Como Superar Os Conflitos No Casamento 6p6z72

Nossa missão é impactar o máximo de casais para construírem um casamento de sucesso que glorifique a Deus

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Sumário Prefácio ........................................................................................................................................ 3 Introdução ................................................................................................................................... 5 Capitulo 1 .................................................................................................................................... 6 Casamento em Conflito ............................................................................................................. 6 Capitulo 2 .................................................................................................................................. 11 As três reações ao conflito ................................................................................................... 11 Reações Evasivas .................................................................................................................. 11 Reações Combativas ............................................................................................................ 12 Reação Pacificadora ............................................................................................................. 13 Capitulo 3 .................................................................................................................................. 15 A origem dos conflitos ......................................................................................................... 15 Como identificar “ídolos” ................................................................................................... 17 Existe cura para um coração idólatra ................................................................................ 21 Em vez de adorar seus ídolos Adore a Deus .................................................................... 23 Capitulo 4 .................................................................................................................................. 25 Como reagir aos conflitos a ponto de superá-los............................................................. 25 Um importante o para resolver conflitos .................................................................. 26 Perdão e Reconciliação ........................................................................................................ 28 Considerações finais ................................................................................................................ 30

“Gostei muito do conteúdo desse livro, é revelador! Certamente alcançará o resultado a que se destina, qual seja a superação de conflitos nos casamentos e, sobretudo, a restauração do sucesso do matrimônio que deve ser honrado entre todos. Parabéns, Estêvão, pela iniciativa!” Joana d'Arc Neves Souto Argimon Responsável pela revisão

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Prefácio

Eu sou completamente apaixonado por casamentos, a cerimônia em sí é algo que é contagiante e emocionante em minha vida. Acompanhar todos os preparativos, o cuidado com cada etapa, as expectativas, bolo, fotógrafo, celebrante, damas de honra, flores e o tal do vestido são algumas das coisas que movimentam muito, a vida dos noivos até o dia da cerimônia. Chegando no dia, o amor está no ar, tem coisa mais apaixonante que o olhar de uma noiva entrando na igreja? A emoção daquela troca de olhares entre os noivos e o grande momento após o sim, onde o celebrante fala: “e sejam felizes para sempre” , marcaram muitas vidas e me marcam até hoje, quando vou a uma cerimônia de casamento. Talvez você agora comece a se lembrar do dia do seu casamento, pode ter sido uma grande festa, algo super simples, ou mesmo só um momento de decisão de vocês em um cartório na presença de um juiz. De uma forma ou de outra, esse dia estava envolvido de muitas expectativas. Sem dúvida, você e seu amor, sonhavam com os filhos, os projetos juntos , as conquistas, férias, eios, diversão e muito namoro. Exatamente assim né? Só que o casamento chega e com ele aparece algo que normalmente não entra no script anterior, sabe o que é? Os conflitos. A gente não se lembra deles, mas eles vem na bagagem, eu trouxe uma mala enorme dos meus desejos, vícios, manias e defeitos e Márcia trouxe a dela ( um pouco maior , claro! Que ela não leia isso.....kkkkkk) e quando juntamos tudo é natural que os conflitos comecem a aparecer, e é aí que o cenário muda. Superar conflitos é uma missão de todos nós, e o Estevão Souto, talvez seja uma das pessoas que mais entenda disso no Brasil. Não porque ele viva muitos conflitos no seu casamento, não, não. Sei que ele tem, como todos nós conflitos, mas como ele e Jaci vem investindo dia a dia em seu casamento, tenho certeza que eles tem muito menos que a grande maioria da população do nosso País. O que Estevão tem de diferencial, é um projeto que Deus colocou na vida dele de cuidar de milhares de casais, através de seu ministério nas redes sociais.

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São mais de 200.000 pessoas, que diariamente recebem os conteúdos gerados por Estevão e a equipe do Sucesso no Casamento. Maior do que a maioria das cidades do Brasil, Estevão hoje trata muito mais problemas matrimoniais do que grande parte dos pastores e padres do nosso País, dando a ele uma expertise em conflitos de casais, que poucas pessoas tem hoje em dia. Já que dizem que a experiencia é que faz a referência. Estevão Souto é essa referência para mim. Desde o dia que recebemos lá em nosso canal no YouTube o convite dele para conhecermos o projeto do Sucesso no Casamento, nos encantamos com o amor com que o Estevão cuida desse projeto. Como ele cuida dos leitores e fãs desse canal. Louvo a Deus pela vida dele e de Jaci, e peço que Deus possa levantar mais casais como eles, que possam ajudar as famílias, tão atacadas nos dias de hoje em nossa sociedade. A você, casal lindo, quero te preparar: Esse livro vai te ajudar muito, e se você seguir as dicas do Estevão, seu casamento vai ficar ainda melhor. De uma forma prática e atual, ele te levará a encontrar o pacificador da relação, entendendo que problema não resolvido é problema aumentado, e que para isso você precisará encontrar seus idólos, lembrando sempre que todos nós precisamos de perdão e reconciliação. Quer saber mais Como Superar os Conflitos no Casamento? Se entrega a essa leitura e tenha você também SUCESSO no CASAMENTO. Que Jesus abençoe sua família Darrrell de Márcia

Darrell é muito BEM casado com Márcia e os dois apresentam a Tv do AMOR no YouTube, a #TvA2, Recentemente escreveram o livro #FicaADica, um excelente livro com 100 dicas praticas e relevantes para os casais. ( Para conhecer e www.youtube.com/momentoA2 )

