ARQUIVO X da I.A.S.D. ARQUIVO NADA CONFIDENCIAL http://www.arquivoxiasd.com/
As informações contidas agora neste livro, é uma cópia exata do site, compilado e formatado por Cristian Gonçalves. Trabalho extraído do minucioso trabalho de pesquisa realizado por Ennis Meier nos arquivos da Conferência Geral em Washington, USA. Como poderá ser constatado, suas pesquisas revelaram que existe uma importante parte da história da Igreja Adventista do Sétimo Dia que é desconhecida pela maior parte dos seus membros, e até por parte de seus pastores e es. Alguns interpretam os fatos como uma sórdida e real conspiração engendrada por homens com intenções e planos bem diferentes dos pioneiros deste movimento. Outros, mais tradicionais e féis a Corporação da Igreja, acreditam que tudo não a de uma conspiração fabricada por alguns poucos descontentes e problemáticos membros ou ex-membros, que em algum momento se sentiram maltratados por pessoas que representavam a igreja, e procuram agora a todo custo vingar-se inventando calúnias, distorcendo os fatos e denegrindo pessoas. Conspiração real por parte dos líderes da Igreja ou conspiração fabricada por pessoas encrenqueiras? Analise as informações e tire as suas próprias conclusões. Vamos aos fatos!
Sumário Parte 1 - A Fonte das Informações 1) A Biblioteca 2) Ellen G. White Estate 3) Informações Gerais Parte 2 - Nisto Críamos 1) Declarações dos Pioneiros 2) A Primeira Declaração de Fé 1872 3) Signs of the Times - 1874 4) O Primeiro Year Book - 1889 5) Battle Creek - 1894 6) Os "Year Books" de 1895 até 1914 Parte 3 - Começam as Mudanças 1) Marco nº1 - Folheto de Samuel Spear - 1892 2) Marco nº2 - Livro de J.H.Kellogg 1902/1904 (UM VÍDEO REVELADOR) 3) Marco nº3 - Artigo de F.M.Wilcox 1913 4) A Mudança - Year Book de 1931 5) Fatos Importantes Parte 4 - A Mudança Torna-se Ofcial 1) Dallas 1980 2) Em Defesa da trindade 3) Como Aceitar Esta Mudança? Parte 5 - Limpeza nos Escritos Denominacionais 1) Livro: O Desejado de Todas as Nações a) Representante de Cristo b) Terceira Pessoa da Trindade c) Mais um Exemplo de Tradução Mal Feita 2) Livro: Evangelismo a) O Espírito Santo é uma Pessoa (1) b) O Espírito Santo é uma Pessoa (2) c) Três Pessoas da Trindade
d) Teoria da Conspiração 3) Reconhecimento Ofcial 4) Uma Séria Denúncia feita pelo Pr.Andreasen Parte 6 - Mudanças no Adventismo Parte 7 - Voto Batismal 1) Meu Voto Batismal Não dizia Nada Sobre a Trindade 2) Voto Batismal x Certifcado de Batismo 3) Batismo Católico? Parte 8 - Hinos 1) Mudanças no Hino nº12 2) Mudanças no Hino nº73 Parte 9 - Didática Trinitariana Parte 10 - Um Ingrediente do Vinho de Babilônia 1) J.N.Andrews Incluía a Trindade no Vinho de Babilônia 2) Uma Escorregada da Literatura Ofcial Adventista? 3) Os Reformistas também já creram como os Pioneiros 4) O Ingrediente Básico do Vinho de Babilônia Apêndices A) Nisto Cremos - Textos Bíblicos B) Nisto Cremos - Textos de Ellen White C) A Origem da Trindade D) Analisando o Dogma da Trindade E) Uma Análise dos Artigos Denominacionais em Defesa da Trindade F) Uma Análise Inteligente e Bem Humorada do livro A Trindade G) O Desenvolvimento do Dogma da Trindade nos Credos
Parte 1 - A fonte das informações Os documentos que serão exibidos aqui foram copiados diretamente dos arquivos da Conferência Geral.
A Conferência Geral fca na Old Columbia Pike esquina com Randolph, Silver Spring, Maryland-USA. -- Zip Code 20904.
Na realidade fca numa área bastante descampada, ao lado da 29 Road a uns 8 Km do centro comercial de Silver Spring.
A Conferência Geral fca a uns 35 Km do centro de Washington, e embora se possa ir de metrô e ônibus, é difícil para quem não conhece a região. O melhor transporte é alugar um carro. Táxi vai cobrar uns 35 dólares.
O edifício da Conferência Geral tem mais que uma entrada, mas as visitas devem entrar por essa entrada principal.
Para visitação turística há horários e um cicerone acompanha dando explicações.
Mais de 800 funcionários trabalham nesse edifício e o estacionamento é um mar de carros!
Na entrada da Conferência Geral estão localizadas, há 2 anos, algumas pesadas estátuas de bronze em tamanho um pouco menor que o natural.
Segundo informação, os moldes e a fundição levaram meio ano de trabalho e estima-se terem custado acima de 80 mil dólares.
Observem que o anjo é do sexo feminino!
Na portaria tem que por o nome num papel, anotam a hora, e lhe dão um crachá de visitante. Se quiser falar com uma determinada pessoa, mandam chamar a pessoa. Mas, se quiser ir à Biblioteca, mandam entrar sem maiores problemas. Existe um restaurante no edifício que funciona em certos horários. Não há restrições para tirar fotografas dentro do edifício.
1) A Biblioteca Fica 20 metros na frente, à esquerda. Ninguém pergunta o que deseja e se vai entrando e examinando o que interessa. A lista de livros pode ser consultada no computador. Tem uma máquina Xerox e cobram 6 cents por cópia, como em qualquer papelaria. Eles possuem 2 cópias do livro "Movement of Destiny" de LeRoy E. Froom.
Nessa estante estão quase todos os Year Books desde o início, mas 2 estavam faltando. Posteriormente os localizamos nos arquivos do subsolo.
2) Ellen G. White Estate Sala de Recepção do White Estate:
O White Estate, fca no subsolo e tem uma sala grande onde cerca de 50 pessoas podem ser recebidas.
A penumbra e o profundo silêncio elevam os pensamentos dos visitantes. Aqui chegam adventistas de todo o mundo e fcam estupefatos com os quadros enormes de Jesus.
O nome do quadro acima é “The Christ of the Narrow Way” e foi pintado por Elfred Lee em 1991. No fm do corredor encontra-se este outro grande quadro de Jesus:
Este quadro é verdadeiramente impressionante! É uma tentativa de ilustrar o que está escrito em Apocalipse capítulo 1, versos 12 a 16. No cofre fcam os livros raros e originais:
O livro “Sabbath Evening Readings on the New Testament” do Rev. John Cummings está num armário com portas de vidro que fca logo à esquerda, para quem entra no cofre.
Dizem que esse livro “The Desire of Ages” é original:
Quando se tratam de Year Books não encontrados na Biblioteca e número antigos de Ministry, Review and Herald e outras revistas muito antigas, sempre recorro ao Diretor do Archives and Statistics Mr. Bert Haloviak que é muito atencioso e está sempre pronto a dar informações.
3) Informações Gerais Quase na frente da Conferência Geral está o hotel onde se hospedam os es que para lá vão a trabalho. Porém qualquer um pode fazer reservas nesse hotel. A diária mais barata US$144.00 só para dormir/pessoa.
Pouco mais na frente (2 km) está a gigantesca loja de livros (ABC) da associação Potomac. Alguns podem querer imaginar que as reveladoras informações divulgadas por Ennis Meier em seu site alvorada.us, foram obtidas mediante sofsticadas técnicas de investigação no melhor estilo do flme “Missão Impossível”, onde o “agente espião” Ennis Meier, burlando os sistemas de segurança do Quartel General da I.A.S.D., invade seus arquivos secretos e “rouba” sigilosas informações. Imaginação fértil! Isso é o que dá fcar assistindo muito flme! Nada disso! Ennis Meier teve o a todas informações da forma mais simples e normal imaginável. Pela porta da frente! Ele simplesmente fez aquilo que é permitido a qualquer pessoa, membro da igreja ou não. Qualquer um que quiser repetir a façanha e confrmar “in loco” todas as informações por ele divulgadas, basta fazer uma visita até a Conferência Geral e checar por si mesmo. Você será muito bem recebido! Em uma das vezes que Ennis Meier esteve na Conferência Geral, precisou este termo de compromisso abaixo:
Tradução: Procedimento de empréstimo permanente para cartas e manuscritos não publicados de Ellen G. White 6 de Setembro de 2001 Prezado irmão Ennis Meier O Ellen G. White Estate está atualmente num processo sistemático preparando todas as cartas e manuscritos de Ellen White de alguma forma, iniciando dos primeiros anos. Durante este processo nós suspendemos a norma anterior de concessões. Não obstante, para satisfazer as suas necessidades de material que ainda não foi processado no nosso programa de publicação, nós estamos lhe enviando os documentos inclusos na forma de empréstimo permanente, no entendimento que o E.G.White Estate mantem direitos exclusivos de publicação. Baixo a lei de Copyright, você pode fazer “uso próprio” dos documentos apenas como pesquisa. Sob os termos descritos acima, incluimos os seguintes itens: Carta 117,1881. Por favor assine, date e devolva essa inteira requisição à minha atenção. Sinceramente, Tim Poirier Ellen G.White Estate ______________________________________
Isto é para certifcar que eu usarei os documentos do Ellen G. White documentos não publicados em harmonia com o Conselho Deliberativo, como dito acima. Data: :
Alguém pode fcar surpreso pelo fato da própria istração permitir o, bem como fornecer os documentos que provam mudanças doutrinárias sendo feitas de forma espúria e irregular. Acontece que além de existirem muitas pessoas honestas e bem intencionadas na Conferência Geral, existe também um grande número de pessoas que simplesmente desconhecem o problema. Existem muitos que ingenuamente acreditam que pelo fato de Deus guiar a sua igreja, isto a isenta de ter a sua doutrina bíblica original desvirtuada e modifcada pelos homens. O estudo do desenvolvimento da história do povo judeu e da igreja cristã primitiva deveria nos servir de antídoto contra esta ingenuidade. Mas grande parte do problema talvez esteja justamente aí! Pouquíssimos são aqueles que estudam e pesquisam. A esmagadora maioria se contenta com aquilo que sabe ou pensa que sabe. O sistema presidencialista, fortemente hierárquico da Igreja Adventista, muito semelhante à Igreja Católica, é a cultura ideal para esse tipo de transformação imposta pela istração central, pois não há liberdade entre os membros e pastores para se expressarem livremente, sem que corram o risco de serem perseguidos e disciplinados.
Parte 2 – Nisto Críamos 1) Declarações dos Pioneiros Para sabermos em que criam os pioneiros teremos que pesquisar e analisar suas declarações nos artigos que escreveram. O principal e mais importante periódico da Igreja Adventista do Sétimo Dia chamava-se “The Advent Review and Sabbath Herald”, conhecido popularmente como “Review and Herald”, e equivale a nossa Revista Adventista atual. As declarações estão expostas em ordem cronológica. Analisemos uma a uma:
JOSEPH BATES - 1827 Joseph Bates wrote regarding his conversion in 1827, “Respecting the trinity, I concluded that it was impossible for me to believe that the Lord Jesus Christ, the Son of the Father, was also the Almighty God, the Father, one and the same being.” Tradução: Joseph Bates escreveu com relação a sua conversão em 1827, “Com respeito à Trindade eu concluí ser impossível acreditar que o Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, como também o Todo Poderoso Deus, o Pai, são um e o mesmo Ser.” Analise o contexto de onde a declaração acima foi tirada: “Meus pais eram membros de muitos anos da igreja Congregacional, com quase todas as crianças convertidas desde o inicio. E ansiosamente esperavam que eu também me unisse a eles. Mas eles abraçaram alguns pontos na fé que eu não podia entender. Eu só nomearei dois destes pontos: o modo de batismo por aspersão, e a doutrina da Trindade.
Meu pai, que tinha sido diácono por muitos anos na igreja, esforçouse para me convencer que eles tinham razão em seus pontos doutrinários. … Com respeito à Trindade, eu concluí que era uma impossibilidade acreditar que o Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, também era o Deus Todo-poderoso, o Pai, um e o mesmo ser. Eu disse a meu pai: “Se o senhor puder me convencer que nós somos a mesma pessoa dentro deste conceito, o de que você é meu pai, e eu seu flho; e também que eu seja seu pai, e você meu flho, então eu posso acreditar na Trindade.” Joseph Bates, 1868, A Autobiografa do Ancião Joseph Bates (The Autobiografyhy of Elder Joseph Bates), pág. 204. Em uma carta que Joseph Bates escreveu para Guilherme Miller, ele disse: “Uma coisa mais: Muita zombaria é feita sobre esses que estão em nossa companhia e que participam do grupo dos Shakers. Eu digo que é primeiro uma vergonha para eles, ter orado tão claramente e distintamente pela breve vinda pessoal de nosso Senhor Jesus Cristo para juntar os santos - e assim mesmo acompanham os Shakers em
sua crença de que Ele (Jesus) entrou espiritualmente na Mãe deles, Ann Lee, mais de setenta anos atrás. Isto, sem dúvida em minha mente, é devido ao ensino prévio dado a eles, e a convicção que eles têm de uma doutrina chamada Trindade. Como você pode achar falta na fé deles enquanto você estiver ensinando a mesma essência disso. Esta doutrina que nunca será entendida? Para o conforto e fé deles, e claro que para o seu próprio, você diz ‘Cristo é Deus, e Deus é amor.’ Como você não deu nenhuma explicação, nós entendemos que isto veio de você como uma exposição literal da palavra; … Nós acreditamos que Pedro e Seu Mestre dele resolveram esta questão defnitivamente, Mat. 16:13-19; e eu não posso ver por que Daniel eJoão não tem completamente confrmado que Cristo é o Filho, e nem Deus o Pai. Como pode então Daniel explicar a visão dele do 7º capítulo de seu livro, se ‘Cristo era Deus.’ Aqui ele vê um ‘como o Filho (e não pode ser provado que era outra pessoa) do homem, e havia determinado e foi dado Ele Domínio, e Glória, e um Reino;’ pelo Ancião de Dias. O mesmo Ancião João descreve sentado em um trono com um livro na mão direita dele, e ele viu a Jesus distintamente diante do trono, e tirou o livro da mão dele que assentado estava no trono. Agora se é possível fazer estas duas transações completamente diferentes aparecer em uma pessoa, então eu poderia acreditar que Deus morreu e foi enterrado em vez de Jesus, e Paulo estava enganado quando ele disse, ‘Agora o Deus de paz que trouxe novamente da morte o Senhor Jesus que é o grande pastor da ovelha’; e que Jesus também não quis dizer o que ele disse quando ele afrmou que ele veio de Deus, e ia para Deus, etc; e muito mais, se necessário, para provar o absoluto absurdo de tal fé.” Uma carta escrita por Joseph Bates a William Miller, 1848, Experiência ada e Presente (A letter written by Joseph Bates to William Miller, Past and Present Experience) Página 187. Tradução: Davi Souto.
JAMES WHITE – 24 de janeiro de 1846
Tradução: A forma espiritualista pela qual negam a Deus como o único Senhor, e Jesus Cristo está numa primeira posição, constitui um antigo credo trinitariano, fora das escrituras; que Jesus é Deus eterno. No entanto não existe agem das escrituras que dê e isso. Temos testemunhos bíblicos em abundância que ele é Filho do Eterno Pai.
J.N. ANDREWS – 05 de agosto de 1852
Tradução: “... está tão longe da verdade como a velha e absurda doutrina trinitariana na qual diz que Jesus é verdadeiramente o Deus eterno”
J.B. FRISBIE – 04 de abril de 1854
1.
Tradução:
“Razões Católicas Para Guardar o Domingo”
1. Porque também é chamado na antiga denominação Romana o “Dies Solis”, o dia do sol o qual era sagrado. 2. Porque é em louvor à santíssima Virgem Maria. 3. Porque é o dia dedicado pelos apóstolos em louvor à Santa Trindade. 4. Porque Jesus nasceu num domingo. 5. Porque Jesus ressuscitou dos mortos num domingo.
J.N. ANDREWS – 06 de março de 1855
Tradução: A doutrina da Trindade foi estabelecida na igreja pelo concílio de Nicéia 325 AD. Essa doutrina destrói a personalidade de Deus e seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor. A forma infame como foi imposta à igreja, aparece nas páginas da história eclesiástica, que causa aos que acreditam na doutrina corar de vergonha.
JAMES WHITE 11 de dezembro de 1855
Tradução: “Mas, a fábula Pagã e Papal da natural imortalidade, fez do maior inimigo do homem, a morte, a porta para a felicidade eterna, e deixa a ressurreição como uma coisa de pequena signifcação. É a base do espiritualismo moderno. Aqui nos devemos mencionar a Trindade que acaba com a personalidade de Deus, e de seu Filho Jesus Cristo, e o batismo por aspersão que em vez de sepultar em Cristo no batismo, em signifcado da sua morte. Mas nós saímos destas fábulas para encontrar outra, que é sagrada para quase todos os cristãos, católicos e protestantes. É a, (5.) a mudança do sábado do quarto mandamento, do sétimo para o primeiro dia da semana. O festival pagão do domingo ... ”
JAMES WHITE - 07 de fevereiro de 1856
Tradução: “A grande falta da Reforma foi que os reformadores pararam de reformar. Se tivessem levado avante, não teriam deixado nenhum vestígio do papado atrás, tal como a natural imortalidade, batismo por aspersão, a trindade, a guarda do domingo, e a igreja agora estaria livre de erros escriturísticos.” Esta é uma publicação bem do início da Igreja Adventista. Trata-se de uma seção de perguntas e respostas e no fnal da resposta está a sigla J.W. O redator da Revista era Urias Smith e os editores correspondentes: J.N.Andrews, James White, J.H.Waggoner, R.F.Cottrell e Stephen Pierce. A sede da publicadora era em Battle Creek, Michigam. A pergunta formulada pelo leitor é a seguinte: “M.H. Porque a igreja caiu em muitos erros depois dos dias dos apóstolos? Não é porque ela não andou na luz da palavra? Certamente não é porque a Bíblia ou seus autores mudaram. ...”
D.W. Hull – 10 de novembro de 1859
Tradução:
A Doutrina Bíblica da Divindade de Cristo
“A inconsistente posição mantida em relação à Trindade, sem dívida é a causa de muitos outros erros. Errôneos pontos de vista da divindade de Cristo, levam a erros quanto à expiação. Vendo a expiação num quadro arbitrário, (e todos devem acreditar assim, os que acreditam que Jesus é Deus eterno) levam a conclusões arbitrárias a uma ou duas classes de pessoas: Os que crêem na predestinação e universalismo, (e correlatos). A doutrina que propomos examinar foi estabelecida pelo concílio de Nicéia, 325 AD. e desde esse período, as pessoas que não acreditam nela são denunciadas pelos sacerdotes e papas como perigosos heréticos. Isso para tornar anátema os chamados arianos. (os que acreditavam na doutrina de Ário) AD 513. Nós não conseguidos seguir para trás essa doutrina, que teve origem no “Homem do Pecado” e nós encontramos esse dogma estabelecido através da força, ao contrário do direito de investigar nas Escrituras esse assunto. Aqui encontramos uma pergunta que é freqüentemente feita: Você acredita na divindade de Cristo? Inquestionavelmente, a maioria de nós acredita. Mas nós não acreditamos como a igreja M. E. que ensina, que Cristo é verdadeiramente o Deus eterno, e ao mesmo tempo homem; ...” Observe o termo “Homem do Pecado” tirado de II Tessalonicenses capítulo 2 e verso 3 usado em relação à invenção da doutrina da trindade.
J.N. Lougborough – 05 de novembro de 1861
Tradução: “Esta doutrina da Trindade foi trazida para a igreja no mesmo tempo em que a adoração de imagens, e a guarda do domingo e não é mais do que a doutrina dos persas remodelada.”
JAMES WHITE - 10 de novembro de 1863
Tradução: A Doutrina da Trindade Degrada a Expiação O grande equívoco dos trinitarianos, ao argumentarem esse assunto, parece ser esse: Eles não fazem diferença entre negar a Trindade e negar a divindade de Cristo. Eles só vêem os dois extremos em que está a verdade; tomam cada expressão referente à preexistência de Cristo como uma prova da Trindade. As Escrituras ensinam abundantemente a preexistência de Cristo e a sua divindade, mas são inteiramente silenciosas quando à Trindade. A declaração que o divino Filho de Deus não morre, está tão longe dos ensinamentos da Bíblia como as trevas da luz. Eu perguntaria aos trinitarianos: A qual das duas naturezas devemos a redenção? A resposta seria obviamente a natureza que morre e que derramou seu sangue por nós; “pela qual tivemos redenção pelo seu sangue”. Então fca evidente que unicamente a natureza humana morre, e o nosso redentor é unicamente humano. O divino Filho de Deus não teve parte na nossa salvação, pela qual não morreu e nem sofreu. Eu estava certo, quando disse que a doutrina da Trindade degrada a expiação, trazendo o sacrifício, o sangue pelo qual fomos comprados, para baixo num padrão de comprometimento.
R.F. Cottrell – 06 de julho de 1869
Tradução: “Sustentar a doutrina da Trindade, não é mais que uma evidência da intoxicação pelo vinho que todas as nações beberam. O fato dessa ser uma das principais doutrinas, senão a principal, pela qual o bispo de Roma foi exaltado ao papado, não recomenda muito em seu favor. Isto deveria fazer alguém investigar por si mesmo, como quando os demônios fazem milagres para provar a imortalidade da alma. Se eu nunca duvidei antes, agora eu tenho que ir até o fundo para provar .... ” Pastor Cotrell era redator da Revista Adventista e era quem preparava as primeiras lições da escola sabatina.
JAMES WHITE - 06 de Julho de 1869 Tradução: “Que uma pessoa seja três pessoas, e que três pessoas sejam uma só pessoa, é uma doutrina que nós podemos proclamar ser um doutrina contrária à razão e ao senso comum.” Não parece que existe algo de estranho? Ellen White fez uma guerra contra o livro do Dr. Kelloggs, por descaracterizar Deus pelo panteísmo, e nunca disse uma palavra sequer reprovando esses pioneiros que combatiam a Trindade? Supondo a Trindade como uma concepção correta sobre Deus, por que ela nunca procurou corrigir o pensamento destes homens, entre eles seu esposo, que eram tão enfáticos em denunciar a Trindade como uma mentira inventada pelo papado? Mas o que encontramos de Ellen G. White são estas orientações: “Deus me tem dado luz acerca dos nossos periódicos. O que é isto? Ele falou que os mortos hão de falar; como? As suas obras os seguirão. Nós estamos repetindo as palavras dos pioneiros em nosso trabalho; de quem sabe quanto custa procurar pela verdade como um tesouro escondido. Eles avançaram o por o sob a infuência do Espírito de Deus. Um por um desses pioneiros já morreu. A palavra
que me foi dada é: Faça com que, o que esses homens escreveram no ado, torne a ser escrito.” “Quando o homem vier mover um alfnete do nosso fundamento o qual Deus estabeleceu pelo seu Santo Espírito, deixe os homens de idade que foram os pioneiros no nosso trabalho falar abertamente, e os que estiverem mortos falem também, reimprimindo os seus artigos das nossas revistas. Juntemos os raios da divina luz que Deus tem dado, e como Ele guiou seu povo, o a o no caminho da verdade. Esta verdade permanecerá pelo teste do tempo e da experiência.” 24 de Maio de 1905 - Manuscript Release Vol. 1 pág. 55. 2) A primeira Declaração de Fé Foi no ano de 1872 que foi publicado um folheto redigido por Urias Smith com o resumo das principais doutrinas da Igreja Adventista do Sétimo Dia. (Neste ano a Igreja Adventista era composta por 4.801 membros). ......Imagem danifcada...... Tradução: Urias Smith, 1872 Declaração dos Princípios Fundamentais -- Ensinamento e Prática -Igreja Adventista do Sétimo-dia I. Existe um Deus, pessoal, um ser espiritual, criador de todas as coisas, onipotente, onisciente e eterno; infnito em sabedoria, santidade, justiça, bondade, verdade e misericórdia; imutável e presente em toda parte por seu representante (*), o Espírito Santo. Salmos 139:7 II. Existe um Senhor Jesus Cristo, Filho do Pai Eterno, ....
(*) “representante” escrito com letra minúscula. Urias Smith foi o diretor das publicações adventistas por quase 50 anos.
3) Signs of the Times No dia 04 de junho de 1874 foi publicado o primeiro número (Número 1 Volume 1) da revista “Signs of the Times”, que trazia impresso um resumo dos Princípios Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia redigidos por Urias Smith naquele folheto de 1872.
Devido ao tamanho do jornal “Signs of the Times” torna necessário mostrá-lo em partes:
Tradução:
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Ao apresentar ao público essa sinopse da nossa fé, nós desejamos que entendam que nós não temos artigos de fé, credo, ou disciplina, fora a Bíblia. ............. 1. Existe um Deus, pessoal, um Ser espiritual, o criador de todas as coisas, onipotente, onisciente e eterno, infnito em sabedoria, santidade, justiça, bondade, verdade e misericórdia; imutável, e sempre presente em toda parte por seu representante o Espírito Santo. Salmos 139:7 2. Que existe um Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai Eterno, por quem Deus criou todas as coisas, e por quem elas existem; que tomou sobre si a natureza da semente de Abraão para redenção da nossa raça caída; que ele viveu entre os homens, cheio de graça e verdade; foi o nosso exemplo, morreu o nosso sacrifício e ressuscitou para a nossa justifcação, acendeu ao alto para ser o nosso único mediador no santuário do Céu, onde, expia com o seu sangue os nossos pecados; cuja expiação fndou na da cruz em que foi oferecido em sacrifício; sendo a última parte do seu ofício de sacerdote, como o exemplo do sacerdócio Levítico que prefgurou o ministério do nosso Senhor no céu.Veja Lev. 16; Heb. 8:4, 5 ; 9:6,7 em cont. 3. Que as Santas Escrituras com o Velho e o Novo Testamento foram dados por inspiração de Deus, contendo a inteira revelação da sua vontade para o homem e é a única e infalível regra de fé e prática. 4. Que o batismo é uma ordenação da igreja Cristã, que se segue à fé e ao arrependimento, uma ordenança pela qual nós comemoramos a ressurreição de Cristo, e por este ato mostramos a nossa fé no seu sepultamento e ressurreição, e por este meio, a ressurreição dos santos no último dia;
4) O primeiro Year Book Em 1889 surge o Year Book (Livro Anual), que é um livro ofcial da Igreja Adventista do Sétimo Dia onde a Conferência Geral publica os estatutos, endereços, e a doutrina da igreja. Esta edição de 1889 trouxe a publicação dos Princípios Fundamentais da denominação Adventista, e estes foram apresentados exatamente da forma como foram originalmente redigidos por Urias Smith.
Tradução: Princípios Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia Os Adventistas do Sétimo-dia não tem um credo além da Bíblia; mas eles mantêm certos pontos de fé bem defnidos e estão preparados para dar a sua razão a todo homem que os perguntar. As seguintes proposições são um sumário das principais características da sua fé religiosa, sobre as quais, tanto quanto sabemos, há unaminidade de todo o corpo. Eles crêem: 1. Existe um Deus, pessoal, um Ser espiritual, o criador de todas as coisas, onipotente, onisciente e eterno, infnito em sabedoria, santidade, justiça, bondade, verdade e misericórdia; imutável, e sempre presente em toda parte por seu representante o Espírito Santo. Salmos 139:7 2. Que existe um Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai Eterno, por quem foram criadas todas as coisas, e pelo qual elas subsistem; ................
Obs.: Representante (no item 1) foi escrito com letra minúscula.
5) Battle Creek – 1894 Em 1894 houve a aprovação das doutrinas Adventistas na Assembléia da igreja de Battle Creek, Michigan. Como conseqüência disto, foi publicado um documento que é considerado o mais importante documento da história da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Esse documento publicado em 1894 se reveste da maior importância histórica, porque mostra o que chamam maliciosamente de “semiarianismo de alguns pioneiros”, era na verdade a DOUTRINA OFICIAL da Igreja Adventista! Essa Assembléia foi realizada em 15 de Abril de 1894 em Battle Creek, Michigam. am a ATA todos os dirigentes da Conferência
Geral, Review and Herald, Faculdade de Teologia e do Sanatório Adventista de Battle Creek (Hospital Adventista) e demais membros da igreja, num total de 1521 s. Battle Creek era o centro istrativo da igreja antes de mudar para Takoma Park, Maryland.
No folheto consta a lista de ofciais que compareceram à reunião e tudo está descrito no livro “Movement of Destiny” escrito pelo emérito professor de História da Igreja Adventista da Universidade de Andrews, L.E.Froom.
Tradução: Algumas coisas que os Adventistas do Sétimo Dia acreditam O povo Adventista (SDA) não tem um credo ou disciplina, exceto a Bíblia, mas o que se segue são alguns pontos da sua fé, sobre os quais existe um perfeito acordo entre todos: - Que existe um Deus, um Ser pessoal, espiritual, o criador de todas as coisas, onipotente, onisciente, e eterno; infnito em sabedoria, santidade, justiça, bondade, verdade e misericórdia; imutável; e presente em toda parte por seu representante(*) o Espírito Santo. Que existe um Senhor Jesus Cristo, o Filho do Eterno Pai, pelo qual todas as coisas foram criadas e por quem elas existem; que ele tomou a natureza do homem para redenção da raça caída; ........
(*) “representative” = representante; o mesmo que embaixador (escrito com letra minúscula). A pergunta que poderíamos insistir em fazer é: Será que esta declaração elaborada em 1894 pelos pioneiros da Igreja Adventista sobre alguns pontos de fé é mesmo representativa, e pode ser usada como base para conhecermos quais eram as crenças desta igreja nos seus primórdios? Quem irá responder nossa pergunta é uma das principais autoridades em história na Igreja Adventista, LeRoy E. Froom, em seu livro“Movement of Destiny”.
O Dr.Froom querendo provar que houve uma mudança na doutrina escrita por Urias Smith a respeito do Dia da Expiação, usa as declarações de fé de 1894 como sendo plenamente confáveis, representativas e ofciais.
Tradução (pág.339): 4. A Voz do adventismo fala em 1894. - Então a questão do dia da expiação ... De fato, não foi registrado até que muitos anos se aram após a Conferência de 1888 de Mineápolis até a posição tomada por 1521 membros em Battle Creek em 1894. (Membros da igreja Adventista entre ofciais, comitês, delegados, procuradores, reuniões regulares, p.12)
Tradução (pág.340): Battle Creek foi o Quartel General do adventismo. Foi nesse documento, que a antiga falta de entendimento sobre a expiação começou a ser clareada e posta no papel........
VII. O caráter representativo da igreja em Battle Creek em 1894. 1. Nove signifcantes qualidades.- A condição única da igreja em Battle Creek em 1894.- 1521 membros quando a totalidade dos membros da igreja era de unicamente 37.404. Pode ser vista no aspecto ao dar peso a esta declaração de fé daquele ano. Note as 9 características: (1) Com exceção de 3 dos 19 membros da comissão da igreja de Battle Creek, todos eram proeminentes líderes da Conferência Geral, da Casa Publicadora Review and Herald, Colégio de Battle Creek, Sanatório de Battle Creek, bem como encarregados das organizações em geral, localizadas em Battle Creek. (constavam do Year Book 1894) (2) A comissão da igreja de Battle Creek incluindo os principais líderes da Conferência Geral.- Presidente, secretário, tesoureiro, secretário das missões estrangeiras, e secretário de educação (nominalmente: O.A.Olsen, W.H.Edwads, F.M. Wilcox, W.W. Prescot, e etc.) ...................... (3) A comissão de todos os ofciais da Casa Publicadora. Presidente, vice-presidente, tesoureiro .... Editores da Review and Herald, Youth's Instructor, ................. (4) Incluía o Presidente do Colégio de Battle Creek W.W. Prescott...... …
(Continua relacionando os nomes e diretores presentes à reunião)
Tradução (Pg.342): Um grupo mais representativo não poderia ser encontrado em 1894. Esses homens eram os líderes e porta-vozes que nós indicamos e representavam o adventismo na sua forma mais ampla e verdadeira. Eles eram os 1521 que Henry Nicola como ministro assinou primeiro, seguindo-se os nomes que enchiam 5 páginas (31 parágrafos) logo a seguir de "Algumas coisas que os Adventistas acreditam" (aprovando as Doutrinas da Igreja naquela assembléia). Eles eram a voz mais autorizada do adventismo. (9) Esta foi uma declaração que marcou época. – a mais representativa; compreensiva e autorizada Declaração das Crenças Fundamentais na história até aquele tempo. Como pudemos acabar de constatar LeRoy E. Froom foi enfático na valorização desta signifcativa e histórica Declaração das Doutrinas dos Adventistas do Sétimo Dia em 1894. Tendo solidamente estabelecido que a Declaração das Crenças conforme foram registradas em 1894 eram as doutrinas ofciais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, defendidas com unanimidade por todos os seus principais e mais proeminentes líderes e representantes, inclusive Ellen G. White, vejamos o que aconteceu com elas no transcorrer dos anos.
6) Os Year Books de 1895 até 1914
Os Princípios Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia foram sistematicamente repetidos nos Year Books nos anos entre 1889 e 1914. É importante salientar que Ellen G. White morreu em 1915, e que portanto estava viva durante todo este período em que as doutrinas Adventistas foram repetidas ano após ano. A publicação do Year Book foi interrompida 1895 e só voltaram a publicar em 1904. Nesse primeiro ano em que voltaram a publicar o Year Book, não colocaram as doutrinas (Fundamental Principles). Uma possível razão para a não publicação das doutrinas pelo espaço de 10 anos (1895-1904) talvez seja o pensamento de alguns em não publicar doutrinas além da própria bíblia. Nos anos anteriores a 1895, com exceção de 1889 quando apareceram pela primeira vez, os Princípios Fundamentais não foram publicados. Portanto os anos em que temos o Year Book publicado com os Princípios fundamentais são:
Ano 1889 1905 1907 1908 1909 1910 1911 1912 1913 1914
Página onde estão os “Princípios Fundamentais” 147 188 175 213 220 224 223 261 281 293
Uma análise destes livros ofciais da Igreja Adventista mostra que os Princípios Fundamentais das doutrinas dos Adventistas foram repetidas exatamente iguais durante todas estas dez edições.
