
Jesus Cristo mostrou como Deus se relaciona com os homens: de forma pessoal e direta. Em nossos cultos, precisamos tomar cuidado para que nada se interponha entre nós e Deus. Mesmo artifícios designados para facilitar nossa vida podem infelizmente se tornar intermediários entre nós e Deus. Sua voz deve falar mais alto que qualquer outra voz. E é o ouvir essa voz que constrói um relacionamento íntimo entre Deus e o homem. Como a humanidade havia perdido Deus de vista, Ele precisou se revelar novamente, na pessoa de Jesus Cristo. O Messias veio como um homem humilde e esteve com homens e mulheres pessoalmente. Um dos encontros pessoais que Jesus teve foi com um leproso samaritano, a quem ele curou. O samaritano, ao reconhecer o que Jesus havia feito por ele, recebeu uma bênção ainda maior do que a cura. Com tamanha incompreensão sobre a natureza divina, era preciso que mais uma vez Deus se revelasse para que pudéssemos nos relacionar com Ele. Dessa vez, entretanto, Deus se curvaria muito mais longe do que qualquer um poderia imaginar. Ele se rebaixaria a ponto de Adorando Juntos
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transpor a distância imensurável que O separava da humanidade e assumiria a insignificante forma humana. Na terra, Deus encarnado seria apenas mais um carpinteiro que havia crescido na Galileia — uma posição irrisória dentro do drama humano. Entretanto, Ele vinha como o Cordeiro de Deus, o sacrifício que havia sido prometido a Adão. Deus se faria humano, para que pudéssemos conhecê-lo na pessoa de Jesus Cristo.11 E Cristo se humilharia até o fim, para que Deus o Pai fosse honrado. Cristo não veio como um legislador, para com eloquência defender os interesses de Deus entre os grandes da nação. Cristo não veio como um príncipe para reivindicar o trono de Davi e Cristo irradiava o por meio da força levar o seu reino para os confins caráter de Deus" da Terra. Cristo não veio como um escriba, para mudar os conceitos da nação por intermédio da erudição de seus escritos. Cristo não veio como um chefe militar, para com seus exércitos libertar os oprimidos e trazer o juízo às nações. Cristo não veio como um artista excepcional, para comover as massas por meio da sensibilidade de Suas obras. Jesus Cristo tinha todas as qualidades necessárias para qualquer um desses papéis, mas não confiou em Seus próprios méritos. Em Sua missão na Terra, o Seu hábito era do mais comum: Ele se encontrava com as pessoas pessoalmente e conversava com elas. O trabalho do Salvador nesta Terra, curando, ensinando, consolando, repreendendo, amando, foi feito durante o Seu convívio com o povo. Alguns dos encontros que Jesus teve são narrados na Bíblia. Cristo irradiava o caráter de Deus, e encontrar-se com Ele pessoalmente era uma experiência transformadora. Dos muitos encontros registrados na Bíblia, aquele que se deu entre Jesus e os dez leprosos nos traz um ensinamento importante: 40
Adorando Juntos
A caminho de Jerusalém, Jesus ou pela divisa entre Samaria e Galileia. Ao entrar num povoado, dez leprosos dirigiram-se a Ele. Ficaram a certa distância e gritaram em alta voz: “Jesus, Mestre, tem piedade de nós! “Ao vê-los, Ele disse: “Vão mostrar-se aos sacerdotes”. Enquanto eles iam, foram purificados. Um deles, quando viu que estava curado, voltou, louvando a Deus em alta voz. Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. Este era samaritano. Jesus perguntou: “Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro? “Então Ele lhe disse: “Levante-se e vá; a sua fé o salvou” (Lc 17:11-19). Todos os leprosos haviam sido curados, mas apenas o samaritano reagiu a essa cura. Teriam sido os leprosos dignos da bênção recebida? E havendo o samaritano voltado, seria um sinal de que ele era o mais indigno dentre os dez, o único que não teria merecido a bênção? Ou seria ele o único digno? A questão aqui não é sobre o merecimento, mas sobre reconhecimento. Apesar de todos serem pecadores12 e terem recebido livremente a bênção13, independentemente de seu mérito, apenas o samaritano percebeu a dimensão do que lhe havia acontecido. Tendo recebido a graça divina, ele se volta para Deus em louvor e, agradecido, se prostra aos pés de seu Salvador. E aqui acontece algo maravilhoso: a cura da lepra era apenas uma pequena parte do milagre, porque, para aquele que voltou, Jesus ofereceu a salvação. A bênção plena, embora estivesse livremente ível a todos, foi acolhida por apenas um. Jesus Cristo veio para esta Terra oferecer a salvação a todos. Aqueles que se voltarem para Ele poderão novamente olhar nos olhos de Deus.