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Introdução Meus sinceros cumprimentos a você que decidiu ler este e-book, com o objetivo de melhorar sua forma de se relacionar, quero lhe parabenizar, pois não são muitas as pessoas que fazem isso hoje em dia. Permita-me apresentar, sou o Estevão Souto, tenho 29 anos, sou casado há 6 anos com a rainha Jacineide e sou o pai da Pérolla que, neste momento, está com 7 meses na barriga da mamãe. Moramos atualmente na cidade de Caruaru-PE. Sou graduado em recursos humanos, e, em 2011, eu e minha esposa criamos a página, Sucesso no Casamento, no Facebook, que hoje conta com mais de 226 mil fãs, e, agora em 2015, criamos o blog sucessonocasamento.com Eu amo estudar, falar e principalmente viver o sucesso no casamento, esta instituição milenar, a primeira criada por Deus, e que hoje tem sido tão banalizada pela sociedade, e, com o objetivo de influenciar positivamente cada casal, decidi arvorar, com muito amor, uma bandeira pela valorização do casamento.

Você conhece ao menos um casal que nunca tenha tido conflitos em sua jornada conjugal? Acredito que não, mas se conhece, por favor, me apresente. O grande problema não é ter embates, pois todos os casais, invariavelmente, enfrentam situações conflituosas, no dia a dia, saber lidar com eles de forma sábia é o que determina o sucesso ou o fracasso do relacionamento. Neste livro você vai compreender a origem dos conflitos, as reações erradas e a forma certa de reagir para superá-los e assim construir um casamento de qualidade que glorifique a Deus e alegre sua vida.

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Capitulo 1

Casamento em Conflito

Eram 8 horas da noite, quando Pedro tentando não fazer barulho, girou cuidadosamente a maçaneta da porta, abriu lentamente, olhou se havia sinais de vida – da esposa Ana e dos filhos Alice e Junior. Percebendo que não estavam na sala, entrou e fechou a porta com cuidado. Correu direto para o quarto supondo que não seria visto. Mas antes que concluísse seu trajeto, Ana saiu da cozinha com as mãos na cintura, e barrou sua agem – Aham, até que enfim você chegou, isso são horas Pedro, você prometeu que chegaria as seis horas, essa semana já é a terceira vez que você chega tarde do trabalho. Pedro engoliu seco, e tentou se defender – Hoje eu ia chegar cedo, mas 15 minutos antes de encerrar, chegaram os diretores da Sansung, eles são nossos melhores clientes, você queria que os tivesse deixado sozinhos? Ana esbravejou. “ Você terá que fazer seu próprio jantar. ” “Já comi algo a caminho de casa”, respondeu ele. Pedro, seguiu para o quarto com objetivo de trocar de roupa e se tudo desse certo – ele poderia ir de mansinho para o escritório e continuar trabalhando na papelada do serviço. Quando saiu do closet. Ana estava sentada na cama olhando pra ele.

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“Advinha o que o seu filho fez hoje?” ela perguntou. Ele balançou a cabeça, fazendo sinal que não tinha a mínima ideia. “Ele trouxe aquela importante prova de português, e tirou 6,0.” Afirmou Ana. Pedro ergueu as sobrancelhas. “ Junior tinha uma prova importante de português ontem? ” “ Que pai presente você é!? O menino não fala de outra coisa há 3 semanas.” “ Acho que não atentei,” disse Pedro. Terminou de abotoar a camisa e sentou-se na beira da cama. Tentando comunicar interesse e, ao mesmo tempo, procurando uma oportunidade para fugir de cena assim que possível. “Onde o Junior está agora?” – perguntou ele. “ Está no quarto. E é melhor que esteja estudando português!” “ Ele não se esforçou para a prova?” “Não parece. Seis não é nota que o nosso filho tire.” “Talvez ele não tenha entendido o conteúdo.” “Impossível. Estudei com ele para a prova duas horas na noite anterior.” “Bem, pode ser que ele tenha tido um dia ruim. Não pode puni-lo por isso.” Ana esbravejou. “ Como pode você ficar defendendo o Junior se você nem sabia que ele teria prova, é sempre assim você não participa em nada

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da educação dos nossos filhos e, quando eu relato o que eles estão fazendo de errado, você sempre os defende.” Pedro retrucou. “ Mas, Ana, você não percebe que meu tempo é curto, que às vezes trabalho até tarde, vê se me entende”. “Entender, eu estou uma pilha de nervos, porque você prometeu que me ajudaria a criar nossos filhos e agora só tem tempo para o trabalho”. Quando Ana tocou no trabalho de Pedro, ai ele não aguentou e contra-atacou: “ Ana, você quer o quê, dê graças a Deus, por eu ter um trabalho digno, com o qual posso manter bem a nossa família, se eu estou onde estou é porque tenho me dedicado, para proporcionar a você e aos nossos filhos o melhor. Mas você parece que não entende, só sabe reclamar, reclamar e reclamar.” “ Pedro o problema não é o seu trabalho, o problema é que você prioriza mais o seu trabalho que sua família, nós só queremos um pouco mais de atenção, mas você sempre acha um jeito de se ocupar e ficar longe. Pelo jeito você quer que nós comecemos a te ignorar também” “Eu ficaria satisfeito se você fizesse isso, me deixasse em paz e não me enchesse tanto a paciência, todo dia é essa ladainha, se você ficasse calada minha vida seria melhor.” “Só digo uma coisa, que você é um péssimo exemplo de pai cristão” E saiu chorando. Pedro saiu irritado, pegou o carro e foi dar uma volta para espairecer.