Elas foram uma mera transcrição do texto publicado no primeiro número do jornal “Signs of the Times”. Apresentamos a seguir as cópias dos Year Books de 1905 até 1914 (o Year Book de 1889 já foi mostrado). As cópias aqui apresentadas foram feitas dos originais por Ennis Meier na tarde de 16 de dezembro de 2002 na Conferência Geral em Silver Spring, Maryland.
Toda a apresentação da Doutrina Adventista está contida em apenas 5 páginas do Year Book, e começa dizendo que os Adventistas não tem um credo, mas somente a Bíblia.
Tradução: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DOS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA Os adventistas do Sétimo Dia não possuem credo além da Bíblia; porém, sustentam corretos pontos bem defnidos de fé, pelos quais estão preparados para dar “a todo homem que pedir” uma razão de sua fé. As seguintes proposições podem ser entendidas como um resumo dos principais traços de nossa fé religiosa, sobre os quais existem, assim como é conhecida, completamente unânimes por todo o corpo. Eles crêem: 1. Que existe um só Deus, pessoal, um Ser Espiritual, o Criador de todas as coisas, Onipotente, Onisciente, e Eterno; Infnito em conhecimento, santidade, justiça, bondade, verdade e misericórdia; imutável, e presente em todos os lugares por Seu representante, o Espírito Santo. 2. Que existe um Senhor, Jesus Cristo, o Filho do Eterno Pai, o único por quem foram criadas todas as coisas, e por meio de quem elas existem; que ele tomou a natureza da semente de Abraão para a redenção de nossa raça caída; que ele residiu entre os homens, cheio de graça e verdade, viveu nosso exemplo, morreu nosso sacrifício, foi ressuscitado para nossa justifcação, ascendeu ao alto para ser nosso único mediador no santuário celestial, onde através dos méritos de seu sangue derramado, assegurou o perdão e absolvição dos pecados de todos aqueles que persistentemente se achegam a Ele; e como o encerramento de parte do seu trabalho de sacerdote, antes de assentar-se em seu trono como Rei, ele realizará a expiação por todos eles, e todos os pecados deles cometidos fora do santuário serão apagados (atos 3:19), como mostrado no serviço do sacerdócio levítico, o qual apontava e prefgurava o ministério de nosso Senhor no Céu. Veja Levítico 16; Hebreus 8:4, 5; 9:6, 7. 3. Que as Santas Escrituras do Velho e do Novo Testamento foram dadas pela inspiração de Deus, possuem uma completa revelação de
Sua vontade para o homem, e são a única e infalível regra de fé e prática. 4. O Batismo é uma ordenança da igreja cristã para acompanhar fé e arrependimento, - uma ordenança na qual comemoramos a ressurreição de Cristo, que por este ato demonstramos nossa fé em sua morte e ressurreição, e por meio da qual, na ressurreição de todos os santos dos últimos dias; e que, não existe outro meio mais adequado para representar estes fatos que as Escrituras prescrevem, denominado, imersão. 5. Que o novo nascimento compreende uma completa mudança necessária para nos preparar para o Reino de Deus, e que consiste de duas partes: Primeira, uma transformação moral moldado pela conversão e uma vida cristã (João 5:3); segunda, uma mudança corporal por ocasião da segunda vinda de Cristo, segundo a qual, se morrermos, nós ressuscitaremos incorruptíveis, e se estivermos vivos, seremos transformados para a imortalidade num momento, em um piscar de olhos. Lucas 20:36; I Coríntios 15: 51, 52. 6. Que a Profecia é uma parte da revelação de Deus ao homem; que ela está inserida nas Escrituras, a qual é proveitosa para instrução (II Tim. 3:16); que ela é designada para nós e para nossos flhos (Deut. 29:29); que, em grande parte, sua existência está envolvida em impenetrável mistério; é ela que constitui especialmente a Palavra de Deus numa Lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sal. 119:105; II Ped. 1:19); que uma bênção é pronunciada sobre aqueles que a estudam (Apocalipse. 1:3); e que, conseqüentemente; ela pode ser compreendida sufcientemente pelo povo de Deus para mostrar-lhes a sua posição na história do mundo e a especial responsabilidade colocada em suas mãos. 7. Que a história mundial possui datas marcadas no ado, o surgimento e queda dos impérios, e a sucessão cronológica de eventos que servem de plano de fundo do Reino Eterno de Deus, são delineadas numa grande corrente de profecias; e que todas essas profecias estão agora se cumprindo nas cenas fnais. 8. Que a doutrina da conversão mundial e um milênio temporal é uma mentira destes últimos dias, arquitetada para aquietar os homens no estado de segurança carnal, induzindo-os a serem surpreendidos pelo grande dia do Senhor como o ladrão de noite (I Tess. 5:3); que a segunda vinda de Cristo precede, não segue, o
milênio; até o Senhor aparecer, o poder papal, com todas as suas abominações, continua (II Tess. 2:8), como o trigo e o joio crescem juntos (Mateus 13:29, 30 e 39), e o sedutor homem da iniqüidade torna-se cada vez pior, como a Palavra de Deus declara. II Tim. 3:1 e 13. 9. Que o erro dos Adventistas em 1844 pertenceu à natureza do evento a expirar, não ao período de tempo, pois nenhum período profético é dado a estender-se até a segunda vinda, mas que o mais longo período, é dos dois mil e trezentos dias de Daniel 8:14, terminando em 1844, nos conduzindo a um acontecimento denominado e conhecido como a purifcação do santuário. 10. Que o Santuário da nova aliança é o tabernáculo de Deus no Céu, do qual Paulo fala em Hebreus 8 e mais adiante, e do qual nosso Senhor, como o Grande sumo-sacerdote, é ministro; que este santuário é o antítipo do tabernáculo Mosaico, e que o ministério sacerdotal de nosso Senhor, associado a isso, é o antítipo do ministério dos sacerdotes judeus da antiga dispensação (Heb. 8:1-5); que este, e não a terra, é o santuário a ser purifcado no fnal dos dois mil e trezentos dias, a qual é denominada esta purifcação, sendo neste caso, como na fgura, simplesmente a entrada do sumosacerdote no lugar santíssimo, para fnalizar o ministério através da obra de expiação e eliminação dos pecados dos crentes que se encontram no santuário (Atos 3:19), e ocupa um breve, mas indefnido período no primeiro compartimento (Levítico 16; Heb. 9:22, 23); e que este trabalho é o antítipo, iniciando em 1844, consistindo na atual eliminação dos pecados dos crentes (Atos 4:19), e ocupa um breve e indefnido espaço de tempo, até à sua conclusão, no qual o período de graça para o mundo será fnalizado, e o segundo advento de Cristo chegará. 11. Que os requisitos morais de Deus são os mesmos para todos os homens em todas as dispensações; que estes estão sumariamente contidos nos mandamentos proclamados por Jeová do Sinai, gravados em tábuas de pedra, e colocados na arca, a qual era chamada de “arca da aliança” ou do concerto (Num. 10:33; Heb. 9:4, etc); que esta lei é imutável e perpétua, sendo uma transcrição das tábuas colocadas na arca no verdadeiro santuário que se encontra no céu, o qual é também, pela mesma razão, chamada a arca do concerto de Deus; ao soar da sétima trombeta nós saberemos que “o Templo de Deus foi aberto no céu, e foi vista em seu templo a arca de seu concerto.” Apoc. 11:19.
12. Que o quarto mandamento desta lei requer que nós dediquemos o sétimo dia de cada semana, comumente chamado de Sábado, para nos abster de nosso labor, para a realização do sagrado serviço religioso; que este é um único Sábado declarado na Bíblia, sendo o dia que era separado antes no Paraíso perdido (Gênesis 2:2, 3), e o qual será observado no Paraíso restaurado (Isa. 66:22, 23); que a realidade sobre a qual a instituição do Sábado está baseada delimitao ao sétimo dia, e nenhum outro dia como verdadeiro, e que o termo, Sábado Judeu, é aplicado ao sétimo dia, e Sábado cristão, como aplicado ao primeiro dia da semana, são termos de invenção humana, sem provas escriturísticas, e falsas em seu signifcado. 13. Que como o homem do pecado, o papado, intentou mudar os tempos e as leis (a lei de Deus, Dan. 7:25), e enganou a maior parte da cristandade com respeito ao quarto mandamento, nós encontramos uma profecia de reforma neste aspecto para ser realizada entre os crentes precisamente antes do retorno de Cristo. Isa. 56:1, 2; I Ped. 1:5; Apoc. 14:12, etc. 14. Que os seguidores de Cristo devem ser um povo peculiar, não seguindo o aforismo, nem andando nos caminhos do mundo; não amando seus prazeres, nem permitindo estas coisas, considerando o que os apóstolos disseram que “todo aquele que é” neste assunto “um amigo do mundo é inimigo de Deus” (Tiago 4:4); e Cristo disse que nós não podemos ter dois senhores, ou, ao mesmo tempo, servir a Deus e aos prazeres. Mat. 6:24. 15. Que as Escrituras insistem sobre a simplicidade e modéstia no vestir como uma importante marca do discipulado naqueles que professam ser seguidores dAquele que “é humilde e manso de coração”; que os vestidos de ouro, pérolas, e vestes caras, e qualquer outro feito para adornar a pessoa, estimula o orgulho do coração natural, e deve ser descartado de acordo com I Tim. 2:9, 10; I Ped. 3:3, 4. 16. Que os meios para o e da pregação do evangelho entre os homens deverão ser estimulados pelo amor a Deus e às alma s, não por sorteios ou loterias de igrejas, ou ocasiões designadas para contribuir para divertimentos frívolos, as inclinações do pecado para a satisfação do apetite, quermesses, festivais, eventos sociais insanos, etc, as quais são uma desgraça para a professa igreja de Cristo; que a proporção de um rendimento na primeira dispensação não poder ser
menor sob o evangelho; que ela é a mesma que Abraão (de quem somos flhos, se nós somos de Cristo Gál. 3:29) pagou a Melquisedeque (tipo de Cristo) quando ele deu um décimo de tudo (Heb. 7:1-4), o dízimo é do Senhor (Lev. 27:30) e este décimo de um rendimento é também para ser suplementado pelas ofertas daqueles que estão prontos a dar e ao evangelho. II Cor. 2:9; Mal. 3: 8, 10. 17. Que o coração carnal ou natural é inimigo de Deus e de sua lei, este inimigo só pode ser subjugado somente através de uma transformação radical das afeições, e a substituição dos princípios não santifcados por princípios santifcados; que esta transformação compreende o arrependimento e a fé, e é uma obra especial realizada pelo Espírito Santo, que constitui a conversão ou regeneração. 18. Que todos têm violado a lei de Deus, e não podem por si mesmos render obediência aos Seus justos reclamos, nós somos dependentes de Cristo, primeiro, para justifcação de nossas ofensas adas, e, segundo, através da sua graça, podemos render-lhe uma obediência aceitável à sua santa lei, nas horas certas que virão. 19. Que o Espírito de Deus foi prometido para manifestar-se (itself) na igreja através de certos dons, referidos em I Cor. 12 e Efésios 4; que estes dons não são designados para substituir, ou tomar o lugar da Bíblia, a qual é sufciente para nos fazer sábios para a salvação, além disso a Bíblia pode nos fazer entender a posição do Espírito Santo; em específco os vários canais de sua (its) operação, que o Espírito Santo foi feito simplesmente provisão em relação a (its) sua própria existência e presença com o povo de Deus para o fm dos dias a fm de guiá-los à compreensão da Palavra a qual ele (it) inspirou, para convencer do pecado, e realizar uma obra de transformação no coração e na vida, e aqueles que negam ao Espírito seu (it) lugar e operação, fazem claramente uma negação da parte da Bíblia que determina a ele (it) seu trabalho e posição. 20. Que Deus, em concordância com seu relacionamento uniforme com a raça, envia avante uma proclamação da proximidade do segundo advento de Cristo; e que este trabalho é simbolizado pelas três mensagens de Apocalipse 14, a última mensagem traz uma visão do trabalho de reforma sobre a lei de Deus, e que seu povo pode adquirir uma completa preparação para o Segundo Advento.
21. Que o tempo da purifcação do santuário (veja proposição 10) sincroniza-se com o tempo da proclamação da terceira mensagem (Apocalipse 14:9, 10), é o tempo do juízo investigativo, primeiro com respeito aos mortos, segundo, com respeito aos vivos, para determinar quem dos milhares que agora dormem no pó da terra são dignos de tomar parte na primeira ressurreição, e as multidões dos vivos são dignos da transladação, - ponto que será determinado antes do aparecimento do Senhor. 22. Que a sepultura, local para o qual todos tendemos a ir, expressa pela palavra hebraica “sheol” e a palavra grega “hades”, é um lugar ou condição, no qual não existe trabalho, artimanhas, sabedoria, nem conhecimento. Eclesiastes 9:10. 23. Que o estado no qual somos reduzidos pela morte é um silêncio de inatividade, e completa inconsciência. Sal. 146:4; Ecles. 9:5,6; Dan. 12:2. 24. Que a humanidade estará fora desta prisão da sepultura, causada pela ressurreição corporal, os justos terão parte na primeira ressurreição, que terá lugar na Segunda Vinda de Cristo, e os injustos na segunda ressurreição, que acontecerá após o milênio. Apoc. 20:46. 25. Que ao soar da última trombeta, os justos vivos, serão transformados em um momento, num piscar de olhos, e que os justos ressurretos serão transladados ao encontro com o Senhor nos ares, então estarão para sempre com o Senhor. Tess. 4:16, 17; I Cor. 15:51, 52. 26. Que esses imortalizados, serão levados ao céu, para a Nova Jerusalém, para a casa do Pai, na qual existem muitas mansões (João 14:1-3), onde eles reinarão com Cristo por mil anos, julgando o mundo e os anjos caídos, isto é, que está preparada a punição que será executada sobre eles no fnal dos mil anos (Apoc. 20:4; I Cor. 6:2,3); que durante este período a terra se encontrará e uma desolada e caótica condição (Jer. 4:23-27), descrita como no princípio, pelo termo grego “abusos” (abismo, septuaginta de Gen. 1:2); e que aqui Satanás estará confnado durantes os mil anos (Apoc. 20:1, 2), e aqui será fnalmente destruído (Apoc. 20:10; Mal. 4:1); ele forjou o lugar de destruição no universo sendo apropriadamente feito, por um período de tempo, sua prisão sombria, e conseqüentemente o lugar de sua execução fnal.
27. Que no fnal dos mil anos o Senhor descerá com seu povo e a Nova Jerusalém (Apoc. 21:2), e os ímpios mortos serão ressuscitados e virão sobre a superfície da ainda não renovada terra, e se reunirão ao redor da cidade, o acampamento dos santos (Apoc. 20:9), e o fogo de Deus descerá e os devorará. Eles serão consumidos, raiz e ramo (Mal. 4:1), tornando com se nunca houvessem existido (Obadias 15, 16). Nesta eterna destruição da presença do Senhor ( II Tess. 1:9), os ímpios estarão reunidos na “punição eterna” preparada contra eles (Mat. 25:46), a qual é a morte eterna. Rom. 6:23; Apoc. 20:14, 15. Esta é a perdição dos homens descrentes, e o fogo o qual os consumirá será o fogo que por seu intermédio “os céus e a terra, estão agora... reservados”, os quais os elementos serão destruídos com intensidade, e purifcará a terra da profunda mancha da maldição do pecado. II Pedro 3:17-12. 28. Que os novos céus e a nova terra brotarão das cinzas dos antigos céus e terra pelo poder de Deus, e esta terra renovada com a nova Jerusalém para sua metrópole e capital serão a eterna herança dos santos, o lugar onde a justiça residirá por toda a eternidade. II Ped. 3:13; Sal. 37:11, 29; Mat. 5:5.
Tradução: Marcelo Gomes, Codó, MA.
A seguir apresentaremos as declarações dos Princípios Fundamentais publicados nos Year Books dos anos de 1912, 1913 e 1914. Obviamente elas são iguais às do ano de 1911, pois todas trazem no topo o nome de Urias Smith que foi o redator do primeiro folheto com a doutrina Adventista em 1872, e faleceu em 1903.
Todos podem constatar, que nenhuma mudança ocorreu na crença sobre a divindade desde o primeiro folheto em 1872, a publicação na revista adventista em 1874 e a publicação no Year Book em 1889: Há um só Deus, presente em todas as partes por seu representante o Espírito Santo, e Jesus Cristo.
Na comparação que Ennis Meier fez nos escritórios da Conferência Geral, foi verifcado também que nas publicações de 1905 e 1907 não colocaram o nome de Urias Smith, que faleceu em 1903. Porém todas as dez edições entre os anos de 1889 e 1914 em que os Princípios Fundamentais foram publicados, o conteúdo é exatamente igual ao texto feito por Urias Smith em 1872 na forma de um folheto, e impresso posteriormente no primeiro número do jornal adventista “Sign of the Times” em 1874.
Em 1914 foi a última vez que publicaram os “Fundamental Principles”.
Em 1915 publicaram o Year Book,
doutrinas da igreja (Este White).
mas não publicaram as
foi o ano em que faleceu Ellen G.
Parte 3 Começam as mudanças ___________________________________________
1) Trindade – Marco nº 1 O marco inicial da doutrina da trindade na Igreja Adventista está estabelecido no ano de 1892 (Dois anos antes daquela famosa Assembléia da Conferência Geral em Battle Creek que aprovou ofcialmente as principais crenças dos adventistas e um ano depois que Ellen White havia partido de mudança para a Austrália). Em fevereiro deste ano foi publicado um folheto contendo a transcrição de um artigo escrito para o jornal “New York Independent” em 14 de novembro de 1889, de autoria de um Bispo Episcopal (Episcopal Priest) do Brooklin (Notem! Um Bispo Episcopal!) chamado Samuel T. Spear. Este Bispo Episcopal tinha conquistado a simpatia da istração adventista ao escrever um livro defendendo a separação da religião do estado intitulado “Religion and the State”; assunto de grande interesse para os adventistas que mantinham uma seção permanente na Review and Herald (Revista Adventista) tratando dele. Este folheto tinha 13 páginas e fazia parte de uma série de folhetos mensais vendidos para os membros da igreja, com um assunto diferente a cada mês. Não se tratava de folhetos distribuídos gratuitamente para evangelização, mas de folhetos vendidos 2 cents de dólar cada um. Apesar do título ser “A Doutrina Bíblica da Trindade”, seu conteúdo apresenta claramente Jesus Cristo como subordinado ao Pai, não sendo desta forma exatamente a doutrina da trindade como ensinada pela igreja católica, mas com um título que apresenta a doutrina da trindade como bíblica. Poderíamos comparar este episódio em nossa igreja no ado, com a recente publicação do livro “Confesions of a Nomad” publicado pela Pacifc Press (Editora Adventista), que faz apologia ao domingo. Não sabemos o que levou os es naquela época a publicarem tal folheto. Talvez uma forma de demonstrarem gratidão e homenagearem a alguém que havia contribuído de certa forma com a causa adventista (quando o folheto foi impresso, Samuel Spear já
era falecido). Mas também hoje não sabemos o que levou os es da Pacifc Press a publicarem recentemente um livro que fere nossas convicções de fé (interesses fnanceiros?).
Obs.: O livro “Trindade” ite este marco inicial, mas esconde o fato de se tratar de pensamentos de um Bispo da igreja Episcopal. Conforme comentários no livro “A Mensageira do Senhor”, Ellen White censurou especifcamente as publicações da igreja que traziam doutrinas católicas. As citações abaixo foram extraídas deste livro (pág.364 e 363):
Nos textos que acabamos de ver, comentam-se os problemas havidos na principal editora adventista na década que antecedeu ao incêndio que a destruiu completamente como castigo divino.
Traz também a data do incêndio (30/12/1902) e a informação de que Deus os advertira por dez anos: 1902 - 10 = 1892, o ano da publicação do tal folheto sobre a Trindade! Note que no fnal do segundo parágrafo, há uma referência (nº 16) para o fato de a Sra. White havê-los alertado para “manter a editora dentro de seu propósito pretendido”. Agora, observe o texto abaixo (pág.369) e terá a comprovação de que o incêndio também ocorreu porque eles, entre outras coisas, estavam publicando “livros que divulgam as doutrinas católicas”.
2) Trindade – Marco nº 2 Recentemente (fev/2008) foi divulgado na internet o impressionante vídeo “The Alpha and The Omega” contendo informações reveladoras que esclarecem ainda mais como foi que o dogma Trinitariano ingressou na IASD. Caso não tenha ainda assistido a este vídeo, aqui está o link onde pode ser assistido: https://www.youtube.com/watch?v=lLNoik40geo O vídeo demonstra através de alguns documentos históricos (correspondências trocadas entre os pioneiros) que a questão que tanto preocupava os líderes da IASD em relação ao livro “The Living Temple” de J.H.Kellogg não era simplesmente uma forma tradicional de panteísmo místico, mas sim se a força que permeava e estava presente em toda a natureza criada por Deus era o Espírito Santo como uma pessoa divina no mesmo nível de Deus o Pai e de Seu Filho Jesus.
Vamos rapidamente recapitular alguns pontos importantes desta história: 1) Em 1902 o comitê da Conferência Geral designado para revisar o livro do Dr.Kellogg decidiu não publicá-lo por ele conter declarações como esta: “Agora suponha que temos uma bota diante de nós, não uma bota comum, mas uma bota viva. E que ao olharmos para ela, vemos mini-botas se movendo pelas costuras, escorregandose pelo calcanhar, e espremendo-se até a biqueira, e escapando pelo topo. Muitas, centenas, milhares de botas, um enxame de botas continuamente fuindo a partir de nossa bota viva. Não seríamos levados a dizer: ‘Existe um sapateiro dentro da bota?’ Então também existe na árvore um poder que a cria e a mantém, um fazedor-de-árvores na árvore.” John Harvey Kellogg – The Living Temple, pág. 29. O panteísmo clássico (do grego: pan=tudo, universo e theos=Deus) identifca o universo com Deus e é defnido pela crença e/ou percepção da natureza e do universo como divindade. Sua principal convicção é que Deus, ou força divina, está presente no mundo e permeia tudo o que nele existe. O divino também pode ser experimentado como algo impessoal, como a alma do mundo, ou um sistema do mundo. O panteísmo também pode ser resumido com a crença de que tudo é Deus.
É claro que o Dr.Kellogg não acreditava de que Deus fosse uma força impessoal a permear o universo, mas sua declaração acima pode muito bem sugerir que ele acreditava que o Deus pessoal da Bíblia atuava de uma forma misteriosa dentro das coisas vivas, de forma que esta força ou poder divino dentro delas atuava como se fosse uma extensão dEle mesmo criando e mantendo a vida. Esta idéia assustou os membros do Comitê da Conferência Geral, pois eles inicialmente podem ter achado que tais declarações poderiam ser facilmente confundidas com um conceito panteísta da divindade. 2) Em 16 de março de 1903 Ellen White escreveu para o Dr.Kellogg repreendendo-o por suas idéias:
“Você não está totalmente esclarecido sobre a personalidade de Deus, que é tudo para nós como um povo. Você praticamente destruiu o próprio Senhor Deus.” E.G.White – Carta 300. 3) Em outubro de 1903, durante o Concílio Outonal do Comitê da Conferência Geral, A.G.Daniels (presidente da C.G.) recebeu duas cartas de Ellen White denunciando especifcamente os ensinos contidos no livro “The Living Temple”, que levaram, naquele momento, o Dr.Kellogg itir que faria revisões em seu livro removendo tudo que fosse de natureza teológica. Poucos dias depois ele muda de opinião e começa a defender seu livro, como pode ser constatado nesta carta que ele escreveu para G.I.Butler (expresidente da C.G.): “Até onde eu entendo sobre a difculdade encontrada no ‘Templo Vivo’, é que a coisa toda pode ser resumida nesta questão: É o Espírito Santo uma pessoa? Você diz que não. Eu tinha achado que a Bíblia dizia isto pelo fato de que o pronome pessoal ‘ele’ é usado em referência ao Espírito Santo. A irmã White usa o pronome ‘ele’ e mencionou em diversos textos que o Espírito Santo é a terceira pessoa da Divindade. Como o Espírito Santo pode ser a terceira pessoa e não ser pessoa nenhuma, é difícil para eu enxergar.” J.H.Kellogg para G.I.Butler em 28 de outubro de 1903. Vamos fazer aqui uma pausa para entender o que está acontecendo: 1- Disseram para nós que o livro do Dr.Kellogg foi rejeitado por conter ensinamentos panteístas. Realmente nós vimos que aquela sua declaração do ‘ fazedor-deárvores na árvore’ poderia conduzir a este tipo de entendimento.
2- Ellen White repreendeu o Dr.Kellogg dizendo que ele ‘ praticamente destruiu o próprio Senhor Deus’. Está mais do que claro de que E.G.White repudiou completamente este tipo de ensinamento. 3- O próprio Dr.Kellogg afrmou que toda a difculdade gira em torno da personalidade do Espírito Santo, pois ele entendia que o Espírito Santo é um ser pessoal, a terceira pessoa da divindade tal como Ellen White escreveu em diversos textos. O Dr.Kellogg tentou explicar que aquela força ou poder divino que atua misteriosamente dentro das coisas vivas como se fosse uma extensão dEle mesmo criando e mantendo a vida, é o Espírito Santo que ele entendia ser um ser divino pessoal ou a terceira pessoa da divindade. Para o Dr.Kellogg tudo estaria resolvido se as pessoas interpretassem seus textos ‘aparentemente’ panteístas, não como uma difusão do Deus eterno para o interior das coisas criadas, mas sim como o Deus Espírito Santo permeando todo o universo criado por Deus. Este tipo de entendimento não poderia ser acusado de panteísmo, pois ele não entendia que o Espírito Santo fosse uma força ou poder impessoal, mas sim a terceira pessoa da Divindade, ou seja, uma pessoa divina separada do Pai e do Filho. Como os pioneiros reagiram a este entendimento por parte do Dr.Kellogg? 4) A.G.Daniels reagiu escrevendo uma carta para William C.White (flho de E.G.White) dizendo: “Ele (J.H.Kellogg) disse que por todo o tempo tinha se preocupado em saber como explicar o caráter de Deus e Sua relação com as obras criadas. Ele tem certeza de que crê apenas no que os Testemunhos ensinam e no que o Dr.Waggoner e o pastor Jones pregaram por anos; mas ele desconfava que eles não expressaram o assunto de forma correta. Então ele afrmou que suas antigas visões sobre a trindade o atrapalhavam de fazer uma declaração clara e absolutamente correta, e que por um certo momento que ele creu na trindade, conseguiu ver bem claramente onde estava toda a difculdade, e achou que agora podia resolver a questão satisfatoriamente. Ele me disse que agora crê em: Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo. E agora entende que é o Espírito Santo e não o Pai, que preenche todo o espaço e todas as coisas vivas.” A.G.Daniels para William C.White em 29 de outubro de 1903.
Percebam que A.G.Daniels entendeu perfeitamente a explicação de J.H.Kellogg. Está bem evidente nesta explanação de Daniels para William White que as “antigas visões” do Dr.Kellogg sobre a Trindade referem-se ao seu anterior ponto de vista, que partilhava junto com os demais pioneiros, de que a Trindade não era uma verdade bíblica e de que portanto o Espírito Santo não era um ser divino pessoal tal como o Pai. No entanto, quando o Dr.Kellogg “ por um certo momento creu na trindade, conseguiu ver bem claramente onde estava toda a difculdade, e achou que agora podia resolver a questão satisfatoriamente”. E qual era a solução satisfatória para suas declarações não serem consideradas como panteístas? Crer em Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo, pois assim todas estas declarações poderiam ser entendidas como o Espírito Santo em ação no universo preenchendo “todo o espaço e todas as coisas vivas”. Mais uma pausa para refexão: a) Os teólogos(1) da atual IASD dizem que foi Ellen White com declarações como “três pessoas do trio celestial”(2) e de que “Cristo é o auto-existente e preexistente Filho de Deus”(3) que motivou a mudança da IASD para o trinitarianismo, porém nada mencionam sobre o fato de que o Dr.Kellogg adotou o conceito trinitariano para explicar seus textos polêmicos e assim fugir da crítica de panteísmo. O trinitarianismo adotado pelo Dr.Kellogg está em perfeita harmonia com o trinitarianismo da IASD hoje, porém estranhamente a liderança continua repudiando-o como alguém com idéias panteístas ao invés de construir uma estátua em sua homenagem como um dos primeiros pioneiros a declarar pública e claramente sua crença na doutrina da Trindade. b) Uma outra coisa muito estranha é o fato de Ellen White como a mensageira do Senhor, tenha inicialmente dito que ele não estava totalmente esclarecido sobre a personalidade de Deus e que suas idéias praticamente destroem o próprio Senhor Deus, e agora ela seja apresentada pelos atuais líderes da IASD como alguém que tenha ajudado a igreja sair do “erro” do não trinitarianismo para a “verdade” do trinitarianismo. Porque Ellen White, designada por Deus para guiar Seu povo no momento de crises como aquela do Dr.Kellogg, não recebeu uma visão comprovando a explicação apresentada pelo Dr.Kellogg, dizendo que ele estava certo em sua explicação trinitariana? Não seria esta uma excelente oportunidade para Deus abrir os olhos de Seu povo para esta “verdade” ignorada por todos os pioneiros?
E o mais intrigante: Porque Ellen White insistia em declarar para todos que seus pontos de vista sobre a divindade não correspondem aos pontos de vista do Dr.Kellogg? Continuemos nossa análise dos fatos: 5) G.I.Butler respondeu a carta do Dr.Kellogg nos seguintes termos: “Até onde a Irmã White e você estão em perfeito acordo é preocupante, eu devo deixar isso totalmente entre você e ela. A Irmã White diz que não há perfeito acordo. Você declara que há. Eu conheço algumas das observações dela que lhe dão forte base para você declarar que ela está de acordo. Sou honesto e franco sufciente para dizer isso, mas eu devo dar a ela o crédito, até que ela abandone isso de dizer que há uma diferença também, e eu não creio que você possa dizer plenamente o que ela quer dizer.” G.I.Butler para J.H.Kellogg em 5 de abril de 1904. Interessante observar a franqueza de Butler dizendo que algumas declarações de Ellen White poderiam servir de forte base para validar a explicação trinitariana de Kellogg (os textos existem e dão margem para o entendimento trinitariano), porém ele insiste em dizer que a explicação de Kellogg não condiz com exatidão ao pensamento de Ellen White. É constrangedor verifcar a dependência de nossos pioneiros à Ellen White quanto à defnição de importantes conceitos teológicos que deveriam ter a Bíblia como a única regra de fé e prática. Lá estão os pioneiros discutindo se Ellen White pensa ou não igual à Kellogg ao invés de estarem examinando as Escrituras para provar os conceitos de ambos. Mas Butler continuou sua carta a Kellogg dizendo mais coisas: “Deus habita em nós pelo Seu Santo Espírito, como um Confortador, como um Reprovador, mais como um formador. Quando nós vamos a Ele, nós participamos dEle nesse sentido, porque o Espírito Santo vem a partir dEle;vem do Pai e do Filho. Não é uma pessoa andando por aqui a pé, ou voando, como um ser literal no mesmo sentido que Cristo e o Pai fazem... pelo menos se é assim, está totalmente além da minha compreensão do entendimento da linguagem ou das palavras.” G.I.Butler para J.H.Kellogg em 5 de abril de 1904. É incontestável que Butler não aceitou a explicação trinitariana de Kellogg, em especial sua idéia do Espírito Santo ser um ser pessoal e divino.
Notem que já estamos no quarto mês de 1904 e até agora nenhuma declaração de Deus através de Ellen White dizendo que os pensamentos trinitarianos de Kellogg, em especial seu conceito de que o Espírito Santo é um ser pessoal e divino, estão corretos. Os conceitos do Dr.Kellogg, rejeitados inicialmente como sendo panteístas, continuaram sendo rejeitados sob a ótica de sua explicação trinitariana. O tempo foi se ando e nada dos pioneiros mudarem de opinião, nem de Ellen White aceitar os conceitos do Dr.Kellogg. Pelo contrário, Ellen White ou a escrever textos e mais textos alertando quanto ao perigo dos ensinos especulativos sobre a personalidade de Deus. A IASD continuava não trinitariana em suas crenças fundamentais e em suas publicações denunciando o engano do conceito católico da Trindade. 6) Em 1904, Ellen White fnalmente recebe uma clara orientação de Deus sobre o livro do Dr.Kellogg, o qual foi publicado na forma de um artigo intitulado “O Fundamento de Nossa Fé” e adivinhem... ... Mudanças? Vejamos: “Eu tenho sido instruída pelo mensageiro celeste que alguns dos raciocínios no livro ‘Templo Vivo’ são falaciosos, e que tal raciocínio desencaminhará as mentes daqueles que não estão profundamente frmados nos princípios fundamentais da verdade presente. Ele introduz aquilo que não a de uma especulação acerca da personalidade de Deus e onde Sua presença está. Ninguém nesta Terra possui o direito de especular nesta questão.” Ellen White – Mensagens Escolhidas vol.1 pág. 201. Mas espera um pouco Ellen White! O Dr.Kellogg já explicou o que estava querendo dizer. Ele não é panteísta! Ele já deixou claro de que o poder que permeia todo universo e todo ser vivo é a terceira pessoa da Trindade, o Deus Espírito Santo. Que nada! O mensageiro celeste já deixou bem claro: O Dr.Kellogg está introduzindo um conceito especulativo acerca da personalidade de Deus que desencaminhará as mentes daqueles que não estão profundamente frmados nos princípios da verdade presente.
