UNIVERSIDADE DA AMAZONIA CENTRO DE CIENCIAS BIOLOGICAS E DA SAUDE (CCBS) DISCIPLINA: BIOSSEGURANÇA
CENTRAL DE MATERIAIS E ESTERIALIZAÇÃO DISCENTES: JESSICA BRENDA, KARIN GONÇALVES, LETICIA MARTINS, RAPHAEL RESENDE, SAMILE ALMEIDA, VALBER HOLANDA E VICTORIA RIBEIRO. DOCENTE: RUBENILSON VALOIS.
INTRODUÇÃO • A CME é um espaço físico que compõe a unidade hospitalar este ambiente e destinado a receber materiais sujos e contaminados, para serem limpos e depois esterilizá-los ficando apitos a serem reutilizados. • Com o avanço da ciência e o descobrimento dos microrganismos microscópicos como as bactéria, os vírus, fungos foi necessário buscar uma forma de como exterminar estes microrganismos. • A CME e composta por vários espaços físicos de fundamental importância.
CONCEITO DE CME A C.M.E é uma unidade de apoio técnico dentro do estabelecimento de saúde destinada a receber material
considerado
sujo
e
contaminado,
descontaminá-los, prepará-los e esterilizá-los, bem como, preparar e esterilizar as roupas limpas oriundas da lavanderia e armazenar esses artigos para futura distribuição (LEITE;P.65, 2008).
HISTÓRICO Década de 40
A limpeza, preparo e armazenamento dos materiais era realizado pela equipe de enfermagem das próprias unidades.
Década de 50
Surgiram os Centros de Materiais parcialmente centralizados e a CME semicentralizada na qual parte dos instrumentos e materiais começou a serem preparados e esterilizados
século XX
A CME torna-se centralizada, com a supervisão de um enfermeiro e a a ser definida como uma unidade de apoio técnico a todas as unidades
TIPOS DE C.M.E Descentralizada Neste tipo de central cada unidade ou conjunto delas é responsável por preparar e esterilizar os materiais que utiliza; (ROMANO, P.01, 1997)
Semi - centralizada Cada
unidade
prepara
seus materiais,
mas
os
encaminha para serem esterilizados em um único local. (ROMANO, P.01, 1997)
Centralizada
Utilizada
atualmente,
os
materiais
do hospital são
processados no mesmo local, ou seja, os materiais são preparados,
esterilizados,
distribuídos
e
controlados
quantitativa e qualitativamente na CME. (ROMANO, P.01, 1997)
ÁREA FÍSICA DO CME
A área física do CME deve permitir não só o estabelecimento de um fluxo contínuo e unidirecional do artigo, evitando o cruzamento de artigos sujos com os limpos e esterilizados, como também evitar que o trabalhador escalado para a área contaminada transite pelas áreas limpas e vice-versa.
ESTRUTURA DO CME
Piso de ser de cor clara, resistente ao calor,umidade e a soluções corrosivas.
Paredes Paredes devem devem ser ser ou ou quinas,côncavos quinas,côncavos cor cor suave. suave.
Forro Forro acústico. acústico.
lisas lisas e e planas, planas, sem sem saliências saliências cantos cantos e e abaulados. abaulados. Revestimento Revestimento lavável, lavável, e e
Janelas Janelas amplas,altas amplas,altas e e teladas. teladas.
Portas Portas laváveis. laváveis.
Iluminação Iluminação adequada. adequada.
Sistema Sistema de de exaustão exaustão de de calor. calor.
Ventilação. Ventilação.
Água Água e e energia. energia.
Área Contaminada
Área Limpa
• Recebimento de materiais sujos • Descontaminação prévia • Lavagem • Secagem
• • • • •
Desinfecção Preparo Acondicionamento Esterelização Distribução do material
SETORES DA CENTRAL DE MATERIAIS DE ESTERIALIZAÇÃO. EXPURGO PREPARO DE MATERIAIS PREPARO DE INSTRUMENTO CIRURGICO ESTERIALIZAÇÃO ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO
1.EXPURGO Setor responsável por receber, lavar e secar os materiais provenientes do Centro Cirúrgico e Unidades de Internação.
2. PREPARO DE MATERIAIS Setor responsável por preparar (embalar, selar, rotula) e acondicionar os materiais.
3.PREPARO CIRÚRGICOS
DE
INSTRUMENTAIS
Setor responsável por conferir, preparar e acondicionar caixas para as diversas especialidades cirúrgicas.
4.
ESTERILIZAÇÃO
É responsável pela limpeza de artigos médico hospitalares que são utilizados nos diferentes setores de um hospital.
Métodos: Químico Físico
Estufa Autoclave
5. ARMAZENAMENTOE DISTRIBUIÇÃO Setor responsável por distribuir materiais esterilizados para as Unidades de Internação e Ambulatórios.
A temperatura ambiente e a umidade relativa devem ser controladas. Na área restrita devem circular poucos profissionais. Controle da umidade do ar .
• Local de armazenamento e distribuição dos materiais na unidade hospitalar.
CME
PROCESSO DO PRODUTO.