Quando se casaram há 12 anos, Pedro e Ana, não imaginavam que seu casamento chegaria a este ponto. Ambos eram jovens cristãos com sonhos

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de uma família abençoada e tranquila. Ele desejava amar a esposa e os filhos, sendo atencioso e um bom provedor para lhes proporcionar conforto e segurança. Ela desejava ser uma esposa apoiadora e dedicada ao marido e aos filhos. Eles eram como milhões de casais cristãos, adentrando um compromisso mútuo para toda a vida. Mas, como tantos outros casais, em algum momento o conflito surgiu para obscurecer seu futuro brilhante. A princípio os conflitos eram pequenos, áveis e fáceis de resolver, ainda mais com a reserva de boa vontade que Deus dá aos novos casais, conseguiam se perdoar e seguir em frente. Mas parece que este balde de boa vontade secou, os atritos ficaram mais intensos, os danos mais difíceis de reparar. Em vários momentos, suas discussões terminavam em gritaria e palavras que jamais imaginaram que iriam dizer um ou outro, causando feridas aparentemente incuráveis. Em outros momentos trocavam farpas de uma maneira mais controlada, evitando um ao outro pelo resto do dia. Quando iam dormir mal se falavam e no dia seguinte o clima ainda continuava pesado. Com o ar do tempo, Ana cada vez mais empurrava seus temores e frustrações para um lugar fundo do seu coração e Pedro raramente compartilhava seus sonhos com a esposa. Ambos tinham ciência de que a intimidade, que abrilhantava o relacionamento, havia a muito se apagado. O casamento deles estava se transformando num inferno. Em alguns momentos irado e intenso; em outros era socialmente aceitável, e estranhamente confortável ( há certo conforto na rotina, quando se sabe o que esperar, mesmo que seja desagradável) . Mas de toda forma havia se tornado inável, pois nenhum dos dois sabia como escapar daquela situação decadente e nem do sofrimento.

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Infelizmente, as reações de Pedro e Ana ao conflito são comuns entre os casais, inclusive casais cristãos. A despeito de sua fé, eles começaram a lidar com o conflito de maneiras destrutivas e não bíblicas. O Escritor Ken Sande, autor do livro O Pacificador, explica que existem três modos básicos em que as pessoas reagem ao conflito. Essas reações podem ser organizadas numa curva em um “terreno escorregadio” semelhante a uma alta montanha com dois lados perigosos de subir e apenas um caminho seguro.

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Capitulo 2

As três reações ao conflito Reações Evasivas São aquelas pessoas que tentam sempre se esquivar do conflito, não querem se envolver, preferem fugir do conflito a resolvê-lo. Em geral buscam o que é mais conveniente e agradável para elas, e podem ser consideradas “dissimuladoras”. Podemos classificar as reações evasivas em três níveis: Muitas pessoas vivem em estado de negação, fingem que o problema não existe, ou se negam a ter que resolve-lo adequadamente. Quando a negação não funciona recorrem a fuga. Elas correm do conflito, escapam para outro ambiente, terminam uma amizade, pedem demissão de um emprego, mudam de igreja, no contexto da família se divorciam. E ainda como explica Ken Sande, umas buscam uma saída extrema - o suicídio. Nem é preciso dizer que esta é uma forma totalmente errada de lidar com o conflito.

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Reações Combativas

Conforme você viu no desenho do Ken Sande, do outro lado perigoso estão as respostas combativas ao conflito. As pessoas que querem vencer a discussão e preservar o relacionamento são as que se encaixam neste tipo de reação. Para tais pessoas o conflito é uma oportunidade de conseguir o que querem e controlar a outra pessoa, tirando vantagem da situação. São aquelas pessoas que direcionam toda a culpa para o cônjuge e exigem que este se vire para resolver o problema. Ken Sande também divide as reações combativas em 3 níveis: Ataque – Geralmente trata de agressões verbais: críticas ásperas, implicância, difamação, palavras iradas ou ameaças. Podendo evoluir para agressão física. Quer sejam verbais ou físicas estas reações só pioram o conflito. Litígio – Levar a questão aos tribunais – pode envolver uma ação de divórcio, ou disputa pelo direito de visita ou custódia de uma criança. Esta reação causa sérios danos aos relacionamentos e principalmente aos filhos. Assassinato – este é o último nível da reação combativa. Mesmo que a maioria dos cristãos não mate uma pessoa fisicamente, muitos deles cometem outro tipo de assassinato. Em Mt 5.21,22, Jesus ensina que se guardarmos ira ou ódio contra alguém em nossos corações, aos olhos de Deus, somos culpados de assassinato. Observando esta definição, muitos conflitos em lares cristãos terminam em assassinato em série. Em conflitos prolongados, é comum as pessoas oscilarem entre reações evasivas e combativas. No exemplo que dei do casal Pedro e Ana. Note que Pedro sempre procurava se esquivar do problema, quando estava no trabalho estava a quilômetros do conflito e quando chegava em casa procurava

