Manual do Aterramento Introdução
Este documento foi elaborado para orientar a preparação do aterramento necessário á operação do equipamento de corte a plasma TECNOPAMPA. O aterramento, além de ser uma exigência legal por questões de segurança, é fundamental para o correto funcionamento de máquinas que possuam dispositivos eletrônicos como CLPs, CNCs, sensores ou circuitos de controle ou monitoramento. Este documento não substitui nem elimina a necessidade do atendimento das normas técnicas nacionais (NR 10, NBR 5410, etc.) Na divergência de qualquer informação, siga sempre a recomendação da norma técnica vigente ou consulte um especialista.
Finalidade do aterramento
Proteger os usuários dos equipamentos e operadores de máquinas contra choques elétricos; • Descarregar as cargas estáticas acumuladas nas carcaças das máquinas; • Facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteção das máquinas, evitando desarmes de disjuntores de proteção, ou de fusíveis; • Impedir erros de comunicação entre os sistemas eletrônicos; • Reduzir os efeitos danosos da interferência eletromagnética (EMF); • Minimizar os riscos de queima de componentes eletrônicos como placas e sensores; • Aumentar a vida útil do equipamento e diminuir o tempo de máquina parada para manutenção; • Melhorar a qualidade do corte do processo plasma;
Características do aterramento
A principal característica do aterramento é a sua resistência elétrica, que deverá ser a menor possível. O valor máximo para a instalação e operação segura do equipamento de corte deverá ser de que 10 Ohms para máquinas equipadas com plasma sem alta frequência (Linha Powermax) e de 2 Ohms para máquinas com ignição por alta frequência. (HSD, MAXPRO, HPR)
A medição do aterramento deverá ser feita com um equipamento específico chamado “terrômetro”, que injeta uma corrente elétrica no solo e mede a queda de tensão ocorrida entre as hastes de referência e a haste do terra.
Esquema de ligação do terrômetro.
Número de estacas (hastes)
O número de estacas utilizadas no aterramento não necessariamente interfere na qualidade do mesmo, pois a dissipação da energia depende principalmente das características químicas (e em consequência elétricas) do solo. O acréscimo no número de estacas normalmente melhora o aterramento, porém nem sempre é possível obter os índices mínimos necessários em todos os locais apenas adicionando mais estacas. Quando mesmo após a instalação de múltiplas hastes a medição continuar indicando altos valores de resistência elétrica, poderá ser realizado o tratamento químico do solo, agregando-se produtos específicos que melhoram as suas características. Quando necessitar instalar mais de uma haste, siga as distâncias recomendadas no esquema a seguir:
Tratamento químico do solo
É realizado substituindo-se o solo do entorno do eletrodo (estaca) por um produto de alta condutibilidade elétrica. Este material deverá ser de serviço permanente e livre de manutenção, mantendo baixo e constante o valor da resistência do solo durante muito tempo. Não deverá dissolver-se ou decompor-se para não contaminar o solo ou os lençóis freáticos locais. Existem inúmeros produtos comerciais no mercado para o tratamento químico do solo, dentre eles podemos citar:
GEM 25A – www.erico.com FASTGEL - http://www.fastweld.com.br MAXXGEL - http://www.maxxweld.com.br EXOGEL - http://www.exosolda.com.br
EXOGEL - http://www.exosolda.com.br
O que acontece quando se tem um aterramento ruim
Um aterramento mal feito, pode causar uma série de problemas e muita dor de cabeça ao proprietário do equipamento e ao pessoal da manutenção.
Atualmente, com o aumento da tecnologia e da eletrônica utilizada nos equipamentos, os problemas transcendem o risco de choque elétrico e podem resultar em falhas constantes e interrupções na produção. Os efeitos danosos da interferência eletromagnética (EMI), que aumentam exponencialmente quando não se tem um aterramento eficiente, afetam diretamente a comunicação entre o CNC e comando e por conseguinte o controle e precisão da movimentação da máquina.
Nas máquinas que trabalham com plasmas de grande porte, da linha HSD, MAXPRO e HPR, alta frequência de partida pode literalmente torrar os circuitos eletrônicos de comando e sensores, pois as tensões envolvidas, mesmo que em baixíssimas correntes, chegam a ordem de 10.000 Volts. Esta descarga acontece a cada abertura de arco e é despejada na bandeja d'água podendo se estender a toda parte metálica da mesa de corte e aos cabos elétricos caso não haja um aterramento muito bom.
Erro nas dimensões de corte, vibração excessiva, travamento do software, alarmes falsos, acionamento aleatório da emergência, queima constante de placas e circuitos eletrônicos são alguns dos possíveis problemas que podem ocorrer em função de um aterramento mal feito.
Para garantir a segurança do operador, uma boa qualidade de corte e produtividade, faça seu aterramento da melhor forma possível, realizando a medição do mesmo regularmente.