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ADORAÇÃO
A liturgia em nossa igreja assume várias formas. Há muita discussão sobre como deve ser a forma ideal de nossos cultos. Essa discussão tem seu lugar. Há, no entanto, uma constante a ser mantida: o culto agradável a Deus é aquele feito em espírito e verdade. Nossos próprios esforços não têm o poder de tornar nossa adoração mais aceitável a Deus. Podemos, entretanto, seguir os os do samaritano quando formos comparecer diante de Deus: reconhecendo a bênção que nos foi concedida, nos voltarmos a Deus em busca de Sua presença e louvarmos o nome de Cristo enquanto nos prostramos a seus pés. Quando nos aproximamos de Deus para adorá-lo, não devemos nos enganar: as roupas que usamos, as músicas que escutamos, aquilo que comemos, os nossos atos de caridade, a piedade de nossos ancestrais, a nossa posição social, as ofertas que fazemos, o nosso conhecimento da Bíblia, nosso esforço por guardar os mandamentos divinos, nada disso vai nos livrar da morte. Se nem Adão e Eva em seu auge tinham algo a oferecer a Deus, muito menos nós em nossa imperfeição. Estamos nus diante de nosso Criador, e nossa justiça própria apenas aumenta a nossa inadequação. Assim, nos aproximamos de Deus não como quem traz recursos em busca de um bom negócio, mas como quem humildemente se prostra diante do Todo-Poderoso e implora por sua vida. Unicamente o sangue de Cristo pode nos capacitar a comparecer diante de Deus. Ao nos aproximarmos de Deus, podemos seguir o exemplo do leproso samaritano: Primeiro, humildemente reconhecemos a bênção que nos foi concedida. Tal como aconteceu com o leproso samaritano, a nossa salvação a pelo reconhecimento do que Deus fez por nós. Foi o próprio Deus quem buscou restabelecer uma relação pessoal que havia sido rompida pela raça humana. Não há nada que possamos fazer por nós mesmos, a não
ser decidir como vamos reagir à iniciativa divina. Assim, se recebemos uma bênção, não é porque sejamos merecedores, mas sim porque Deus é bom. E se não há merecedores, somos todos iguais perante Deus. Embora saibamos essa verdade de cor, ainda agimos como se uns fossem mais iguais do que outros.14 Se algumas vezes ainda nos julgamos melhores, mais dignos, mais preparados, mais humildes ou mais convertidos do que outros, é porque ainda não entendemos nossa condição real e o sacrifício de Jesus Cristo. Entretanto, devemos entender nossa própria vulnerabilidade e perceber que somos igualmente carentes. Se não fosse a graça divina, ninguém se salvaria. Em seguida, nos voltamos para Deus em busca de Sua presença.15 Aqueles que buscavam a presença de Jesus eram integrados à comunidade de Seus discípulos, da qual era um privilégio fazer parte. Muitos há que não gostam do culto em comunidade. Ora, Jesus sempre buscou o convívio com as pessoas, o contato pessoal. Entre os primeiros cristãos, a vida em comunidade era a regra.16 Por que seríamos diferentes do mestre, ou nos julgaríamos melhores do que Seus discípulos? Hoje, ao buscarmos a Deus em comunidade, desviamos o foco de nós mesmos, O culto temos nossos olhos abertos para agradável o outro e obtemos o privilégio da 17 presença de Deus. a Deus é Finalmente, louvamos o nome de Cristo enquanto nos prostraaquele feito mos a Seus pés. Quantas vezes discutimos que forma deve assumir em espírito e a adoração em nossas igrejas, enquanto o primordial a desperverdade" cebido. Devemos antes nos lembrar do que significam os ritos e as cerimônias do qual nos servimos para adorar a Deus, para não acontecer de estarmos promovendo formas vazias de vida. A verdadeira adoração a Deus vem de um espírito agradecido. Adorando Juntos
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Por vezes somos erroneamente levados a crer que a adoração a Deus depende de uma forma específica. Assim, quando não atingimos determinado padrão formal, podemos mesmo duvidar da dignidade de nossa adoração. Entretanto, até mesmo o samaritano nunca poderia ter se aproximado de Jesus, se fosse ar por um crivo formal. O homem que fora curado trazia apenas humildade e gratidão. Há quem possa argumentar que o samaritano trazia o que ele tinha de melhor, por isso a sua adoração foi aceita. Entretanto, a ideia de que o nosso melhor é o suficiente para Deus pode ser enganosa. Caim trouxe o melhor do seu trabalho como oferta para Deus, e assim fazendo confiou mais nos seus próprios méritos do que nos de Jesus, prenunciados no sacrifício do cordeiro.18 Quando Jesus foi confrontado com uma questão sobre a forma da adoração, Ele prontamente afirmou: Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (Jo 4:23, 24). Cristo deixa bem claro que a adoração feita a Deus em espírito e em verdade é a única válida e agradável a Deus. Quando Jesus Cristo esteve entre nós, Ele advertiu a Marta de que esta se afadigava com muitas coisas, enquanto uma só era necessária.19 Se nos atarefamos em excesso, perdemos a chance de desfrutar da companhia do Salvador. Assim, reconhecendo o que Deus fez por nós, buscamos Sua presença e, humildemente e agradecidos, o louvamos, até que venha o dia em que nós possamos adorá-lo face a face. 42
