Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Escola de Ciências da Vida e do Ambiente Departamento de Ciências do Desporto, Exercício e Saúde
1º ano do 1º Ciclo de Estudos
Reabilitação Psicomotora
Neurociências do Comportamento Aula Teórica 4
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Sumário: IV. Células do tecido nervoso
a) Células Nervosas b) Células Gliais
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anatomofisiologi evolução a histórica neurociências
neuroanatomia
neurofisiologia
conhecimento base fundamental para a exploração das inter-relações complexas entre mente, cérebro e corpo
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anatomofisiologi evolução a histórica células do Sistema Nervoso
4
2 tipos de células
células da nevróglia
gliais
células nervosas
neurónios
anatomofisiologi evolução a histórica glia tecido de e e de limpeza; manutenção do meio iónico : papel nutritivo e metabólico; modulação da velocidade de propagação do sinal nervoso; mediação da acção sináptica pelo controlo da captação
dos
neurotransmissores;
acção na defesa imunitária; auxílio na recuperação da lesão nervosa.
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anatomofisiologi evolução a histórica células gliais
3 tipos – astrócitos – oligodendrócitos – micróglios
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macróglios
Astroglia
anatomofisiologi evolução a histórica Oligodendrogli a
Microglia
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anatomofisiologi evolução a histórica neurónios
8
unidade básica morfológica e funcional do SN
tipicamente constituído por 3 partes principais: –
corpo celular ou SOMA
–
dendrites
–
axónio
anatomofisiologi evolução a histórica Unipolar
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PseudoUnipolar
anatomofisiologi evolução a histórica Bipolar
10
anatomofisiologi evolução a histórica Multipolar es
Motoneurónio - EM
11
Piramidal hipocampo
-
Purkinje - cerebelo
anatomofisiologi evolução a histórica
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fisiologia do SN fisiologia do SN
neurónios
circuitos
sistemas
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fisiologia do SN noções básicas sobre electricidade
14
corrente eléctrica
iões
força electromagnética
fisiologia do SN
15
membrana celular membrana celular
camada fosfolipídica –
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que lhe confere impermeabilidade
permeabilidade selectiva –
Na+
–
K+
–
Cl-
célula nervosa
fisiologia do SN
17
fisiologia do SN
18
fisiologia do SN diferença de potencial eléctrico
diferença de potencial –
permeabilidade selectiva
polarização potencial de repouso de membrana
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despolarização
fisiologia do SN Potenciais graduados
Potencial de Acção
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Repouso
Despolarização
Repolarização
fisiologia do SN
21
potencial de acção
inversão do potencial
repouso
22
fisiologia do SN
sinapses eléctricas
químicas
23
fisiologia do SN
sinapses axodendríticas
axosomáticas
axoaxónicas 24
sinapse eléctrica
25
sinapse química sinapses químicas
terminais pré-sinápticos
vesículas sinápticas mitocôndrias
26
condução unidireccional
neurotransmissores
sinapse química
27
28
bibliografia
essencial complementa r
Guyton, A. Tratado de Fisiologia Médica (8ª ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. Habib, M. (2000). Bases neurológicas dos Comportamentos. Lisboa: Climepsi. Martin, G.N. (1998). Human Neuropsychology. Edinburg: Prentice Hall.
Purves, D., Augustine, G.J., Fitzpatrick, D., Katz, L.C., LaMantia, A., McNamara, J.O. & Williams S. M. (2005). Neurociências (pp. 471-492). Porto Alegre: Artmed.
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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Escola de Ciências da Vida e do Ambiente Departamento de Ciências do Desporto, Exercício e Saúde
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Processos de Inibição no Sistema Nervoso No Sistema Nervoso Central não existe só processos de excitação, o seu funcionamento só é possível porque existem também processos de INIBIÇÃO. 1) Inibição sináptica: Permite ao SNC distinguir a informação importante, da que não deve ser processada; A hierarquia entre órgãos e andares estabelece-se também por processos inibitórios de uns órgãos sobre os outros; É uma forma de controlo que evita o caos e coordena funções distintas; Os processos de inibição têm também um papel preponderante na selecção dos movimentos.