E Ellen White orientada pelo mensageiro celeste foi ainda mais longe em sua advertência: “Teorias espiritualistas sobre a personalidade de Deus, seguindo as lógicas conclusões deles, derrubam toda a efciência cristã.” Ellen White – Mensagens Escolhidas vol.1 pág. 201. Quer dizer que Deus deixou bem claro que as idéias do Dr.Kellogg (mesmo ou especialmente sob a ótica trinitariana) são conceitos espiritualistas da personalidade de Deus que não am de falácias. Neste mesmo artigo Ellen White foi orientada por Deus a considerar as especulações do Dr.Kellogg como o “Alfa” ou início das heresias fatais, e depois de forma dramática ela prediz o “Ômega” ou o fnal destas heresias doutrinárias que seriam introduzidas na igreja em algum tempo no futuro: “Não se enganem; muitos se afastarão da fé, dando ouvidos a espíritos sedutores e doutrinas de demônios. Agora temos diante de nós, o alfa deste perigo. O ômega será de uma natureza mais impressionante.” Ellen White – Mensagens Escolhidas vol.1 pág. 197. O “Alfa” das heresias que abriu as portas para começar a desencaminhar o povo de Deus rumo à tragédia do “Ômega”, foi o conceito errado que o Dr.Kellogg introduziu a respeito da Divindade, ou melhor, o conceito Trinitariano de que o Espírito Santo é um ser divino e pessoal em igualdade de condições ao Pai e ao Filho. O mensageiro de Deus foi ainda mais claro em sua mensagem à Ellen White sobre o “Ômega”: “O ‘Templo Vivo’ contém o alfa destas teorias. Eu soube que o ômega o sucederá em pouco tempo; e temi pelo nosso povo.” Ellen White – Mensagens Escolhidas vol.1 pág. 203. Realmente o “Ômega” aconteceu pouco tempo depois; não mais que 27 anos depois destes episódios a IASD mudava suas crenças fundamentais de:
“Existe um Deus, pessoal, um ser espiritual, criador de todas as coisas, onipotente, onisciente e eterno; infnito em sabedoria, santidade, justiça, bondade, verdade e misericórdia; imutável e presente em toda parte por seu representante, o Espírito Santo.” “Existe um Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai Eterno...” – Crença Fundamental ofcial da IASD publicada pela primeira vez em 1872 por Uriah Smith, repetida em todos os Year Books entre os anos de 1889 e 1914, e que em 15 de abril de 1894 foi aprovada ofcialmente na signifcativa Assembléia Geral de Battle Creek como, segundo palavras do historiador adventista Edwin Froom, “ a mais representativa; compreensiva e autorizada Declaração das Crenças Fundamentais na história até aquele tempo.”(4)
Para:
“A Divindade, ou Trindade, consiste do Eterno Pai, uma pessoa, um ser espiritual, onipotente, onipresente, onisciente, infnito em bondade e amor; o Senhor Jesus Cristo, o Filho do Eterno Pai, através de quem todas as coisas foram criadas e a salvação das hostes dos redimidos será realizada; o Espírito Santo, a terceira pessoa da Divindade, o grande poder regenerador na obra de redenção.” – Crença Fundamental publicada no Year Book de 1931 (entre os anos de 1915 e 1930 as doutrinas ofciais da IASD deixaram misteriosamente de serem publicadas – só lembrando que E.G.White morreu em 1915).
Um texto fnal para a sua refexão (só para não pensarem que pinçamos um texto totalmente fora do contexto destes fatos e o inserimos aqui – como fazem muitos – quero dizer que este texto esta no mesmo artigo mencionado acima no qual Ellen White denuncia o Alfa e prediz o ômega):
“O inimigo das almas está tentando trazer a idéia de que uma grande reforma devia tomar lugar entre os Adventistas do Sétimo Dia, e que esta reforma deveria consistir em desistir das doutrinas que se frmaram como os pilares da nossa fé, e se engajar em um processo de reorganização. Se esta reforma fosse feita, qual seria o resultado? Os princípios da verdade que Deus, em Sua sabedoria, deu à igreja remanescente seriam descartados. Nossa religião seria mudada. Os princípios fundamentais que sustentaram a obra pelos últimos 50 anos, seriam considerados como erro. Uma nova organização seria estabelecida. Livros de uma nova linha seriam escritos. Um sistema de flosofa intelectual seria introduzido. Os fundadores desse sistema iriam pelas cidades, e fariam um trabalho incrível. O sábado, logicamente, seria levianamente observado, como também o Deus que o criou. Nada seria permitido opor-se ao novo movimento. Os líderes ensinariam que a virtude é melhor do que o vício, mas com Deus sendo removido, eles colocariam suas dependências no poder humano, que, sem Deus, não tem valor. O fundamento deles seria construído na areia e os ataques e as tormentas varreriam a estrutura.” Ellen G. White – Mensagens Escolhidas, vol.1, pág. 204 e 205.
“Hoje se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir” Lucas 4:21. Referências: (1) Em especial, George Knight em artigo para a Revista Ministry, traduzido para o português na revista Ministério com o título “As mudanças no Adventismo” pág. 16. (2) Ellen White, Evangelismo, pág. 615-616. (3) Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 530. (4) Le Roy Edwin Froom, Movement of Destiny, pág. 342.
3) Trindade – Marco nº 3 O terceiro caso aconteceu 21 anos mais tarde da publicação do folheto de Samuel Spear, em 1913, e cerca de 10 anos depois das declarações do Dr.Kellogg. No dia 9 de outubro de revista Review and Herald publicou um pequeno artigo sem qualquer destaque na página 21 com o título “The Message for Today” (A Mensagem para Hoje).
Veja logo abaixo o único parágrafo do artigo que trazia a palavra “trindade”:
Tradução: 1. Na divina Trindade. Esta Trindade consiste do Pai eterno, um ser pessoal e espiritual, onipotente, onisciente, infnito em poder, sabedoria e amor; do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai eterno, pelo qual todas as coisas foram criadas, e através de quem a salvação dos servos redimidos será realizada; do Espírito Santo, a terceira pessoa da divindade, agente regenerador do trabalho da redenção. O responsável por esta publicação foi o editor da Revista Review and Herald e diretor de publicações na época, F.M.Wilcox. Em poucas linhas ele apresenta os seus pensamentos doutrinários dos quais a crença numa trindade fazia parte (Um pouco acima deste item 1 estava escrito: “Os Adventistas do Sétimo Dia crêem,-”).
Alguns usam esta publicação como uma prova para a aceitação de Ellen White quanto à trindade, pois quando este parágrafo foi publicado (1913), ela ainda estava viva. Argumentam que se a trindade fosse uma heresia católica, ela certamente teria se manifestado contra tal declaração. Tal conclusão é questionável! Quando este parágrafo foi publicado num canto da página 21 em letras minúsculas dentro da revista Review and Herald, Ellen White estava com 86 anos de idade em sua chácara em Elmshaven na Califórnia, já afastada de qualquer atividade. Quem pode garantir com absoluta precisão que ela leu este artigo? O livro “Trindade” traz na página 218 (versão em Inglês): “Neste período um dos destacados líderes e editor da mais importante revista dos ASD, a Review and Herald, F. M. Wilcox – um dos cinco depositários indicados por Ellen White para cuidar do patrimônio literário dela, escreveu uma síntese das crenças dos ASD. E no ano de 1913 (Note que Ellen White estava viva e não contradisse o que ele escreveu) Wilcox escreveu na Review: “Os Adventistas do Sétimo Dia crêem na Divina Trindade. Esta Trindade consiste do eterno Pai... O Senhor Jesus Cristo.... e o Espírito Santo, a terceira pessoa da Divindade.” Mas os autores do livro “Trindade” não mencionam que este mesmo diretor de publicações, F.M.Wilcox, no ano seguinte (1914) publicou o Year Book com os “Princípios Fundamentais” sem a inclusão da doutrina da trindade. Isto deixa bem claro que o seu “insignifcante” artigo na Review and Herald não ava de sua opinião pessoal sobre a questão, e não refetia o pensamento de toda a denominação que continuava a afrmar suas crenças da mesma maneira como foram aprovadas naquela representativa e ofcial assembléia em 1894. A argumentação de que se este pequeno parágrafo foi escrito e Ellen White que estava viva (86 anos) não o refutou, levando a conclusão de que ela concordou com ele, parece ser e desproporcional quando colocamos este pequeno parágrafo ao lado de todos os 10 Year Books onde as Crenças Fundamentais dos adventistas foi repetida. A pergunta não é se Ellen White sabia e concordou ou não com este parágrafo escrito por F.M.Wilcox, mas sim se Ellen White sabia e concordou com as Crenças Fundamentais expressas nos 10 Year Books ao longo de 25 anos (1889-1914). O que você considera mais lógico e provável?
3) Year Book de 1931 Os Princípios Fundamentais só voltaram a serem publicados novamente no Year Book de 1931 (só 17 anos depois da última vez em que apareceu no ano de 1914), mas desta vez com algumas modifcações. Desde a primeira vez que estes princípios foram publicados em um folheto redigido por Urias Smith em 1872, até o ano em que apareceram as primeiras mudanças, foram quase 60 anos em que os Princípios Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia permaneceram inalterados. Diante dos fatos apresentados até aqui, nos parece questionável a afrmação feita pelos autores do livro “Trindade”, de que os pioneiros vinham mudando constantemente a sua concepção sobre a divindade, e não publicavam as doutrinas porque já esperavam mudanças e não queriam causar obstáculos à “revelação” que estava por vir ! “...porque eles reconheceram que mais verdades estavam vindo e eles não queriam impedi-las, defnindo as suas crenças muito rigidamente.” - Jerry Moon - Adventist Review, Abril 1999. O professor de história da Igreja Adventista da Universidade de Andrews, Jerry Moon, escreveu que foi a providência divina que trouxe a doutrina da trindade para dentro de nossas crenças com o objetivo de manter a unidade da igreja. É muito estranho este argumento, pois quando a doutrina da trindade surgiu em nosso meio, já existia há 1600 anos atrás na igreja Católica Apostólica Romana. Em outras palavras, Deus revelou este mistério primeiramente para a prostituta de Apocalipse, e depois a “providência divina” fez com que esta revelação fosse descoberta pelo seu povo remanescente (estranho!?!). Não parece estranho que aquela que até hoje é considerada pela igreja Católica a principal doutrina (mistério) sob a qual todas as demais estão estabelecidas, asse a ser considerada pela igreja Adventista como uma recente revelação da “providência divina” que surgiu de maneira gradativa em nossa igreja? Não parece estranho que quilo que chamam de “providência divina” hoje, era considerada como uma diabólica heresia pelos pioneiros adventistas? (É para parar e pensar!)
Tradução: Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo-dia (tradução da parte assinalada em vermelho) 2. Que a divindade, ou Trindade, consiste do Pai Eterno ................... o Espírito Santo a terceira Pessoas da divindade. Nota: Em 1931 a Igreja Adventista tinha apenas 314 mil membros. Modifcações dos “Princípios Fundamentais” no Year Book de 1931: 1. Tiraram a palavra “única” onde diz que “a Bíblia é a fonte de doutrinas”. 2. Ao tratar do assunto Espírito de Profecia, até então não era mencionado o nome de “Ellen White”. De maneira semelhante aos Mórmons com Joseph Smith, o “dom de profecia” fcou simbolizado por um nome de uma pessoa: “Ellen G. White”. Com a expressão “seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de verdade” deram uma posição de igualdade à Bíblia, enquanto a postura dos pioneiros até então poderia ser resumida nestas palavras de Urias Smith: “A Bíblia, e a Bíblia somente, a Bíblia na sua pureza, a Bíblia é sufciente e a única regra confável de vida, ...” Isso, poderia até parecer um desprezo ao trabalho e vida de Ellen White. Porém, o “fanatismo” em torno de sua pessoa só realmente começou após sua morte em 1915. “Espírito de Profecia” é uma expressão usada para Jesus na Bíblia. Recentemente este assunto evoluiu para um nível onde a Conferência Geral não hesita em afrmar que “a Inspiração de Ellen White é tão boa como a da Bíblia”, numa audaz comparação para estabelecer igualdade entre a Bíblia e os escritos de Ellen White. Isso poderia levar alguém a pensar que não acreditamos na inspiração de Ellen White. Acreditamos na sua inspiração, porém não a ponto de estabelecer equivalências com a Bíblia, e nem usar para Ellen White um título que na Bíblia é atribuído a Jesus. 3. Até 1914 as Doutrinas Fundamentais diziam que “o Papa é o homem do pecado” (II Tess. 2). Este termo foi retirado.
4. Até 1914 dizia que Jesus era da semente de Abraão. Colocaram em 1931 que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria --- Um enfoque mais Católico na doutrina Adventista. Obs.: É interessante notar que esta declaração de Crenças Fundamentais do Year Book 1931, apresenta o texto exatamente como exige o Concílio Mundial de Igrejas (WCC) para itir um membro naquela organização.
Segue abaixo a tradução completa das doutrinas de 1931: Os Adventistas do sétimo Dia sustentam certas crenças fundamentais, como principais características, das quais, reúnem um conjunto de referências escriturísticas sobre as quais estão baseadas e podem ser resumidas como segue: 1. Que as Santas Escrituras do Velho e Novo testamentos foram dadas pela inspiração de Deus, contêm uma auto-sufciente revelação de Sua vontade para o homem, e são a única e infalível regra de fé e prática (2 Tim. 3:15-17); 2. Que a Divindade, ou Trindade, consiste do Eterno Pai, uma pessoa, um ser espiritual, onipotente, onipresente, onisciente, infnito em bondade e amor; o Senhor Jesus Cristo, o Filho do Eterno Pai, através de quem todas as coisas foram criadas e a salvação das hostes dos redimidos será realizada; o Espírito Santo, a terceira pessoa da Divindade, o grande poder regenerador na obra de redenção (Mateus 28:19); 3. Que Jesus Cristo é verdadeiramente Deus, sendo da mesma essência e natureza como o Eterno Pai. Enquanto ele reteve Sua natureza divina, Ele tomou sobre si a natureza da família humana, viveu sobre a terra como um homem, para dar exemplo em sua vida dos princípios de justiça, provou sua relação para com Deus pelos muitos poderosos milagres, morreu por nossos pecados sobre a cruz, foi ressuscitado da morte, e ascendeu ao Pai, onde vive para interceder por nós (João 1:1, 14; Heb. 2:9-18; 8:1, 2; 4:14-16; 7:25; 4. Que cada pessoa a fm de obter a salvação, precisa experimentar o novo nascimento; que envolve uma inteira transformação de vida e caráter através do poder recriador de Deus através da fé no Senhor Jesus Cristo (João 3:16; Mateus 18:3; Atos 2:37-39);
5. Que o Batismo é uma ordenança da igreja cristã e dever seguir o arrependimento e perdão dos pecados. Por meio desta observância, é revelada a fé na morte, sepultamento, e ressurreição de Cristo. Que a forma apropriada do batismo é pela imersão (Rom. 6:1-6; Atos 16:3033); 6. Que a vontade de Deus com respeito à conduta moral está compreendida em Sua lei dos dez mandamentos; que estes são, os grandes e imutáveis preceitos que estão sobre todos os homens, em todos os tempos (Êxodo 20:1-17); 7. Que o quarto mandamento desta lei imutável requer a observância do sábado do sétimo dia. Esta santa instituição, é ao mesmo tempo um memorial da criação e um sinal de santifcação, um sinal de abandono das próprias obras de pecados dos crentes, e sua entrada no descanso da alma que Jesus prometeu para aqueles que vêm a Ele (Gên. 2:1-3; Êxodo 20:8-11; 31: 12-17; Heb. 4:1-10); 8. Que a lei dos dez mandamentos aponta para o pecado, cuja penalidade é a morte. A lei não pode salvar o transgressor de seus pecados, nem transmitir poder para guardá-lo de pecar. Em infnito amor e graça, Deus provê uma maneira através da qual isto poder ser realizado. Ele forneceu um substituto, Cristo, o único justo, para morrer no lugar do homem, tornando-o “pecado por nós, que não conheceu pecado, a fm de que nós fôssemos feitos justiça de Deus nele” (2 Cor. 5:21). Que alguém é justifcado não pela obediência à lei, mas pela graça que está em Cristo Jesus. Pela aceitação de Cristo, o homem é reconciliado com Deus, justifcado pelo seu sangue dos pecados do ado, e salvo do poder do pecado por sua habitação no coração. Deste modo, o evangelho se torna “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”. Esta experiência é realizada pela divina atuação do Espírito Santo, que convence do pecado e conduz para o arrependimento, levando o crente para o novo concerto e relação, onde a lei de Deus é escrita em seus corações, e através do poder capacitador da habitação de Cristo, sua vida é trazida à conformidade com os divinos preceitos. A honra e os méritos desta maravilhosa transformação dependem inteiramente de Cristo (1 João 2:1, 2; Rom. 5:8-10; Gal. 2:20; Ef. 3:17; Heb. 8:8-12). 9. Que somente Deus possui a imortalidade. O homem mortal possui a natureza pecaminosa e mortal. A imortalidade e a vida eterna vêm somente através do evangelho, e são concedidas como o dom gratuito de Deus por ocasião do segundo advento de Jesus Cristo nosso Senhor (1 Tim. 6:15, 16; 1 Cor. 15: 51-55). 10. Que a condição do homem na morte é de inconsciência. Que todos os homens, bons e maus semelhantemente, permanecem na sepultura desde a morte até a ressurreição (Eclesiastes 9:5, 6; Sal. 146:3, 4; João 5:28, 29).
11. Que existirá uma ressurreição de justos e injustos. A ressurreição dos justos terá lugar na segunda vinda de Cristo; a ressurreição dos injustos acontecerá após os mil anos, na fnalização do milênio (João 5:28, 29; 1 Tess. 4:13-18; Apoc. 20:5-10). 12. Que fnalmente, o impenitente, incluindo Satanás, o autor do pecado, será, pelo fogo do último dia, reduzido ao estado de nãoexistência, tornando-se como nunca houvessem existido, assim, limpando o universo de Deus, do pecado e pecadores (Rom. 6:23; Mal. 4:1-3; Apoc. 20:9, 10; Obadias 16). 13. Que nenhum período profético é apontado na Bíblia para alcançar o segundo advento, senão apenas um, os 2.300 dias de Daniel 8:14, fnalizado em 1844, e nos conduz a um evento denominado purifcação do santuário. 14. Que o verdadeiro santuário, do qual o tabernáculo terrestre era uma cópia, é o templo de Deus no Céu, a respeito do qual Paulo fala em Hebreus 8 em diante, e do qual o Senhor Jesus, como nosso sumo-sacerdote, é ministro; e que a obra sacerdotal de nosso Senhor é o antítipo da obra dos sacerdotes judeus da primeira dispensação; que este santuário celestial é o único a ser purifcado no fnal dos 2.300 dias de Dan. 8:14; está sendo purifcado, como no tipo, uma obra de julgamento, iniciando com a entrada de Cristo como sumosacerdote sobre o julgamento que é a fase de seu ministério no santuário celestial, o qual é tipifcado através da purifcação do santuário no dia da expiação. Esta obra de julgamento no santuário celestial iniciou em 1844. Sua fnalização encerrará a provação humana. 15. Que Deus, no tempo do julgamento e em acordo com Sua maneira invariável de proceder com a família humana em adverti-la dos eventos vindouros que afetarão seu destino (Amós 3:6, 7), envia uma proclamação da proximidade do segundo advento de Cristo; que este trabalho é simbolizado pelos três anjos de Apocalipse 14, e esta tríplice mensagem apresenta a visão de uma obra de reforma para preparar o povo para o encontro com Ele em sua vinda. 16. Que o período da purifcação do santuário, sincronizando com o período da proclamação da mensagem de Apocalipse 14, é o tempo do juízo investigativo, primeiro com referência aos mortos, e segundo, com referência aos vivos. Este juízo investigativo determina quem das miríades que dormem no pó da terra são os que têm parte na primeira ressurreição, e que estas multidões de viventes são os que tomarão parte na transladação (1 Ped. 4:17, 18; Dan. 7:9, 10; Apoc. 14:6, 7; Lucas 20:35). 17. Que os seguidores de Cristo, devem ser um povo justo, não adotando os costumes não santifcados nem conformando-se aos caminhos iníquos do mundo, não amando esses prazeres
pecaminosos nem estimulando estas tolices. Que o crente deve reconhecer seu corpo como o templo do Espírito Santo, e que deve vestir-se com cuidado, modéstia, e aparência digna. Além disso, que ao comer e beber e em sua completa conduta ele deve mostrar em sua vida como tornar-se um seguidor do manso e humilde Mestre. Dessa forma, o crente será levado a abster-se de todas as bebidas intoxicantes, tabaco, e outros narcóticos, e evitar que através de habito e prática todo o corpo e alma sejam contaminados (1 Cor. 3:16, 17; 9:25; 10:31; 1 Tim. 2:9, 10; 1 João 2:6). 18. Que o divino princípio dos dízimos e ofertas para sustento do evangelho é um reconhecimento da posse de Deus sobre nossas vidas, e que somos dirigidos a prestar contas a Ele de tudo aquilo que nos deu para nossa possessão (Lev. 27:30; Mal. 3:8-12; Mat. 23:23; 1 Cor. 9:9-14; 2 Cor. 9:6-15). 19. Que Deus colocou em Sua igreja os dons do Espírito Santo, como enumerados em 1 Coríntios 12 e Efésios 4. Que esses dons trabalham em harmonia com os divinos princípios, da Bíblia, e são concedidos para o aperfeiçoamento dos santos, a obra do ministério, a edifcação do corpo de Cristo (Apoc. 12:17; 19:10; 1 Cor. 1:5-7). 20. Que a segunda vinda de Cristo é a grande esperança da igreja, o grande clímax do evangelho e do plano da salvação. Sua vinda será literal, pessoal e visível. Muitos eventos importantes estarão associados com Seu retorno, como a ressurreição dos mortos, a destruição dos ímpios, a purifcação da terra, a recompensa dos justos, o estabelecimento do Seu reino eterno. O quase completo cumprimento de várias profecias, particularmente aquelas encontradas nos livros de Daniel e Apocalipse, com as condições materiais, sociais, industriais, políticas e religiosa existentes no mundo, indicam que o retorno de Cristo “está próximo, às portas”. O exato momento destes eventos não foi predito. Os crentes são exortados a prepararem-se para “o momento em que não esperam, pois, o Filho do homem” será revelado (Lucas 21: 25-27; 17:25-30; João 14:1-3; Atos 1:9-11; Apoc. 1:7; Heb. 9:28; Tiago 5:1-8; Joel 3:916; 2 Tim. 3:1-5; Dan. 7:27; Mat. 24:36, 44). 21. Que o reino milenar de Cristo, compreende o período entre a primeira e a segunda ressurreição, durante esse tempo os santos de todas eras viverão com seu bendito Redentor no Céu. No fm do milênio, a cidade santa com todos os santos descerá para a terra. Os ímpios, ressuscitados na segunda ressurreição, andarão sobre toda a terra com Satanás seu líder para tomar o acampamento dos santos, quando descerá fogo do Céu, vindo de Deus, e os devorará. Na grande destruição em que Satanás e seus anjos serão consumidos, a própria terra será regenerada e purifcada dos efeitos da maldição. Deste modo o universo de Deus será purifcado da vil mancha do pecado (Apoc. 20; Zac. 14: 1-4; 2 Ped. 3:7-10).
22. Que Deus fará novas todas as coisas. A terra, restaurada à sua beleza original, será transformada para sempre na morada dos santos do Senhor. A promessa feita a Abraão, que através de Cristo ele e sua semente possuiriam toda a terra pelas eras infnitas da eternidade, será cumprida. O reinado, domínio e grandeza do reino debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo e este reino é um reino eterno e todos os domínios O servirão e obedecerão. Cristo, o Senhor, reinará supremo e toda criatura que está no céu e sobre a terra e debaixo da terra, e que estão nos mares prestará louvor, honra e glória e poder Àquele que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro sempre e eternamente (Gên. 13: 14-17; Rom. 4:13; Heb. 11: 8-16; Mat. 5:5; Isa. 35; Apoc. 21: 1-7; Dan. 7:27; Apoc. 5:13).
Tradução: Marcelo Gomes e Carlos Alberto Gomes, Codó-MA
4) Fatos Importantes Não foi sem oposição e muita discussão que esta mudança ou a vigorar nas Crenças Fundamentais de nossa igreja. Os fatos que se seguem são muito esclarecedores: Cinco anos depois que F.M.Wilcox como diretor de publicações da igreja adventista publicou aquele pequeno artigo na Review and Herald, uma acalorada discussão teve parte no Congresso de Bíblia em São Francisco no ano de 1919. A discussão veio à tona por causa de alguns pastores que defendiam a doutrina da trindade. Foi necessária a intervenção do Presidente da Conferência Geral, Arthur Daniels para acalmar os ânimos. Em 1925 uma série de reuniões foram realizadas pelos Estados Unidos, promovidas pelo professor e historiador da Andrews, LeRoy E.Froom defendendo a doutrina da trindade. LeRoy E.Froom revela em seu livro “Movement of Destinity” na página 322 que precisou buscar a doutrina da trindade em autores não denominacionais.
Tradução: “Aqui posso fazer uma confssão pessoal e franca. Quando em 1926 e 1928 me foi pedido pelos líderes para dar uma série de estudos sobre o Espírito Santo ... nos institutos ministeriais cobrindo a União Norte Americana de 1928, fora uns vestígios inestimáveis no Espírito de Profecia, eu não encontrei praticamente nada desse fantástico ramo de estudo da Bíblia. Não existiam prévias pegadas em nossos livros e literatura. Eu fui obrigado a pesquisar em livros fora da nossa fé. Em vista disso, ......alguns desses homens tinham pontos de vista mais profundos das coisas espirituais de Deus, que muitos dos nossos próprios homens tinham então sobre o Espírito Santo e a vida triunfante.” Se a doutrina da trindade é bíblica, porque ir buscar esta verdade em autores de outras denominações? Desta forma poderíamos afrmar sem medo de errar que LeRoy E.Froom é o pai da doutrina da trindade na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ele mesmo é quem ite que seus estudos trinitarianos causaram muita oposição por parte dos obreiros mais antigos, mas gradativamente aram a ser aceitos: “Permita-me declarar que meu livro "A vinda do Consolador" foi o resultado de uma série de estudos que eu dei em 1927 e 1928 nos institutos ministeriais através da América do Norte. Você não imagina como eu fui atacado por alguns mais antigos, porque eu insisti na personalidade do Espírito Santo como uma terceira pessoa da divindade. Alguns homens negaram isto, continuam negando, mas o livro foi gradualmente sendo aceito como padrão.” Carta de LeRoy E. Froom – 27 de Outubro de 1960. Em 1930 uma comissão de apenas quatro es decide a mudança em nossas Crenças Fundamentais. Eram eles: F.M.Wilcox (autor daquele artigo de 1913 e diretor de Publicações na ocasião), M.E. Kern, E.R. Palmer, e C.H. Watson. LeRoy E.Froom fez muitas pressões sobre o presidente Daniels para que a doutrina da trindade fosse incluída em nossas Crenças Fundamentais. Daniels chegou a dizer que “primeiro era preciso deixar que certas feridas fossem curadas”. Talvez estivesse se referindo ao estabelecimento do Estado do Vaticano em 1929. Numa outra ocasião, Daniels disse que “era preciso que certas pessoas estivessem fora de ação”, possivelmente querendo dizer que
deveriam esperar que algumas delas morressem antes de levarem avante tais modifcações. Uma pergunta que cada membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia deveria fazer é: Como pode nossas Crenças Fundamentais, defendidas por décadas pelos nossos pioneiros, e aprovadas em 1894 por 1531 signatários na Assembléia de Battle Creek, serem modifcadas por apenas quatro homens? (Em 1931 a Igreja Adventista contava com 300.000 mil membros). Foi desta forma que de maneira “ofciosa” a doutrina da trindade ou a fazer parte das Crenças Fundamentais dos Adventistas publicada no Year Book de 1931. Isto pode ser também confrmado no livro de George R. Knight (Professor de história da Igreja Adventista na Andrews University) em seu livro “A Search for Identify” na página 153:
Tradução da parte destacada no retângulo vermelho: “Em 1930 vimos a continuação da agitação sobre a Trindade. De um lado, a denominação pela primeira vez publicou a declaração sobre as Crenças Fundamentais no Year Book 1931 que foi explicitamente Trinitariana, embora tecnicamente não de forma ofcial...” A explicação que deram na tentativa de justifcar as alterações foi que isso facilitaria a entrada da igreja em países africanos. Mas na verdade, a medida foi um esforço para desvincular a Igreja Adventista das Testemunhas de Jeová. Nesta época os adventistas eram conhecidos pela população americana como uma seita do mesmo segmento das Testemunhas de Jeová, pois Charles Russell, fundador das Testemunhas de Jeová, quando tinha 20 anos era Adventista, e foi onde aprendeu a doutrina do Deus único. A analogia da opinião pública americana ligando as duas seitas que não criam na Trindade, incomodava os es adventistas. Eles tinham que mudar alguma coisa para se tornarem diferentes da seita de maior rejeição nos Estados Unidos. (as Testemunhas de Jeová eram conhecidas por não acreditarem na Trindade, não saudarem a bandeira americana e a proibição da transfusão de sangue). Em 1940 alguns livros da igreja começaram a ser censurados. Os livros de Urias Smith começaram a ser “caçados” com a justifcativa de serem livros raros que precisavam ser doados para serem então devidamente preservados. Mas na realidade o que aconteceu é que eles foram todos queimados. Aqui encontra-se uma séria acusação de Conspiração, mas que infelizmente, até o momento, carece de comprovação. Mas por que os livros de Urias Smith foram em especial “caçados” desaparecendo logo a seguir? Ensinamentos contidos em seus escritos, como o que se segue, por exemplo, pode responder muito bem esta questão: “Deus unicamente é sem um começo. Na mais remota época como um começo poderia ser, -- um período tão remoto que para as mentes infnitas é essencialmente a eternidade, -- surgiu a Palavra. ‘No começo era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus’ João 1:1” A seguir apresentamos o livro de Urias Smith de onde esta citação foi tirada, bem como a página onde ela aparece:
Ou textos como este aqui abaixo traduzido: “... entendendo que Cristo é o agente pelo qual Deus criou todas as coisas, mas ele mesmo veio à existência de uma forma diferente, como é chamado o único gerado pelo Pai. De toda forma o Pai deve ter tido uma existência anterior. Nesta expressão "Barnes" usa a signifcante linguagem: É demonstrado em outras fontes que Cristo foi de fato um ser criado e o primeiro que Deus fez, não pode ser negado que essa linguagem apropriadamente expressa este fato.” Veja agora o livro e as páginas originais onde se encontra o texto acima traduzido:
A seguir apresentamos mais duas páginas de seus livros que mostram claramente porque a nova Igreja Adventista trinitariana estava tão preocupada em tirá-los fora de circulação, bem longe da vista do povo. Esta é uma versão original de 1913.
Todas as afrmações sobre a origem de Jesus foram censuradas nas edições posteriores a 1940. Se estas citações eram perigosas heresias que precisavam ser suprimidas, por que Ellen White que conviveu com estes ensinamentos nunca recebeu uma clara orientação de Deus para corrigi-los? Pelo contrário, o que encontramos nos escritos de Ellen White com respeito a Urias Smith e seus livros sobre Daniel e Apocalipse pode ser lido a seguir: “Podemos facilmente contar os primeiros portadores de responsabilidades que ainda vivem [1902]. Pastor [Urias] Smith ligou-se a nós no princípio da obra publicadora. Trabalhou junto a meu marido. Esperamos ver sempre seu nome na Review and Herald, encabeçando a lista dos redatores, pois assim deve ser. Os que iniciaram a obra, que combateram bravamente quando a peleja era árdua, não devem agora perder sua frmeza. Devem ser honrados pelos que entraram para a obra depois de haverem sido adas as privações mais duras.
Tenho muita simpatia para com o Pastor Smith. Meu interesse vital na obra de publicações está ligado ao dele. Veio ele ter conosco quando jovem, possuindo talentos que o habilitavam para ocupar o lugar de redator. Como me alegro quando leio os seus artigos na Review - tão excelentes, tão repletos de verdade espiritual! Dou graças a Deus por eles. Sinto forte simpatia pelo Pastor Smith, e creio que seu nome deve sempre aparecer na Review, como redator principal. Assim Deus deseja. Quando, alguns anos atrás, seu nome foi colocado em segundo lugar, senti-me ferida. Quando de novo foi colocado em primeiro lugar, chorei, e disse: "Graças a Deus!" Oxalá fque sempre ali, como Deus deseja que continue, enquanto a mão direita do Pastor Smith puder empunhar uma pena. E quando faltar o poder de sua mão, que seus flhos escrevam, ditando-lhes ele.” Mensagens Escolhidas, Vol. 2, págs. 225
Neste próximo texto temos a cópia da fonte de onde ele foi originalmente extraído:
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Tradução: “Fui instruída de que os importantes livros que contêm a luz dada por Deus com respeito à apostasia de Satanás no Céu, deveriam ter vasta circulação justamente agora; porque por meio deles a verdade atingirá muitas mentes. Patriarcas e Profetas, Daniel e Apocalipse e O Grande Confito são agora mais necessários do que nunca antes. Deveriam circular amplamente, porque as verdades a que dão ênfase, abrirão muitos olhos cegos. ... Muitos dentre nosso povo têm estado cegos quanto à importância dos livros mais necessários. Se tivessem sido manifestados tato e habilidade na venda destes livros, o movimento das leis dominicais não estaria no pé em que está hoje.” Review and Herald, de 16 de fevereiro de 1905.