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Referências 1 Gênesis 2:7. 2 Isaías 1:11. 3 “Com quem vocês me compararão? Quem se assemelha a mim?” (Is 40:25). 4 O livro de Eclesiastes nos diz que Deus pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa entender a obra que Deus realiza desde o princípio até o fim (Ec 3:11). 5 Salmo 8:3, 4. 6 “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” (1Jo 4:7, 8). 7 Ellen G. White, Patriarcas e Profetas. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008, p. 261. 8 “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações. E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador” (Dn 9:24-27). 9 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome, e em teu nome não expulsamos demônios, e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7:21-23). 10 “Não abras a boca precipitadamente, e não se apresse o teu coração a proferir palavra alguma diante de Deus; porque Deus está no céu, e tu sobre a terra. Portanto, sejam poucas as tuas palavras” (Ec 5:2). 11 “No princípio era Aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era
Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio Dele; sem Ele, nada do que existe teria sido feito. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram. […]. Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. […]. Pois a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido” (Jo 1:1-5, 14, 17-18). 12 “Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque” (Ec 7:20). 13 “Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento” (Ec 9:2). 14 Assim como no livro A Revolução dos Bichos, de George Orwell. 15 “E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração” (Jr 29:13). 16 “E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (At 2:44-47). 17 “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18:19, 20). 18 Ellen G. White, Patriarcas e Profetas. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007, p. 41. 19 “E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa; e tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a Sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada” (Lc 10:38-42).
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Guia prático Em nossos cultos, temos seguido os os do samaritano que foi curado da lepra? Propomos a seguir algumas perguntas divididas de acordo com
os os que o samaritano tomou para se aproximar de Jesus. Reúna-se com a sua igreja e procure responder a estas perguntas com sinceridade.
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emos reconhecido quem T é Deus e o que Ele tem feito por nós? Em nossa adoração, temos reconhecido nosso diminuto tamanho perto do Criador do Universo e a nossa dependência Dele a cada instante? Aceitamos verdadeiramente que somos amados por Deus ou sempre criamos condições para que Ele nos ame e ame os outros? Percebemos que somos todos – dentro ou fora da comunidade – pecadores e igualmente carentes da graça de Deus? Compreendemos que Deus não precisa de nós e que mesmo quando nos pede algo é para nosso próprio benefício? Estamos convencidos de que Deus nos deu tudo o que temos ou pensamos ter algo que vem de nós mesmos ou que nos pertence?
Temos nos voltado para Deus? A presença de Deus tem sido real na percepção de nossa igreja? Nossos cultos têm sido eventos em que Deus se faz presente, em oposição a meros programas de entretenimento? O Espírito Santo tem agido por intermédio de nós para transformar a vida de nosso próximo? Temos tido encontros pessoais com nossos irmãos, muito além de um “bom sábado” cortês? Nossa religiosidade tem sido viva e atuante todos os dias, sem se limitar aos sábados? Se nossa igreja deixasse de existir, a vizinhança sentiria falta? E se a vizinhança fosse embora, nossa igreja sentiria falta? Temos usado nossa visão litúrgica para adorar a Deus com humildade ou para julgar outros dentro e fora de nossa comunidade?
Temos adorado a Deus em espírito e em verdade? Nossa adoração tem sido significativa e plena, e não apenas um conjunto de atos preestabelecidos executados mecanicamente? Quando nos reunimos para louvar a Deus, temos louvado como um grupo, não nos mantendo isolados uns dos outros? Ao estudarmos a palavra de Deus, temos obtido a oportunidade de meditarmos na mensagem que ela nos traz ou já recebemos uma interpretação pronta de um única pessoa? A habilidade do pregador tem ofuscado os ensinamentos bíblicos? Nossas orações têm sido oportunidades para abrirmos o coração diante de Deus, sem um roteiro preestabelecido? Nossa música tem sido feita em gratidão e humildade? Nossos cânticos têm sido uma resposta à revelação divina, e não fruto de nossos próprios caprichos e formalidades?
