NR-20 E ÁREAS CLASSIFICADAS Ricardo Rodrigues Serpa
SP, 16 Out 2013
Áreas Classificadas; NR-20; Análise, Avaliação e Gerenciamento de Riscos Considerações Gerais.
ITSEMAP do Brasil STM Ltda. – 2013
Todo local sujeito à existência ou formação de misturas explosivas formadas por gases, vapores, poeiras ou fibras combustíveis com o ar atmosférico; Área na qual uma atmosfera explosiva de gás está presente ou na qual é provável a sua ocorrência exigindo precauções especiais para a construção, instalação e utilização de equipamentos elétricos.
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Uma atmosfera explosiva é caracterizada por uma mistura de gases ou vapores inflamáveis no ar, sob condições atmosféricas (pressão de 0,8 a 1,1 bar e temperatura de -20 a 60oC), onde há o risco de explosão com potencial de causar danos às pessoas, ao patrimônio e/ou ao meio ambiente.
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Tem por objetivo prevenir a ignição de vapores, gases, névoas, poeiras ou fibras, que podem ser gerados na operação de equipamentos ou processos, padronizando os níveis mínimos de aceitabilidade e reduzindo a probabilidade de ocorrência da presença de uma atmosfera inflamável com uma fonte de ignição. Adaptado de API, 1997. ITSEMAP do Brasil STM Ltda. – 2013
Não é objetivo da classificação de áreas proteger contra a ignição de liberações maiores de produtos inflamáveis, resultantes de falhas catastróficas numa planta industrial, pois, em geral, possuem baixas probabilidades de ocorrência; As ocorrências de falhas devem ser mantidas dentro dos limites de aceitabilidade no projeto, construção, operação e manutenção. Adaptado da NBR IEC 60079-10.
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Figura: Atmosferas Explosivas, Weg
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Existência ou possibilidade de ocorrer atmosfera explosiva e sua extensão; Persistência da condição no local; Frequência com que o evento ocorre. NBR IEC 60079-10: Figuras padronizadas; Metodologia da própria norma; Cálculo de dispersão do gás/vapor inflamável.
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Os exemplos apresentados na norma podem fornecer resultados bastante conservativos e devem ser utilizados com cautela; De acordo com a publicação “Area classification for secondary releases from low pressure natural gas systems”, (HSE, UK, 2008), o método de cálculo da Norma BS EN 60079:10 utilizado para a estimativa do volume no qual a concentração do gás/vapor é 0,25/0,50 o LII, chegou a apresentar valores até três vezes superiores quando comparados a simulações com modelos de cálculo de dispersão de gases. ITSEMAP do Brasil STM Ltda. – 2013
A NR-20/2012 trouxe grandes avanços do ponto de vista técnico, alterando o conceito de segurança baseado em distâncias, para a visão moderna com base no gerenciamento de riscos.
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Classe I
Classe II
- Gases acima de 2 até 60 ton; - Líquidos: acima de 10 até 5.000m3.
- Gases acima de 60 até 600 ton; - Líquidos: acima de 5.000 até 50.000m3.
Classe III
- Gases: acima de 600 ton; - Líquidos: acima de 50.000m3.
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EXCEÇÕES Instalações que manuseiam, armazenam, manipulam e transportam: Gases: acima de 1 e até 2 ton.; Líquidos: acima de 1 e até 10 m3;
Instalações varejistas e atacadistas com: Recipientes fechados de até 20 litros até o limite de 5.000 m3 de líquidos e de 600 ton. de gases.
Contemplar no PPRA e nos requisitos da NR-9: - inventário dos produtos; - riscos específicos; - procedimentos e planos de prevenção de acidentes; - medidas para atuação em emergências. ITSEMAP do Brasil STM Ltda. – 2013
Plano de Inspeção e Manutenção; Controle de Fontes de Ignição; Análise de Riscos; Prevenção e Controle de Vazamentos, Derramamentos, Incêndios, Explosões e Emissões Fugitivas; Plano de Resposta a Emergências; Capacitação dos Trabalhadores.
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ANÁLISE DE RISCOS No projeto das instalações Classes II e III devem constar, no mínimo: e) especificação técnica dos equipamentos, máquinas e órios críticos em termos de segurança e saúde no trabalho, estabelecidos pela análise de riscos; Os projetos das instalações existentes devem ser atualizados com a utilização de metodologias de análise de riscos para a identificação da necessidade de adoção de medidas de proteção complementares. ITSEMAP do Brasil STM Ltda. – 2013
ANÁLISE DE RISCOS As análises de riscos da instalação devem ser estruturadas com base em metodologias apropriadas, escolhidas em função dos propósitos da análise, das características e complexidade da instalação; As análises de riscos devem ser coordenadas por profissional habilitado; As análises de riscos devem ser elaboradas por equipe multidisciplinar, com conhecimento na aplicação das metodologias, dos riscos e da instalação, com participação de, no mínimo, um trabalhador com experiência na instalação, ou em parte desta, que é objeto da análise; Nas instalações Classe I, deve ser elaborada Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR). Nas instalações Classes II e III, devem ser utilizadas metodologias de análise definidas pelo profissional habilitado, devendo a escolha levar em consideração os riscos, as características e complexidade da instalação; O profissional habilitado deve fundamentar tecnicamente e registrar na própria análise a escolha da metodologia utilizada. ITSEMAP do Brasil STM Ltda. – 2013
ANÁLISE DE RISCOS Metodologias de Análises de Risco: Constitui-se em um conjunto de métodos e técnicas que, aplicados a operações que envolvam processo ou processamento, identificam os cenários hipotéticos de ocorrências indesejadas (acidentes), as possibilidades de danos, efeitos e consequências. Exemplos de algumas metodologias: a) Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR); b) ″What-if (E SE)″; c) Análise de Riscos e Operabilidade (HAZOP); d) Análise de Modos e Efeitos de Falhas (FMEA/FMECA); e) Análise por Árvore de Falhas (AAF); f) Análise por Árvore de Eventos (AAE); g) Análise Quantitativa de Riscos (AQR).