E outros textos mais:
“Há em O Desejado de Todas as Nações, Patriarcas e Profetas, O Grande Confito e em Daniel e Apocalipse, preciosa instrução. Esses livros devem ser considerados como de especial importância, e todo esforço deve ser feito para pô-los perante o povo.” Carta 229, 1903.
“A luz dada foi que Daniel e Apocalipse, O Grande Confito e Patriarcas e Profetas se venderiam. Eles contêm exatamente a mensagem de que o povo necessita, a luz especial que Deus deu a Seu povo. Os anjos de Deus preparariam o caminho para estes livros no coração do povo.” Special Instruction Regarding Royalties, pág.7. Colportor Evangelista, pág.123-124. “Devem ser conseguidos para os livros O Grande Confito, Patriarcas e Profetas, O Desejado de Todas as Nações, Daniel e Apocalipse e outros de igual caráter, colportores que tenham o senso do valor dos assuntos contidos nesses livros e noção da obra a ser feita para interessar pessoas na verdade. Auxílio especial, que sobrepuja a toda suposta vantagem de ilustrações, será concedido a tais colportores. Os colportores que nasceram de novo pela obra do Espírito Santo, serão acompanhados pelos anjos, os quais irão adiante deles às residências do povo, preparando-lhes o caminho.” Manuscrito 131, 1899. O Colportor Evangelista, pág. 88.
ATENÇÃO: A única ressalva que encontramos por parte de Ellen White feita Urias Smith, foi quando ele se colocou em oposição aos pastores Jones e Waggoner, quanto a toda polêmica que atingiu o clímax na Assembléia de Mineápolis em 1888. Seria um gravíssimo erro tirar do contexto suas repreensões feitas a Urias Smith quanto a estes assuntos específcos, e tentar maliciosamente aplicá-las às suas declarações anti-trindade ou sobre a origem de Jesus. Ellen White nunca censurou Urias Smith, nem a seu marido ou qualquer outro pioneiro, por escreverem tão incisivamente contra a trindade.
Foi neste mesmo ano (1940) que foi publicado o livro “Evangelismo”, que nada mais é do que uma compilação dos escritos de Ellen White. Este livro contém uma série de textos que foram adulterados com a inserção do termo “Trindade” como tradução da palavra inglesa “Godhead” (Divindade). É muito importante observar que Ellen White nunca usou em qualquer um de seus escritos a palavra “Trindade” (“Trinity” em inglês).
Esta é uma afrmação que pode ser provada, e será logo mais adiante.
O livro “A Search for Identify” escrito por George R.Knight, comenta na página 154 que ainda em 1940, J.S. Washburn escreveu:
Tradução: “Essa monstruosa doutrina (trindade) transplantada do ateísmo para a Igreja de Roma Papal, quer se introduzir na Mensagem do Terceiro Anjo --- a Trindade está totalmente fora da Bíblia e dos ensinos do Espírito de Profecia. A revelação não dá o menor e para isso. Essa monstruosa concepção não tem lugar no universo do Abençoado Pai Celeste e Seu Filho.” (The Trinity JSW MS) Um presidente de associação local fcou tão impressionado que mandou imprimir o folheto de Washburn e mandou distribuir entre os seus obreiros. Mas o Adventismo tomou posições além de Washburn em 1940. Isso fcou evidente quando surgiu a necessidade de fazer uma nova edição de livro Daniel e Apocalipse de Urias Smith. Em Março de 1942 as autoridades da Conferência Geral se reuniram com os Editores das Casas Publicadoras e decidiram que o livro fcaria da mesma forma como Urias Smith havia escrito, mas teria que haver algumas mudanças. Uma delas seria a erradicação das declarações antitrinitarismo e semi-arianismo...” Em 1946, numa Assembléia da Conferência Geral, os opositores da doutrina da trindade conseguiram aprovar uma interposição que assegurava que qualquer doutrina da igreja só poderia ser feita numa Assembléia da Conferência. A Review and Herald em 14 de Junho de 1946 (pág.197) publicou a decisão da Assembléia da Conferência Geral: “We recommend: 1. That the Church Manual be revised and all changes or revision of policy that are to be made in the Manual shall be authorized by the General Conference session.”
Tradução: “Nós recomendamos: 1. Que o Manual da Igreja seja revisado e toda mudança ou revisão de política que for feita no Manual seja autorizada pela Assembléia da Conferência Geral” Isto signifcava que a alteração feita praticamente por quatro homens em 1930 e publicada no Year Book de 1931, só se tornariam efetivas e ofciais após serem devidamente aprovadas em uma Assembléia da Conferência Geral. Na realidade a publicação de 1931 foi apenas um ato istrativo.
Em 1950, as Divisões promoveram cursos para os pastores antigos, onde deveriam ser re-doutrinados segundo a nova teologia Adventista. Pastores que mostrassem resistência à doutrina da Trindade deveriam ter notas baixas, para se sentirem inseguros no emprego e se submeterem à nova Teologia Adventista. Talvez se tivermos hoje algum pastor jubilado que nesta época já era pastor da igreja, ele possa nos confrmar a veracidade deste fato (Este pastor teria hoje (2004) cerca de 80 anos de idade). Ennis Meier fala de sua experiência pessoal durante este período de mudança na igreja Adventista (seu pai era um pastor adventista): “A impressão gravada no meu cérebro sobre essa mudança na Igreja Adventista, quase se perde no tempo. Eu estava na cozinha da minha casa e meu pai chegando de viagem; enquanto comia conversava com minha mãe. Chegava de um congresso de obreiros e com um certo espanto disse para minha mãe: - Agora não é mais um só Deus, são três! Pastores Adventistas que pensavam há muito ter deixado os bancos do colégio, novamente ganharam pastas de estudo e apostilas; tiveram que reaprender a estudar e tirar nota mínima para serem aprovados. As instruções para reeducar os pastores vinham da Divisão e ninguém ousava contestar. Ninguém sabia até que ponto aquela “nota” afetaria a carreira do pastor. O recado da istração foi dar nota baixa e implantar insegurança em todos os pastores; objetivando evitar as manifestações dos que eventualmente discordassem da nova doutrina. Em 1957 eu morava em New York e sábados e domingos à noite, sempre parava nos grupos de pregação de rua e fcava ouvindo. Billy Grahamm moço e carismático fazia uma série de conferências no Madison Square Garden (o antigo) e o assunto religião envolvia New York. O centro evangelístico Adventista próximo ao Time Square era o lugar onde Billy Grahamm fazia sua classe de Bíblia, uma vez por semana. Quando um pregador de rua terminou, me aproximei dele e puxei assunto. Logo revelei que era Adventista e fquei um tanto surpreendido quando me disse que os Adventistas e as Testemunhas de Jeová eram as religiões de maior rejeição na comunidade evangélica. Isso para mim era muito estranho, pois eu pensava que ser Adventista era motivo para muito orgulho !
O pretexto para publicarem a doutrina da Trindade no Year Book de 1931, foi que a medida facilitaria a entrada da igreja Adventista nos paises africanos. Na realidade era um remédio indireto, pois pertencer ao Concílio Mundial de Igrejas (WCC) é que viria facilitar essa integração no continente africano. Para uma religião pertencer ao WCC é preciso ter como doutrina a Trindade. Embora o fundador das Testemunhas de Jeová tivesse sido Adventista (Russel) e os Adventistas tivessem acabado de renunciar o Deus único da Bíblia, logo apareceram folhetos contra as Testemunhas de Jeová, num disfarce para desviar as atenções sobre a mudança. Os Adventistas com dezenas de hospitais, centros de reabilitação, colégios e universidades nos Estados Unidos, precisavam das verbas governamentais e foram obrigados a “aparar as arestas” que vaziam os congressistas americanos torcer o nariz cada vez que alguém pedia verbas para as instituições Adventistas. Hoje, a ADRA tem 66% do seu orçamento provindo do Departamento de Estado Americano e os convênios com o Social Security (INPS Americano) são vitais para o “braço direito” da obra (nenhum hospital nos Estados Unidos sobrevive sem esses contratos e ajuda do governo). Pouco a pouco aquela religião estranha de gente que pregava que os Estados Unidos fariam uma lei dominical e que matariam os seus adeptos, foi se integrando às religiões evangélicas e hoje esses preconceitos quase que desapareceram totalmente. Resta o vexame da mudança, e o ar de superioridade sobre as Testemunhas de Jeová que continuam ainda no fanatismo de onde Russel começou. Se as Testemunhas de Jeová pararam no tempo e as moças ainda se vestem como no século dezenove, os Adventistas com a revelação progressiva, acompanharam os fgurinos da moda, e os fgurinos da doutrina do WCC !”.
Nota: A Igreja Católica ironicamente não pertence ao WCC (World Council of Churches = Concílio Mundial das Igrejas).
A experiência pessoal do responsável por este site: “Fui teologando entre os anos de 1980 e 1985, e só agora pude compreender porque no Curso Teológico tivemos que aprender com tanta ênfase como combater as Testemunhas de Jeová. Nossos professores no curso teológico nada nos ensinaram sobre estas mudanças! E nem poderiam fazê-lo sem evitar muitos questionamentos, portanto preferiram usar a estratégia de nos fazer estudar as doutrinas das Testemunhas de Jeová como heresias a serem combatidas. Desta maneira fomos instruídos a ver a crença no único Deus e em Seu Filho literal Jesus Cristo como uma total demonstração de ignorância teológica, e a crença na trindade como uma verdade solidamente defensável”. Os fatos aqui relatados parecem que só são ignorados pela maioria dos Adventistas, pois até mesmos os Evangélicos conhecem bem esta história, como pode ser constatado neste texto escrito pelo espanhol Pedro de Jesus Colombo. O escritor, em uma série de perguntas e respostas, tentado esclarecer aos seus leitores quem são e o que crêem os Adventistas do Sétimo Dia, na pergunta número 4 coloca:
“4. Acreditam os adventistas na Trindade? Sim. Os adventistas acreditam e defendem com força esta doutrina. A organização entretanto, oculta que eles não criam na Trindade até 1931. Somente depois dessa data, a doutrina foi avalizada e reforçada. Ocultam que os pioneiros, incluindo a própria profetiza Ellen White, não criam nessa doutrina. Os livros ofciais da Igreja (Year Book) até o ano de 1914 documentam com muita consistência esse fato negado hoje por seus dirigentes.”
Parte 4 A mudança torna-se ofcial ________________________________________
1) Dallas 1980 Um livro de 450 páginas contendo as 27 doutrinas da igreja foi preparado pela Conferência Geral, e depois de concluído, foi entregue primeiramente a 194 pessoas para fazerem a revisão. Posteriormente o livro foi entregue para 27 pessoas, sendo que cada uma recebeu um capítulo para revisar. É desnecessário comentar que entre as doutrinas apresentadas neste livro estava a doutrina da trindade. Este livro foi preparado com a fnalidade de ser apresentado na Assembléia da Conferência Geral para ser defnitivamente aprovado, tornando-se desta forma as Crenças Ofciais dos Adventistas do Sétimo Dia. No ano de 1980 numa assembléia da Conferência Geral na cidade de Dallas no estado do Texas, foi fnalmente ofcializada a doutrina da Trindade. Esta mudança nas doutrinas no ano de 1980 é confrmada no livro “The Trinity” (edição em Inglês):
Tradução começando com a 5a. linha: Enquanto o Arianismo e o anti-Trinitarismo foram muito fortes entre os líderes Adventistas pioneiros, o ponto de vista Trinitariano da divindade tornou-se um entendimento geral em 1940, senão antes. De fato, os pontos de vista agora adotados foram votados na declaração ofcial das Doutrinas da Igreja Adventista do Sétimo-dia. A mais recente decisão teve lugar na Conferência de Dallas, Texas em 1980. Nas últimas 3 linhas diz o seguinte: Não unicamente existem notícias de bolsões que revivem o antiTrinitarismo em várias religiões através da América do Norte, como pela infuência da Internet se tem espalhado ao redor do mundo. ("ao redor do mundo" não está mostrado na imagem) Mas de que forma se procederam estas mudanças?
No dia 24 de maio de 1979 o Pr.Neal Wilson (Presidente da Conferência Geral na época) publicou na Revista Adventista Americana (Adventist Review) uma Carta Aberta para a Igreja:
Nesta carta o presidente Neal Wilson convoca membros e líderes da igreja para resolver algo que chamou de “difculdade em questão teológica” (ver última linha da 1ª página e início da 2ª página).
Neal Wilson defniu as “difculdades teológicas” com o rótulo genérico de “righteousness by faith” (justifcação pela fé). Refere-se a uma agitação que deseja acabar, dizendo ser“uma inundação de cassetes, brochuras, livros e documentos, distribuidos através do correio, pelos quais os membros se comunicam, e nunca chegam ao conhecimento da verdade.” Pelo conteúdo da convocação, a comissão que teria apenas dois dias para estudar os chamados “pontos difíceis da doutrina Adventista”, sabia apenas que o assunto genérico seria “justifcação pela fé” (righteousness by faith). Neal Wilson termina sua carta de duas páginas dizendo: “Nós hoje apelamos para a igreja, que aceite a nossa proposta, abstendo-se de futuras agitações sobre o assunto da justifcação pela fé, enquanto direção e ajuda está sendo preparada pelos líderes espirituais. Nós apelamos para que toda a discussão contensiosa sobre esse assunto seja suspensa até que o comitê representativo da igreja, sob a direção do Espírito Santo, possa oferecer ajuda e direção. Então, como na igreja primitiva, em espírito de unidade e amor possamos seguir para a frente.” Nenhuma menção é feita a mudança para a crença da trindade incluída de forma ofciosa nas Crenças Fundamentais dos Adventistas desde 1931 (fato constato abertamente por George Knight). Perguntamos: Foi este comitê tão representativo quanto o de 1894?
Mais tarde foi publicado:
In "An Open Letter to the Church" (Adventist Review, May 24, 1979), the president of the General Conference, Neal C. Wilson, announced the intention of the denomination to convene a representative group "to survey and study difcult theological issues" and share the results with the church. This group, the Righteousness by Faith Consultation, consisting of 145 , was appointed and met in Washington, D.C., October 3-4, 1979. Esse é o início da preparação das 27 doutrinas depois aprovadas em Dallas, Texas, na Assembéia de 1980, e que tornaram OFICIALa doutrina da Trindade. Neal Wilson evitou tratar diretamente do assunto, apenas fazendo referência genérica sobre a “natureza de Cristo” como um dos assuntos a serem tratados (assinalado em vermelho em sua carta aberta).
O Presidente da Conferência Geral, Neil Wilson temendo uma discussão pública do assunto “Trindade”, fez os delegados presentes na Assembléia aprovarem a mudança na forma de um livro com 450 páginas. Não foi informado aos presentes naquela Assembléia que entre aquelas 27 doutrinas existiam algumas radicais mudanças nas crenças que um dia foram defendidas e pregadas por nossos pioneiros. Não lhes foi explicado que eles estavam por votar uma doutrina que havia sido criticada e combatida por muitos anos por homens com Thiago White, esposo de Ellen White, e que por três vezes foi o presidente da Conferência Geral. Não lhes foi dito que eles estavam por tornar ofcial a doutrina Católica da trindade. Não se discutiu o mérito e num simples gesto de levantar as mãos, se tornou ofcial na Igreja Adventista a doutrina Católica da Trindade, segundo o Credo de Constantinopla do Terceiro Século da Era Cristã. Esta “ofcialização” da doutrina da Trindade é algo relativamente recente (24 anos atrás – base 2004), e com toda certeza existem por todo o mundo adventistas ainda vivos que participaram desta Assembléia como delegados que podem nos dizer como procederam a aprovação desta doutrina (algo muito fácil de se checar!). Toda a história que vimos até agora pode ser confrmada na introdução do livro “Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia” (pág.4 da edição em castelhano):
ATENÇÃO: É importante notar que nada é dito no texto acima que as declarações que foram publicadas em 1931 possuíam algumas signifcativas e importantes diferenças em comparaçãp com as declarações impressas até o ano de 1914.] Havia, desde os anos 1919 uma controvérsia entre os pastores sobre a questão da trindade (a técnica utilizada era de silenciar todos os que chamavam à atenção sobre o assunto). A istração sempre teve medo de discutir com os membros qualquer doutrina da igreja. Desta forma, o mínimo que os membros desta igreja poderiam esperar de seus es era que essa discussão fosse feita pela própria istração, mas de maneira honesta, específca e ampla. --- NADA DISSO ACONTECEU ! Pelo o que acabamos de constatar a mudança foi da forma mais dissimulada e discreta possível. Aprovar a doutrina trindade foi o “pivô” de toda encenação e a razão porque um novo livro das doutrinas estava sendo introduzido na igreja. Quando votaram na Assembléia de 1980 em Dallas, Texas, foi formalmente e EM CONJUNTO, sem qualquer oportunidade para discussão das doutrinas em separado, e muito menos uma clara exposição que estavam fazendo mudanças na doutrina da igreja. 2) Em Defesa da Trindade O esforço para defender a doutrina da trindade veio depois, quando começaram aparecer os primeiros focos de resistência conservadora. Mais tarde, embora muitos tenham percebido o erro, circunstancialmente foram obrigados a defendê-lo. A partir de 1980, por ordem da Divisão Sul Americana, começaram a disciplinar todos os membros que se declaravam contra a doutrina da Trindade, ou tão somente promoviam reuniões domiciliares para o estudo do assunto. Dezenas de Adventistas foram expulsos da igreja no sul da Bahia e em Fortaleza. Recentemente, dezenas de Adventistas tem sido expulsos em Brasília, Niterói, São Paulo e em outras várias cidades do Brasil. Os membros da igreja são cortados sem direito de se defenderem, e os pastores violam o Direito Constitucional do cidadão de promover reuniões, sem sofrer qualquer tipo de coação. Nos Estados Unidos, a política em relação aos opositores da doutrina da Trindade é bastante discreta e tolerante, pois nenhum pastor ousaria enfrentar as leis dos "Civil Rights", freqüentemente desconsideradas no Brasil.
E o mais desconcertante de toda esta história, é o fato de vermos que vários membros estão sendo removidos da comunhão das Igrejas Adventistas por crerem exatamente como criam aqueles que a fundaram e a estabeleceram. Por exemplo, Urias Smith afrmava: “Mas com respeito ao Espírito, a Bíblia usa expressões que não podem se harmonizar com a idéia que é uma pessoa igual ao Pai e ao Filho. Ao contrário mostra que é uma divina infuência de ambos; o meio pelo qual se fazem representar e pelo qual se manifesta o poder através de todo o universo, quando não estão pessoalmente presentes.” Urias Smith, “In the Question Chair”, Review and Herald, LXVII (28/10/1890), 664. Atualmente, se algum membro disser isto será perseguido, terá seus cargos retirados, seu nome será levado para a comissão da igreja, e caso não se retrate, será fnalmente removido do rol de membros da igreja (geralmente sem qualquer direito de defesa perante a igreja).
Neal Wilson, presidente da Conferência Geral por ocasião da Assembléia realizada em Dallas, como que querendo justifcar a mudança que lá foi ofcializada, escreveu no prefácio do livro “A Search for Identify” de George R. Knight:
Tradução:
Uma Palavra ao Leitor Tem sido meu privilégio observar e ter parte pessoalmente na procura da identidade teológica durante 55 dos 150 anos cobertos por esse livro. O escopo deste estudo e a cuidadosa e sumaria pesquisa do Dr. George Knight me intriga.................... Esteja seguro em ler todo o livro e não só as seções que lhe chamem à atenção. Se você fzer assim, eu estou certo que você vai concordar que este livro é o produto de uma grande pesquisa. Ele é acadêmico, informativo, provocativo e instrutivo. O autor traça a jornada teológica que a Igreja Adventista tem.................. No começo o Dr. Knight tem um dilema hipotético. Ele aponta que a maioria dos fundadores e pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo-dia relutariam em pertencer à igreja hoje, se tivessem que aceitar as 27 Doutrinas Fundamentais.Nos primeiros dias do desenvolvimento da denominação "a verdade presente" tem envolvido os mandamentos de Deus, o Sábado, a mensagem do santuário, a mortalidade da alma, a mensagem dos 3 anjos de Apocalipse 14 e a segunda vinda de Jesus. Esse livro claramente revela que desde o começo dos Adventistas do Sétimo-dia, estavam preparados para modifcar, mudar, ou revisar as suas crenças e práticas, se eles pudessem ver uma boa razão para
fazer assim pelas escrituras. É por isso que na introdução do texto das Doutrinas Fundamentais, diz: “A revisão dessas declarações deve ser esperada na seção da Conferência Geral quando a igreja é guiada pelo Espírito Santo para o inteiro entendimento das verdades da Bíblia, para achar uma melhor linguagem para expressar os ensinamentos de Deus nas Sagradas Escrituras”. Um dos atuais escolásticos da igreja anotou que, a mais marcante característica acerca do Adventismo é o fato que “nós acreditamos que a verdade é progressiva e não estática.” Como resultado disso o Adventismo continua pesquisando, investigando, escutando, revendo, estudando e orando, na convicção que Deus vai iluminar, e aumentar o entendimento da história da salvação. Esse livro reforça o fato que a igreja Adventista do Sétimo-dia é um movimento profético, com uma mensagem e uma missão profética. Embora eu pensei que estive razoavelmente bem informado, eu devo itir que o Dr. Knight aguçou a minha convicção. Eu fquei profundamente impressionado pela síntese das pessoas e assuntos e da forma habilidosa que ele relacionou a jornada desses 150 anos. Nas páginas fnais, o Dr. Knight enfatiza o que signifca ser um cristão Adventista do Sétimo-dia. Ele declara que o “o gênio do Adventismo do Sétimo-dia não se baseia tanto nas doutrinas que o distinguem do que outros cristãos acreditam, antes é uma combinação do entendimento da estrutura do tema da grande controvérsia no cerne da apocalíptica do livro da Revelação, discorrendo de Apocalipse 11:19 até o fm do capítulo 14. É um ponto de vista profético que distingue os Adventistas do Sétimo-dia de outros Adventistas, outros sabatistas, e todos os outros cristãos.” Neal C. Wilson, ex-Presidente da Conferência Geral dos Adventistas do Sétimo-dia. (1979-1990)
3) Como Aceitar Esta Mudança? Será que o argumento que nossos doutores e pastores estão usando para justifcar a mudança de não-trinitarianos para trinitarianos é válido? Eles afrmam que nossa doutrina mudou porque os conceitos dos pioneiros estavam errados. Mas se isto é verdade por que Ellen White afrmou: “Os pontos principais da nossa fé, tal como temos hoje, foram frmemente estabelecidos. Ponto por ponto foi claramente defnido e toda a irmandade veio em harmonia. A inteira congregação de crentes está estabelecida na verdade. Há aqueles que vieram com estranhas doutrinas, mas nós não tememos encontrá-los. Nossa experiência foi maravilhosa e estabelecida pela revelação do Espírito Santo.” Ellen White - MS. 1903 E mais: “Nós não podemos aceitar as palavras daqueles que trazem mensagens contradizendo os principais pontos da nossa fé. Eles juntam um mundo de textos e uma pilha de provas que sustentam as suas teorias. Isso tem acontecido sempre nos últimos 50 anos. Enquanto as Escrituras são a Palavra de Deus e devem ser respeitadas, se o que eles mostram altera um pilar do fundamento que Deus tem sustentado nesses ados 50 anos, é um grande engano. Os que recebem essas explicações sabem das maravilhosas demonstrações do Espírito Santo, que nos deu poder e força nas mensagens do ado, que vieram ao povo de Deus.” Ellen White, 1905, Manuscript Release No. 760: The Integrity of the Sanctuary Truth, pages 18-20 E ainda mais: “Nenhum alfnete deve ser removido no que o Senhor estabeleceu. Nós encontraríamos segurança em menos do que o Senhor nos tem dado nesses últimos cinqüenta anos?” Review and Herald, 05/Maio/1905
Mas apesar de todas estas claras e específcas orientações para não mudarem aquilo que o Senhor havia estabelecido, Ellen G. White foi orientada pelo Senhor para revelar a seguinte advertência profética:
“A mensagem do Senhor claramente nos adverte: O inimigo das almas nos trás a impressão que uma grande reforma está tendo lugar entre os Adventistas do Sétimo-dia, e essa reforma consistiria em abandonar as doutrinas que são as bases da nossa fé, num processo de reorganização. Em que essa reforma que teria lugar vai resultar? Os princípios da verdade que Deus na sua sabedoria tem dado a igreja remanescente seriam descartados. Nossa religião seria mudada. Os princípios fundamentais que tem sustentado a obra nos últimos 50 anos seriam tidos como erro. Uma nova organização seria estabelecida. Livros da nova ordem seriam escritos. Um sistema de flosofa intelectual seria introduzido. Os fundadores desse sistema iriam às cidades e fariam um maravilhoso trabalho. O sábado de fato seria relaxado, na forma como ele foi criado. Nada resistiria ao novo movimento. Ele criaria dependência na força de homens, que sem Deus não valem nada. A sua fundação seria feita na areia, e a tempestade e o vento banirão essa estrutura.” Ellen G. White, Selected Messages, Book 1, Páginas. 205 e 205 Quando os princípios fundamentais estabelecidos nos últimos 50 anos sob a orientação do Senhor estivessem sendo mudados, sua orientação específca é que os pioneiros falassem sobre os fundamentos de nossas crenças mediante a reimpressão de seus escritos: “Quando o homem vier mover um alfnete do nosso fundamento o qual Deus estabeleceu pelo seu Santo Espírito, deixe os homens de idade que foram os pioneiros no nosso trabalho falar abertamente, e os que estiverem mortos falem também, reimprimindo os seus artigos das nossas revistas. Juntemos os raios da divina luz que Deus tem dado, e como Ele guiou seu povo, o a o no caminho da verdade. Esta verdade permanecerá pelo teste do tempo e da experiência.” 24 de Maio de 1905 Manuscript Release Vol.1, pág.55.
E depois reforçou: “Permita os pioneiros identifcarem a verdade.- Quando o poder de Deus testifca o que é a verdade, essa verdade deve permanecer para sempre como verdade. Não depois de suposições, contrárias a luz que Deus tem dado para ser recebida. Surgirão homens com interpretações das Escrituras que para eles é a verdade, mas não é a verdade. A verdade para esse tempo Deus tem dado como um fundamento para a nossa fé. Ele Mesmo nos falou a verdade. Um após outro vai aparecer com uma nova luz que contradiz a luz que Deus tem dado pelo seu Santo Espírito.” Ellen White, 1905, Counsels to Writes and Edictores, págs. 31 e 32 Diante dos fatos apresentados, não fca muito difícil saber o que ela estava querendo dizer quando escreveu: “Haverá, mesmo entre nós, mercenários e lobos disfarçados em ovelhas que persuadirão [alguns do] rebanho de Deus a sacrifcar a outros deuses diante do Senhor. ... Jovens que não se acham estabelecidos, arraigados e frmados na verdade serão corrompidos e desencaminhados pelos condutores cegos dos cegos; e os ímpios, os desdenhadores que duvidam e perecem, que desprezam a soberania do Ancião de Dias e colocam um falso deus sobre o trono, um ser de sua própria invenção, um ser completamente tal qual eles mesmos - estes instrumentos estarão nas mãos de Satanás para corromper a fé dos incautos.” Mensagens Escolhidas, Vol 3, pág.398. Nota: Novamente, destacamos que os fatos que aqui foram mencionados parece que só são ignorados pela maioria dos Adventistas, pois até mesmos os Evangélicos conhecem bem esta história, como pode ser constatado neste texto retirado do site da Igreja Cristã de Deus (Christian Churches of God). É interessante também observar que neste texto não-adventista está relatado de forma bem fundamentada que o Unitarismo e a guarda do Sábado eram as características das igrejas cristãs primitivas.
“A Igreja Cristã foi dividida em dois grupos, os Unitarianos e Trinitarianos, somente a partir do concílio do quarto século. Nos dois primeiros séculos, todos eram unitarianos e acreditavam que Cristo era o grande Anjo do Velho Testamento. Os Trinitarianos ainda não existiam no Cristianismo. Eles eram pagãos adorando em Roma, Júpiter, Juno, e Minerva, a Virgem Imaculada. .............................. Depois, a Trindade foi adotada de Constantinopla em 381, e a fé rachou novamente. Esta grande rachadura culminou com a introdução da Páscoa no Segundo Século. … Os Unitarianos mantiveram-se em guerra com os Trinitarianos por alguns séculos… Os Unitarianos eram também guardadores do Sábado. Eles eram erroneamente chamados de Arianos. A família do profeta Maomé era dessa linhagem Sabatista. No quarto século, a Igreja Abissiniana enviou seu arcebispo Mueses para a China através da Índia. Ele estabeleceu o Cristianismo na China, que eram Unitarianos guardadores do Sábado… Na Reforma, a Igreja Unitariana se dividiu em dois ramos. Um foi o elemento Unitariano radical, o qual veio de grupos Protestantes e guardam o Domingo e os feriados católicos. O outro elemento veio da Igreja Valdense pré-Reforma, eles eram Sabatistas. Seus descendentes estão na Europa atualmente… Este sistema radical Unitariano nega a pré-existência de Cristo e, em termos históricos, é uma inovação relativamente recente… Até a poucas décadas, bem recentes, todas as igrejas guardadoras do sábado eram não-trinitarianas. Os Adventistas do Sétimo Dia tornaram-se trinitarianos, formalmente, somente em 1978 [quando a Comissão Executiva da Associação Geral aprovou a relação de 27 doutrinas fundamentais, ofcializada na Reunião da Associação Geral de 1980]...”
Tradução: Marcelo Gomes. Edição: Robson Ramos. Fonte: http://www.logon.org/english/s/p060.html
Parte 5 Limpeza nos escritos denominacionais __________________________________________________
Ellen White jamais usou a palavra “Trindade”. As traduções em português usam indevidamente a palavra “Trindade” como tradução de “Godhead”. Não há registro que Ellen White jamais tivesse tido desentendimentos com a istração, em qualquer época, por razões de doutrinas. Ellen White sempre falou em harmonia e entendimento em toda a irmandade e que nenhuma mudança seria itida no que o Espírito Santo os havia revelado nos últimos 50 anos. Os livros de Ellen White trazem claras afrmações anti-trinitarianas, exceto o livro “O Desejado de Todas as Nações” e “Evangelismo”. O livro “O Desejado de Todas as Nações ” foi escrito em 1898 e mostraremos aqui as mudanças feitas desde a edição original. O livro “Evangelismo” só impresso em 1946, é apenas uma compilação distorcida de citações de Ellen White sobre a divindade. Ainda, há manuscritos que teriam sido encontrados na papelada de Ellen White. Sem considerar a dúvida que recai na autenticidade desses manuscritos, não faziam parte de nenhum material enviado as publicadoras Adventistas. Há muitos anos os originais já eram enviados em forma datilografada. Esses manuscritos, poderiam ser meras anotações de algum livro emprestado, numa época em que não havia outra forma de copiar.
No livro “A Search for Identify”, George Knight (Professor de história da Igreja Adventista na Andrews University) nos conta como manipularam os livros da igreja.
Tradução: ...então nós devemos notar que durante o período entre 1919 a 1950 existiram defnidas iniciativas para tornar o Adventismo parecendo mais cristão, especialmente durante os anos de 1940. Esta década por exemplo, testemunhamos o esforço por parte de alguns em ‘limpar’ e consertar a literatura e as publicações Adventistas. Três áreas ilustram essa tendência. A primeira preocupação era a trindade. Como mostramos nos capítulos anteriores, os primeiros Adventistas eram em grande parte anti-Trinitarianos e semi-arianos. Nós percebemos como estes pontos de vista começaram mudar depois da década de 1888. A transformação no entanto, não aconteceu rapidamente, um fato evidente sobre o esforço sobre o assunto foi na Conferência de 1919.
Na tarde de 6 de Julho se viu uma grande discussão sobre esse assunto entre W.W.Prescot e H.C. Lacey e..... Nota: George Knight fala em mudanças após 1919, ou seja, somente 4 anos depois da morte de Ellen White.
Tradução: Isto se tornou evidente quando apareceu a necessidade de fazer uma nova edição do livro Daniel e Apocalipse de Urias Smith. Em março de 1942 os ofciais da Conferência Geral se reuniram com os diretores das casas publicadoras da América do Norte e decidiram que o livro fcaria como foi escrito por Urias Smith, mas teria algumas modifcações. Uma delas seria a erradicação de afrmações antitrinitarianas e semi-arianas. ... o comitê mais tarde decidiu “que seria melhor omitir o assunto do livro sem fazer comentários,...” (Relatório do Comitê de Revisão.... Daniel e Apocalipse; Ministry Maio 1945). A nova edição saiu 1944. A revista Ministry no mês de Maio de 1945 foi obrigada repetidas vezes a explicar e inclusive fazer uma compilação de Ellen White da preexistência de Cristo. .....................
A segunda importante iniciativa de “Limpeza” nas publicações Adventistas foi de forma a tornar a denominação mais ortodoxa e teve a ver com a natureza humana de Cristo. Nota 1: “Limpeza” (“clean up”) entre aspas tem um sentido malicioso com cortes e mudanças. Obviamente cortes imorais, uma vez que o autor Urias Smith morreu em 1903. Cabe lembrar que Urias Smith foi 50 anos secretario geral da Conferência Geral e o editor das principais revistas adventistas nesse período. Nota 2: Natureza humana de Cristo é um assunto diretamente ligado à doutrina da Trindade. George R. Knight não arriscou a sua carreira de professor de História da Igreja Adventista na Universidade de Andrews. Fez muitas revelações desconcertantes, mas foi sufcientemente sagaz ao se omitir tratar dos cortes e alterações que fzeram nos livros de Ellen White.