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fugir de ter que encarar a situação. Só quando encurralado e quando Ana tocava no trabalho é que ele ataca buscando se defender. Por sua vez, Ana usa a reação combativa mais facilmente, até por estar o dia inteiro estressada com as crianças que sempre a desobedecem e desagradam. Somente quando Pedro contra-ataca e recusa-se a ceder que ela recua. Enquanto escrevo este livro resolvi fazer a seguinte pergunta na página Sucesso no Casamento para as mulheres: Se o seu marido, por um desentendimento, falasse alto com você, o que você faria? A) Deixaria ele falando sozinho, e sairia chateada; B) Falaria mais alto ainda; C) ? ( cite uma outra reação) Você pode ver as respostas neste link: http://sucessonocasamento.com/pesquisa-de-reacao Como você pode ter notado a maioria optou por uma das duas reações, evasiva ou combativa ou uma combinação das duas. Poucas foram as que optaram por uma reação melhor. Isso confirma que a maioria das pessoas, não sabe como lidar com os conflitos da maneira certa para produzir paz e harmonia.

Reação Pacificadora Mas graças a Deus existe uma resposta melhor ao conflito. Esta reação não visa o “eu”, como nas respostas evasivas, como também não visa o “você”, como as combativas, mas trata do “nós”. Ao invés de sucumbir à 13

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“dissimulação” ou à “perturbação” da paz, esta maneira é propositalmente focada na “pacificação”. O resultado será o fortalecimento e a restauração do relacionamento e não o fim dele. Quando o conflito é simples, geralmente se resolve simplesmente em revelar a ofensa e oferecer o perdão imediato. E isso é uma ordenança bíblica (Pv. 12.16, 17.14, 19.11). Porém, há alguns conflitos muito complicados, os quais não se resolvem facilmente, sendo nesse caso, necessário que haja confissão e confrontação em amor. No próximo livro que vou escrever em breve, tratarei sobre a confrontação em amor de forma mais aprofundada. No capítulo seguinte vamos compreender a origem dos conflitos e a importância desse aprendizado para a superação de crises no casamento”

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Capitulo 3

A origem dos conflitos

Para compreendermos como surgem os conflitos vou citar Tiago 4.1-4 “De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês? Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem. Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres.” Voltando para Pedro e Ana que deram abertura a este livro, você percebeu a situação crítica à qual chegou o casamento deles. . E esta onda de conflitos não resolvidos, já dura longos meses. Pedro até tenta estar mais presente, mas quando o faz sempre pende para “defender’ os filhos, o que deixa Ana muito irritada, algumas vezes ela fica calada, mas na maioria das vezes ela começa a esmiuçar as deficiências de Pedro como pai e marido. Para escapar deste ciclo de discussões que parece interminável e desgastante, Pedro e Ana precisam entender que estão lidando de forma errada com o conflito e, ao invés de superá-lo, estão sendo superados por ele. Seria maravilhoso se eles pudessem renunciar esta maneira destrutiva de lidar com o conflito e começassem a istrá-lo de forma

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graciosa e construtiva com hábitos que priorizem o bem-estar e a felicidade conjugal. Mas para que isso aconteça é preciso que eles compreendam porque reagem desta forma ao conflito, entender a origem dos conflitos é essencial para gerar uma transformação verdadeira. Quando estamos envolvidos em um conflito nossa tendência é sempre nos focar no que o outro fez de errado e no que ele deve fazer para corrigir aquilo. Porém, a sábia palavra de Deus nos instrui a sondar o nosso coração, como você leu na citação de Tiago, as nossas guerras vem de dentro de nós. Como disse Jesus em Mateus 15.19 “ Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias”. É poderoso sondarmos os nossos próprios corações, pois os conflitos surgem de desejos não satisfeitos. Ao sentir que só seremos “felizes”, se conseguirmos atender aquele desejo, este se torna uma exigência e coitado daquele que se op, será condenado em nosso coração, e receberá a “devida punição”. Desejo-Exigência-Ídolo Estes desejos na maioria das vezes são de coisas boas, exemplo: uma esposa que quer que o marido seja mais organizado dentro de casa, um marido que deseja que a esposa faça a comida na hora certa, uma esposa que quer mais atenção do marido, um marido que quer relaxar pelo menos por uma hora depois que chega do trabalho, desejo por mais sexo, sucesso profissional, filhos obedientes, etc... Há uma infinidade de exemplos. Quando estes desejos não são atendidos, transformam-se em exigência que quando não é satisfeita, começa a gerar frustração e se torna um ídolo. Pois começa a ocupar um grande espaço no coração, uma vez que quanto

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mais queremos uma coisa, mais pensamos naquilo como algo de que necessitamos e merecemos. Isso nos levará a pensar que se não conseguirmos aquilo não poderemos ser felizes. Como disse Ken Sande: O pensamento “ eu desejo muito ter isto” evolui para “eu tenho que ter isto!” aqui começam os grandes conflitos . Mesmo que o desejo seja por algo bom, porém ele se tornou tão forte a ponto de ocupar grande espaço em nossa mente, controlando nossos pensamentos e piorando a convivência. O desejo virou exigência que se tornou em um “ídolo”. O conceito de ídolo que eu quero dizer aqui é tudo aquilo que, além de Deus, dependemos para sermos felizes, realizados e seguros. Geralmente o problema não é o que queremos, o problema está em querer aquilo demais a ponto de sacrificar até pessoas para satisfazer o “ídolo”. Não há nada demais em um marido querer uma vida sexual mais ativa, ou uma esposa querer uma comunicação aberta e honesta. Estes são bons desejos, mas se eles se tornarem exigências que precisam se tornar realidade para que um dos cônjuges seja feliz e realizado, o resultado será amargura, ressentimento, autocomiseração e estes sentimentos tóxicos podem fazer do casamento um inferno. Tenho certeza que, se você está lendo este livro até aqui, você não quer de forma nenhuma destruir seu casamento, antes você quer transformá-lo em um casamento feliz e saudável.