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PLANO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIAS O Plano de Resposta a Emergências das instalações Classe I, II e III deve ser elaborado considerando as características e a complexidade da instalação e conter, no mínimo: nome e função do(s) responsável(eis) técnico(s) pela elaboração e revisão do plano; nome e função do responsável pelo gerenciamento, coordenação e implementação do plano; designação dos integrantes da equipe de emergência, responsáveis pela execução de cada ação e seus respectivos substitutos; cenários de emergências, com base nas análises de riscos; descrição dos recursos necessários para resposta a cada; descrição dos meios de comunicação; procedimentos de resposta à emergência para cada; procedimentos para comunicação e acionamento das autoridades públicas e desencadeamento da ajuda mútua, caso exista; procedimentos para orientação de visitantes, quanto aos riscos existentes e como proceder em situações de emergência; cronograma, metodologia e registros de realização de exercícios simulados. ITSEMAP do Brasil STM Ltda. – 2013
CAPACITAÇÃO Trabalhadores que adentram na área e NÃO mantêm contato direto com o processo: Instalações Classes I, II e III: Curso de Integração (4 horas). Trabalhadores que adentram na área e MANTÊM contato direto com o processo: Instalação
Classe Atividade
Classe I
Classe II
Classe III
Específica, pontual e de curta duração
Curso Básico (8 horas)
Curso Básico (8 horas)
Curso Básico (8 horas)
Manutenção e inspeção
Curso Intermediário (16 horas)
Curso Intermediário (16 horas)
Curso Intermediário (16 horas)
Operação e atendimento a emergências
Curso Intermediário (16 horas)
Curso Avançado I (24 horas)
Curso Avançado II (32 horas)
-
Curso Específico (16 horas)
Curso Específico (16 horas)
Segurança e saúde no trabalho
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PERIGO X RISCO PERIGO: Uma ou mais condições, físicas ou químicas, com potencial de causar danos às pessoas, à propriedade, ao meio ambiente ou à combinação desses.
RISCO: Medida de perda econômica, de danos à vida humana e/ou impactos ambientais, resultante da combinação entre as frequências de ocorrência e a magnitude das perdas ou danos (consequências).
R=fxC ITSEMAP do Brasil STM Ltda. – 2013
Identificação de Cenários
Frequência (Probabilidade de Ocorrência)
Simulações de Consequências (Efeitos Físicos)
Cálculo dos Riscos
Avaliação e Gestão dos Riscos ITSEMAP do Brasil STM Ltda. – 2013
Risco
Redução da Frequência
Redução da Consequência
Prevenção
Proteção Gerenciamento do Risco
Análise de Riscos
Plano de Emergência ITSEMAP do Brasil STM Ltda. – 2013
Análise de Riscos
Probabilidade; Alcance do efeito;
Cenário
Resultados para NR-20 e Classificação de Áreas
Avaliação do risco;
Procedimento de resposta a emergência. ITSEMAP do Brasil STM Ltda. – 2013
Os Estudos de Análise de Riscos são fundamentais na avaliação dos riscos de instalações perigosas e na tomada de decisão para o processo de Classificação de Áreas e para o atendimento aos requisitos da NR-20; Antes da definição de Classificação das Áreas todas as medidas de redução da probabilidade e dos efeitos e, consequentemente dos riscos, devem ser estudadas e implantadas; Os modelos de simulações de emissões e processos de dispersão de gases e vapores na atmosfera são “ferramentas” fundamentais no processo de avaliação das áreas potencialmente afetadas e, consequentemente, no processo de definição das diferentes zonas de atmosferas explosivas para a classificação de áreas; Há a necessidade de qualificação de pessoal para a realização dos estudos de classificação de áreas e certificação desse processo de capacitação técnica; ITSEMAP do Brasil STM Ltda. – 2013
As Análise de Riscos, previstas na NR-20, devem ser detalhadas em regulamentação ou, no mínimo, em manual de orientação; Outras técnicas de Análise de Riscos mais modernas e específicas como Safety Integrity Level (SIL), Layers of Protection Analysis (LOPA) e Bow-Tie, entre outras, devem servir de referência nas análises da NR-20; Há a necessidade de se definir os critérios de tolerabilidade de riscos internos (trabalhadores); Qualificação de pessoal e certificação dos processos de treinamento dos profissionais para a Análise de Riscos. ITSEMAP do Brasil STM Ltda. – 2013
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