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RESENHA DO FILME “O PRESENTE” VOANDO COM BORBOLETAS INVISÍVEIS
Nas asas de uma borboleta, Emily busca unir sua mãe com Jason, um estranho mendigo que habita o banco da praça em frente ao hospital onde ela se trata de uma leucemia. Não era um mendigo qualquer, era um jovem herdeiro que participava de um funesto jogo de seu avô. Inicialmente, com a morte do bilionário Red Stevens, revela a futilidade de seus filhos, interessados apenas em seu espolio, enquanto Jason imagina ficar sem nada, ante a antipatia nutrida entre avô e neto. Porém, numa serie de vídeos gravados, Red Stevens deixa inúmeras tarefas para o neto. Cada tarefa desta gincana levará Jason a transformar-se em uma pessoa melhor para levar o prêmio. Cada tarefa era um aprendizado com varias lições de vida, embora ao final de cada etapa, Jason esperasse “O Presente”. No cumprimento da tarefa de buscar um amigo, Jason encontra Emily. A menina em estagio terminal numa ala do hospital da família Stevens, divide seus sonhos com o jovem Stevens, que sequer sabia o que era sonhar. O filme “O presente” baseado na Novela “The Ultimate Gift” de Jim Stovall, dirigido por Michael O. Sajbel, rodado nos Estados Unidos em 2007, usa uma linguagem simples, embora eficaz, fazendo uso de clichês, para contar a saga de um playboy, vivido por Drew Fuller, na busca pela sua redenção. O uso de imagens pós-morte recorrente em diversas obras, sejam elas literárias ou cinematográficas, revelam o desejo de mudança, não do alvo destas imagens, mas sim, do próprio morto, que se redime além tumulo, dos erros cometidos com quem fica vivo, e que não teria condições ou coragem de
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tentar conserto. Além da surrada história do fútil rico, encontrando numa pessoa de menos condições financeiras sua redenção. No fim, o filme cumpre seu propósito, menos emocionante do que o esperado, um tanto atrapalhado pela a trilha sonora composta por Mark McKenzie, que não derruba a cena, mas também não ajuda. A lição que se tira dos doze presentes, é que a vida precisa ser vivida intensamente, pois, o único presente que era esperado, mas que ninguém aceitaria ganhar, era a borboleta.