Como identificar “ídolos” Não é tarefa fácil olhar para dentro de si e identificar “ídolos”, pois nossa tendência é apontar para os ídolos do outro, mas se você quer

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edificar um casamento que glorifique a Deus é preciso fazê-lo urgentemente. Sugiro que você ore de forma contrita a Deus e sonde o seu coração com as perguntas relacionadas abaixo: 

Qual é minha preocupação? Em que penso ao acordar e em

que penso à noite? 

Que palavras usaria para completar esta frase: “Se ao

menos.....................então ficaria feliz, realizado, e seguro”? 

Eu sinto frustração, ânsia, ressentimento, amargura,

ira quando certo desejo não é atendido? 

Existe algo que desejo tanto que seria capaz de decepcionar

ou magoar outras pessoas para consegui-lo? Mas cuidado, ao tentar identificar os seus próprios ídolos, seu orgulho vai entrar em ação, tentando justificar de todas as formas que aquilo que você quer é bom, pois até Deus ordena. Por isso, as perguntas listadas, detém-se às suas reações ao desejo, pois você poderá atrair para si ou afastar de você o seu cônjuge, dependendo da maneira com a qual você busca nele a satisfação desse desejo. Outro aspecto da “idolatria” pelos nossos desejos é a nossa tendência de julgar. Quando o outro não faz o que queremos, nós montamos um tribunal em nosso coração, colocamos a pessoa no banco dos réus e batemos o martelo e o declaramos culpado. Como David Powlison escreve: “Nós

julgamos

os

outros

(criticamos,

somos

exigentes,

importunamos, agredimos, condenamos) porque literalmente queremos ser Deus. Isto é abominável. “Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, pórem quem és, que julgas o próximo? ” a Bíblia diz. Quem é você quando julga os outros? Nada mais que um aspirante a ser Deus. Nisso nos tornamos iguais ao próprio Diabo (por isto não deve nos surpreender com a

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menção ao Diabo em Tg 3.15 e 4.7). Nós estamos agindo exatamente como o adversário que procura usurpar o trono de Deus e que atua como acusador dos irmãos. Quando você e eu brigamos, nossas mentes se enchem de acusações: todas as suas falhas e os meus direitos me consomem. Fazemos o papel de juiz farisaico dos pequenos reinos que estabelecemos.” Uau... a compreensão do que foi expresso pelo David acima, deveria nos fazer tremer de medo! Julgar e condenar o cônjuge em nosso coração por não satisfazerem nossos desejos é o mesmo que imitar o Diabo ( veja Tg 3.15, 4.7) Esperamos ser correspondidos pelas pessoas mais próximas a nós, achamos que por fazermos isso ou aquilo pelo cônjuge, este nos deve e, se nos ama, deverá fazer isso que tanto desejo. Não há nada de errado em ter boas expectativas quanto ao comportamento do cônjuge, o erro está em usar estas expectativas como padrões e condições para julgarmos. E quando não são leais aos nossos “ídolos” prontamente os condenamos. Ídolos exigem sacrifícios. Quando as nossas exigências e expectativas, que são os nossos ídolos, não são atendidas, elas demandam que o nosso cônjuge sofra.

De modo consciente ou não, sempre encontramos uma forma de magoar e castigar o cônjuge se este não ceder aos nossos desejos. Estes castigos acontecem de diversas formas, algumas vezes de forma bem aparente, com palavras ofensivas para causar dor no cônjuge que não está atendendo às nossas expectativas. Quando fazemos isso estamos levando a pessoa no altar do nosso ídolo e sacrificando-a, não com uma adaga pagã, mas com a lâmina afiada da nossa língua. Imagine uma criança que faz bico, esperneia, chora, grita, se joga no chão; tudo porque os pais não querem comprar o brinquedo novo que a criança acabou de ver no shopping. Tanto crianças como adultos tentam impor

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sentimento de culpa e pena nos outros, ou até ferir o outro para que se importe com seu desejo e o satisfaça. Uma forma de punição utilizada pelas mulheres na maioria dos casos é transmitir sinais sutis e desagradáveis por um longo período de tempo. Pv. 27.15 diz: “ O gotejar contínuo no dia de grande chuva e a mulher rixosa são semelhantes”. A mulher tem a habilidade de estabelecer o ambiente da casa toda. Se ela não for sábia pode criar um clima desagradável que comunica: “ Ou você entra na linha com o que eu quero, ou irá sofrer”. Este comportamento é um ato de incredulidade, pois ao invés de confiar na graça de Deus para santificar sua família, ela depende dos seus próprios artifícios a fim de manipula-los para mudarem. No máximo que se consegue com isso é uma família superficial e dividida. Diante de tudo que aprendemos até aqui sobre a evolução de um desejo até que se torna em ídolo e as implicações e problemas que isso pode causar no relacionamento vamos voltar ao casamento de Pedro e Ana. O maior ídolo de Pedro é o trabalho. Para ser bem sucedido, trabalhou horas a fio com poucas férias, e se entregou ao serviço com paixão. Ele amou tanto o emprego que, mesmo quando estava com a família, ele ainda estava distante, dando pouca ou nenhuma atenção. E como você pode observar o processo de idolatria de Pedro, iniciou onde todos os pecados começam: no campo do desejo. Era um desejo bom de ter sucesso na sua vocação. Ele acreditava que esse sucesso era essencial para sua felicidade e realização. Em sua forma de pensar, era algo que ele precisava ( e merecia), ele não tinha problema algum para justificar – a Bíblia fala bastante sobre as virtudes do trabalho duro e sobre sustentar a família. O desejo de Pedro pelo sucesso profissional se intensificou por dois desejos relacionados: desejo de aprovação de seu pai e um anseio por segurança financeira. Juntos estes desejos avançaram para uma exigência 20