Se a maior parte das perguntas foi respondida positivamente pela igreja, é possível que sua comunidade esteja no “caminho de volta”, buscando a Deus em espírito e verdade. No entanto, é bem
provável que haja respostas negativas. Enxerguem nesses pontos oportunidades de buscarem viver de maneira ainda mais plena a revelação e o amor de Deus. Adorando Juntos
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Renovando a liturgia do culto de adoração SUL-AMERICANA
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Adorando Juntos
VOTADO registrar o voto da DSA 2015-294, como segue: CONSIDERANDO as duas formas sugestivas de liturgia expressas pelo Manual da Igreja (MI, Ed. 2010, Notas p. 181, 182), que ao mesmo tempo diz: “Não existe uma forma ou ordem estabelecida para o culto público. Em geral, uma ordem mais curta para o culto é mais adequada” (MI, Ed. 2010, p. 124); CONSIDERANDO a necessidade no território da Divisão Sul-Americana (DSA) de desenvolver um culto de adoração mais dinâmico e que se comunique de maneira eficiente com a geração atual; CONSIDERANDO que o propósito do culto deve equilibrar e integrar harmoniosamente a adoração a Deus, a edificação da Igreja e a evangelização; CONSIDERANDO a influência da tecnologia, o ritmo da vida atual, que gera mentes inquietas e a necessidade de um culto de adoração mais direto e inspirador; CONSIDERANDO a quantidade de telespectadores e ouvintes da Novo Tempo que têm vindo para as nossas igrejas e que necessitam de uma programação mais direta e bem preparada;
Ilustração: Freepik
VOTO DA DIVISÃO
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VOTADO as seguintes instruções práticas e uma liturgia sugestiva para ser utilizada nas igrejas e grupos no território da Divisão Sul-Americana: 1 Investir mais tempo por parte dos pastores e Associações/ Missões em capacitações sobre culto e liturgia, buscando maior qualidade na adoração.
nvolver as diferentes gera2 E ções da igreja, evitando que o culto de adoração esteja voltado a apenas um grupo específico.
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stabelecer uma continuida4 E de entre Escola Sabatina e Culto Divino, integrando ambos como uma só unidade de adoração com um hino de louvor como transição.
Ilustração: Freepik
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eterminar a ordem apropriaD da de como serão a Escola Sabatina e o Culto de Adoração, e definir qual dos dois acontecerá primeiro na manhã de sábado. Onde o Culto Divino antecede a Escola Sabatina, os dízimos e as ofertas podem ser recolhidos depois da pregação.
tilizar, na medida do possível, 5 U o mesmo espaço físico da plataforma para realizar o Culto de Adoração e a Escola Sabatina, entendendo que ambos envolvem adoração a Deus e respeito por Sua presença.
rganizar os cultos com an6 O tecedência, evitando improvisação e imprevistos que diminuam sua solenidade e forte influência espiritual. 7
nvolver a maior quantidade E possível de participantes de todas as idades.
ealizar um programa atra8 R ente e eficaz para os amigos que visitem a igreja. tilizar os recursos audiovi9 U suais com criatividade e sem exageros. reparar um calendário anual 10 P de pregações que envolva o máximo possível das 28 Crenças Fundamentais da IASD. 11 Incentivar que o louvor congregacional se desenvolva sempre em harmonia com a pregação, com o uso de instrumentos próprios para a adoração e não ocupando tempo demasiado que venha a comprometer a pregação da Palavra. (Ver “Filosofia Adventista do Sétimo Dia com Relação à Música” DSA 144-03, “Orientações com relação à música para a Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul” DSA 116-05. Disponível em: .)
otivar os pregadores a não 12 M perder a oportunidade de encerrar a pregação com apelos que motivem os ouvintes a tomar decisões práticas. 13
stabelecer uma liturgia comE pleta que tenha aproximadamente uma hora e quinze minutos de duração, dividindo o tempo equilibradamente entre as partes do culto e dedicando pelo menos 30 minutos à pregação.