Uma tentativa para justifcar e legalizar as alterações que fzeram nos
livros de Ellen White foi feita por Juan Carlos Viera, diretor do White Estate da Conferência Geral, em seu livro “La Voz del Espírito” (Por ser de nacionalidade uruguaia, escreveu seu livro em espanhol e depois foi traduzido para o inglês). O autor deste livro apresenta parte de uma carta que aparentemente estaria dando autorização por parte de Ellen White para que se procedessem a mudanças nos livro “O Conflito dos Séculos”:
Tradução: “Com relação ao caráter anti-católico de ‘O Confito dos Séculos’, devemos itir que nossos críticos estão corretos ao dizer que o espírito anti-católico não se encontra somente em poucos lugares, mas em uma grande parte do livro ... Entretanto, podemos modifcar, com o consentimento da autora, várias daquelas agens que são mais objetáveis para nossos críticos católico-romanos.” A carta cuja parte pretendeu-se reproduzir neste livro foi escrita em Sanitarium na Califórnia no dia 13 de abril de 1914 por W.C.White (flho de Ellen White) e enviada para a Hamburg na Alemanha aos cuidados de L.R.Conradi (Presidente da Conferência da Europa). Treze meses antes da morte de Ellen White que faleceu em 16 de julho de 1915, aos 88 anos de idade. Agora vamos dar uma olhada na carta original e comparar o que está escrito nela com aquilo que foi traduzido no livro.
A carta tem 8 folhas e por questões de espaço só reproduzimos aqui a parte que nos interessa para a comparação. Texto no original em inglês: “But we could modify, with the autor's concent, several of this age which are most objectionable to our Roman Catholic critics. With this in view, Brother Crislar has sugested some abbreviations of chapters 3, 4, and 35. Possibly a few other places, but I belive that this three chapters, The Apostasy, The Waldenses, and the Aims of the Papacy, contain the statements which are the most irritating to people of the Roamn Catholic faith. We are waiting with great interest to receuve from you a satetment regarding those ages which you feel that it is necessary that there be modifcations or omissions of statements ofensive to Catholics.” Tradução: “Mas nós poderíamos modifcar, com o consentimento do autor, muitas dessas agens que são mais criticadas por nossos críticos Católicos Romanos. Com este objetivo, o irmão Crislar sugeriu algumas abreviações dos capítulos 3, 4, e 35. Possivelmente em uns outros poucos lugares, mas eu creio que nesses três capítulos, A Apostasia, Os Valdenses e Os Fins do Papado, contem afrmações que mais irritam os adeptos da fé Católica Romana. Estamos esperando com grande interesse receber de vocês uma descrição das agens que sentem que é necessário que haja modifcações, ou cortes nas afrmações ofensivas aos Católicos.” O texto original em inglês traz “could modify” que é condicional, e ao mencionar a seguir: “com o consentimento do autor” (apenas separado por vírgula) signifca que tudo era condicional. A tradução da carta para o espanhol (“podemos”) não foi fel ao sentido original da carta escrita em inglês. Notem que Willian White não está afrmando que sua mãe teria consentido fazer as modifcações pretendidas por Conradi. Confrmando este fato, em seguida Willian White pede que Conradi envie sugestões do que pretendia modifcar (esta solicitação por sugestões foi deixada de fora pelo autor do livro em questão). Naquele tempo uma carta da Califórnia para a Alemanha demorava cerca de dois meses para chegar. Muitos meses se aram até que essas sugestões foram enviadas da Alemanha, de forma que Ellen White já estava em seus últimos meses de vida. A conclusão que tiramos de tudo isto é que, conforme o autor do livro afrma, realmente houve modifcações no livro de Ellen White, mas que, como pudemos ver, nunca foram autorizadas por ela.
É doloroso sabermos que modifcaram um livro inspirado com uma preciosa mensagem para o tempo do fm. Onde modifcaram? Nem mesmo os depositários dos escritos de Ellen White sabem ao certo, pois os cofres do White Estate só contêm 10 folhas do original do livro “O Grande Confito” (o Pr.Juan Carlos Viera fez esta afrmação pessoalmente para Ennis Meier). Uma mudança que pode ser comprovada é a mudança do título do capítulo 35 que era “Caráter e Objetivos do Papado”:
E ou a ser “Liberdade de Consciência Ameaçada”:
Uma outra modifcação foi a substituição da denominação Igreja Católica por Romanismo. Nas versões atuais encontramos “Romanismo” com 26 ocorrências, “Catolicismo” com 4 ocorrências, e nenhuma ocorrência para “Igreja Católica”. As modifcações foram tantas que os depositários dos escritos de Ellen White fcaram temerosos de perder o CopyRight, e acabaram renovando por duas ocasiões: 1939 e 1950:
Nota 1: Se houver alterações num livro de forma que ele não corresponda mais ao original depositado no departamento de Propriedade Intelectual, (não importa qual o país, pois há tratados internacionais) a nova versão fca sem a proteção, e tumultua todo o direito do CopyRight. Nota 2: A data dessa renovação é muito importante, pois coincide com a época da “limpeza” nos livros da igreja revelado pelo Professor George R. Knight. Monte de Lixo Histórico Com todas estas mudanças não é de se estranhar que Neal Wilson (Presidente da Conferência Geral entre os anos de 1979 e 1990) tenha declarado: The Vice President of the Conference, Neal C. Wilson, verbalized the conference position regarding the papacy, "Although it is true that there was a period in the life of the Seventh-day Adventist Church when the denomination took a distinctly anti-Roman Catholic viewpoint...that attitude on the church's part was nothing more than a manifestation of widespread anti-popery among conservative Protestant denominations in the early part of this century, and the latter part of the last, which has now been consigned to the historical trash heap as far as the Seventh-day Adventist Church is concerned." Merikay McLeod lawsuit, Docket entry#84: EEOC vs PPPA, c-74-2025CBR. Feb. 6, 1976 Nota: Pela anotação da fonte, trata-se de uma declaração verbal feita em juízo, e posteriormente transcrita dos autos de um processo contra a Pacifc Press, na Califórnia.
Tradução: O Vice Presidente da Conferência Geral, Neal C. Wilson falou sobre a posição da conferência sobre o papado: "Embora seja verdade que num período da vida da Igreja Adventista, tenha tomado uma clara posição anti-católica... esta atitude por parte da igreja, não foi mais que uma manifestação anti-papal espalhada entre as denominações conservadoras protestantes na primeira parte deste século e na última parte do século anterior; agora relegada ao monte de lixo histórico, longe das preocupações da Igreja Adventista."
1) Livro: O Desejado de Todas as Nações A) Representante de Cristo Para entendermos como se processaram as alterações nos escritos de Ellen White para favorecer o conceito da trindade, começaremos analisando o livro Desejado de Todas as Nações. Na página 669 desta versão em Inglês encontramos o seguinte:
Tradução: O Espírito Santo é o representante de Cristo, mas despido da personalidade da humanidade, e independente dela. Impedido pela humanidade, Cristo não poderia estar pessoalmente em todo lugar. Então era para o interesse deles que Ele deveria ir para o Pai, e enviar o Espírito para ser Seu sucessor na terra. Não poderiam ter alguma vantagem por causa de sua localização ou seu contato pessoal com Cristo. Pelo Espírito o Salvador estaria ível para todos. Neste sentido Ele estaria mais próximo deles do que se Ele não tivesse ascendido ás alturas. Agora vamos comparar com o texto que ela realmente escreveu. Este texto encontra-se no 14º volume da série “Manuscript Releases” (São mais de 20 volumes com escritos de Ellen White, encontrados em seu escritório de trabalho quando ela morreu em 1915).
Essa é a capa do 14º volume de uma coletânea de Cartas e Manuscritos de Ellen G. White Liberados pelo White Estate, impressa em 1993.
Manuscrito 1084 reproduzido abaixo contém as seguintes informações do White Estate: “Escrito em 18 e 19 de fevereiro de 1895, na ‘Norfolk Villa,’ Prospect Street, Granville, N.S.W. Parte do manuscrito aparenta ser uma carta, mas nós não sabemos a quem teria sido endereçada. Parte parece pertencer ao diário de Ellen G. White.” O arquivo é identifcado como “Manuscript 5a, de 1895” e só foi liberado pelo White Estate de Washington, D.C., em 16 de agosto de 1984. A data da redação é anterior à publicação do livro “O Desejado de Todas as Nações” (1898).
Tradução: Impedido pela humanidade, Cristo não poderia estar em todos os lugares pessoalmente, então foi para vantagem deles (os discípulos) que Ele deveria deixá-los, ir para o Pai, e enviar o Espírito Santo para ser o Seu sucessor na terra. O Espírito Santo é Ele mesmo, despido da personalidade da humanidade e independente dela. Ele Se representaria como estando presente em todos os lugares pelo Seu Espírito, como o Onipresente. “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome [embora não seja visto por vós],* esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” [João 14:26]. “Mas eu vos digo a verdade; convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei” [João 16:7]. * Essa frase foi adicionada por Ellen White Colocando os dois textos lado a lado: Texto Original 1. Impedido pela humanidade, Cristo não poderia estar em todos os lugares pessoalmente, então foi para vantagem deles que Ele deveria deixá-los, ir para o Pai, e enviar o Espírito Santo para ser o Seu sucessor na terra. 2. O Espírito Santo é Ele mesmo, despido da personalidade da humanidade e independente dela. 3. Ele Se representaria como estando presente em todos os lugares pelo Seu Espírito, como o Onipresente. “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome [embora não seja visto por vós], esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” [João 14:26]. “Mas eu vos digo a verdade; convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei” [João 16:7].*Essa frase foi adicionada por Ellen White Manuscript Releases Vol.14 , page 23 and 24.
Texto Adulterado 2. O Espírito Santo é o representante de Cristo, mas despido da personalidade da humanidade, e independente dela. 1. Impedido pela humanidade, Cristo não poderia estar pessoalmente em todo lugar. Então era para o interesse deles que Ele deveria ir para o Pai, e enviar o Espírito para ser Seu sucessor na terra. Não poderiam ter alguma vantagem por causa de sua localização ou seu contato pessoal com Cristo. Pelo Espírito o Salvador estaria ível para todos. Neste sentido Ele estaria mais próximo deles do que se Ele não tivesse ascendido ás alturas. O Desejado de Nações, pág. 669.
Todas
as
1. Perceba que o texto ORIGINAL (à esquerda) começa com a frase: “impedido pela humanidade”. Mas o texto ADULTERADO (à direita) inicia com a frase: “O Espírito Santo é o representante de Cristo”. A alteração foi a seguinte: A - O início do Parágrafo do texto original 1 (Vermelho) foi transferido para o meio do texto 2 (Vermelho), como “um ponto de continuação”, e não o início de um pensamento. B - E a continuação do parágrafo 2 (Azul) do texto original foi colocada no início do parágrafo no texto adulterado. C - Note que o item 3 (Verde) do texto original, foi propositalmente omitido no texto de O Desejado de Todas as Nações, que foi um livro montado por Marian Davis e outros auxiliares literários de Ellen G. White. Porém a mais expressiva de todas as alterações está na frase: Frase do Texto Original The Holy Spirit is Himself O Espírito mesmo
Santo
é
Frase do Texto Adulterado The Holy Spirit representative
is
Christ's
Ele O Espírito Santo é o representante de Cristo
Na primeira frase original, deixa claro que Ellen White afrma que o Consolador é o próprio Cristo. Já a frase do D.T.N. deixa transparecer que ela se refere a OUTRO e não a Jesus. O texto original (sem adulteração) esta em harmonia com aquilo que ela escreveu no livro “Patriarcas e Profetas”: “Cristo é chamado a Palavra de Deus, João 1:1-3. Ele é assim chamado porque Deus deu Sua revelação ao homem em todas as épocas através de Cristo. Ele é o Espírito que inspirou os profetas. I Pedro 1:10,11. Ele foi revelado como o Anjo de Jeová, o Capitão das hostes do Senhor, o Arcanjo Miguel.” Patriarchs and prophets, pág. 761, parágrafo 5 Agora, compare o texto acima com o que diz II Pedro 1:21: “ Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”. E mais uma vez compare com a frase do texto original (sem adulteração): “O Espírito Santo é Ele mesmo, despido da personalidade da humanidade e independente dela”.
Parece não restar dúvida que o “Espírito de Profecia” de Apoc.19:10 é verdadeiramente o “Testemunho de Jesus”, tal como a própria Palavra de Deus sempre afrmou. Obs: A vinculação do termo “Espírito De Profecia” aos escritos de Ellen White foi feita pela primeira vez por F.M. Wilcox em um livro que ele escreveu em 1930 (F.M. Wilcox foi editor da Review and Herald por 35 anos, e um dos mais infuentes es. A sua infuência deveu-se ao fato de ter sido um dos 5 nomeados para "cuidar" do patromônio literário de Ellen White após a sua morte).
B) Terceira Pessoa da Trindade
The Desire of Ages, page 671, paragraph 2 Chapter Title: "Let Not Your Heart Be Troubled"
“In describing to His disciples the ofce work of the Holy Spirit, Jesus sought to inspire them with the joy and hope that inspired His own heart. He rejoiced because of the abundant help He had provided for His church. The Holy Spirit was the highest of all gifts that He could solicit from His Father for the exaltation of His people. The Spirit was to be given as a regenerating agent, and without this the sacrifce of Christ would have been of no avail. The power of evil had been strengthening for centuries, and the submission of men to this satanic captivity was amazing. Sin could be resisted and overcome only through the mighty agency of the Third Person of the Godhead, who would come with no modifed energy, but in the fullness of divine power. It is the Spirit that makes efectual what has been wrought out by the world's Redeemer. It is by the Spirit that the heart is made pure. Through the Spirit the believer becomes a partaker of the divine nature. Christ has given His Spirit as a divine power to overcome all hereditary and cultivated tendencies to evil, and to impress His own character upon His church.” O Texto acima foi copiado do Website do White Estate da Conferência Geral. Abaixo a página onde ele se encontra no livro “The Desire of Ages”.
E na página 646 da versão em português o mesmo texto foi assim traduzido:
Godhead se traduz por divindade e não por trindade! Como está provado nesta publicação ofcial da Conferência Geral logo abaixo, “a palavra ‘trindade’ nunca aparece nos escritos de Ellen White” (ver texto grifado em vermelho):
Portanto, aqui encontramos uma tradução tendenciosa para favorecer o entendimento de que Ellen White cria na trindade. Mas voltemos ao texto em inglês do “The Desire of Ages” e vejamos sua tradução: “O pecado poderia ser resistido e vencido somente através da poderosa operação da Terceira Pessoa da Divindade, a qual viria não como energia modifcada, mas na plenitude do divino poder.” The Desire of Ages, 671 Mesmo na versão em inglês com a palavra original “Godhead”, encontramos uma outra espécie de manipulação tendenciosa do texto original escrito por Ellen White. Obs.: Os argumentos que se seguem foram extraídos de um estudo feito por Jairo Carvalho e publicado em www.adventistas.com/trindade/dossie/dossie_jairo_1.htm O termo “Terceira Pessoa” está escrito com letras iniciais maiúsculas, dando a entender que Ellen G. White teria crido que o Espírito Santo era uma pessoa, a terceira da Divindade, formando, portanto, uma Trindade. Entretanto, verifcamos que no texto original, o texto “Third Person”, traduzido como “Terceira Pessoa” está escrito com letras iniciais minúsculas, indicando que Ellen G. White não o está tratando como um “Deus”, e sim de uma ação da terceira personalidade da Divindade, expressa pelo ministério dos anjos. Na edição de 1898 do livro “Desire of Ages”, o termo “third person” está da forma que apresentamos nesta frase – com letras minúsculas. As inicias maiúsculas foram colocadas neste termo na revisão de 1940 deste livro – cremos que para apoiar a idéia de que Ellen G. White teria crido na Trindade. A citação do livro “Desire of Ages” foi repetida na revista Review and Herald em 1904, e mostra o termo “third person” também com iniciais minúsculas: “Sin could be resisted and overcome only through the mighty agency of the third person of the Godhead, who would come with no modifed energy, but in the fulness of divine power.” Advent Review and Sabbath Herald, May 19, 1904, paragraph 3
O mesmo texto aparece também com o termo “third person” sendo apresentado em letra minúscula em “The Faith I Live By, page 52, paragraph 6”, “Advent Review and Sabbath Herald, November 19, 1908, paragraph 5”, e “Special Testimonies for Ministers and Workers. -- No. 10, page 25, paragraph 2”. As outras citações que datam do tempo em que Ellen G. White ainda estava viva, também trazem o termo “third person” escrito em letras iniciais minúsculas:
“The Signs of the Times, December 1, 1898, paragraph 2”, “The Watchman, November 28, 1905, paragraph 2”, “The Upward Look, page 51, paragraph 3”. O termo “Third Person” apresentando letras iniciais maiúsculas aparece apenas nas obras revisadas ou compiladas após a morte de Ellen G. White. Comprovação feita por Silas Jakel: Após ler o artigo de Jairo Carvalho comecei a pesquisar, como todo adventista sincero deveria fazer, se de fato as coisas eram realmente assim... Pesquisando no site “Ellen White Estate” (www.whiteestate.org) descobri que também alguns livros antigos, oriundos do século ado, haviam sido também alterados nalgumas palavras, e para tirar a dúvida de vez, cheguei a conclusão que somente seria possível de posse de um livro antigo em mãos. Com isto em mente, comecei a nos EUA, consegui comprar fundamentais para confrmar Grande Confito, O Desejado Profetas.
procura, e através de sites na internet três livros que eu acredito serem a doutrina adventista. São eles: O de Todas as Nações e Patriarcas e
Foi impossível a compra das primeiras edições, que por serem consideradas edições de colecionadores, o preço estava além do meu alcance. Entretanto as edições que eu comprei creio que estão intactas quanto ‘as adulterações, pois as datas são anteriores as mudanças, e todos eles foram impressos durante o tempo em que a irmã White ainda vivia. As datas impressas na contra-capa deles são: O Desejado de Todas as Nações - 1900 O Grande Conflito - 1907 Patriarcas e Profetas - 1913
No livro “Desire of Ages”, traduzido para o idioma português com o título de “O Desejado de Todas as Nações”, vemos a seguinte afrmação: “O pecado poderia ser resistido e vencido somente através da poderosa operação da Terceira Pessoa da Divindade, a qual viria não como energia modifcada, mas na plenitude do divino poder. ” Desire of Ages, 671 Porém, ao compararmos com o texto do exemplar do ano de 1900, pudemos verifcar que: a) “third person” está escrito com letras minúsculas b) “Godhead” é a palavra traduzida equivocada e tendenciosamente por trindade Veja e compare por você mesmo:
Estou colocando a disposição daqueles irmãos sinceros, do tipo bereanos, a possibilidade de tirarem as suas dúvidas de qualquer texto contido em qualquer dos livros acima, bastando para isto enviarem um e-mail com o trecho em dúvida, que enviarei uma foto do texto correspondente no livro impresso pela Pacifc Press mais antigo, e logicamente em inglês.
Tire a sua dúvida, enviando um e-mail para:
[email protected], informando: Nome do livro, nome do capítulo, número da página e o texto desejado, que na medida do possível responderei a todos. – Silas Jakel Um teste simples para você fazer agora: Nós já confrmamos que a tradução correta daquilo que Ellen White escreveu no texto acima é: “ O pecado poderia ser resistido e vencido somente através da poderosa operação da Terceira Pessoa da Divindade”. Diante disto, cabe agora um pequeno teste. Leia o seguinte texto de autoria de Ellen White e tente completar a parte fnal pontilhada: “É-nos impossível, por nós mesmos, escapar ao abismo do pecado em que estamos mergulhados. Nosso coração é ímpio, e não o podemos transformar. ‘Quem do imundo tirará o puro? Ninguém!’ Jó 14:4. ‘A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.’ Rom. 8:7. A educação, a cultura, o exercício da vontade, o esforço humano, todos têm sua devida esfera de ação, mas neste caso são impotentes. Poderão levar a um procedimento exteriormente correto, mas não podem mudar o coração; são incapazes de purifcar as fontes da vida. É preciso um poder que opere interiormente, uma nova vida que proceda do alto, antes que os homens possam substituir o pecado pela santidade. Esse poder é ................” Você possui três alternativas: ( a ) ... o Espírito Santo. ( b ) ... a terceira pessoa da Trindade. ( c ) ... Cristo. Por tudo aquilo que já foi dito, como você acha que Ellen White terminou este parágrafo? Resposta certa: ( c ) "Esse poder é Cristo." Este texto está no livro Caminho a Cristo, pág. 18.
C) Mais um exemplo de tradução mal feita: Já que estamos falando sobre traduções feitas de forma equivocada e tendenciosa, trazemos aqui um outro texto que fez parte da Meditação Matinal de 25 de julho de 2002 (pág.213): “A Trindade não se tornou humana, e o humano não foi deifcado pela combinação das duas naturezas. Cristo não possuía a mesma deslealdade pecaminosa, corrupta e caída que possuímos, pois nesse caso não poderia ser uma oferta perfeita.” Este texto foi tirado do Manuscrito nº94 de 1893, e foi mencionado no livro Mensagens Escolhidas, volume 3, pág.131 ; e também está citado em Manuscript Releases, volume 6, pág.112. Veja abaixo o texto original em inglês: “The Godhead was not made human, and the human was not deifed by the blending together of the two natures. Christ did not possess the same sinful, corrupt, fallen disloyalty we possess, for then He could not be a perfect ofering.” Ms 94, 1893, pp. 1-3. ("Could Christ Have Yielded to Temptation?" June 30, 1893.) {6MR 112.2} Como pode ser mais uma vez constatado, A palavra usada no original em inglês foi “Godhead” (Divindade), mas os tradutores da Meditação Matinal de 2002 optaram traduzi-la por “Trindade”. Mas não são todos os tradutores que usam deste artifício fantasioso. Vejam por exemplo que na tradução de Naor Conrado, do livro Mensagens Escolhidas, volume 3, pág.131 (Primeira edição de 1987), este texto foi assim traduzido: “A Divindade não se tornou humana, e o humano não foi deifcado pela fusão das duas naturezas. Cristo não possuía a mesma deslealdade pecaminosa, corrupta e decaída que nós possuímos, pois então Ele não poderia ser um sacrifício perfeito.” Como pode ser constatado, existe um crescente esforço de se vincular o termo “trindade” ao escritos de Ellen White, na tentativa de dar a entender que ela não somente teria usado esta palavra, mas teria sido também uma enfática defensora do conceito de um Deus triúno. As evidências estão aqui e falam por si mesmas!
2) Livro: Evangelismo [Obs.: Continuaremos a expor os argumentos que foram extraídos do estudo feito por Jairo Carvalho com algumas alterações e adaptações de nossa responsabilidade] O livro “Evangelism” (Evangelismo) é um compilado de textos de Ellen G. White elaborado em 1946, aproximadamente 31 anos após a morte de Ellen G. White. Como este livro foi escrito após a morte da mensageira do Senhor, ele não foi revisado por ela. Assim, quaisquer diferenças encontradas entre os textos originais escritos por ela e os textos transcritos para o livro “Evangelism” são frutos de modifcações acidentais ou intencionais por parte dos elaboradores deste compilado. A) O Espírito Santo é uma Pessoa (1) O primeiro texto do livro “Evangelismo” que trazemos para a análise é o que se encontra na página 616: “We need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking through these grounds.” Evangelism, 616. Tradução: “Nós precisamos entender que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como Deus é uma pessoa, está andando por estes caminhos.” Muitas pessoas sinceras podem assumir esta frase como estando a dizer “Deus, o Espírito Santo”, está andando pela Terra, enquanto “Deus, o Pai” e Seu Filho estão no Céu. O texto citado no livro “Evangelism” apresenta como fonte o Manuscrito 66, 1899. Entretanto, ao compararmos o texto do livro “Evangelism” com o texto do manuscrito citado por ele, vemos uma diferença signifcativa. Apresentamos abaixo o texto deste manuscrito em seu contexto original:
“The Lord instructed us that this was the place in which we should locate, and we have had every reason to think that we are in the right place. We have been brought together as a school, and we need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking through these grounds, that the Lord God is our keeper, and helper. He hears every word we utter and knows every thought of the mind.” -Manuscript Releases, Vol. 7, page 299 -Manuscript 66, 1899
Tradução:
“O Senhor nos instruiu de que este era o lugar no qual deveríamos estar, e nós temos tido razão para pensar que estamos no lugar certo. Nós fomos colocados juntos como uma escola, e precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como Deus é uma pessoa, está andando por estes terrenos, que o Senhor Deus é nosso mantenedor e ajudador. Ele ouve cada uma de nossas palavras e sabe cada pensamento da mente.” No original em inglês apresentado acima, enfatizamos e grifamos o texto que foi tirado do original e colocado como sendo uma frase completa no livro Evangelismo. Vejam os irmãos que a palavra “we”, que aparece depois da vírgula no manuscrito original, foi colocada com letra maiúscula (We) como sendo o início da frase que aparece no livro “Evangelism”. Observem também que a vírgula que se encontra após a palavra “grounds” no original foi substituída por um ponto no livro “Evangelism”, fazendo parecer que esta parte da frase do texto original fosse uma sentença completa: Veja novamente a citação do livro “Evangelism”, destacando os pontos acima mencionados: “We need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking through these grounds.” Evangelism, 616. E agora compare com a citação do texto original de onde este foi extraído – Manuscrito 66: “We have been brought together as a school, and we need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking through these grounds, that the Lord God is our keeper, and helper.” Os trechos do início e do fnal da frase (que sublinhamos acima) foram omitidos, e apenas a parte central da frase foi colocada no livro “Evangelism”. Note-se que não foram colocadas reticências ao fnal da frase, indicando que o trecho apresentado no livro é somente uma parte da frase do texto original. Percebe-se portanto claramente a intenção de fazer parecer com que a frase do livro “Evangelism” corresponde à mesma frase completa do texto original. Alguns podem argumentar que o sentido da frase não foi modifcado com estas “pequenas mudanças”, mas o que questionamos aqui é a forma como manipulam os textos de Ellen White, colocando pontos e iniciando frases onde bem entendem. Por que não ser extritamente
fel ao documento original colocando reticências onde devem ser colocadas e reproduzindo todas as vírgulas e pontos? Se os copiladores do livro “Evangelismo” não foram féis no mínimo, como poderemos ter certeza de que maiores mudanças não foram feitas? Interpretando o texto: Na versão em português, traduzida com o nome de “Evangelismo”, este texto está como se segue: “Precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como o próprio Deus, está andando por estes caminhos.” Evangelismo, 616 Este texto pode ser entendido por um trinitariano como uma evidência de que Ellen White estava querendo dizer que o Espírito Santo é uma outra pessoa diferente de Deus, o Pai, e diferente de Deus, o Filho. Mas leia novamente e sinceramente responda: Ellen White está afrmando aqui que o Espírito Santo é um terceiro ser pessoal e divino numa trindade juntamente com o Pai e o Filho? Tal conclusão não é ir além do que está sendo afrmado no texto? Para um não trinitariano este texto não causa nenhuma perplexidade, pois nele Ellen White está afrmando simplesmente que o Espírito Santo é uma pessoa assim como o próprio Deus, e sua presença conosco deve ser entendida como a presença do próprio Deus em pessoa. Como já pudemos ver naquele texto de Ellen White contido no 14º volume do “Manuscript Releases”, e que foi modifcado na composição do livro “O Desejado de Todas as Nações”, que diz que o Espírito Santo é o próprio Jesus“despido da personalidade humana e independente dela”, fca muito simples entender esta declaração como: “O Espírito Santo é uma pessoa como o próprio Deus é uma pessoa, porque sua presença é a presença do próprio Jesus que prometeu estar conosco todos os dias até a consumação do século” (Mateus 28:20). O objetivo do texto original NÃO era provar que o Espírito Santo é um “outro Deus”, junto com o Pai e o Filho. O texto mostra que o “Senhor”, que “nos instruiu”, “o Espírito Santo” que está “andando por estes caminhos”, o “Senhor Deus”, o qual é nosso “mantenedor” e “ajudador” e que “ouve cada uma de nossas palavras” e “sabe cada pensamento” é a mesma pessoa – Jesus Cristo glorifcado. O pensamento principal da citação original de Ellen G. White é extraído do texto de Salmos 139:1-8:
“Senhor, tu me sondas e me conheces... de longe penetras meus pensamentos... Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da Tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço minha cama no mais profundo do abismo, lá estás também.” Salmo 139:1-8 Ellen G. White estava afrmando o mesmo que afrma o texto bíblico. Jesus, “é tanto uma pessoa” quanto Deus, o Pai “é uma pessoa”. Jesus “está andando por estes caminhos”. Jesus “é nosso mantenedor e nosso ajudador”. Jesus “ouve cada uma de nossas palavras e sabe cada pensamento da mente”. A irmã White está enfatizando que uma pessoa real está conosco, e não somente uma força intangível ou eletricidade, como o Dr. J. H. Kellog estava ensinando. Na citação que apresentamos a seguir, fca evidente que Ellen G. White cria que a pessoa divina que está andando conosco na Terra é Jesus: “Há poder para nós em Cristo. Ele é nosso Advogado perante o Pai. Ele envia Seus mensageiros a cada parte do Seu domínio a fm de comunicar Sua vontade ao Seu povo. Ele anda no meio das Suas igrejas... ‘que anda no meio dos sete candeeiros de ouro.’ Apocalipse 2:1. Este texto mostra a relação de Cristo para com as igrejas. Ele anda no meio das Suas igrejas através da longitude e da latitude da Terra. Ele as assiste com intenso interesse para ver se elas estão em tal condição espiritual que possam avançar para Seu reino. Cristo está presente em cada assembléia da igreja. Ele está ligado a cada um que se encontra envolvido no Seu serviço. Ele sabe quais corações Ele pode encher com o óleo santo, para que estes dividam-no com outros.” Testimonies, Vol. 6, págs. 418, 419 “Pudessem nossos olhos ser abertos, e poderíamos ter visto Jesus em nosso meio com seus santos anjos. Muitos sentiram sua graça e Sua presença em rica medida.... Nós sabemos que o Salvador, perdoador dos pecados, estava em nosso meio.... Eu sabia que Jesus estava em nosso meio.” 1888 Materials, págs. 58, 59 Mais Dúvidas: Bem, se tivéssemos certeza que o texto em questão é de autoria de Ellen White, creio que os argumentos acima explanados são sufcientes para explicá-lo fora da perspectiva trinitariana.
Destacamos a condicional “se” porque não existem provas conclusivas de que este texto, extraído de um suposto “manuscrito 66”, seja irrefutavelmente de autoria de Ellen G. White. Analisemos as mais recentes descobertas feitas por Ennis Meier nos arquivos da Conferência Geral em Washington, que ele assim relata: “No dia 2 de Agosto de 2004, fui ao White Estate tratar de conseguir uma cópia do “Manuscript 66” citado no livro Evangelismo pág. 416 em Português. Quem primeiro me atendeu simplesmente deu uma cópia do livro Manuscript Releases nº 7 Pág. 299. Como não aceitei, fui atendido pelo Sr.Tim Poirier (Vice-diretor do White Estate), que me trouxe uma cópia carbono datilografada, com anotações manuscritas, onde se encontram o dizeres do livro Evangelismo.” Veja logo a seguir uma cópia deste documento:
A parte que destacamos entre colchetes vermelhos contém o seguinte texto: “...and we need to realise that the Holy Spirit, who is as much a person as god is a person, is walking through these grounds,...” Tradução: “...e precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como o próprio Deus, está andando por estes solos,...” É interessante observar que existe um erro de ortografa (“realize” é com “z” e não com “s). No fnal desta frase (logo acima da palavra “grounds”) aparece escrito na forma manuscrita: “Non seen by human eyes” (Tradução: “Não visto por olhos humanos”) O White Estate entende que estes apontamentos manuscritos feitos no documento são do próprio punho de Ellen White, muito embora não tenham realizado nenhum teste grafotécnico que comprovasse isto de forma incontestável. O “Manuscrito 66” são cópias de papel carbono em papel muito fno, contendo muitas páginas com poucas anotações entre linhas feitas de caneta tinteiro sobre a cópia de papel carbono, não apresentando qualquer rúbrica ou de Ellen White. Portanto, este é o famoso “Manuscrito 66” que aparece na pág. 616 do livro Evangelismo da seguinte forma: “We need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking through these grounds.” Tradução: “Precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como o próprio Deus, está andando por estes caminhos.”
Segue a cópia da pág. 616 do livro Evangelismo em português:
A primeira pergunta que fazemos é: Por que ao usarem este “Manuscrito 66” como fonte, não incluíram a complementação feita posteriormente de forma manuscrita? (especialmente se consideram que foram feitas do próprio punho de Ellen White). Pare para pensar um pouco: Estão querendo nos dizer que Ellen White escreveu coisas sensíveis como esta! Mas perceba que este texto não faz parte de um original enviado para publicação, mas de um rascunho de uma palestra que ela havia feito na igreja de Avondale - Austrália (está escrito logo no início da página: “Extrato do discurso feito [ado] por Ellen G. White na igreja de Avondale”). E agora, apresentam estes escritos como revelações de suma importância que mudaram a corrente doutrinária da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Existem questões em torno deste “Manuscrito 66” que carecem de respostas: · Se ele é o esboço de uma palestra que Ellen White fez em Avondale, será que ela mesma transcreveu sua palestra logo após te-la proferido? · Não seria mais normal Ellen White apenas ler um discurso “previamente” escrito? · Não seria mais razoável Ellen White fazer um esboço do que deveria falar? · Não parece estranho alguém transcrever uma palestra que acabou de fazer, datilografar isto, e depois fazer anotações a mão ou riscar frases inteiras corrigindo com caneta? · Não seria mais compreensível uma outra pessoa ter anotado e escrito o discurso por ela proferido? · Não é estranho o texto começar com aspas, sendo que ela não tinha o costume de colocar aspas em seus escritos? · Não parece ilógico Ellen White procurar lembrar do que falou, depois modifcar o que lembrou, e ainda colocar entre aspas as suas próprias palavras? · Como apoiar uma mudança doutrinária tão signifcativa com base em textos tão questionáveis como este? · Se Ellen White escreveu dúzias de livros, por que usam como base para a mudança para a crença na trindade escritos questináveis apresentados em papel rascunho? Quando um rascunho causa tanto impacto na doutrina de uma igreja, isto pode signifcar que seus líderes devem estar tão desejosos de fazer valer seu ponto de vista doutrinário, que usam qualquer coisa em detrimento da Bíblia.