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controladora. Que por sua vez se tornou um ídolo, uma vez que ele ou acreditar que sem realização profissional ele não seria feliz e realizado. Pedro esperava que Ana fosse adorar o ídolo dele, mas ela não queria isso, ela estava ocupada demais servindo o ídolo dela. Pedro como resultado a julgava por suas “deficiências” e isso causava dolorosos conflitos no casamento. Ana por sua vez havia feito do seu bom desejo de ver os filhos tendo sucesso, na escola e na vida, uma exigência a tal ponto que se os filhos tivessem um dia bom e cumprissem com suas atividades da escola e não brigassem, o dia dela seria bom. Mas se o dia dos filhos fosse ruim ela se tornava temerosa e irritadiça, e quando o marido chegasse do trabalho, receberia uma descarga de temores e frustrações. O que só alimentava o conflito. Como você deve ter notado, os desejos de Pedro e Ana não são ruins por si só, mas eles os elevaram ao nível de exigências pecaminosas. Quando Pedro não se rendia ao ídolo que Ana criara para ser feliz ele ser tornava o problema, e vice-versa. Agora com os ídolos desmascarados, o conflito entre Pedro e Ana se torna compreensível. Porém você há de concordar que entender o problema não é o mesmo que resolvê-lo. O que um casal pode fazer para superar os conflitos e trazer de volta a harmonia para o seu casamento?

Existe cura para um coração idólatra Não se desespere, existe cura para o coração idólatra, este livro tem a proposta não somente de te apresentar o problema, mas de te ajudar a superar os conflitos no seu casamento.

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Como nós vimos, um ídolo é qualquer desejo que se torna uma exigência consumidora e que achamos que só seremos felizes, realizados e seguros se for atendido. Pra resumir, é aquilo que amamos, tememos e confiamos. E estes termos amar, temer e confiar são próprios da adoração. Jesus nos convoca a amarmos a Deus, temermos a Deus e confiarmos em Deus ( Mt 22.37, Lc 12.4-5, Jo 14.1) . Quando nós desejamos algo além de Deus para sermos felizes, realizados e seguros, estamos ativamente adorando outros deuses. E isso é muito sério, pois quando isso acontece estamos sob a ira do Deus verdadeiro. A cura para a idolatria funcional é olharmos para o Deus verdadeiro, pois ele ama nos libertar da adoração a falsos deuses. “ Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim”. (Êx 20.2-3) Deus mesmo providenciou a cura para nossos pecados e idolatria, quando enviou o seu Único filho Jesus Cristo para morrer em nosso lugar e nos justificar diante de Deus. “ Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espirito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.” (Rm 8.1-2) A receita da cura é simples, basta reconhecer o nosso pecado, arrepender-nos dele, e confiar em Jesus Cristo ( At. 3.19, Sl 32.5). Talvez você se pergunte, como isso se dá na prática, eu vou te responder nas próximas linhas. Depois que entregamos nossa vida a Jesus e somos perdoados por Deus, isso não significa que nós agora nos tornamos santos no sentido prático, que uma aréola branca resplandecente está sobre nossa cabeça e que nunca mais pecaremos, e seremos os seres mais bondosos do planeta.

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Existe um processo de santificação que é iniciado, ainda somos pecadores e vamos errar muitas e muitas vezes, a diferença está em que identificaremos nossos erros, e não teremos mais prazer neles, pediremos perdão e recorreremos a pelo menos três instrumentos para sermos libertos: a Bíblia, o Espírito e a Igreja. A Bíblia “é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do Coração” (Hb 4.12). Quanto mais você estudar a Bíblia com dedicação e ouvir ministrações sadias, Deus usará a Sua Palavra como holofote e um bisturi em seu coração. Revelará os desejos idólatras e te levará a amar a Deus de todo coração, alma, forças e entendimento. O Espírito Santo nos ajuda a compreender a Bíblia e essa compreensão nos leva a identificar os nossos erros e buscar o perdão com o verdadeiro arrependimento. O Espírito Santo nos fortalece e capacita a seguir os ensinamentos de Jesus ( 1 Co 2.10-15, Fp 2.13). Para receber este auxílio é importante manter uma vida de oração. A igreja nos ajuda, pois os irmãos em Cristo podem nos ensinar e nos confrontar em amor sobre nossos ídolos e nos encorajar e orientar para nosso crescimento espiritual (Gl 6.1, Rm 15.14). Se você não tem congregado e participado da comunhão de uma igreja bíblica, procure fazer parte, pois fará muito bem para seu progresso na vida cristã.