anter a equipe do Ministério 14 M da Recepção atuante durante toda a programação do culto, dando uma atenção especial aos amigos que chegam à igreja. tilizar uma liturgia mais bre15 U ve, que mantenha as partes fundamentais da adoração dentro do culto, de acordo com a seguinte sugestão: a. Chamado à adoração (leitura bíblica e oração) b. Momento do louvor c. Oração intercessora d. Adoração infantil e. Dízimos e ofertas (Testemunhos de “Provai e Vede”) f. Mensagem musical g. Pregação bíblica h. Hino final i. Bênção rientações adicionais po16 O dem ser sugeridas pela União de acordo a seu próprio contexto. Adorando Juntos
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PROGRAMAS ESPECIAIS
SEMANA SANTA
SUGESTÕES PARA INTEGRAÇÃO DE TODAS AS GERAÇÕES NO PROGRAMA DA SEMANA SANTA 2019
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tes estarão organizados para ter uma semana inesquecível com seus amigos em lugares ainda não alcançados com a mensagem. Na segunda etapa, realizada na igreja, jovens e adolescentes precisam estar envolvidos como protagonistas, orientados pelos líderes mais experientes. Ellen White diz que “pregadores ou leigos de idade avançada não podem ter, sobre a juventude, metade da influência que os jovens consagrados têm sobre seus companheiros”.1 Desse modo, fica muito fácil compreender por que ela diz que “os jovens são nossa esperança para a obra missionária”.2 Chegou a vez de todos estarem JUNTOS em Missão. Veja as dicas a seguir:
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COMO TER OS JOVENS, ADOLESCENTES E CRIANÇAS INCLUÍDOS NA SEMANA DE EVANGELISMO. A Semana Santa 2019 será realizada em duas etapas: a primeira nos lares ou em outros locais, de domingo à quarta-feira, e a segunda na igreja local, de quinta-feira a domingo. Essencialmente, o programa da Semana Santa é evangelístico, e o envolvimento dos jovens, adolescentes e crianças nesse esforço missionário será fundamental para o despertar de uma consciência missionária nas novas gerações. Na primeira etapa as crianças terão a oportunidade de realizar a Semana Santa com seus amiguinhos por quem estão orando desde os Dez Dias de Oração. E os jovens e adolescen-
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Faça um planejamento participativo.
Faça divulgação criativa e intensa nas mídias sociais.
Semanas antes do dia 13 de abril de 2019, reúna uma representação de todas as faixas etárias da igreja para planejar a “Semana Santa: Renascidos”. A reunião deve ser participativa, simples e objetiva, colhendo sugestões de todos os presentes para dias de intenso evangelismo e esforço missionário. Todos precisam compreender a importância desse período para alcançar os amigos, pelos quais começamos a orar no programa 10 Dias de Oração.
A igreja preparou uma imensa coletânea de imagens e vídeos para divulgação da Semana Santa 2019. Use esse conteúdo nas redes sociais para manter não apenas a igreja, mas a comunidade informada do programa especial, que irá acontecer nos lares e na igreja, por meio do WhatsApp, Instagram, Facebook, Twitter, YouTube, hashtags, etc. Desafie os jovens a assumirem a liderança desse movimento nas mídias sociais. Adorando Juntos
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Crie estratégias para o protagonismo missionário das novas gerações. A Semana Santa 2019 será realizada em duas etapas: a primeira nos lares ou em locais diferentes, de domingo a quarta-feira, e a segunda na igreja local, de quinta-feira a domingo. Como no planejamento todas as gerações tiveram voz e representatividade, deve ser feito um esforço para que as novas gerações protagonizem a programação na igreja. Esse é o momento de identificar os dons e talentos de nossos meninos e meninas e colocá-los na missão.
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Amigo de oração. Todos os dias, um momento do programa deve ser reservado para homenagear e valorizar os amigos que estiverem visitando a igreja, em especial aqueles pelos quais a igreja ora desde o início do ano. Tirar fotos das duplas de amigos e colocar em um mural ou no telão, colocar um tapete vermelho para recebêlos no primeiro ou no último dia são ideias que podem aproximar esses novos amigos da igreja. Não deixe de incluir as crianças que estarão trazendo seus amigos com quem realizaram a primeira parte da semana em seus lares.
6 Estimular a criatividade para a exibição da Série Renascidos. Em 2019, os programas da Semana Santa vão contar com uma série, dividida em sete episódios, que fala sobre o renascimento espiritual por meio de Cristo. Cada capítulo está ligado ao tema do sermão do dia e funciona como um complemento. Assim, estimule as novas gerações e suas lideranças a usarem todo o seu potencial criativo para o lançamento e a exibição da série nos lares e na igreja. Material de apoio para preparar jovens pregadores estará disponível no site juntos2019.com.br.
8 Organize previamente a Classe Bíblica. Como muitos amigos estarão participando nos Pequenos Grupos e na igreja durante essa semana especial, defina previamente uma Classe Bíblica para ser iniciada logo após a Semana Santa. Data e horário, professor e coordenador da classe, ficha para inscrição, tudo deve estar pronto para que durante as noites de programa na igreja os novos amigos possam se inscrever.