B) O Espírito Santo é uma Pessoa (2) Outra citação comumente mal interpretada e analisada fora do seu contexto para dar a parecer que Ellen G. White cria na Trindade, é também encontrada no livro “Evangelism”. Quando lida da forma que está apresentada no livro, ela nos dá a clara impressão de que Ellen G. White está afrmando que o Espírito Santo é uma pessoa, apoiando o conceito de que Ellen G. White teria crido na Trindade. Entretanto, quando acrescentamos o texto do original que está substituído por reticências (...) no livro “Evangelism”, verifcamos que o Ellen G. White não estava de maneira alguma afrmando que o Espírito Santo era uma pessoa diferente de Deus Pai e Jesus Cristo. Apresentamos esta citação abaixo: (as sentenças que estão sublinhadas abaixo não aparecem no texto do livro “Evangelism”) “O Espírito Santo é uma pessoa; pois dá testemunho com o nosso espírito de que somos flhos de Deus. Uma vez dado este testemunho, traz consigo mesmo sua própria evidência. Em tais ocasiões acreditamos e estamos certos de que somos flhos de Deus. Que forte evidência do poder da verdade nós podemos dar aos crentes e não crentes quando nós podemos dizer as palavras de João, ‘Nós temos conhecido e crido no amor que Deus tem por nós. Deus é amor; e aquele que está em amor, está em Deus, e Deus nele.’ O Espírito Santo tem uma personalidade, do contrário não poderia testifcar ao nosso espírito e com nosso espírito que somos flhos de Deus. Deve também ser uma pessoa divina, do contrário não poderia perscrutar os segredos que jazem ocultos na mente de Deus. ‘Por que , qual dos homens sabes as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus’.” MS 20, 1906. Evangelism págs. 616, 617. Note porque Ellen G. White afrma que o Espírito Santo é uma pessoa: “porque ele testemunha com nosso espírito que nós somos flhos de Deus”. De quem nós somos flhos? Somos nós flhos de uma força impessoal, um vapor ou uma infuência? Não, de maneira nenhuma! Nós somos flhos de um Deus pessoal. Se Deus, o Pai não era um ser pessoal, mas apenas um Espírito; se Seu Espírito não tem personalidade, sendo meramente uma força ou poder impessoal, então ele não poderia testemunhar “com” nosso espírito e “para” nosso espírito de que somos flhos de Deus.
Qual é o contexto da citação acima? O testemunho acima era uma advertência contra os ensinamentos panteístas do Dr. Kellogs de que o Espírito Santo habita em cada criatura viva, como uma essência viva, relegando assim o Espírito de Deus a uma mera força intangível. A ênfase de Ellen G. White sobre a personalidade do Espírito Santo na citação acima foi para contra-atacar a ênfase dada por Kellogs na não-personalidade do Espírito Santo de Deus, e por conseqüência de Deus mesmo. Ellen G. White cria no Espírito Santo como sendo o Espírito de Deus, não uma pessoa separada de Deus. Perceba isto nas citações abaixo: “Dando-nos Seu Espírito, Deus dá-nos a Si mesmo, fazendose uma fonte de infuências divinas, para dar saúde e vida ao mundo.” Testimonies, Vol. 7, pág. 273 “O maravilhoso poder que opera através de toda a natureza e mantém todas as coisas não é, como alguns homens da ciência afrmam, meramente um princípio ou uma energia atuante. Deus [o Pai – João 4:24] é Espírito; ainda assim Ele é um ser pessoal, porque o homem foi feito a sua imagem. Como um ser pessoal Deus revelou a Si mesmo em Seu Filho... A grandeza de Deus é incompreensível para nós. ‘O trono de Deus está no céu;’ (Salmos 11:4) mas pelo Seu Espírito Ele é onipresente. Ele possui um íntimo conhecimento e um interesse pessoal em todas as obras das suas mãos...
Um princípio intangível, uma essencial impessoal e abstrata, não pode satisfazer as necessidades e desejos dos seres humanos nesta vida de sofrimentos e pecado, pranto e dor.” Education, págs. 132, 133 Ellen G. White também cria e afrmava que somente Jesus poderia perscrutar os segredos de Deus. A citação abaixo, escrita por sua própria pena, prova isto: “Deus informou a Satanás que apenas a Seu Filho Ele revelaria Seus propósitos secretos, e que requeria de toda a família celestial, mesmo Satanás, que lhe rendessem implícita e inquestionável obediência; mas que ele (Satanás), tinha provado ser indigno de ter um lugar no Céu.” História da Redenção, pág. 18 “Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai - um na natureza, no caráter e no propósito - o único Ser em todo o Universo que poderia entrar nos conselhos e propósitos de Deus.” O Grande Conflito, pág. 493
Segundo Ellen G. White, Deus deixou claro para Satanás que somente Jesus Cristo perscrutaria Seus segredos. Deus, o Ser que nunca muda, disse a Satanás que o perscrutar os segredos que jaziam ocultos em Sua mente seria uma prerrogativa somente de Cristo. Assim, Ellen G. White, mensageira do Senhor, não poderia em nenhuma citação contradizer o que Deus havia afrmado. Isto mostra que, para entender que na citação do livro “Evangelism” Ellen G. White estava colocando o Espírito Santo como uma pessoa divina diferente do Pai e do Filho, temos que desconsiderar todo o contexto histórico e mesmo do próprio texto, bem como uma série de outros textos nos quais ela demonstra que não cria desta forma.
C) Três pessoas da Trindade Outra citação escrita a respeito do Dr. Kellogs (contra suas teorias panteístas) que é apresentada fora do seu contexto no livro “Evangelism”, para dar a entender que Ellen White afrmou que o Espírito Santo era uma pessoa, e portanto teria crido na Trindade, é a seguinte: “Fui instruída a dizer: Os sentimentos dos que andam em busca de avançadas idéias científcas, não são para confar. Fazem-se defnições como estas: ‘O Pai é como a luz invisível; o Filho é como a luz corporifcada; o Espírito é a luz derramada.’ ‘O Pai é como o orvalho, vapor invisível; o Filho é como o orvalho condensado numa bela forma; o Espírito é como o orvalho caído sobre a sede da vida.’ Outra apresentação: ‘O Pai é como o vapor invisível; o Filho como a nuvem plúmbea; o Espírito é chuva caída e operando em poder refrigerante.’
Todas essas defnições espiritualistas são simplesmente nada. São imperfeitas, inverídicas. Enfraquecem e diminuem a Majestade a que não pode ser comparada nenhuma semelhança terrena. Deus não pode ser comparado a coisas feitas por Suas mãos. Estas são meras coisas terrenas, sofrendo sob a maldição de Deus por causa dos pecados do homem. O pai não pode ser defnido por coisas da Terra. O Pai é toda a plenitude da Divindade corporalmente, e invisível aos olhos mortais. O Filho é toda a plenitude da divindade manifestada. A palavra de Deus declara que Ele é ‘a expressa imagem de Sua pessoa’. ‘Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.’ Aí se manifesta a personalidade do Pai.
O consolador que Cristo prometeu enviar depois de ascender ao Céu é o Espírito em toda a plenitude da divindade, tornando manifesto o poder da graça divina a todos quantos recebem e crêem em Cristo como um Salvador pessoal. Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados, e esses poderes cooperarão com os súditos obedientes do Céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo. … Será realizado trabalho na simplicidade do verdadeiro poder de Deus, e os velhos tempos estarão de volta, quando, sob a direção do Espírito Santo, milhares se converterão em um só dia. Quando a verdade, em sua simplicidade, for vivida em cada lugar, então Deus atuará através de Seus anjos como Ele atuou no dia de Pentecostes, e corações serão mudados tão decididamente que haverá uma manifestação da infuência da genuína verdade, como é representada na descida do Espírito Santo.” Special Testimonies, Serie B. N.7, págs. 62 e 63 (1905). Evangelismo, págs. 614, 615 A frase sublinhada extraída do texto acima diz o seguinte: “Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados” O texto acima foi copiado do livro traduzido para o português, denominado “Evangelismo”. Primeiramente, ressaltamos que o original em inglês deste livro não traz o termo “Trindade”. Apresentamos abaixo o texto em inglês tal como ele aparece no livro “Evangelism”: “There are three living persons of the heavenly trio; in the name of these three great powers – the Father, the Son, and the Holy Spirit...” O texto do original em inglês diz: “existem três pessoas vivas no trio celestial”. Notem que não existe a palavra Trindade. Mas mesmo o texto em inglês do livro “Evangelism”, não é fel ao manuscrito original, pois no manuscrito original, Ellen G. White escreveu o termo “persons”, que signifca pessoas. Entretanto, ela mesma corrigiu e colocou o que deveria ser o correto entendimento. Riscou a letra “s” e acrescentou o fnal “alities”, transformando a palavra “persons” em “personalities”, que signifca “personalidades”. Além disso, ela
acrescentou o termo “the” logo após o início da frase, de maneira que a frase do manuscrito original se encontra da seguinte forma: “There are the living three persons alities of the heavenly trio in which every soul repenting of their sins believingreceiving Christ by a living faith to them who are baptized.” Ampliamos a parte do manuscrito de Ellen White onde ela faz as correções mencionadas:
Uma diferença conceitual: person = pessoa (plural = persons) personality = qualidades, caráter, entidade (plural = personalities) Portanto, para ser fel ao manuscrito original, a tradução correta seria: “Existem as três personalidades vivas no trio celestial nas quais cada alma arrependida dos seus pecados recebendo a Cristo por meio de fé viva por eles são batizados.” A seguir apresentamos a fotocópia escaneada de toda a página do manuscrito original de Ellen G. White, de onde a parte acima foi tirada, e que comprova que as modifcações aqui mencionadas foram feitas por ela mesma:
Aqui está uma transcrição linha por linha do manuscrito:
The Father is not to be described by the earthly The Father is all the fullness of the God head invisible to mortal earthly sight. The Son is all the fullness of the God head revealed manifested, He is the express image of his Fathers person For God so loved the world that he gave his only begotten Son that whosoever believeth in him Should not perish but have everlasting life. Here is the personality of the Father. The Spirit the Comforter whom Christ promised to send after he assended to heaven is Christ is the Spirit in all the fullness of the God head making manifest to the All who receive him and believe in Him There are the living three persons alities of the
heavenly trio in which every Soul repenting of their sins believing receiving Christ by a living faith to them who are baptized In the name of Jesus Christ to them In the name of the Father and of the Son and of the Holy Ghost these high digifed personalities Give power because they are Gods property to be called the Sons of God, What is the sinner to do, believe in Jesus Christ because they are his property which he hath purchased with his own blood through the test and trial to which he was subjected to redeem from the slavery
E aqui está o texto em sua versão ofcial conforme foi editado pelo White Estate:
The Father can not be described by the things of earth. The Father is all the fullness of the Godhead bodily, and is invisible to mortal sight. The Son is all the fullness of the Godhead manifested. The word of God declares Him to be "the express image of His person." "God so loved the world that He gave His only begotten Son, that whosoever believeth in Him should not perish, but have everlasting life." Here is shown the personality of the Father. The Comforter that Christ promised to send after He ascended to heaven, is the Spirit in all the fullness of the Godhead, making manifest the power of divine grace to all who receive and believe in Christ as a personal Saviour. There are three living persons of the heavenly trio. In the name of these three powers,--the Father, the Son, and the Holy Ghost, those who receive Christ by living faith are baptized, and these powers will cooperate with the obedient subjects of heaven in their eforts to live the new life in Christ. What is the sinner to do?--Believe in Christ. He is Christ's property, bought with the blood of the Son of God. Through test and trial the Saviour redeemed human beings from the slavery of sin. Ellen G. White: Bible Training School, March 1, 1906 Qualquer publicação honesta dos testemunhos deveria levar em conta as alterações feitas pela própria escritora. Entretanto, como foi constatado, isto não foi feito ao publicarem o texto deste manuscrito.
Será muito interessante neste momento, pararmos para observar quais foram as impressões de William White, flho de Ellen White, sobre este assunto em torno da palavra “personalities” usada por ela. Depois da morte do marido de Ellen White, o colaborador mais próximo foi seu flho William White, que só veio a falecer em 1937. Ninguém conviveu mais próximo de Ellen White depois da morte do marido, do que seu flho
Comentários de Ennis Meier: Em 08 de Julho de 2003 amos na Conferência Geral e conseguimos no White Estate a cópia assinada dessa carta, datada de 1935, de William White, chamado Guilherme White (em português). Essa cópia não foi obtida de microflmes, ou de outra cópia, mas do documento original com a real de W.C. White, como se vê acima, em papel fno próprio para cópia datilográfca.
A seguir apresentamos a tradução desta carta:
30 de Abril de 1935 Pastor H. W. Carr 164 Saxton Street Lookport, New York. Caro Irmão Carr: Tenho em minhas mãos sua carta de 24 de Janeiro. Por alguns meses, tenho estado tão pressionado com o trabalho relacionado aos manuscritos que estamos preparando para imprimir, que minha correspondência teve que esperar. Em sua carta, você me pede para contar o que entendo ser a posição de minha mãe em relação à personalidade do Espírito Santo. Isso eu não posso fazer porque eu nunca entendi claramente seus ensinos sobre esse assunto. Sempre houve em minha mente alguma confusão a respeito do signifcado das expressões dela que, para a minha forma de raciocinar, parecem ser um pouco confusas. Freqüentemente tenho lamentado não possuir a capacidade mental que poderia resolver esta e outras perplexidades semelhantes, e então, relembrando o que a irmã White escreveu nos "Atos dos Apóstolos", págs. 51 e 52 a "respeito dos mistérios que são muito profundos para a compreensão humana, o silêncio é ouro". Tenho achado melhor me refrear desta discussão e me esforçar para dirigir minha mente a assuntos fáceis de serem compreendidos. Enquanto eu lia a Bíblia, eu encontrei que o Salvador ressurreto soprou nos discípulos (João 20:22) e disse a eles "Recebei o Espírito Santo". O conceito gerado através deste texto das Escrituras parece estar em harmonia com a declaração do "Desejado de Todas as Nações", pág. 669, também Gênesis 1:2; com Lucas 1:4; com Atos 2:4; 4:12; 8:15; 10:44. Muitos outros textos poderiam ser citados e que parecem estar em harmonia com esta declaração do "Desejado de Todas as Nações". As declarações e os argumentos de alguns dos nossos ministros em seu esforço para provar que o Espírito Santo era um indivíduo como é Deus, o Pai e Cristo, o eterno Filho, têm me deixado perplexo e algumas vezes eles me tem entristecido. Um mestre popular disse: "Podemos considerá-Lo (O Espírito Santo) como o companheiro que está aqui embaixo fazendo as coisas acontecerem."
Minhas perplexidades foram minimizadas quando aprendi, no dicionário, que um dos signifcados de "personalidade" era características. Isto está declarado de tal forma que eu concluí que pode haver personalidade sem uma forma corpórea a qual o Pai e o Filho possuem. Há muitos textos das Escrituras que falam do Pai e do Filho e a falta de textos que fazem referência similar ao trabalho unido do Pai e o Espírito Santo ou Cristo e o Espírito Santo me têm feito acreditar que o espírito sem individualidade era o representante do Pai e do Filho através do universo, e vem sendo através do Espírito Santo que eles habitam em nossos corações e nos fazem um com o Pai e com o Filho. Minha resposta para a segunda pergunta "Em algum lugar, os escritos da Irmã White ensinam que a oração deve ser dirigida unicamente ao Pai, ou que nós não nos devemos dirigir a Cristo em oração, somente ao Pai", eu penso que não. Eu não encontrei este ensino nos escritos de Ellen White. Sua terceira pergunta "Ela, em algum lugar, diz qual é o poder que "armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o glorioso monte santo". Devo responder da mesma forma. Acho que não. Não encontramos nenhuma declaração sobre isso nos escritos da irmã White nem nos lembramos de nenhuma declaração feita verbalmente em nossa presença. Junto com essa breve carta você encontrará nosso periódico (News Letter) de 4 de Abril. Eu oro para que você possa receber ajuda dos céus no estudo daquilo que é necessário saber e paciência para esperar por uma revelação a respeito daquilo que hoje é incerto para nós.
Saudações Cordiais do seu irmão.
W. C. White WCW: lfv.
Caso queira conferir a tradução veja abaixo a transcrição do original da carta (em inglês):
April 30, 1935 Elder H. W. Carr 164 Saxton Street Lookport, New York. Dear Brother Carr: I hold in my hand your letter of January 24. For some month I have so heavily pressed with work connected with manuscripts which we were preparing for the printer that my correspondence has had to wait. In your letter you request me to tell you what I understand to be my mother's position in reference to the personality of the Holy Spirit. This I cannot do because I never clearly understood her teachings on the matter. There always was in my mind some perplexity regarding the meaning on her ulterances which to my superfcial manner of thinking seemed to be somewhat confused. I have often regretted that I did not possess that keenness of mind that could solve this and smiliar perplexities, and then ing what Sister White wrote in "Acts of the Apostles," pages 51 and 52, "regarding such mysteries which are too deep for human understanding, silence is golden," I have thought best to refrain from discussion and have endeavored to direct my mind to matters easy to be understood. As I read the Bible, I fnd that the risen Saviour breathed on the disciples (John 20:22) "and saith to them 'Receive ye the HOly Ghost." The conception received from this Scripture, seems to be in harmony with the statement in "Desire of Ages", page 669, also Gen, 1:2; with Luke 1:4; with Acts 2:4 and 4:12 also 8:15 and 10:44. Many other texts might be referred to which seem to be in harmony with this statement of "Desire of Ages." The statements and the arguments of some of our ministers in their efort to prove that the Holy Spirit was an individual as are God, the Father and Christ, the eternal Son, have perplexed me and sometimes they have made me sad. One popular teacher said "We may regard Him, (The Holy Spirit) as the fellow who is down here running things."
My perplexities were lessened a little when I learned from the dictionary that one of meanings of personality, was characteristics. It is stated in such a way that I concluded that there might be personality without bodily form which is possessed by the Father and the Son. There are many Scriptures which speak of the Father and the Son and the absence os Scripture making similar reference to the united work of the Father and the Holy Spirit or Christ ande the Holy Spirit, has led me to believe that the spirit without individuality was the representative of the Father and the Son throughout the universe, and it was (has?) through the Holy Spirit that they dwell in our hearts and make us onde with the Father and with the Son. My answer to your second question "Does Sister White's writings anywhere teach that prayer should only be addressed to the Father, or that we should not address Christ in prayer, only throught the father," is that I think no. I have not found such teachings in Ellen White's writings. Your third question "Does she anywhere tell what the power is that "shall plant tabernacule of His palace between the seas in the glorius holy mountain" I must answer in the same way. I think not. We have not found any statement regarding this in Sister Whites's writings nor do we any statement made orally in our presence. Enclosed with this brief and unsatisfavtory letter, you will fnd our News Letter of Abril 4. I pray that you may have help from heaven in studying that which is necessary to be known and patience to wait for the revelation of that regarding which we are now in some uncertainly.
With kind regards, I remain, Sincerely your brother, W. C. White WCW: lfv.
A pergunta inicial formulada pelo destinatário da carta, a quem William White evita falar em nome de sua mãe, é sobre a "personalidade" do Espírito Santo como individualidade. Willie White demonstra estranheza quando encontra palavra “personalidade” entre os escritos de sua mãe, referindo-se ao Espírito Santo. Só poderia itir signifcando “características”, pois conhecia o pensamento da sua mãe. Parece-nos bem evidente, pela da perplexidade de Willian White diante desta expressão “personalidade do Espírito Santo”, que ele, assim como todos os mais importantes pioneiros do movimento adventista, não era trinitariano. Sua difculdade foi justamente entender esta expressão levando em conta tudo que sua mãe e os pioneiros escreveram sobre o único Deus e Seu Filho. É importante destacar que quando o livro “Evangelism” foi publicado (1946), Willian White já estava morto (1937), e como já vimos, as alterações (“limpeza”) nos livros denominacionais só começaram no ano de 1940. Outro ponto muito importante a destacar é o fato deste manuscrito que estamos analisando, não fazia parte do material enviado por Ellen White para ser publicado. Após sua morte, todos os papéis, bilhetes, cartas particulares, anotações e rascunhos que encontraram em seus pertences foram recolhidos. Portanto, o manuscrito que estamos analisando poderia ser uma simples anotação ou rascunho sem a menor intenção por parte dela, que isto fosse um dia publicado. Principalmente da maneira que foi, ou seja, desconsiderando o contexto e as correções que ela mesma apontou. Seria correto publicar e fazer com que se tornasse fundamento de doutrina, manuscritos que Ellen White nunca enviou para a publicação? Isso sem falar que fca muito difícil saber ao certo a razão da existência de cada uma destes papéis encontrados. Será que se tratavam de anotações de idéias de que ela simplesmente procurou registrar para não esquecer, mas que por algum motivo, nunca teve uma clara orientação do Senhor para enviar este material para ser publicado? Ellen White viveu numa época onde a única maneira de se guardar uma informação era decorando ou escrevendo num papel. Não seria temeroso pegar, após sua morte, todo tipo de papel que fora encontrado e publicá-lo sem saber ao certo do que se trata aquela anotação? É lícito hoje publicar estas anotações sendo que ela nunca, pelo que se sabe, teve a intenção de publicá-las?
Mais dúvidas: Para nós entendermos a complexidade do problema que temos com todo este material recolhido após sua morte, e até então jamais publicado, apresentamos este outro manuscrito tido supostamente como um manuscrito de Ellen White. A parte fnal desse manuscrito (embaixo) foi escrita com caneta esferográfca, trazendo sérias dúvidas sobre a autenticidade. A caneta esferográfca foi inventada em 1938 pelo jornalista húngaro Ladislao Biro que imigrou para a Argentina. Patenteou na Hungria pouco antes da 2a guerra mundial e só foi comercializada após a 2a guerra mundial na Argentina com a marca BIROME. O livro que dizem conter esse manuscrito é “O Desejado de Todas as Nações” que foi publicado em 1898 e o manuscrito leva uma data de 1906. Alegam que a data que aparece anotada como 1906, registra o ano em que ele foi copiado à máquina. Pergunta-se: Ellen White teria enviado um manuscrito para a impressora publicar o livro? (desde 1880 os trabalhos eram enviados a publicadora escritos à máquina). E ainda mais, teria ela enviado um manuscrito para ser publicado, escrito num bloquinho diário de anotações? E a questão dele estar escrito com caneta esferográfca? A caneta tinteiro, pela “tensão superfcial” (efeito capilar) o traço termina abruptamente ao se levantar a caneta. A caneta esferográfca deixa fletes como são vistos nas últimas 4 linhas. Notem também que a caligrafa é muito diferente entre o manuscrito anterior e foram escritos na mesma época.
Foi realmente Ellen White que escreveu neste papel? E se foi, com qual propósito o fez? Teria sido uma simples anotação durante a leitura de um livro? Uma coisa é certa! Não foi matéria para publicação, pois já em 1880 Ellen White possuía máquina de escrever, e todo material enviado para publicação era datilografado. Sabemos também que Ellen White trabalhava com uma equipe de 18 pessoas que produziam uma quantidade signifcativa de material. Dentre todos os papéis datilografados encontrados fca muito difícil alguém hoje saber o que realmente era da autoria de Ellen White, exceto o que ela enviou para publicação. Um Outro Texto Duvidoso: Um outro exemplo de texto questionável quanto a sua procedência é este encontrado na pág.617 do livro “Evangelismo”:
Prestem atenção na indicação da fonte: Special Testimonies, Série A, nº 10, pág.37 (1897).
Quando Ellen White morreu em 1915, se reuniu uma comissão para decidir o que seria feito com o seu patrimônio literário. Havia em seu escritório milhares de livros manuscritos, rascunhos, obras nunca enviadas para publicação, e ainda empregava mais que uma dúzia de pessoas. Uns opinaram que ali terminara a sua obra nessa terra, e nada mais deveria ser publicado. Outros, achavam que tudo era sagrado e até os papéis que estavam na cesta de lixo eram relíquias. Infelizmente, predominou a última opinião e desde a sua morte já publicaram mais de 100 novos títulos, com alguns fragmentos de origem duvidosa. Nos “Special Testimonies” Serie A e B, encontramos uma nota do White Estate que diz que eram cartas escritas da Austrália a várias pessoas e que foram juntadas em folhetos que se esgotaram. A nota diz que não existem originais. Além deste texto ser mais uma tradução equivocada e tendenciosa de “Godhead” por “Trindade”, pois sabemos que Ellen White nunca usou a palavra “Trindade”, é importante observar que as séries A e B dos “Special Testimonies” não fazem parte da lista ofcial das obras de Ellen White.
Veja e compare com a lista ofcial que foi publicada em 1960 no livro “Treasure Chest” aprovado pelo “Commitee on Spirit of Prophesy Lessons”.
Alguém pode tentar nos acusar de estar lançando descrédito aos escritos de Ellen White. Longe de nós tal coisa! Cremos na inspiração da Mensageira do Senhor, mas o erro e o engano têm se infltrado de tal maneira, que não nos resta outra alternativa senão comprovar tudo com um claro e explícito “Assim diz o Senhor” (“A Bíblia e ela somente é a nossa única regra de fé e de prática”).
D) Teoria da Conspiração [O artigo que se segue foi assinado com o pseudônimo de Leigo.com, e foi publicado no site adventistas.com] Ellen G. White não pôde revelar detalhes sobre a infltração da doutrina da trindade na igreja adventista, cujo mentor principal foi LeRoy Edwin Froom, porque ela faleceu antes dele. Existem, porém, nos livros dela muitas referências às doutrinas que o Dr. John Kellogg tentou impor à igreja, principalmente as descritas na obra: The Living Temple. A serva do Senhor chamou de Alfa a crise levantada por Kellogg e previu que viria uma crise maior à qual ela se referia como o Ômega da Apostasia. Embora não se possa afrmar com total clareza, tudo indica que essa grande crise que Ellen G. White previu para a IASD é a infltração da doutrina da trindade. Existem alguns textos de leigos que afrmam que houve manipulação ou mesmo falsifcação de alguns textos do livro Evangelismo, mas até
ontem eu não tinha lido nenhum texto que confrmasse uma conexão entre LeRoy Edwin Froom e os textos falsos do livro Evangelismo. Mas o que eu não sabia nos foi revelado não pela Sra. White, porém por seu neto Arthur L. White. O livro Assuntos Contemporâneos em Orientação Profética – Antologia de Artigos e Monografas, compilado por Roger W. Coon, na época, Secretário Associado do Patrimônio Literário Ellen G. White em Washington e Professor Adjunto de Orientação Profética, na Andrews University, EUA, traduzido por Rosângela Rocha e editado pelo Centro de Pesquisas Ellen G. White, do Instituto Adventista de Ensino de São Paulo, publicado em 1988, cujo titulo original é ANTHOLOGY OF PUBLISHED ESSAYS AND MONOGRAPHS ON CONTEMPORARY ISSUES IN PROPHETIC GUIDANCE, traz um artigo do neto de Ellen White, Arthur L. White intitulado: “Em defesa das compilações”. Esse material, como você verá abaixo, revela claramente a ligação entre LeRoy Froom e o livro Evangelismo, o que evidencia que a suspeita de que houve falsifcações neste livro é correta, já que o Pastor LeRoy Edwin Froom foi o introdutor da doutrina da trindade na IASD e foi o responsável pela edição do livro que é acusado de conter textos falsifcados sobre a trindade. Do texto do neto de Ellen White, transcrevemos os seguintes tópicos: EM DEFESA DAS COMPILAÇÕES - Arthur L. White Um dia, em agosto de 1944, R. A. Anderson e L. E. Froom, representando a Associação Ministerial de A. G., entraram em meu escritório no White Estate. “Há nos arquivos do White Estate, conselhos específcos sobre o ministério evangelístico,” perguntaram eles “que poderiam ser reunidos e publicados num único volume?” Salientaram que além de um capítulo aqui e ali, em Obreiros Evangélicos e nos Testemonies, não havia lugar para onde um evangelista pudesse voltar-se convenientemente para receber orientações. Conseqüentemente, não poucos evangelistas serviam de lei para si mesmos, com vários graus de sucesso em seu trabalho. Anderson e Froom desejavam ajudar a trazer maior uniformidade aos esforços evangelísticos da igreja. Esses líderes vieram a mim como principal executivo do White Estate porque anteriormente já havíamos publicado nove compilações dos escritos de Ellen White. Uma vez que as compilações têm provocado comentários – e mesmo um pouco de controvérsia em alguns países – pode ser instrutivo contar novamente quando as compilações das obras de Ellen White começaram, quantas há ao todo, porque foram publicadas e como foram editadas para evitar que fossem infuenciadas por idéias pré-concebidas dos editores.
Depois da morte de Ellen White, seu flho e meu pai, W. C. White, continuaram a supervisionar as compilações de seus escritos, começando com Conselhos sobre Saúde. Quando sucedi meu pai como secretário executivo do White Estate, a obra de compilação dos escritos da Sra. White continuou. Quando Anderson e Froom vieram a mim fquei feliz em recomendar que a Mesa istrativa do White Estate aprovasse uma compilação sobre evangelismo. Eu sabia que a própria Ellen White a teria aprovado. A produção dessa compilação – nem a primeira nem a última preparada no White Estate – foi típica, “À luz dos desejos e do próprio costume de Ellen White, a mesa do White Estate olhou com simpatia o pedido de Anderson e Froom e solicitou que eu investigasse a exeqüibilidade da compilação do livro Evangelismo. Dediquei algumas horas à busca de material – cartas de conselhos a vários evangelistas, artigos em Obreiros Evangélicos, nos Testemonies e artigos de revistas. Informei à mesa e a Anderson e Froom, que existia vasto material.” Alguns dias mais tarde a comissão consultiva da Associação Ministerial apresentou aos Depositários White um pedido ofcial para a preparação e publicação de uma compilação desses conselhos aos evangelistas e instrutores bíblicos. O conselho de depositários, em sua reunião de 10 de setembro de 1944, tomou o seguinte voto: “VOTADO: que, em harmonia com a recomendação da Comissão consultiva da Associação Ministerial, autorizamos a compilação de um manuscrito ‘Conselhos para Evangelistas e Instrutores Bíblicos’ (mais tarde re-denominado Evangelismo), devendo a obra ser feita por uma comissão de cinco pessoas apontadas pelo presidente. A comissão apontada foi a seguinte: A. L. White, W. H. Branson, R. A. Anderson, Srta. Louise Kle, J. L. Shuler.” Mesmo durante o processo de seleção, foi fácil ver onde Ellen White colocava ênfase. Um esboço geral do assunto emergiu naturalmente, levando-nos a estabelecer 22 divisões gerais (mais tarde reduzidas a 20). Um parágrafo das atas do White Estate de 2 de maio de 1945, sete meses após o início do trabalho, dá uma idéia quanto ao andamento do projeto: “O secretário salientou que o manuscrito do novo livro “Conselhos para Evangelistas” (mais tarde denominado Evangelismo) está tomando forma, e estão sendo feitos arranjos para uma comissão de leitura. Foi sugerido que a comissão seja uma comissão que sirva tanto os es da A. G. como a Associação Ministerial e os Depositários White. Foi apontada a seguinte comissão: W. H. Branson, L. K. Dickson, F. M. Wilcox, R. A. Anderson, J. L. Shuler, T. Carcich, D. E. Venden, C. A. Reves e T. G. Bunch.”
Os nove leitores do manuscrito sugeriram principalmente o que colocar nos títulos marginais e chamaram a atenção para algumas poucas declarações adicionais de Ellen G. White. Em sua forma virtualmente fnal, foram mimeografadas vinte e cinco cópias e o manuscrito ajustado foi submetido ao conselho dos depositários do White Estate (e outras pessoas) para sua aprovação fnal da reunião de 25 de outubro de 1945. As atas desta seção descrevem o livro: “Uma análise do manuscrito indica que ele contém 200.785 palavras, e se editado com tipos, semelhantes aos de Testemunhos para Ministros, dará um volume, incluindo o índice e a página de rosto, de aproximadamente 675 páginas. Ao analisar o conteúdo, o secretário salientou que 50% do material é extraído de arquivos de manuscritos, 24% dos artigos de revistas, Special Testemonies e obras já fora de circulação, e 26% dos livros atuais de E.G.White. Assim 74% dos manuscritos apresentam materiais que não estavam disponíveis antes da publicação desse volume.” Quatorze meses depois que foi decidido fazer uma compilação, o livro Evangelismo foi publicado. Tem sido bem vendido, servindo efcazmente como guia e inspiração àqueles que trabalham no ministério evangélico. -- Arthur L. White.
Comentários: Depois de ler esse texto concluí que,além do livro ter sido falsifcado posteriormente como afrmam alguns pode também ter sido editado com alterações em sua primeira edição inclusive com relação à doutrina da trindade já que quem ordenou sua edição foi o mesmo pastor que introduziu a doutrina da trindade na igreja. Vou fazer alguns comentários sobre algumas conclusões a que cheguei e peço aos irmãos que pesquisam o assunto que complementem esse texto com suas observações, pois não sou especialista no assunto, sou apenas um pesquisador leigo, e posso ter cometido erros ou deixado de observar algum aspecto interessante. Arthur L. White dá a impressão que sabia que essa compilação ia sofrer alterações tanto que escreveu: Uma análise do manuscrito indica que ele contém 200.785 palavras. Arthur L. White cita cinco vezes o nome de Froom, deixando bem clara a grande participação de LeRoy Edwin Froom na edição dessa compilação. Arthur deixou bem claro que R. A. Anderson e L. E. Froom participaram ativamente da edição dessa compilação.