Em vez de adorar seus ídolos Adore a Deus John Piper em seu excelente livro Graça Futura, ensina que “ o pecado é o que você comete quando o seu coração não está satisfeito em Deus”. O mesmo se aplica a idolatria, quando nós não estamos satisfeitos em Deus,

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procuramos outras fontes para suprirmos nossa necessidade de segurança e felicidade. Se você não quiser ser superado pelos conflitos causados pelos ídolos em seu coração, priorize a Deus, ame a Deus acima de todas as coisas, pois Deus dará equilíbrio para toda a sua vida. Este equilíbrio é a Graça de Deus. Sem a graça de Deus não seriamos capazes de reagir ao conflito de forma pacificadora, e assim preservarmos o casamento. No próximo e último capítulo vamos entender como tudo isso funciona na prática.

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Capitulo 4

Como reagir aos conflitos a ponto de superá-los

Sabia que o conflito pode criar uma boa oportunidade? Para um cônjuge que prefere fugir dos conflitos será apenas algo inconveniente. Para o cônjuge interessado no ataque, é uma oportunidade para um beneficio egoísta. Mas para adorador de Deus é uma realmente boa oportunidade de resolver o conflito a partir dos ensinos pacificadores de Jesus. Medite no que o apóstolo Paulo disse a igreja problemática de Corinto, quando lutavam com conflitos religiosos, alimentares, legais e familiares. “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. Não se tornem motivo de tropeço, nem para judeus, nem para gregos, nem para a igreja de Deus. Também eu procuro agradar a todos de todas as formas. Porque não estou procurando o meu próprio bem, mas o bem de muitos, para que sejam salvos. Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo.” (1 Coríntios 10:31-33, 1 Coríntios 11:1) Paulo via o conflito como uma oportunidade para glorificar a Deus, servir às outras pessoas e crescer em ser como Cristo. Na sociedade egoísta em que vivemos, pensar desta forma parece ser tolice ou ingenuidade. Mas compreenda que esta forma de lidar com o conflito é poderosa e agrada a Deus.

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A nossa maior missão nesta terra é glorificar a Deus com nossas vidas, e quando visamos isto, compreendemos que o conflito é uma oportunidade para colocarmos em prática o nosso cristianismo. Nós devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos, ainda que ele nos desaponte e nos maltrate ( Lc. 6.27-28). Se Deus nos manda amar até os nossos inimigos, imagine o nosso cônjuge que é a pessoa mais próxima que nós temos na vida. É no casamento que encontramos a maior oportunidade de praticarmos os ensinamentos de Jesus. Pois é onde surgem os maiores conflitos da sua vida, e se você não souber como lidar com eles, sua vida será um inferno que com toda certeza não agradará a ninguém, a não ser ao diabo. No meu blog e página sucesso no casamento, tenho visto que esta é uma das grandes dificuldades da maioria dos casais, saber como superar seus conflitos a fim de preservarem seus casamentos. E pretendo em breve lançar outro livro tratando este assunto de forma mais prática, explorando conflitos mais específicos.

Um importante o para resolver conflitos Reconhecer e tirar a trave do próprio olho. Raríssimamente somos completamente inocentes quando se trata de nossos conflitos. Por isso depois de priorizar Deus, devemos examinar a nós mesmos. E este exame não é para desenvolver um plano para “vencer” o conflito, mas sim para confessarmos e resolvermos primeiro o problema interno. No geral, nossa tendência é atacar o outro e focar nas suas falhas. Mas a ordem do Mestre Jesus é totalmente diferente. Em Mt. 7.5 Ele diz, “Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão. ” Se fomos nós os causadores do conflito, reconhecer o nosso erro e pedir perdão vai acelerar o processo de reconciliação.

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Se não fomos o motivo do conflito ter se iniciado, podemos itir que nossa reação cooperou para o agravamento do problema. E esta atitude nobre, abrirá caminho para que o cônjuge reconheça os seus erros. Vamos dar nome a estas traves que precisam ser retiradas: No nível das palavras, o sarcasmo com intenção de magoar os outros, os murmúrios e as reclamações que irritam ou deprimem o nosso cônjuge, as mentiras ou os exageros sobre coisas verdadeiras com a finalidade de fortalecer nossa posição e a fofoca. No nível das Ações, a preguiça ou negligência de nossas responsabilidades em relação ao nosso cônjuge, críticas sem amor, não cumprir obrigações e compromissos, resistência a conselhos bíblicos, ou falta de perdão ou misericórdia. E para se retirar estas traves não basta apenas confessar é preciso mudar seu modo de pensar e voltar-se para Deus, confiando na sua graça para que não voltemos a colocar estas mesmas traves em nossos olhos. Esta mudança, além de nos aproximar mais de Deus, em alguns casos, abriremos a porta para que o nosso cônjuge veja que estamos trilhando um caminho melhor e deseje esta transformação. E não para por ai, note que Jesus não disse só para tirar a trave do olho, mas o objetivo é para que você veja claramente para tirar o argueiro do olho do teu irmão. Como escreveu Ken Sande no seu livro Os Conflitos no Lar e as escolhas do Pacificador “Algumas pessoas adoram a oportunidade de chegar para seus adversários de forma arrogante e falar sobre aquilo que realmente interessa a elas: as falhas do outro. Outras pessoas fogem completamente da confrontação, ou porque elas têm medo, ou porque foram criadas na perspectiva relativista e hedonista que valoriza a ideia de deixar as pessoas fazerem o que quiserem, sem levar em conta quão pecaminoso seja “aquilo” que estão fazendo.” Estas reações não são corretas e muito menos bíblicas. É necessário confrontar o próximo sobre suas atitudes pecaminosas, mas isso deve ser encarado como uma oportunidade de servi-lo, de forma que fique claro que sua intenção é construtiva.