As mais lindas cerimônias batismais. A cerimônia batismal é o momento mais marcante da trajetória do discípulo e do discipulador. Por isso, a festa tem que acompanhar a importância da ocasião. Essa cerimônia deve resgatar as lembranças daqueles que já foram batizados e ampliar o desejo e decisão daqueles que ainda não assumiram o compromisso público com Cristo por meio do batismo. Caso seja possível, realize essa cerimônia todos os dias da programação na igreja, tornando tudo especial, desde a decoração até a música, a recepção e as mensagens bíblicas.
7 Amplie e faça novas amizades. A segunda parte da Semana Santa, que ocorre na igreja, tem objetivo duplo: desenvolver a unidade da igreja e apresentar a comunidade adventista aos novos amigos. Assim, esse momento deve ser aproveitado para o desenvolvimento de novas amizades. Um lanche simples e prático no fim do culto é uma excelente maneira de criar o ambiente em que isso possa ser desenvolvido.
Com o envolvimento e participação de todos, tendo um claro foco na missão, muitos novos missionários poderão experimentar a alegria de testemunhar, e muitos novos amigos podem ser atraídos e alcançados.
Referências 1 Ellen G. White, Mensagens aos Jovens. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2016, p. 204. 2 Ellen G. Wh ite, Fundamentos da Educação Cristã. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2016, p. 320. 48
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IMPACTO ESPERANÇA FAZENDO NOVOS AMIGOS O Impacto Esperança é uma das grandes mobilizações missionárias da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A importância da distribuição de literatura e seu efeito para a salvação de pessoas são inegáveis. No entanto, tem se verificado que o programa mobiliza muitas pessoas apenas no dia de sua realização e na sequência há pouco envolvimento dos membros como missionários. É como se a igreja ficasse a espera do próximo “evento”. Queremos entregar milhares de livros; porém, sonhamos que o Impacto Esperança seja uma oportunidade para conectar mais pessoas com quem poderemos viver uma experiência de discipulado. Ou seja, o alvo é encontrar novos amigos e atraí-los para nossa vida e comunidade de amor. Em 2019, mais que nunca, a perspectiva é que essa seja uma ocasião em que todos estejam JUNTOS em Missão, num movimento que faça a diferença na região escolhida para a realização do projeto. Para isso, jovens e adolescentes, crianças e suas famílias, sem esquecer os mais experientes, estarão engajados em entregar livros e revistas que transmitam esperança. Mais do que isso, porém, o alvo é que todos vivam a experiência de iniciar ou aprofundar amizades, que levem pessoas a Jesus a partir do Impacto Esperança. Além de distribuir livros, o alvo é sair às ruas para fazer AMIGOS. Adorando Juntos
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Para que seja uma experiência significativa para toda a igreja, algumas sugestões podem ser muito úteis: Faça um planejamento participativo. No primeiro trimestre de 2019, reúna uma representação de todas as faixas etárias da igreja para planejar os detalhes do Impacto Esperança. A reunião deve ser participativa, simples e objetiva, colhendo sugestões de todos os presentes para esse esforço missionário. Todos precisam compreender que essa é uma ocasião para alcançar os amigos, pelos quais começamos a orar no programa 10 Dias de Oração e pelos novos amigos que surgirão dos contatos intencionais que todos poderão fazer nesse dia.
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Defina o local a ser impactado e organize a estratégia de distribuição. Será numa região residencial ou num local que concentra muitas pessoas? Próximo à igreja ou mais distante? Quantos livros serão necessários? Como os membros serão organizados para a ação?
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Faça divulgação criativa e intensa nas redes sociais. A igreja preparou uma imensa coletânea de imagens e vídeos para divulgação. Use e abuse desse conteúdo nas redes sociais para manter não apenas a igreja, mas a comunidade informada dessa ação, por meio do WhatsApp, Instagram, Facebook, Twitter, YouTube, hashtags etc. Desafie os jovens a assumirem a liderança desse movimento nas redes sociais.
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Não esqueça a jornada de discipulado Pais e Filhos Juntos. Como família eles estão sendo encorajados, pelo guia de discipulado, a realizarem o Impacto da Família no final de semana anterior. Sua igreja precisa facilitar a aquisição dos livros e revistas infantis com antecedência para as famílias. Sua igreja pode preparar ainda, no dia 18 ou no dia 25, um grande almoço de todas essas famílias na própria igreja ou num parque, por exemplo.