O fluxo de uma CME deve ser continuo e unidirecional dos artigos evitando o cruzamento de artigos sujos com os limpos esterilizados
Material crítico (esterilização)
Semi-crítico. (desinfecção )
Não crítico. (limpeza)
ESTERIALIZAÇÃO É necessário calor durante um determinado tempo, destruindo todas as bactérias, seus esporos, vírus e fungos. Tipos de esterilização
Calor seco
Calor úmido
Radiação
• Calor Seco: é realizada a temperatura de 140°C a 180°C. • Calor Úmido: É a esterilização pelo vapor sob pressão. É o método processado pela autoclave. • Radiação: A esterilização por radiação é obtida através de raios gama e cobalto 60. . É um método
altamente
invólucro de materiais.
penetrante,
atravessando
DESINFECÇÃO A correta limpeza representa etapa essencial para o controle microbiano, reduzindo a carga bacteriana. Água sabão escova Solução multi – uso
Desinfetantes são produtos representados por substâncias químicas. • Níveis • Alto – crítico ex: Óxido de Etileno. • Médio – semi- crítico ex: Álcool 70%, Compostos à base de cloro. • Baixo – não crítico ex: Amônios quaternários ,
LIMPEZA
Processo de remoção mecânica das sujidades, realizado com água, sabão ou detergente, tem por finalidade de remover a sujidade, redução de microorganismos
TIPOS DE LIMPEZA • Manual: É realizada manualmente sendo utilizado água e detergente. • Automática: É automatizadas.
realizada
por
máquinas
• Lavadora Ultrassônica: Ação combinada da energia mecânica(vibração sonora), térmica (temperatura entre 50º e 55ºC) e química(detergentes).
• Lavadora Descontaminadora: Jatos de água associadas a detergentes. • Lavadora Termo-Desinfectadora: A desinfecção se dá por meio de ação térmica ou termoquímica. • Esterilizadora: Realiza ciclos de pré -limpeza.
ENFERMAGEM E A CME • Ate os anos 70, a CME não era valorizada situando-se em locais inadequados e com recursos insuficientes. • Da mesma forma o trabalho da enfermagem nesses locais não era valorizado no conjunto da pratica social da enfermagem. • Eram encaminhados para a CME os profissionais de enfermagem que apresentavam problemas de relacionamento na assistência direta ao paciente.
O processo de trabalho da enfermagem na CME.
Para o processo de trabalho da enfermagem foram definidos quatro grandes ares: 1 – Conhecimento 2 – comunicação 3 - relacionamento interpessoal 4 - planejamento
Na área de comunicação interpessoal: 1. Trabalho em equipe 2. Participação ativa 3. Envolvimento com a equipe.
e
relacionamento
Pelas características de seu processo de trabalho pratica social e coletivo , o enfermeiro de CME estabelece uma teia de relações grupais ao desenvolver suas ações, pois mantem relações com trabalhadores de sua categoria profissional, da area da saúde e, indiretamente, com pessoas que procuram os serviços de saúde em busca de atendimento.
A área de planejamento foi composta de tecnologias, planejamento e organização. O planejamento constitui-se como outro instrumento de trabalho da enfermagem na CME, na medida em que promove a sistematização de ações futuras e apresenta-se como um saber istrativo que auxilia no gerenciamento do seu setor de trabalho.
O ENFERMEIRO DA CME E SUA PERCEPÇÃO DO PAPEL SOCIAL Nos últimos 25 anos alguns fatores e suas repercussões valorizaram a CME: emergência, gravidade da infecção hospitalar endógena e multirresistente..
Exposição ocupacional a substâncias orgânicas e riscos de transmissão de doenças epidemiologicamente importantes (ex: hepatites B e C, aids, tuberculose, etc.); revolução tecnológica dos instrumentos de intervenção.
• Com o início da enfermagem moderna, decorrente das relações da enfermagem com as novas necessidades de práticas sociais, no âmbito das transformações sociais da época, que inclui a reorganização do hospital. • O marco ocorre com Florence Nightingale. • Providências de caráter organizacional como: instalação de cozinhas, lavanderias, higienização dos hospitais, suprimento de roupas e equipamentos. • Providências, essas, que aram a ser gerenciadas pelos enfermeiros, o que inclui também a gerência da CME.
• Essa característica do trabalho istrativo não é, contudo, prerrogativa da enfermagem da CME. • Em outras unidades, o enfermeiro tradicionalmente é responsável pela adequação do ambiente por meio da dotação, conservação e controle de materiais e equipamentos necessários à execução dos procedimentos médicos e de enfermagem. • Nas unidades de internação, há istração do processo de cuidar.
espaço
para
a
CONCLUSÃO • Como evidenciamos no estudo a CME é uma área do ambiente de saúde destinada ao recebimento de materiais sujos e contaminados. Com objetivo de torna estes materiais limpos e estéreis para que assim possam ser reutilizados sem que tenha risco de contrair uma infecção por estes equipamentos • Historicamente a enfermagem ou por um processo difícil na CME primeiro a rejeição e segundo as condições de ambiente de trabalho que não eram favorável, pois de inicio não era feita uma correta assepsia dos materiais somente após a descoberta da bactéria houve uma preocupação em relação a correta desinfecção.
REFERENCIAS TAUBE,Samanta Andrine Marschall e MEIER, Marineli Joaquim. O processo de trabalho da enfermeira na central de material e esterilização. Curitiba, PR, p. 470-476, ago. 2007. LEITE, Flavia Borges. Central de Material Esterelizado Projeto de Reestruturação e Ampliação do Hospital Rgional de Francisco de Sá. São Paulo, SP, p.60-68, 2008. BARTOLOMEI, Silvia Ricci Tonelli e LACERDA, Rúbia Aparecida. O enfermeiro da central de material e esterilização e a percepção do seu papel social. Porto Alegre, RS, p.258-265, jun.2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Biblioteca
Digital do Ministério da
Saúde. Brasília, DF, Ministério da Saúde, 2014. Disponível em
. ado em:11 de novembro de 2014. BRASIL. Secretaria de Estado da Saúde. Resolução SS-374/95. Brasília, DF,Ministério da Saúde, 1995.