Arthur deixa bem claro que Anderson e Froom foram os mentores do livro Evangelismo. Arthur deixa bem claro que Anderson e Froom não só sugeriram a edição do livro como também acompanharam atentamente todos os os de sua edição. Artur deixa claro que Anderson e Froom fzeram o pedido da edição do livro representando a Associação Geral e que o livro foi compilado em harmonia com a recomendação da Associação Geral. Arthur ainda declara que “alguns dias mais tarde a comissão consultiva da Associação Ministerial apresentou aos depositários um pedido ofcial para a preparação e compilação de um manuscrito”. Ou seja, se Froom e Anderson fzeram parte dessa comissão consultiva e, se foram eles que pediram a publicação da obra, ofcialmente o pedido é de Froom, o falsifcador de doutrinas e compilações. Parece-me muito claro que esse livro foi editado com o objetivo de ter-se um livro de Ellen White que defendesse a doutrina da trindade, a qual se estava infltrando na IASD. Tal obra não existia e era preciso criá-la para dar credibilidade à doutrina católica no seio da IASD. Porém, para não fcar evidente que o mesmo pastor que introduziu a doutrina da trindade na IASD era o mesmo que tinha acompanhado a edição do livro Evangelismo, ofcialmente só aparece o nome de Anderson. Anderson participou primeiramente de uma comissão de cinco pessoas e depois participou de uma comissão de nove pessoas, portanto Anderson sendo a pessoa de confança de Froom foi o representante de Froom na edição da obra, já que Froom não poderia aparecer como um dos compiladores do livro Evangelismo, porque poderia ser acusado de falsifcar uma doutrina e manipular uma compilação para justifcar uma doutrina falsa. Em outra parte do texto, Arthur L. White revela que além das nove pessoas da segunda comissão o manuscrito foi submetido a outras pessoas não identifcadas, uma delas pode ter sido Froom. Parece-me ser exatamente essa a impressão que Arthur L. White quis ar ao escrever dessa forma. Quem era o pastor Anderson? Por acaso ele fez parte da comissão que votou a doutrina da trindade dentro da IASD? Depois de ler esse texto revelador ei a observar alguns aspectos do livro Evangelismo. O sub-título que fala da trindade está escrito da seguinte forma: “Explicações falsas acerca da doutrina da trindade”. Esse título
parece falso e forçado. Como explicou Artur L. White, o livro Evangelismo é dividido em vinte seções, sendo que cada uma tem um tema específco. A décima quinta seção, por exemplo, tem como tema: “Evangelismo do Canto” e aborda os seguintes tópicos: Ministério do Canto; A Música no Evangelismo; O Evangelista Cantor; Por ênfase no canto do evangelista pela congregação; Os membros do corpo musical e oestações Oportunas. Ou seja, o tema da seção é música e todos os tópicos tratam de música! No entanto, na décima oitava seção, ou seja, na seção onde se encontra o tema: “Explicações Falsas acerca da Trindade Divina”, o tema da seção é: “Lidar com a falsa ciência , e com os falsos cultos, ismos e sociedades secretas”. A princípio, nesse sub-tema, aborda-se a introdução de falsas doutrinas espíritas na igreja; depois, fala-se das teorias panteístas e espiritualistas, várias formas de espiritismo, fanatismo e extremismo, explicações falsas acerca da trindade divina e, por fm, o mundanismo e misticismo, que existem em sociedades secretas. O que tem a ver introdução de falsas doutrinas, abordando especifcamente as falsas doutrinas do espiritismo e sociedades secretas com explicações falsas acerca da trindade divina? Observase que nessa seção não existe apenas um tema como as outras, mas três: espiritismo, sociedades secretas e defesa da doutrina da trindade. O tema sociedades secretas, pode ter ligação com espiritismo já que nesse tipo de sociedade existem flosofas espíritas ou espiritualistas. Mas o tema trindade, não tem nada a ver com espiritismo ou sociedades secretas. Tive a impressão de que o título “Explicações falsas acerca da trindade divina” nada tem a ver com a seção onde foi inserido a não ser que a doutrina da trindade seja uma introdução de falsa doutrina na igreja! Tentando ser mais claro, tenho a impressão que esse capitulo “Explicações falsas acerca da trindade divina”, simplesmente foi implantado no meio de temas referentes a espiritismo e sociedades secretas. Uma outra observação é que os temas que tratam de doutrinas encontram-se na oitava seção: “Pregar as verdades características”. Se a doutrina da trindade fosse uma verdade característica, estaria nessa seção e nunca na secção dedicada ao espiritismo. Há também uma parte do texto de Arthur L. White, na qual ele informa que os nove leitores do manuscrito sugeriram principalmente o que colocar nos títulos marginais e essa informação indica que os
títulos e subtítulos das seções não são de autoria de Ellen White, mas o título “Explicações falsas acerca da trindade divina” deixa o leitor menos informado com a impressão de que o título é de autoria de Ellen White. O livro Evangelismo contém muitas verdades, porém dá a impressão que alguns pastores queriam sua publicação para que em meio a suas verdades, fosse introduzida uma falsa doutrina, ou seja, a velha tática satânica de misturar verdade com erro. Falsifcaram a mensagem de Ellen G. White, mas Deus nos mostrou através de seu neto, Arthur L. White, que Leroy Edwin Froom estimulou a edição do livro Evangelismo para transmitir a impressão que a serva do Senhor defendia essa doutrina espúria.
3) Reconhecimento Ofcial Recentemente, no livro “A Trindade” lançado aqui no Brasil pela Casa Publicadora Brasileira, que é uma tradução do livro “The Trinity”, os editores brasileiros tiveram que itir a inadequação do termo traduzidos como “Trindade” nas obras de Ellen White. Em uma nota editorial na página 17 tiveram que itir que tecnicamente a palavra “trindade” é uma tradução que não refete literalmente aquilo que está expresso no original em inglês:
Em outras palavras, itiram que fzeram uma tradução tendenciosa que refete a concepção atual da Igreja Adventista do Sétimo Dia quanto ao seu conceito de uma divindade triúna.
Alguns textos para reflexão:
“Satanás está resolvido a colocar o povo de Deus numa falsa luz perante o mundo... Procura manter o povo de Deus num contínuo estado de incerteza pela introdução de falsas teorias e falsa ciência... Quer levá-los a se afastarem de Deus, seu verdadeiro conselheiro, e a aceitarem seus sofsmas espiritualistas. Com esses sofsmas revestidos de trajes de luz, ele (Satanás) procura enganar, se possível, os próprios eleitos.” Meditações Matinais 1980, pág.323. “Nestes dias, muitos enganos estão sendo ensinados como verdade. Alguns de nossos irmãos têm ensinado opiniões que não podemos endossar. Idéias fantasiosas, interpretações forçadas e peculiares das Escrituras estão sendo introduzidas. Alguns desses ensinos podem parecer agora jotas ou tis, mas crescerão e se tornarão ardis para os inexperientes.” Meditações Matinais 1983, pág.310. “É evidente que uma época de grandes trevas intelectuais tem sido favorável ao êxito do papado. Ainda será demonstrado que uma época de grande luz intelectual também é favorável ao seu êxito.” Eventos Finais, pág:116. “Temos uma verdade que não ite contemporização alguma.” Mensagens Escolhidas, Vol.3, pág. 205. “A tocha da falsa profecia, que seria erguida por 'Falsos doutores', os quais introduziriam encobertamente 'heresias de perdição, e negarão o Senhor'. Esses falsos mestres que apareceriam na igreja e seriam considerados verdadeiros por muitos de seus irmãos na fé.” Meditações Matinais 1986, pág. 213. “Nem todos, porém seriam enganados pelos ardis do inimigo. Ao aproximar-se o fm de todas as coisas terrestres, haveria feis capazes de discernir os sinais dos tempos, conquanto um grande número de professos crentes negasse a sua fé por suas obras, haveria um remanescente que preservaria até o fm.” Meditações Matinais 1986, pág. 213.
4) Uma Séria Denúncia feita pelo Pr.Andreasen Para que você compreenda melhor o contexto da carta que lerá logo a seguir leia isto: Na década de 1950, a liderança americana da IASD entrou em acordo com líderes porta-vozes evangélicos americanos (Martin & Barnhouse), para que a IASD não mais fosse considerada uma seita, mas sim uma igreja como as demais igrejas evangélicas. Tanto assim que já em 1959, a IASD ou a fazer parte como membro cooperador do Concílio Nacional de Igrejas dos Estados Unidos, uma organização ecumênica. Para tanto, a IASD deveria abdicar de certas doutrinas fundamentais dos pioneiros adventistas, as quais são apoiadas pelo Espírito de Profecia de Ellen G. White. Dentre essas doutrinas fundamentais está a da Encarnação, a qual os evangélicos e católicos crêem que JESUS encarnou com a natureza de Adão antes de sua queda, ou seja, Sua natureza seria isenta ou imune às paixões e às leis da hereditariedade a que estão sujeitos os flhos de Adão, depois de sua queda. Assim, a partir de 1957, os teólogos adventistas aram a ensinar que JESUS veio com a natureza sem pecado de Adão, antes de sua queda, ao contrário do que ensinavam os pioneiros e a Sra. White. JESUS seria apenas nosso substituto e não nosso exemplo a ser seguido. Com essa mudança teológica o mundanismo entrou na IASD, junto com o ecumenismo. Na ocasião, uma das raras vozes ofciais que se levantaram contra esse compromisso apóstata foi a do Pr. Andreasen (1876-1962), conhecido entre nós brasileiros como o autor do livro O Ritual do Santuário. Depois de tentar em vão fazer-se ouvir pela liderança apóstata da Igreja, ele escreveu seis longas cartas às igrejas adventistas de todo mundo, denunciando toda essa conspiração ecumênico-doutrinária. Devido ao protesto do Pr. Andreasen, a Associação Geral, em 06.04.61, tirou suas credenciais e sua pensão por aposentadoria. Só depois que uns irmãos do sul da Califórnia, revoltados com a injustiça feita ao Pr. Andreasen, ameaçaram não encaminhar mais o dízimo à Organização, é que a Associação Geral voltou a pagar sua aposentadoria, mas isto já perto de sua morte, que ocorreu em 19.02.62. Em 01.03.62, após sua morte, a Associação Geral restaurou as credenciais do Pr. Andreasen. Portanto, a carta que você lerá logo a seguir é uma (2ª carta) destas seis cartas que foram escrita pelo Pr. M.L. Andreasen, e muito embora
não esteje relacionada com o tema da trindade, serve como um bom exemplo de como as teorias conspiratórias que falam de manipulações nos escritos de Ellen White vão muito além de meras suposições ou acusações sem fundamento. Tentativa de Alterar Escritos de E.G.W. Logo no começo do verão de 1957 foi-me colocado nas mãos, providencialmente creio, uma cópia das Minutas da Mesa Diretora dos Depositários White para o mês de maio daquele ano. Para os que não estão familiarizados com essa mesa diretora, devo declarar que é uma pequena comissão apontada para ter em guarda o grande volume de cartas, manuscritos e livros deixados pela falecida Sra. Ellen G. White. Em conselho com os ofciais da denominação adventista a mesa decide quem deve ter o ao material, e em que extensão e para que propósito; o que deve ser publicado e o que não deve; e que material não deve estar disponível em absoluto. Muito do trabalho da comissão consiste em examinar e editar esses escritos e recomendar para publicação tal matéria que pareça ser de valor permanente. Esse trabalho é de grande importância para a igreja, pois somente o que é liberado pela comissão vê a luz do dia. Durante toda sua vida a própria Sra. White fez muito da obra de selecionar e editar, e em todos os casos ela tinha a supervisão do que era feito. Todos sabiam que qualquer coisa que fosse publicada estava sob sua supervisão e que tinha sua aprovação. A comissão agora assumiu essa obra. Dois Homens e a Comissão De acordo com as Minutas White, foi em 1º de maio de 1957 que dois homens [Roy Allan Anderson e Walter Read], membros da comissão que fora apontada para escrever o livro Questions on Doctrine, foram convidados pela mesa para reunir-se, a fm de discutir a questão que tinha recebido alguma consideração na reunião de janeiro de 1957. Referia-se a afrmações feitas pela Sra. White com relação à expiação ora em progresso no santuário celestial. Essa concepção não estava de acordo com as conclusões atingidas pelos líderes da denominação em conselho com os evangélicos. Para entender isto completamente, e sua importância, é necessário rever alguma história. Os líderes adventistas estiveram por algum tempo em contato com dois ministros de outra fé, evangélicos, o Dr. Barnhouse e o Sr. Martin, respectivamente editor e editor assistente do jornal religioso Eternity, publicado na Filadélfa, e discutiram com eles várias de nossas doutrinas. Nessas conversações, como em numerosas cartas trocadas entre eles, os evangélicos levantaram sérias objeções a algumas de nossas crenças. A questão de grande importância foi se os adventistas poderiam ser considerados cristãos enquanto mantêm tais pontos de vista, como a doutrina do santuário; os 2300 dias; a
data 1844; o juízo investigativo; e a obra expiatória de CRISTO no santuário no céu desde 1844. Nossos homens expressaram o desejo de que a Igreja Adventista do Sétimo Dia fosse contada como uma das igrejas protestantes regulares, uma igreja cristã, não uma seita. Os dois grupos gastaram "centenas de horas" estudando, e escreveram muitas centenas de páginas. Os evangélicos visitaram nossa sede em Takoma Park, e nossos homens visitaram Filadélfa e foram hóspedes do Dr. Barnhouse em sua confortável casa. De tempos em tempos outros homens foram chamados para consulta em tais assuntos como a Voz da Profecia e nossos periódicos, todos com o ponto de vista de acertar o que impedia que fôssemos reconhecidos como uma denominação cristã. Após longas e demoradas discussões, os dois partidos chegaram fnalmente a um acordo de trabalho, e embora os evangélicos ainda objetassem a um número de nossas doutrinas, eles fcaram desejosos de nos reconhecer como cristãos. Deveríamos fazer algumas mudanças em alguns de nossos livros com relação à "marca da besta" e, também, "com relação à natureza de CRISTO enquanto na carne." Eternity, setembro de 1956. Isto foi levado à "atenção dos ofciais da Conferência Geral, que a situação deveria ser remediada e que tais publicações deveriam ser corrigidas. As correções foram feitas, e "essa ação dos ASDs foi indicativa de os similares que foram tomados subseqüentemente." Ibid. Não estamos informados de quais outros livros foram "remediados e corrigidos". Os evangélicos publicaram um relatório de suas conferências com os adventistas em Eternity, da qual as citações acima são tomadas. O Dr. Barnhouse declara que eles tomaram a precaução de submeter seus manuscritos aos adventistas, para que nenhuma declaração errada ou erro pudesse ocorrer. Os adventistas publicaram um relatório. Mesmo na sessão da Conferência Geral do último ano (1958), o assunto não foi discutido. Somente poucos sabiam que houvera algumas conferências com os evangélicos. Havia rumores que os líderes adventistas tinham estado em conferência com os evangélicos, mas aquilo foi considerado por alguns como boato apenas. Os poucos que sabiam, mantiveram-se calados. Parecia haver uma conspiração de sigilo. Até hoje (1959) não sabemos, e não supomos saber, quem realizou as conferências com os evangélicos. Não sabemos, e não supomos conhecer, quem escreveu Questions on Doctrine. [Posteriormente, soube-se que fora escrito pelos pastores Leroy Froom e Roy Allan Anderson.] Investigação diligente não deu resultado. Não sabemos, nem supomos saber, exatamente que mudanças foram feitas, e em que livros, concernentes à marca da besta e à natureza de CRISTO enquanto em carne. Não sabemos quem autorizou a omissão do capítulo 13 do Apocalipse em nossas lições da Escola Sabatina para o segundo trimestre de 1958, que trata da marca da besta. [Não é à toa
que já em 1959 a Conferência Geral da IASD entrou como sócia da organização ecumênica Conselho Nacional de Igrejas dos Estados Unidos.] O Dr. Barnhouse relata que para "evitar acusações contra os ASDs pelos evangélicos", os adventistas "fzeram arranjos" no que concerne àVoz da Profecia e à revista Signs of the Times. O que foi feito não sabemos e não nos foi dito. Não teremos um relatório detalhado? Nós, de certo, imaginamos como aconteceu que ministros de outra organização tivessem qualquer voz ou qualquer opinião em como conduzirmos nossa obra. Têm nossos líderes abdicado? Como é que eles consultam os evangélicos e mantêm nosso povo nas trevas? O Que Foi Feito nas Conferências Para um relatório deste estamos confnados quase inteiramente ao que foi publicado na revista Eternity. O assunto que tomou muito tempo nas conferências foi o do santuário. O Dr. Barnhouse foi franco em sua estimativa dessa doutrina. Em particular ele objetou de nosso ensino sobre o juízo investigativo que ele caracterizou como "o fenômeno mais colossal, psicológico, para salvar as aparências na história religiosa." Mais tarde ele o chamou "a não importante e quase ingênua doutrina do 'juízo investigativo'", e disse que qualquer esforço para estabelecê-la é estragado, vazio e inaproveitável." Eternity, setembro de 1956. O Dr. Barnhouse, ao discutir a explicação de Hiran Edson sobre o desapontamento de 1844, diz que a suposição de que CRISTO "tinha uma obra a realizar no lugar santíssimo antes da vinda a esta terra... é uma idéia humana, para salvar as aparências, que alguns adventistas desinformados... levam a extremos literários fantásticos. O Sr. Martin e eu ouvimos os líderes adventistas dizerem, positivamente, que eles repudiavam tais extremos. Isto eles disserem em nenhum termo incerto. Além disse, eles não crêem, como alguns de seus pioneiros ensinavam que a obra expiatória de JESUS não foi completada no Calvário, mas que em vez disso que JESUS ainda estava realizando uma segunda obra ministerial desde 1844. Essa idéia os líderes adventistas também repudiaram totalmente." Ibidem. Notem estas declarações: A idéia de que CRISTO "tinha uma obra a realizar no lugar santíssimo antes da vinda a esta terra... é uma idéia humana, para salvar as aparências," "o Sr. Martin e eu ouvimos os líderes adventistas dizerem positivamente que eles repudiavam tais extremos. Isto eles disseram em nenhum termo incerto." Penso que nossos líderes devem dar uma declaração precisa à denominação adventista quanto a se o Dr. Barnhouse e o Sr. Martin disseram a verdade quando ouviram nossos líderes dizerem que repudiavam a idéia de que CRISTO tinha uma obra a fazer no lugar
santíssimo antes de vir a esta terra. A questão demanda uma resposta precisa. Tentativa de Adulterar os Escritos de Ellen G. White Antes de relatar mais do que foi feito nas conferências, voltemos aos dois homens que naquele primeiro dia de maio de 1957, encontraram-se com a Mesa dos Depositários White para buscar seu conselho e, também, fazer uma sugestão. Os homens estavam bem familiarizados com as declarações feitas pelo Dr. Barnhouse e o Sr. Martin, de que a idéia do ministério de CRISTO no lugar santíssimo do santuário tinha sido totalmente repudiada pelos nossos líderes. Isto tinha estado publicado há vários meses na ocasião, e não tinha sido protestado. Os homens, contudo, não precisavam da declaração publicada, pois ambos tinham tomado parte na discussão com os evangélicos. Um deles em particular tinha tido parte proeminente nas conferências [Roy Allan Anderson], tinha visitado o Sr. Barnhouse em seu lar, tinha falado na igreja do Dr. Barnhouse a seu convite. Ele era um dos quatro homens [T.E. Unruh, Roy Allan Anderson, Leroy Froom e Walter Read] que realmente levaram a carga, e um dos escolhidos para acompanhar o Sr. Martin em sua viagem à costa Oeste para falar em nossas igrejas. Ele era tido em alta estima pelo Dr. Barnhouse. Esse sentimento era mútuo. Na ocasião em que os dois homens visitaram os Depositários, uma série de artigos apareceu na Ministry [da qual Roy Allan Anderson era editor-chefe], que reivindicava ser "o entendimento adventista da expiação, confrmado e iluminado e clarifcado pelo Espírito de Profecia." Na edição da Ministry, de fevereiro de 1957, a declaração ocorre que o "ato sacrifcal sobre a cruz é uma expiação completa, perfeita e fnal em favor do pecado do homem." Esse pronunciamento está em harmonia com a crença de nossos líderes, como o Dr. Barnhouse citou-os. Está também em harmonia com a declaração assinada por um ofcial encarregado [R.R. Figuhr, presidente da Associação Geral na época], numa carta pessoal: "Não podes, Irmão Andreasen, tirar de nós este precioso ensino que JESUS fez um sacrifício expiatório completo e todo-sufciente sobre a cruz... Isto nós sempre manteremos frme, e continuaremos a proclamá-lo, mesmo como nossos queridos anteados venerados na fé." Seria interessante que o escritor desse prova de sua asserção. A verdade é, nossos anteados não criam nem proclamaram tal coisa. Eles não criam que a obra sobre a cruz fosse completa e todasufciente. Eles criam que o resgate foi pago ali e que era todosufciente; mas a expiação fnal aguardava a entrada de CRISTO no santíssimo em 1844. Isto os adventistas tinham sempre ensinado e crido, e esta é a antiga e estabelecida doutrina que nossos venerados anteados criam e proclamavam.
Eles não podiam ensinar que a expiação na cruz era fnal, completa, e toda-sufciente, e ainda crer que outra expiação também fnal, ocorreria em 1844. Tal seria absurdo e sem signifcado. Pagar a pena pelo nosso pecado era, certamente, uma parte vital e necessária do plano de DEUS para nossa salvação, mas em absoluto não era tudo. Era, como foi, colocar no banco do céu uma soma sufciente e de todo modo adequada para qualquer contingência, e da qual poderia ser sacada em favor e pelo indivíduo conforme necessitasse. Esse pagamento era "o precioso sangue de CRISTO, como um cordeiro, sem mancha e sem defeito." I Pedro 1:19. Em Sua morte na cruz JESUS "pagou tudo"; mas o precioso tesouro torna-se efcaz para nós somente conforme CRISTO saca dele em nosso favor, e isto deve esperar a vinda ao mundo de cada indivíduo; daí, a expiação deve continuar enquanto as pessoas forem nascidas. Ouçam isto: "Há um fundo inexaurível de perfeita obediência advindo de Sua obediência. Como é isto, que tal infnito tesouro não é apropriado? No céu os méritos de CRISTO, sua abnegação e sacrifício próprio, estão entesourados como incenso, a ser oferecido com as orações de Seu povo." General Conference Bulletin, vol. 3, pág. 101, 102, quarto trimestre, 1899. Notem as frases: "fundo inesgotável", "tesouro infnito", "méritos de CRISTO". Esse fundo foi depositado na cruz, mas não "exaurido" lá. Ele está "entesourado" e é oferecido com as orações do povo de DEUS. Especialmente desde 1844, esse fundo é sacado pesadamente conforme o povo de DEUS avança em santidade; mas não é exaurido, há sufciente e para poupar. Leiam de novo: "JESUS que através de Sua própria expiação proveu para eles um fundo infnito de poder moral, não falhará a empregar esse poder em favor deles. Ele lhes imputará Sua própria justiça... Há um fundo inesgotável de perfeita obediência advindo de Sua obediência... conforme orações humildes e sinceras ascendem ao trono de DEUS, CRISTO mistura com elas os méritos de Sua própria vida de perfeita obediência. Nossas orações se tornam perfumadas por esse incenso. CRISTO comprometeu-Se a interceder em nosso favor, e o PAI sempre ouve a Seu Filho." Ibidem. Quando oramos, neste próprio ano de 1959, CRISTO intercede por nós e mistura com nossas orações "os méritos de Sua própria vida de perfeita obediência. Nossas orações são perfumadas por esse incenso... e o PAI sempre ouve a Seu Filho." Contrastem isto com a afrmação em Questions on Doctrine, pág. 381: "JESUS apareceu na presença de DEUS por nós... Mas não foi com a esperança de obter algo nessa ocasião ou em algum tempo futuro. Não! Ele já o tinha obtido por nós na cruz." (snfase dos autores). Notem o quadro: CRISTO aparece na presença do PAI em nosso favor. Ele intercede, mas nada consegue. Por 1800 anos JESUS
pleiteia, e nada obtém. Não sabe Ele que já o obteve na cruz? Ninguém Lhe informa que é inútil suplicar? Ele próprio não tem esperança de obter nada agora ou em qualquer tempo futuro. E mesmo assim Ele pleiteia, e Se mantém pedindo. Que visão para os anjos! E isso é representado ser ensino adventista! Esse é o livro que tem a aprovação dos líderes adventistas e é enviado ao mundo para mostrar o que nós cremos. Queira DEUS nos perdoar. Como podemos permanecer diante do mundo e convencer que acreditamos num Salvador que é poderoso para salvar, quando O apresentamos como suplicando em vão perante o PAI? Mas graças a DEUS, isso não é doutrina adventista. Ouçam isto da Irmã White, como citado acima: "CRISTO Se comprometeu a interceder em nosso favor, e o PAI sempre houve a Seu Filho." Isto é cristianismo, e o outro não. Ficaremos em silêncio sob tais condições? Diz a Irmã White:
"Pelos ados 50 anos cada fase da heresia tem sido posta em ação contra nós... especialmente concernente à ministração de CRISTO no santuário celestial... imaginai que quando vejo o começo de uma obra que removeria alguns dos pilares de nossa fé, eu tenha algo a dizer? Devo obedecer a ordem, 'Enfrentai-o!'" Special Testimonies, Series B, nº 2, pág. 58. De novo: "O inimigo das almas tem buscado introduzir a suposição de que uma grande reforma deveria ter lugar entre os adventistas do sétimo dia, e que essa reforma consistiria em renunciar às doutrinas que permanecem como pilares de nossa fé, e engajar-se num processo de reorganização. Caso essa reforma tivesse acontecido, o que resultaria? Os princípios da verdade que Deus em Sua sabedoria tem concedido à igreja remanescente seriam descartados. Nossa religião seria mudada. Os princípios fundamentais que têm sustentado a obra durante os últimos cinqüenta anos seriam considerados como erro. Uma nova organização seria estabelecida. Livros de uma nova ordem seriam escritos. Um sistema de flosofa intelectual seria introduzido. Os fundadores desse sistema iriam às cidades e realizariam uma maravilhosa obra. O sábado, logicamente, seria considerado levianamente, bem como o Deus que o criou. Nada seria permitido permanecer no caminho do novo movimento. Os líderes ensinariam que a virtude é melhor do que o vício, mas Deus sendo removido, eles depositariam sua dependência no poder humano, o qual, sem Deus, é sem valor. O seu fundamento seria edifcado sobre a areia, e a tempestade e a tormenta levariam de roldão a estrutura ". Special Testimonies, Série B, # 7, págs. 39-40 (outubro de 1903). Mensagens Escolhidas, Vol. 1, ppág. 204-205. Grifos supridos.
"Ficaremos calados, por temor de ferir os sentimentos deles?... Ficaremos calados por receio de prejudicar a infuência deles, enquanto almas estão sendo enganadas... Minha mensagem é: Não mais consintais em ouvir sem protestar contra a perversão da verdade." Special Testimonies, Series B, nº 2, pág. 9,15. A Reunião de 1º de Maio Duvido que os líderes adventistas estivessem completamente a par das muitas referências nas obras da Sra. White sobre a expiação agora em progresso no santuário celestial desde 1844. Se estivessem, como ousariam tomar a posição que tomaram com relação à questão do santuário? Esta idéia encontra apoio na aparente surpresa dos dois homens (Roy Allan Anderson e Walter Read) que visitaram os Depositários White e declararam que em sua pesquisa fcaram "agudamente a par das declarações de Ellen G. White que indicam que a obra da expiação de CRISTO está agora em progresso no santuário celestial." Minutes, 1º de maio de 1957, pág. 1483. Por que se tornaram eles agudamente a par? A descoberta pareceu surpreendê-los. Ao usar o plural, declarações, eles item mais de uma referência. Não sei quantas acharam. Eu achei 17, e há outras sem dúvida. E por que usam eles a palavra "indicar"? A Irmã White faz mais do que indicar. Ela faz pronunciamentos defnidos. Eis alguns deles: "Ao término dos 2.300 dias, em 1844, CRISTO entrou no lugar santíssimo do santuário celestial, para executar a obra de encerramento da expiação, preparatória para Sua vinda." O Grande Confito, 422. "CRISTO tinha apenas completado uma parte de Sua obra como nosso Intercessor para entrar noutra porção da obra, e Ele ainda pleiteia Seu sangue diante de DEUS em benefício dos pecadores." Ibid., 429. "Na abertura do lugar santíssimo do santuário celestial, em 1844, CRISTO entrou lá para executar a obra de encerramento da expiação. Eles viram que JESUS estava agora ofciando diante da arca de DEUS, pleiteando Seu sangue em favor dos pecadores."Ibidem, 433. "CRISTO é representado como continuamente de pé no altar, momentaneamente oferecendo o sacrifício pelos pecados do mundo... Um Mediador é essencial devido ao contínuo cometimento de pecado... JESUS apresenta a oblação oferecida por cada ofensa e cada falta do pecador." MS 50, 1900. Essas declarações são defnidas. Foi ao fnal dos 2300 dias, em 1844, que CRISTO entrou no santíssimo "para desempenhar a obra de encerramento da expiação". "JESUS tinha APENAS COMPLETADO UMA PARTE DE SUA OBRA como nosso Intercessor," no primeiro compartimento. Agora Ele "entra na outra porção da obra." Ele
pleiteia "Seu sangue perante o Pai." Ele está "continuamente de pé diante do altar." Isto é necessário "por causa da contínua perpetração do pecado." "JESUS apresenta a oblação por toda ofensa e toda falta do pecador." Isto prova uma expiação contínua, presente. Ele oferece "momentaneamente". "JESUS apresenta a oblação oferecida por cada ofensa." "Ele sempre vive para fazer intercessão por eles." Hebreus 7: 25. Presume-se que quando os dois homens declararam que se tinham "tornado agudamente cientes das declarações de Ellen G. White que indicam que a obra expiatória de CRISTO está agora em progresso no santuário celestial", que eles tinham lido as citações dadas aqui e talvez outras. Em vista deste conhecimento, o que eles sugeriram que fosse feito? Mudariam eles as suas opiniões erradas anteriores e se harmonizariam com as claras palavras do Espírito de Profecia? Não, ao contrário, eles "sugeriram aos Depositários que algumas notas de rodapé ou apêndices devessem aparecer em certos livros de Ellen G. White, esclarecendo muito largamente nas palavras de Ellen White nosso entendimento das várias fases da obra de expiação de CRISTO." Minutes, 1483. Ponderem sobre essa surpreendente declaração. Eles item que a Irmã White diz que "a obra expiatória de CRISTO está agora em progresso no santuário celestial," e então eles propõem que inserções sejam feitas em alguns livros da Irmã White que darão nosso entendimento da expiação! Eles estavam, contudo, agindo somente em harmonia com a declaração ofcial em Questions on Doctrinede que quando se lê "nos escritos de Ellen G. White que CRISTO está fazendo expiação agora, deve ser entendido que simplesmente queremos dizer que CRISTO está agora fazendo aplicação" etc., pág. 354, 355. Se a Irmã White estivesse agora viva e devesse ler isto, ela certamente estaria tratando com certos escritores presunçosos e em palavras que poderiam ser entendidas. Ela não concederia o direito para ninguém, quem quer que fosse, de mudar o que ela tinha escrito ou interpretá-lo para viciar seu claro signifcado. A reivindicação que Questions on Doctrine faz de que a Sra. White quer dizer o que ela não diz, efetivamente destrói a força de tudo o que ela já escreveu. Se temos de consultar o intérprete inspirado [pelo diabo] de Washington antes de saber o que ela quer dizer, é melhor descartarmos todos os Testemunhos. Queira DEUS salvar o Seu povo. Cedo neste século, quando a sorte da denominação estava na balança, a Irmã White escreveu: "Satanás lançou seus planos para debilitar nossa fé na história da causa e obra de DEUS. Estou profundamente convicta conforme escrevo isto: Satanás está operando com homens de posição proeminente para varrer os fundamentos de nossa fé. Permitiremos que isso aconteça, irmãos?" R&H, 12-11-1903.