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Envolva as crianças A igreja precisa usar essa data para ajudar as crianças a entenderem que nós amamos a Deus, mas também amamos os nossos amigos de dentro e de fora da igreja. Após o almoço, as crianças podem ter um momento para que relatem o que aconteceu quando elas fizeram novos amiguinhos e distribuíram os livros. Por isso, pode ser preparado um programa infantil para que esses testemunhos sejam contados pelas crianças. Elas podem levar fotos e ter momentos para orar pelos novos amigos e também podem ser incentivadas a continuar esse relacionamento de amizade a fim de que os novos amigos conheçam a Jesus.
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Dê protagonismo missionário para as novas gerações. Como no planejamento todas as gerações tiveram voz e representatividade, deve ser feito um esforço para que as novas gerações participem de maneira ativa e inovadora no Impacto Esperança. Que desafios específicos sua igreja poderia pensar para jovens, adolescentes, desbravadores para essa ocasião?
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FAZENDO NOVOS AMIGOS Mais do que transmitir uma verdade, a missão de Cristo é um chamado para transmitir vida, e isso ocorre quando relacionamentos de amizade são construídos com a intenção de levar pessoas para conhecerem seu melhor Amigo, Jesus Cristo. “A todos quantos estão trabalhando com Cristo, desejo dizer: [...]. Vosso êxito não dependerá tanto de vosso saber e realizações, como de vossa habilidade em chegar ao coração das pessoas. Sendo sociáveis e aproximando-vos bem do povo, podereis mudar-lhes a direção dos pensamentos muito mais facilmente do que pelos mais bem feitos discursos” (Obreiros Evangélicos, p. 193). Para que isso aconteça, estas sugestões poderão ser compartilhadas com sua igreja antes de saírem para o Impacto Esperança:
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1. ORAR COM AS PESSOAS. A oração sensibiliza e geralmente é muito bem recebida. Na distribuição dos livros desafie os membros a oferecer uma oração às pessoas que estão recebendo os livros. Quando elas aceitarem, os membros deverão se colocar a disposição para continuar a interceder. Para isso podem solicitar o WhatsApp ou mesmo o endereço para contato posterior.
deixar claro que os primeiros contatos não têm o objetivo ainda de se oferecer estudos bíblicos ou convidar para a igreja, mas apenas DESENVOLVER A AMIZADE, preparando o terreno do coração para a etapa que virá mais adiante. 4. O QUE É AMIZADE? Relacionar-se com a pessoa, conhecer sua história, ter vínculos e dependência mútua. Ações práticas como convidar para um almoço/jantar ou sair com essas pessoas e suas famílias serão fundamentais para estreitar os laços. 5. CÍRCULO DE AMIGOS AMPLIADO. A partir do momento que a confiança foi gerada e a amizade é genuína, então o membro deverá trazer os novos amigos para a comunidade de seu Pequeno Grupo. Caso não haja igreja próxima, os membros poderão aproveitar a oportunidade para implantar os PGs. 6. COMPARTILHANDO A PALAVRA. Depois de inserida na comunidade de amor, então esta pessoa amada e cuidada deverá receber os estudos bíblicos e, por fim, ser recebida na Igreja.
2. CONTATO IMEDIATO. Encoraje cada membro para que no próprio dia do Impacto ou no seguinte envie uma mensagem ou contate as pessoas que receberam o livro, perguntando se elas têm pedidos de oração. Onde a conversa fluir, começa uma nova etapa nesse relacionamento de AMIZADE.
7. PARA TODA A VIDA. Amizades assim, que conectam vidas umas com as outras e ambas com Cristo e Sua igreja, duram para sempre. Não terminam com o fim de uma série de estudos bíblicos, nem com o batismo. Aprofundam-se após essas etapas na caminhada daqueles que agora vivem Juntos em Missão, porque almejam chegar ao Céu com muitos outros amigos.
3. AMIZADE PRIMEIRO. É importante orientar a igreja que nesse contato contínuo os membros irão INTENCIONALMENTE trazer essa pessoa para sua vida. Ou seja, buscarão aprofundar a amizade. É preciso
Imagine o que poderia acontecer se cada membro fizer pelo menos UM NOVO AMIGO e levá-lo para sua vida? Imagine o impacto de sua igreja se tiver 100% dos membros ENVOLVIDOS PESSOALMENTE na salvação de um amigo? Adorando Juntos
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PARA O BATISMO DA PRIMAVERA COMO PARTE DE UM PROCESSO DISCIPULADOR
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importante lembrar, antes de mais nada, que o batismo da primavera é um momento especial. Porém, não pode estar desvinculado do processo de discipulado, conduzido especialmente pelos pais, adolescentes e jovens que estão envolvidos pessoalmente com os novos amigos que desejam salvar. Com o apoio da igreja, o candidato ao batismo deve ser preparado ao longo do ano. E após o batismo o processo continua, ajudando-o a se tornar um discípulo completo em Jesus Cristo. Com isso em mente, algumas dicas e orientações podem tornar esse momento ainda mais especial.