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Não confronte o seu cônjuge como um juiz que aponta o dedo para o réu e brada a sentença condenatória. Confronte como um amigo que faz parte do problema, que se importa e apresente soluções em que você se inclui para ajudá-lo no que for preciso. É preciso considerar também, que a maioria das ofensas pode ser ignorada (Pv 19.11), antes de pegar fogo. Se não desrespeitou seriamente a Deus, não causou danos permanentes ao casamento, não prejudicou outras pessoas ou o próprio ofensor. Então o melhor caminho é seguir em frente. Um ponto chave a considerar para uma confrontação eficaz é a estratégia, como confrontar, como se portar de forma prática numa conversa face a face. Mesmo assim às vezes dependendo do caso, as tentativas cuidadosas de confrontação, com o fim de buscar a paz, de forma pessoal, falham, nesses casos críticos, talvez seja mais conveniente pedir a ajuda de amigos, líderes da igreja ou outras pessoas imparciais, para entrarem no diálogo.

Perdão e Reconciliação Não há superação de conflitos se não houver perdão e reconciliação. Perdoar é uma decisão indispensável em qualquer relacionamento humano, principalmente no casamento, uma vez que o casamento é constituído de dois pecadores, que pecam diariamente de todas as formas. O perdão remove os escombros que sufocam o relacionamento. Devolve o brilho do amor e restaura a paz do casal. Não perdoar é o mesmo que tomar veneno e esperar que o outro morra. Perdoar revigora as forças e o sentido da vida. Quem me diz que não consegue perdoar, não compreendeu a dimensão e significado do perdão de Deus. Segundo a bíblia todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Rm 3.23). Ou seja, todos carecemos do perdão de Deus para sermos aceitos por Deus. E quando você não perdoa o seu próximo, você rejeita o perdão de Deus. Pois a única condição para que você seja perdoado(a) por Deus é que você perdoe o seu próximo. Dentre todos os grandiosos benefícios do perdão, está a Reconciliação. Sabia que se você é cristão você recebeu de Deus o Ministério da Reconciliação, a partir daí a nossa forma de viver deve inspirar os incrédulos a se reconciliarem com Deus. E se você não consegue se reconciliar com o seu

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cônjuge, que tipo de testemunho você está produzindo? Medite em 2 Coríntios 5.17-19: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já aram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” Algumas pessoas dizem que “perdoam”, mas de forma condicional, “Eu te perdoo, mas nossa relação não será mais a mesma”, “Eu te perdoo, mas só desta vez”, Ainda bem que Deus não age assim conosco, pois estaríamos fritos. Que fique claro que perdão não é um sentimento, também não se trata de esquecimento, perdão também não é justificar o erro dos outros, pois a própria necessidade de perdoar indica que alguém fez algo errado. Perdão é uma decisão inteligente de perdoar completamente o nosso ofensor. Ao perdoar dinamitamos o muro de separação que havia entre nós e nosso próximo, abrimos espaço para reconstruirmos uma relação mais forte que antes, que supere todos os conflitos e equacione todos os problemas para o enriquecimento da relação. Quando for perdoar faça as seguintes promessas:    

Eu não vou mais pensar sobre o ocorrido. Eu não vou mais mencionar o que aconteceu e usá-lo contra você. Eu não vou falar para as outras pessoas sobre a ofensa. Eu não vou permitir que o ocorrido fique entre nós ou que prejudique o nosso relacionamento.

De coração busque cumprir estas promessas, tenha certeza que é a vontade de Deus para a sua vida. Deus vai te capacitar a perdoar, qualquer tipo de ofensa. Você talvez não tenha noção de como é bom viver a vida com o coração leve de mágoas e ressentimentos. O fardo de Jesus é leve e suave, pois nunca terá o peso sufocante da falta de perdão.

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Considerações finais Acredito que as informações que você obteve neste livro, serão úteis para que você consiga lidar com os conflitos da forma que Deus nos ensina e assim consiga superar os conflitos no seu casamento a ponto de prosseguir construindo um casamento de qualidade que glorifique a Deus. Quero muito ter seu do meu livro, pois isso será importantíssimo para que eu escreva o meu próximo livro de forma assertiva e responda as perguntas que você precisa para ter um casamento de sucesso. Para isso peço que escreva para [email protected]. Muito provavelmente se você foi uma das primeiras 5 mil pessoas que receberam este livro gratuitamente, você já faça parte da minha lista VIP que tem recebido as novidades do Sucesso no Casamento toda semana. Não desista do seu casamento, não perca o sonho de ter um casamento de sucesso, só porque os conflitos deixaram algum estrago, acredite que é possível restaurar e fortalecer o seu casamento. Deus já nos deu as ferramentas necessárias, devemos usá-las com sabedoria, entendendo que a principal delas é o Amor. Se este livro chegou a você porque alguém lhe enviou, então provavelmente você não conheça o nosso trabalho, para nos encontrar é simples:  

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