Processos de Inibição no Sistema Nervoso •Inibição Pós-Sináptica: Um mediador químico libertado é inibitório e provoca na membrana da célula seguinte uma permeabilidade selectiva aos iões de K+ e Cl- , acentuando a diferença de potencial existente, o que dificulta a excitação da célula; O potencial de repousou é maior e o estímulo linear também.
•Inibição Pré-Sináptica: Actua na membrana pré-sináptica inibindo a libertação de mediador excitatório nos botões terminais, provocando a libertação de pequenas quantidades de mediador insuficientes para estimularem a célula seguinte, mas suficientes, para descarregarem os botões terminais pré-sinápticos. 32
Processos de Inibição no Sistema Nervoso
a) Inibição Pré-Sináptica; b) Inibição Pós-Sináptica.
Os neurónios (a preto) são inibitórios. 33
Recepção de informação e receptores S- influxo nervoso Cada sensação é recebida por um receptor sensorial específico: •Mecanoreceptores- respondem a estímulos físicos com o deslocamento mecânico de um ou mais tecidos. Ex: tacto, audição, equilíbrio, tensão muscular, articular e arterial. •Receptores electromagnéticos- respondem a estímulos electromagnéticos. Ex: estímulo visual.
•Termoreceptores- receptores ao frio e ao calor. •Quimioreceptores – receptores de estímulos químicos. Ex: paladar, olfacto ou os que analisam a composição química do sangue. •Nocireceptores- receptores da dor, constituídos por terminações nervosas livres. 34
Características do potencial receptor
O estímulo actua na membrana celular do receptor específico desencadeando um potencial de acção, por alteração da permeabilidade da membrana.
A amplitude do potencial do receptor aumenta com a intensidade do estímulo.
Quando um estímulo é aplicado continuamente, os receptores de início respondem com grande intensidade e vão diminuindo até responderem. A este processo chama-se adaptação do receptor.
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Tipos de receptores •Exteroceptivos- receptores que fornecem informação sobre o mundo exterior, como os cinco sentidos.
•Interoceptivos- receptores que fornecem informação sobre a vida orgânica interna do indivíduo. Ex: receptores das artérias, do aparelho digestivo e urinário.
•Proprioceptivos- receptores que fornecem informação sobre o estado do aparelho locomotor. Ex: receptores dos músculos, tendões e articulações.
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Tratamento de informação e SNC 1) Estágios de processamento da informação Processamento de informação é a sequência de processos que se desencadeiam desde a chegada do estímulo ao SNC até à saída da respectiva resposta.
Segundo Schmidt, o processamento é feito em três fases: •Identificação do estímulo- um determinado tipo de informação é recebida pelos receptores específicos, é conduzida à área respectiva do SNC, onde é identificada. A comparação dos estímulos referidos com outros armazenados, ( memória), e que podem ser associados, adquire um significado real e útil.
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Tratamento de informação e SNC
•Selecção da respostas conforme a informação recebida e identificada, o SNC escolhe a resposta motora mais adequada à situação. •Programação da respostas a informação é conduzida para as áreas do SNC que têm funções motoras, onde se realiza o planeamento da organização espaço-temporal das diversas acções musculares necessárias à resposta seleccionada.
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Tratamento de informação e SNC 2) Armazenamento de informação Quando a informação sensorial é processada, só uma pequena parte origina uma reacção motora imediata, a restante é armazenada, semanas ou anos, dependente do nível da atenção selectiva - memória. O sinal sensorial ando muitas vezes pelo mesmo percurso neuronal, as suas sinapses ficam tão facilitadas, que mesmo na ausência de estímulos sensoriais, o SNC tem capacidade para as pôr em acção pela mesma série de sinapses – plasticidade da sinapse e do tecido nervoso.
A capacidade e riqueza destas combinações sinápticas origina um aperfeiçoamento da capacidade de as controlar. 39