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ORIENTAÇÕES
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IDEIAS E ORIENTAÇÕES PARA ESSE DIA
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Decoração Especial Procure deixar a decoração o mais aconchegante possível. Por se tratar do Batismo da Primavera, use muitas flores, desde a recepção da igreja.
2 Música Especial Vale a pena programar uma mensagem musical especial para esse dia. Lembrando que o mais importante é que todos os batizandos sejam incluídos no programa, e que “coisas especiais e diferentes” não aconteçam para um ou outro apenas, mas para todos. A mensagem musical especial não deve ser a principal parte do culto, apenas um complemento.
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Entrada e entrega dos novos discípulos no tanque batismal Os adolescentes, jovens e pais discipuladores podem entrar pelo corredor central com seus amigos e filhos, e entregá-los no tanque batismal. Se os discipuladores puderem entrar no tanque junto com o amigo ou filho, melhor ainda.
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Cerimônia com símbolos que sejam relevantes e significativos Num determinado momento, de maneira breve, os discipuladores, sejam os pais, avós ou jovens e adolescentes, podem presentear o batizando com algo especial que servirá como símbolo dessa aliança com Jesus. Exemplo: uma Bíblia especial com uma dedicatória, uma “caixa da aliança” para o futuro (dentro, ambos colocam suas declarações de amor, gratidão e fidelidade ao Senhor escritas de próprio punho e assumem o compromisso de guardar juntos ou enterrar para ser aberta nos próximos anos ou quando sentirem a necessidade de renovar seus votos de fidelidade ao Senhor). No contexto da jornada de discipulado PAIS E FILHOS JUNTOS, além do estudo bíblico “Amigos do Coração”, há uma coroa para ser usada em cada estudo realizado e decisão tomada. Nessa coroa, a criança coloca uma pedra para simbolizar seu compromisso com o tema estudado. Para a ocasião do batismo, há uma pedra especial reservada para ser colocada na coroa. Os pais devem levar a coroa e a pedra para ser colocada no momento do batismo.
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rograma Comum P Culto longo e cansativo. Deixe outras coisas neste dia especial e dê mais tempo para os batismos e/ou testemunhos, especialmente por ser um dia em que provavelmente muitos amigos ainda não adventistas estarão presentes. Seja objetivo e direto, porém, tocante e inspirador. Desprovido de símbolos e significados. Somos seres muito apegados a símbolos,
ainda mais quando eles fazem todo o sentido. Então aproveite essa oportunidade e impressione a mente dos amigos convidados e dos irmãos explicando com clareza o importante significado de tudo o que está sendo feito. Um batizando ter várias homenagens em detrimento de outro, que não tem nada especial. Programa desorganizado e não planejado. Peça ajuda a um líder que é bem or-
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O QUE NÃO PODE ACONTECER
6 Declaração do pai ao filho como se estivesse no altar do casamento, entregando o filho ou filha ao futuro cônjuge Algumas palavras significativas ditas pelo pai ou pela mãe ao seu filho ainda no tanque batismal. Para os mais tímidos pode ser uma declaração lida.
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O adolescente ou jovem apresenta o amigo batizando a Jesus como um marco de sua amizade com Cristo Os adolescentes e jovens que se engajaram no JUNTOS EM MISSÃO e prepararam amigos para o batismo podem conduzi-los até o tanque batismal.
ganizado e montem o programa juntos. Porém, deixe a execução e organização nas mãos de pessoas que realmente têm o dom dos bastidores e fazem isso muito bem. Falta de informação e instrução para os que serão batizados (sobre roupas, onde se trocar, quanto tempo antes devem chegar, sobre a sequência da programação, entradas, posição dentro do batistério, etc.).
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Almoço entre amigos e família celebrando esse novo nascimento É um dia especial. Jesus gostava de estar entre amigos. Gostava de participar de uma refeição compartilhada com eles. Para Cristo, isso ia muito além de se alimentar, significava momentos em que a vida era compartilhada. Por essa razão, vale a pena reunir os amigos, vizinhos e irmãos para celebrar o novo nascimento.
O batismo é uma etapa muito importante na caminhada de um discípulo de Cristo. Sendo assim, o compromisso da liderança da igreja é tornar esse momento ainda mais significativo e inspirador. Planeje para essa ocasião a melhor das festas: tanto para os pais que prepararam seus filhos, como para os jovens e adolescentes que estão trazendo seus amigos para Jesus. Será um dia inesquecível! Adorando Juntos
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