Respondendo a sua pergunta, "permitiremos que isso seja feito?", ela diz: "Minha mensagem é: Não mais consintais sem protestar contra a perversão da verdade... Fui instruída a advertir nosso povo; pois muitos estão em perigo de receber teorias e sofsmas que minam os pilares fundamentais de nossa fé." Letter to the Physicians and Ministers, Series B, nº 2, pág. 15. "Nos ados cinqüenta anos cada fase da heresia tem sido trazida sobre nós, para obscurecer nossas mentes com relação aos ensinos da Palavra - especialmente com relação à ministração de CRISTO no santuário celestial... Mas os marcos-guias que nos têm feito o que somos, devem ser preservados, e serão preservados, como DEUS tem signifcado através de Sua Palavra e do testemunho de Seu ESPÍRITO. Ele nos chama para fcarmos frmes, com as garras da fé aos princípios fundamentais que estão baseados em inquestionável autoridade." Ibidem, 59. "Imaginais que quando vejo o início de uma obra que removeria alguns dos pilares de nossa fé, eu teria algo a dizer? Devo obedecer a ordem, 'Enfrentai-o!'" Ibidem, 58 (Ênfases supridas). Manifestar-se Proeminentemente Após os dois homens terem sugerido a inserção de notas e explicações em alguns dos livros de Ellen G. White [Isso ou a ser feito com regularidade a partir da década de 1960 em vários livros de Ellen G. White, por exemplo, Primeiros Escritos, Testemunhos para Ministros, baseados no princípio papal, de que a Igreja é a única fonte genuína de interpretação, quando na verdade é o ESPÍRITO SANTO.], que dariam ao leitor a impressão que ela não se oporia à nova interpretação deles, eles tiveram outra sugestão a dar. "Isto é um assunto", eles disseram, "que no futuro próximo vai se revelar proeminentemente, e que faríamos bem em prosseguir com a preparação e inclusão de tais notas nas futuras impressões dos livros de Ellen G. White." Minutes, pág. 1483. Deixo ao leitor decidir por que os homens estavam com pressa de introduzir as notas e explanações nos livros de Ellen White. Poderia ser que isto se constituiria um "fait accompli", um fato consumado, uma coisa que já tinha sido feita e que seria difícil ou impossível de mudar? Esta é uma consideração importante, pois há razão para crer que as coisas estão ocorrendo a outros de nossos livros, e há um movimento defnido para mudar nossa doutrina em outros assuntos. Isto deve ser também explorado, antes que seja muito tarde. Em 2 de maio de 1957 está registrado nas Minutas: Afrmações de Ellen G. White sobre a Obra de Expiação de Cristo - "A reunião dos Depositários realizada em primeiro de maio encerrou-se com nenhuma ação tomada sobre a questão que foi discutida em extensão - adequadas notas de rodapé e explanações quanto às declarações de
Ellen G. White sobre a obra expiatória de CRISTO, que indicam uma contínua obra no tempo presente no céu. Visto que o presidente de nossa mesa estará ausente de Washington para os próximos quatro meses, e os envolvimentos nesta questão são tais que deve haver a mais cuidadosa consideração e conselho, foi 'VOTADO, Que adiamos a consideração até mais tarde sobre os assuntos que foram trazidos a nossa atenção pelos Prs. "X" e "Y" envolvendo declarações de Ellen G. White sobre a obra expiatória contínua de CRISTO'." Minutas da Mesa dos Depositários White, pág. 1488. Ficou presumido quatro meses depois quando o Pr. Olson voltou que nenhum voto foi tomado para garantir o pedido. Isto foi oito meses após a primeira reunião deles em janeiro de 1957, tempo em que o assunto foi exposto. Correspondência com Washington Depois que esse assunto veio ao meu conhecimento, orei bastante. Qual era minha responsabilidade nesse assunto, ou tinha eu alguma? Não confdenciei com ninguém. Decidi que minha primeira responsabilidade seria com os ofciais de Washington, assim escrevi à Associação Geral. Lá fui informado que eu não tinha nenhum direito à informação que eu obtivera. Aquilo era suposto ser secreto, e eu não tinha direito nem mesmo de ler os documentos. Depois de quatro cartas adas, foi-me dito que eles não estavam mais interessados em discutir o assunto. O assunto estava resolvido. Quando perguntei se isto signifcava que a porta estava fechada, recebi a resposta: "Considerei o assunto ao qual tens referido como encerrado." Quanto ao indecente e não verdadeiro artigo na revista Ministry, "Discuti isso com os irmãos envolvidos e gostaria de deixar o assunto lá." Assim a porta estava fechada. Eis alguns dos pronunciamentos ofciais: "As minutas são confdenciais e não destinadas ao uso público." Se erro é cometido, é proibido expô-lo meramente porque alguns querem mantê-lo confdencial? "Estás fazendo isso sobre boato e sobre minutas confdenciais que não tens o direito de ler." Ninguém nunca falou comigo sobre isso ou me informou. Li as Minutas e agi sobre elas. As minutas não são boatos. Elas são documentadas ofcialmente e assinadas. "...não tens o direito mesmo de ler." Quando tenho evidência que me parece destrutiva da fé, devo eu fechar meus olhos para o que considero tentativas premeditadas para extraviar o povo pela inserção de notas, explanações e notas de apêndice nos livros da Sra. White? É ofcialmente aprovado?
"Desejo repetir o que escrevi antes, que os homens têm o perfeito direito de ir às mesas diretoras, incluindo o grupo dos Depositários White, e fazer suas sugestões sem temor de serem disciplinados ou tratados como heréticos." Isto foi reenfatizado: "Reafrmo minha declaração anterior que creio que esses irmãos estavam inteiramente certos de ir aos responsáveis e delegados com qualquer sugestão que tivessem para estudo." Isto torna claro que o ato dos dois irmãos foi aprovado ofcialmente; que nada fzeram pelo que devessem ser reprovados, mas que fzeram o que tinham perfeito direito de fazer. Não penso que nosso povo dará boas-vindas a esse novo princípio. "Sugerir que bons e féis homens adventistas decidiram alterar os pilares de nossa fé está longe dos fatos como os pólos estão afastados... adulterar os testemunhos, quando isto nunca ocorreu, nem houve qualquer tentativa para fazê-lo." Deixo com a decisão do leitor exatamente por que os homens foram aos Depositários: não foram eles para ter inserções, notas, notas de apêndice, explanações feitas em "alguns dos livros de Ellen G. White"? Conquanto o comitê eventualmente decidiu não fazê-lo, a culpa dos homens não mudou por esse fato. Afrmar que quanto a "adulterar os Testemunhos quando nada disso nunca ocorreu nem nunca houve tentativa de fazê-lo," as Minutas falam por si mesmas. Uma Situação Séria Esse episódio dos Depositários traz em foco uma grave situação. Não é meramente o assunto de dois homens tentarem ter inserções feitas em alguns livros da Sra. White. A coisa mais séria é que este fato teve a aprovação da istração, que declarou que os homens tinham "perfeito direito" de fazer o que fzeram. Este pronunciamento abre um caminho para outros seguirem, e como o assunto é mantido secreto, grande abuso poderia prontamente resultar. Sem dúvida, se o assunto for deixado para o povo votar, não haverá permissão para qualquer falsifcação, ou tentativa para adulterar os escritos de Ellen G. White. Os homens que visitaram os Depositários em primeiro de maio de 1957, como relatado, declararam claramente que haviam descoberto que a Sra. White ensina claramente "que a obra de expiação de CRISTO está agora em progresso no santuário celestial." Por outro lado, a revista Ministry, de fevereiro de 1957, declara exatamente o oposto. Diz que o "ato sacrifcal na cruz é a expiação completa, perfeita e fnal para os pecados dos homens." Questions on Doctrine tenta reconciliar esses dois pontos de vista opostos declarando que quando se "ouve um adventista dizer ou ler na literatura adventista - mesmo nos escritos de Ellen G. White - que
CRISTO está fazendo expiação agora, deve ser entendido que queremos signifcar ou dizer simplesmente que CRISTO está agora fazendo aplicação," etc. pág. 354, 355. Está claro que se a expiação na cruz foi fnal, não pode haver uma expiação mais tarde também fnal. Quando nós, portanto, por 100 anos temos pregado que o dia da expiação começou em 1844, estávamos errados. A expiação fndou 1800 anos atrás. As centenas de livros que temos publicado; as milhões de cópias do livro Bible Readings [Estudos Bíblicos] que temos vendido; os milhões de folhetos que temos distribuído, dizendo que é "a semana na corte no céu", são tudo falsa doutrina; as instruções bíblicas que temos dado às crianças e o ministério jovem e que eles têm sorvido como verdade bíblica, é uma fábula. Urias Smith, Loughborough, Andrews, Andross, Watson, Daniells, Branson, Johnson, Lacey, Spicer, Haskell, Gilbert, e uma hoste de outros fcam condenados por ter ensinado falsa doutrina; e a denominação inteira, cuja principal contribuição para o cristianismo é a doutrina do santuário e o ministério de CRISTO, deve agora confessar que todos estávamos errados, e que não temos nenhuma mensagem para o mundo para os últimos dias. Em outras palavras, somos um povo enganado e enganador. O fato que possamos ter sido honestos não altera o fato que temos dado uma falsa mensagem. Tirem de nós a questão do santuário, o juízo investigativo, a mensagem dos 2300 dias, a obra de CRISTO no lugar santíssimo, e não temos o direito de existir como um povo denominado, como mensageiros de DEUS a um mundo condenado. Se o Espírito de Profecia nos extraviou estes muitos anos, então vamos jogá-lo fora. Mas não! Alto! DEUS não nos tem extraviado. Não temos falado fábulas ardilosamente inventadas. Temos uma mensagem que ará o teste e confundirá as teorias destruidoras que estão encontrando seu caminho entre nós. Neste caso não é o povo que está se extraviando, exceto se seguirem os líderes. É tempo que haja uma viravolta. Já fazem agora mais de quatro anos que a apostasia começou a ser plenamente evidente. Desde aquele tempo tem havido uma tentativa deliberada de enfraquecer a fé no Espírito de Profecia, pois está claro que enquanto o povo reverenciar o dom dado a nós, eles não podem se extraviar. Disto falaremos resumidamente. O tempo para agir chegou. O tempo para abrir os cantos escuros chegou. Não mais deve haver acordos secretos, nenhum contato com outras denominações que odeiam a lei e o sábado, que ridicularizam nossa mais elevada fé. Não mais devemos ter intimidade com os inimigos da verdade, não mais promessas que não faremos proselitismo. Não devemos tolerar lideranças que permitem adulterar os escritos confados a nós, e estigmatizar como pertencente à orla lunática os que ousam
discordar deles. Não mais devemos fcar calados. Alarga tua tenda, ó Israel! Sejam de boa coragem, irmãos. O SENHOR ainda une. Temos uma obra a fazer. Trabalhem todos juntos. E não nos esqueçamos que nossa maior força jaz na íntima união com DEUS, em oração. Dediquemo-nos novamente todos a ELE.
M.L. Andreasen
Para saber mais: Caso queira ler as outras cartas escritas pelo Pr.Andreasen, entre no link da web a seguir ou acompanhe em anexo no fnal desta documentação: www.adventistas.biz/cartas_andreasen/index.html
Parte 6 Mudanças no Adventismo _____________________________ Reproduzimos aqui o artigo de George R. Knight publicado na revista “Ministry” em outubro de 1993 (só primeira página):
E depois traduzido na revista “Ministério” de janeiro/fevereiro de 1994 (artigo completo). Leia nas respectivas páginas para a seguir:
Comentários e Questionamentos: 1- George Knight começa este artigo com a constrangedora declaração de que muitos dos fundadores do adventismo (os pioneiros) não se uniriam a Igreja Adventista atual caso tivesse concordar com algumas das atuais crenças fundamentais da denominação. Este pensamento está parcialmente correto. Inicialmente, ao eles terem contato com as novas Crenças Fundamentais dos Adventistas, em particular a “Trindade”, eles iriam se opor. Mas como eram homens de uma profunda integridade, com um forte compromisso com a verdade, e amor a Deus acima de todas as coisas, eles iriam estudar profundamente todas as novas evidências bíblicas que o desenvolvimento da teologia adventista trouxe, antes de tomarem qualquer decisão. O que será que os Adventistas trinitarianos de hoje teriam de novo para mostrar-lhes que definitivamente os convencesse de que eles estavam errados? Será que eles dariam o livro “A Trindade” para eles lerem? Qual é esta nova argumentação bíblica que poderia convencê-los a se tornarem membros da Igreja Adventista atual? Talvez se os líderes da Igreja Adventista atual revelassem qual é o estudo bíblico que convenceria aqueles homens, que pensavam por si mesmos, que conheciam muito bem a palavra de Deus, e que eram profundamente espirituais, a se tornarem trinitarianos, talvez então consigam convencer todos aqueles que resistem a esta crença. Eles, ou melhor, nós estamos esperando! 2- Na página 16, encontramos George Knight argumentando que “ foram os escritos de Ellen White que guiaram o caminho das mudanças teológicas” . Esta afirmação deveria nos causar uma certa estranheza, pois coloca os escritos de Ellen White como o fator determinante das mudanças teológicas na Igreja Adventista do Sétimo Dia, e não a Bíblia. Tal processo é justamente o inverso de como os escritos de Ellen White foram considerados no início do movimento adventista pelos pioneiros, bem como por ela mesma. Verdades como o sábado e a mortalidade da alma, foram primeiramente descobertas na Bíblia como fruto de perseverante investigação das Escrituras, sempre acompanhadas com sinceras orações. As visões de Ellen White vinham na seqüência confirmando o caminho apontado pelo estudo da Bíblia. George Knight vai mais além e afirma que após 1844 a Igreja Adventista teve suas doutrinas formuladas a partir das interpretações que Thiago White e José Bates fizeram da Bíblia, mas que durante os anos de 1890 houve uma reformulação teológica liderada por Ellen White a partir de seus escritos. Será que foi realmente isto que aconteceu? As conclusões teológicas dos últimos 50 anos provenientes do estudo da Bíblia feito por vários homens seriam agora revistas e alteradas com base nos escritos de uma única pessoa? Não estamos colocando em dúvida os escritos daquela que cremos ter sido a Mensageira do Senhor, mas estamos questionando este estranho método de reformulação teológica sugerido por George Knight, contrário a ação que Deus havia estabelecido até o momento. Mas é com base neste argumento que o Dr.Knight coloca Ellen White à frente das mudanças teológicas na Igreja Adventista, apresentando suas supostas declarações trinitarianas como a base destas mudanças. Dentre estas declarações que ele afirma terem mudado os rumos da doutrina adventista, a “mais célebre”, na sua opinião, é esta sobre a natureza divina de Cristo, publicada em 1898:
“Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada” O Desejado de Todas as Nações, pág.395 (1898); Evangelismo, pág.616 (1946) Dois meses após a publicação deste artigo de George Knight, a Revista Adventista Americana (Adventist Review) publicou em 05 de janeiro de 1994 o artigo abaixo:
Tradução: História Adventista: Andando na luz Alguns adventistas hoje pensam que as doutrinas permaneceram sem mudança ao longo dos anos, ou eles desejam fazer o relógio andar para trás, em algum ponto em que as coisas estavam para nós todas certinhas. Mas toda a tentativa de recuperar um tal "adventismo histórico" falham em vista dos fatos da nossa história. As doutrinas Adventistas mudam com o ar dos anos no impacto da "verdade presente". Os mais fascinantes são os ensinamentos relativos a Jesus Cristo, nosso Salvador e Senhor. Muitos dos pioneiros, inclusive James White, J.N. Andrews, Urias Smith e Waggoner tinham um entendimento Ariano ou semi-Ariano. - isto é, que o Filho a certo ponto do tempo antes de criação do nosso mundo foi gerado pelo Pai. Aos poucos essas falsas doutrinas foram dando lugar às verdades bíblicas e em grande parte ao impacto das declarações de Ellen White, tal como:
“Em Cristo existe vida, original, não emprestada, não derivada.” (Desejado de Todas as Nações, pg. 530) Da mesma forma o entendimento Trinitariano de Deus, agora parte das nossas crenças fundamentais, não era aceita pelos primeiros Adventistas. Adventist Review, January 5 .… (1994)
A citação de Ellen White que aparece de forma destacada no artigo de George Knight como a “mais célebre”, e na Adventist Review como uma declaração de impacto, já foi alvo de estudo pelo Dr.Fred Veltman (Chairman of the Religion Departament of Pacific Union College) que presidiu a comissão que investigou as cópias (acusações de plágio) no livro “ O Desejado de Todas as Nações”, e que acabou revelando que esta citação de Ellen White já havia sido dita 42 anos antes pelo pastor inglês Rev. John Cummings em seu livro “Sabbath Evening Readings on The New Testament” de 1856.
Compare a citação do livro de um pastor inglês de 1856 com a citação de Ellen White no livro “The Desire of Ages” de 1898:
"Sabbath Evening Readings on the New Testament" – 1856
The Desire os Ages – 1898 Autor: Ellen G. White
Autor: Rev. John Cummings Pg. 5 "But in Jesus was life underived, unborroed; …" Tradução: Mas em Jesus, ouve vida não derivada, não emprestada;
Pg. 530 "In Christ is life, original, unborrowed, underived." Tradução: Em Cristo é vida, original, não emprestada, não derivada.
Exceto por uma palavra, e o tempo do verbo, é igual ao que foi escrito 42 anos antes. 3- No restante de todo artigo ele argumenta que uma das características do Adventismo é a sua abertura para as mudanças doutrinárias íveis de desenvolvimento à medida que avança o constante estudo e compreensão da Bíblia. Motivo pelo qual os Adventistas sempre deixam bem claro em suas declarações de Crenças Fundamentais, que não possuem um credo, mas que a Bíblia é o seu único credo. 4- Na página 21, George Knight afirma que Ellen White, embora concordasse com esta postura fexível em relação ao desenvolvimento da pesquisa da verdade, se mantinha “infexível” quando a permitir que estas novas verdades mudassem os “pilares doutrinários” do Adventismo. Conseqüentemente podemos deduzir que a Igreja Adventista atual não considera a crença em um único Deus e em Jesus como o Filho literal de Deus, como um dos pilares doutrinários distintivos do Adventismo. Este entendimento é tido como um erro doutrinário de nossos pioneiros, que foi corrigido gradativamente. De forma que a concepção de um Deus triúno ou a ser um pilar doutrinário irremovível da atual Igreja Adventista. Tente mexer neste “pilar” e sentirá toda a infexibilidade do atual adventismo denominacional! 5- Ainda na página 21, é mencionado os cinco os para a apostasia segundo o pioneiro adventista Loughborough: 1º) Estabeleça um credo; 2º) Faça deste credo um teste de discipulado; 3º) Prove os membros por este credo; 4º)Denuncie como heréticos aqueles que não crêem no credo; 5º) Persiga os hereges. A história da Igreja Católica Apostólica Romana prova que esta lógica está correta. Por que será que os líderes atuais da Igreja Adventista desprezam esta lógica? No Brasil a afirmação de que os Adventistas não possuem um credo é só retórica, pois na prática todo aquele que não crê na Trindade é imediatamente removido do rol de membros da igreja (nos Estados Unidos existe tolerância para membros e pastores divergentes). 6- Se a Igreja Adventista reunida em Assembléia na Conferência Geral é dirigida pelo Espírito Santo, e não por alguns poucos homens que a manipulam de acordo com o seu entendimento e interesses pessoais; então por que os líderes mundiais da Igreja Adventista não item a possibilidade de rediscutir
o assunto “Trindade” de forma ampla e aberta, tendo em vista os recentes questionamentos, inclusive quanto à legitimidade de sua aprovação na Assembléia de Dallas na forma de um conjunto de 27 doutrinas e não, como deveria ser, de forma isolada e destacada? 7- Poderíamos chamar de desenvolvimento teológico, de nova luz, ou de verdade presente algo que foi descoberto (para não dizer inventado) pela igreja Católica por volta do ano 300 a.D., e que depois foi rejeitado como uma heresia pelos principais pioneiros do Adventismo? Deus primeiro revelou esta “verdade” para a “prostituta” que embriaga a terra com o seu vinho de heresias blasfemas, para depois revelar para o seu povo remanescente, aqueles que guardam o mandamento de Deus e tem a fé em Jesus?
Parte 7 Voto Batismal ________________ A mudança gradual que se processou dentro da Igreja Adventista com respeito à introdução da crença na doutrina da Trindade, pode ser detectada nas mudanças no Voto Batismal. (O texto que segue é de autoria de Robson Ramos com algumas adaptações) 1) Meu Voto Batismal não dizia nada sobre a Trindade O Voto Batismal abaixo está no verso de um Certificado de Batismo do ano de 1966:
A seguir veja o verso de um outro Certificado de Batismo, expedido em 1973, no território da então Missão Sul-Mato-Grossense, e perceba que o Voto Batismal não sofreu alterações. Não há qualquer referência a Deus como Trindade. O título Deus é usado apenas para o Pai, enquanto Seu Filho Jesus Cristo é apresentado como Salvador, por seu sacrifício expiatório no Calvário, e como Intercessor no santuário celeste. Deus, o Pai, é quem nos perdoa os pecados pelos méritos de Cristo e nos dá um novo coração. E o Espírito Santo é o espírito do próprio Cristo, o qual Ele próprio nos envia como poder para fortalecer-nos para fazer Sua vontade.
Até agosto de 1980, como você vê na cópia de certificado abaixo, o texto do Voto Batismal não sofreu alteração e continuou tendo apenas o Pai, como Deus supremo, Jesus Cristo, Seu divino Filho e nosso Salvador e o Espírito Santo, como o Espírito de Cristo que em nós habita.
Agora veja no certificado abaixo a sutil modificação oriunda da oficialização da doutrina da Trindade por parte da Igreja Adventista na Assembléia de Dallas em 1980. Uma vírgula colocada antes da palavra "Pai", faz com que Este, Seu Filho e o Espírito Santo (agora oficialmente tido como uma terceira pessoa, distinta do Filho e do Pai) estejam englobados na expressão Deus. Está no item 1 do Voto Batismal abaixo, datado de 1996. Observe também a modificação que fizeram no item 4, substituindo a expressão "Seu Espírito" por "Espírito Santo":
E para que não surgissem dúvidas quanto à nova opção doutrinária, incluíram também no mesmo certificado mostrado acima, de 1996, uma cópia resumo das 27 doutrinas fundamentais, em que a doutrina da Trindade é imposta dogmaticamente como verdade sem qualquer alusão à Bíblia:
Todos os certificados mostrados acima foram emitidos em Mato Grosso do Sul.
Atualmente, a Associação Planalto Central (AplaC) explicitou a doutrina da Trindade na pergunta número 1 do Voto Batismal impresso por este campo. Este é o padrão assumido, não somente por todos os campos aqui no Brasil, mas por toda a Igreja Adventista ao redor do mundo.
2) Voto Batismal x Certifcado de Batismo Numa consulta à versão mais recente do Manual da Igreja (Revisado em 2000), descobrimos com surpresa que, embora algumas Associações imponham a crença na trindade aos candidatos como condição para que sejam aceitos na Igreja pelo batismo, o texto oficial do Voto Batismal, encontrado à página 32 do Manual não exige que se creia nesse falso conceito acerca de Deus. “Crê em Deus, o Pai, em Seu Filho Jesus Cristo e no Espírito Santo?” Ora, a essa pergunta podemos, com a segurança que a Bíblia oferece, responder afirmativamente. Pois, de fato, cremos num único Deus, que é o Pai, em Seu Filho Jesus Cristo (gerado pelo Pai e subordinado a Ele) e no Espírito Santo, poder divino que nos mantêm em sintonia com as duas únicas pessoas divinas mencionadas, embora desconheçamos sua natureza.
Confira a seguir uma reprodução de parte desse voto batismal oficial:
Certifcado de batismo Avançando em nossa leitura, com surpresa ainda maior, verificamos que o texto a ser assinado como compromisso pelo candidato e que deverá constar de seu certificado de batismo é diferente e exige a crença na Trindade ao batizando. Ou seja, o candidato ao batismo afirma uma crença correta, mas, desonestamente, o documento que lhe dão para e a cópia que recebe como certificado é diferente da Confissão de Fé feita. “Creio que existe um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de três Pessoas co-eternas.” Que deturpação do que foi dito! Veja:
Comparação A comparação lado a lado dos enunciados do voto batismal e dos mencionados no certificado de batismo, permite-nos visualizar ainda melhor essas diferenças. Observe que, embora acrescente o pensamento trinitariano de que “Deus é Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de três pessoas coeternas”, o certificado de batismo equipara “a promessa da presença do Espírito Santo no coração” do item quatro à “promessa de graça transformadora e poder para levar uma vida amorável”. Por outro lado, a distinção feita entre Deus e Cristo no item 3 do Voto Batismal desaparece no texto do certificado.
Voto Batismal Ofcial (Manual da Igreja, pág. 32.)
1. Crê em Deus, o Pai, em Seu Filho Jesus Cristo e no Espírito Santo?
2. Aceita a morte de Jesus Cristo, no Calvário, como o sacrifício expiatório pelos pecados dos homens, e crê que pela fé em Seu sangue derramado, os homens são salvos do pecado e de sua penalidade? 3. Havendo renunciado ao mundo e a seus caminhos de pecado, aceitou a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, e crê que Deus, pelos méritos de Cristo, lhe perdoou os pecados e lhe concedeu um novo coração? 4. Aceita pela fé a justiça de Cristo, reconhecendo-O como seu intercessor no santuário celestial, e reclama Sua promessa de fortalecê-lo pela presença do Espírito Santo em seu coração, de maneira a receber o poder para fazer Sua vontade?
Certifcado de Batismo e Compromisso (Manual da Igreja, pág. 33) 1. Creio que existe um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de três Pessoas coeternas. 2. Aceito a morte de Jesus Cristo, no Calvário, como o sacrifício expiatório pelos meus pecados e creio que pelagraça de Deus, mediante a fé em Seu sangue derramado, sou salvo do pecado e de sua penalidade.
3. Aceito a Jesus Cristo como meu Senhor e Salvador pessoal, crendo que Deus, em Cristo, perdoou os meus pecados e me concedeu um novo coração, e renuncio aos pecaminosos caminhos do mundo.
4. Aceito pela fé a justiça de Cristo, meu intercessor no santuário celestial, e aceito Sua promessa de graçatransformadora e poder para levar uma vida amorável e centralizada em Cristo, no meu lar e perante o mundo.
Mais Questionamentos Diante de tantas arbitrariedades, será que aquilo que é dito pelo Manual da Igreja ainda é levado a sério pela Organização? Até quando continuarão ocorrendo as exclusões por descrença na trindade, uma vez que o Voto Batismal oficial não a exige? É lícito que o Certificado de Batismo documente declarações de fé que não foram feitas pelos batizandos?
3) Batismo Católico? (O texto abaixo é de autoria de M.A. e foi publicado no site adventistas.com) Procurei informações sobre isto na paróquia local e me foi informado que se alguém foi batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, é católico, mesmo se não souber que é. É católico de fato e não há rebatismo caso deseje professar a fé católica, devendo fazer diretamente a crisma (ensinamento dos dogmas religiosos da fé católica) e ar a reverenciar a "Mãe de Deus". Se foi batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, não será rebatizado em hipótese alguma, pois já é católico.
Segundo eles, ao ser batizado em nome do Pai, Filho e Espírito Santo, automaticamente a a ser católica, não importa quem a tenha batizado. O procedimento então é dar seqüência aos sacramentos, como crisma, primeira comunhão, comer do sangue da carne do cristo, rezar o terço, etc... Não haverá rebatismo nem mesmo se a pessoa pedir por ele, pois para a igreja católica há um só batismo válido, uma só vez é realizado o ato, e sempre em nome da “Santíssima Trindade”. Se não foi feito em nome da Trindade não é batismo e o batismo católico deve ser aplicado. Sendo em nome da trindade, todos que assim foram batizados são católicos, mesmo que desconheçam esse fato. Eles até usam o termo “irmãos afastados” ao se referirem aos que são batizados em nome da Trindade. Todos os evangélicos que são batizados em nome da Trindade, são católicos sem saber que o são. Foi isto o que me informaram. Procurei na internet algo escrito que pudesse confirmar isso e, no site Agnus Dei, encontrei o texto que remeto abaixo. Leia-o e verifique por si mesmo. Meus comentários estão entre [colchetes]. Agnus Dei: (http://www.veritatis.com.br/agnusdei/stabat9.htm) O BATISMO Por: São Tomás de Aquino Fonte: "Summa Theologica" (parte III/Perg. 66/Art. 9) Tradução: Dercio A . Paganini Pode o Batismo ser reiterado [isto é, repetido]?
Objeção 1: Parece que o Batismo pode ser reiterado. O Batismo foi instituído para lavar os pecados, mas os pecados são reiterados, assim sendo, muito mais precisa o Batismo ser reiterado, pois a benevolência de Cristo supera a ganância humana. Réplica à Objeção 1: O Batismo obtém sua eficácia da Paixão de Cristo como ficou estabelecido antes (arts. 2 e 1). Todavia, os pecados subseqüentes não invalidam a Paixão de Cristo, então também não cancelam o Batismo para que seja feita sua repetição. Por outro lado, o pecado que impedisse o efeito do Batismo poderia ser eliminado pela Penitência. [Não há necessidade de rebatismo, pois a penitência elimina o pecado que impede o efeito do batismo.]
Objeção 2: Efetivamente João Batista recebeu uma recomendação especial de Cristo, O Qual disse a ele em Mt 11,11: “Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu outro maior que João, o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele”. Mas aqueles que foram batizados por João, foram batizados novamente, conforme Atos, 19,1-7: “E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo tendo atravessado as regiões mais altas, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos, perguntoulhes: ‘Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?’ Responderam-lhe eles: ‘Não, nem sequer ouvimos que haja Espírito Santo’. Tornou-lhes ele: ‘Em que fostes batizados então?’ E eles disseram: ‘No batismo de João’. Mas Paulo respondeu: ‘João istrou o batismo do arrependimento, dizendo ao povo
que cresse naquele que após ele havia de vir, isto é, em Jesus’. Quando ouviram isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus. Havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e falavam em línguas e profetizavam. E eram ao todo uns doze homens." Muitos mais, como esses foram rebatizados pois haviam sido batizados por hereges ou pecadores. Replica à Objeção 2: Como diz Agostinho baseado em João 1,33: “’Eu não o conhecia; mas o que me enviou a batizar em água, esse me disse: Aquele sobre quem vires descer o Espírito, e sobre ele permanecer, esse é o que batiza no Espírito Santo’ - Estejam certos de que, quando João istrava o seu Batismo, esse Batismo era válido, mas se um criminoso istrasse o Batismo de João, esse Batismo não seria válido, porque João dava seu próprio Batismo; Depois da morte de Cristo, e por isso mesmo, o sacramento é tão sacro que nem mesmo a istração por um assassino pode contaminá-lo.” [Se um assassino batizar alguém, mesmo sendo assassino, o batismo tem valor!?]
Objeção 3: No Concílio de Nicéia (Cânon XIX) foi dito que se “Qualquer dos Paulianistas ou Catafígios for convertido à Igreja Católica, eles precisarão ser batizados”, e a mesma coisa se pode dizer em relação a outros hereges. Assim sendo, aqueles a quem os hereges batizaram, precisarão ser batizados novamente. Réplica à Objeção 3: Os Paulianistas e os Catafrígios não usam batizar em nome da Trindade. [só em nome de Jesus] Todavia, Gregório escreveu ao Bispo Quírico dizendo: “Aqueles hereges que não são batizados em nome da Trindade, como os Bonosianos e Catafrígios" (que são do mesmo pensamento dos Paulianistas), "então o autor não acredita que Cristo é Deus” (afirmando que Ele é um mero homem) “além de que os últimos (Catafrígios), são tão perversos que, como diz Montano, confundem um mero homem com o Espírito Santo; portanto, todos eles deverão ser batizados caso venham para a Santa Igreja, pois o batismo que receberam naquele estado de erros não foi um Batismo verdadeiro, pois não foi conferido em nome da Trindade.” [Se o batismo não foi feito em nome da trindade não tem valor para a Igreja católica, então os batismos relatados em Atos não têm valor para ela!?] Por outro lado, como ficou determinado em De Eclesiam, Dogma XXII: “Aqueles hereges que foram batizados confessadamente em nome da Trindade, poderão ser recebidos na Fé Católica como realmente batizados.” [Se alguém tiver sido batizado em nome da Trindade deve ser aceito na fé católica sem necessidade de batismo.]
Objeção 4: O Batismo é necessário para a salvação, mas algumas vezes existe dúvida a respeito do batismo de algumas pessoas; então, parece necessário batizá-las novamente. Replica à Objeção 4: De acordo com o Decreto de Alexandre III: “Aqueles cujo Batismo seja duvidoso, deverão ser batizados com estas palavras prefixadas à fórmula: ‘Se você é batizado, eu não o rebatizo, porém, caso você não seja batizado, então eu te batizo em nome do Pai etc.’ e assim jamais ficará repetido o Batismo.” [Não se repete o batismo em nome do Pai etc! É aceito o batismo de qualquer igreja que batiza em nome da Trindade por parte da igreja católica. Não há necessidade de ser batizado novamente.]
Objeção 5: A Eucaristia é um sacramento mais perfeito que o Batismo, como estabelecido acima (perg. 65, art. 3), e mesmo assim, a Eucaristia é muitas vezes repetida; então, com muito maior razão o Batismo pode ser reiterado. Replica à Objeção 5: Ambos os sacramentos, tanto Batismo como Eucaristia são uma representação da Paixão e Morte de nosso Senhor, mas não da mesma forma. Enquanto o Batismo é uma comemoração da morte de Cristo na qual um homem morre com Cristo, e pode nascer novamente em uma vida nova, a Eucaristia é uma comemoração da morte de Cristo, a qual sofrida por Ele Mesmo é oferecida a nós como o banquete Pascal, de acordo com 1Cor 5,78: “Expurgai o fermento velho, para que sejais massa nova, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado. Pelo que celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade.” E enquanto o homem nasce novamente quando ele come muitas vezes, assim o batismo lhe é dado uma vez, mas a Eucaristia lhe é dada freqüentemente. Pelo contrário, está escrito (Ef 4:5): “uma fé, um Batismo”. Eu respondo que o Batismo não pode ser reiterado [repetido]: Primeiro: porque o Batismo é uma regeneração espiritual, pela qual a pessoa morre para uma antiga vida e começa a viver uma nova. Também está escrito em João 3,5: “Se a pessoa não renascer pela água e pelo Espírito Santo, ela não poderá entrar no reino do Deus”; e, uma pessoa pode renascer apenas uma vez. [Não se pode rebatizar, e a Igreja católica só reconhece como batismo o que é feito em nome da Trindade!] Assim sendo, o Batismo não pode ser reiterado, da mesma forma que a geração carnal. Todavia, Agostinho, baseado em João 3,4: “como pode uma pessoa entrar no ventre de sua mãe e nascer novamente”, diz: “precisa ser entendido o nascimento do Espírito, como Nicodemos entendeu o nascimento da carne... então, como na carne não haverá o retorno ao ventre da mãe, da mesma forma, não pode haver um segundo Batismo.” Segundo: porque “nós somos batizados na morte de Cristo”, pela qual, morremos para o pecado e vivemos novamente em “novidade de vida” (Rm 6,3-4: “Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.”). Então, “Cristo morreu”, mas “apenas uma vez” (Rm 6,10: “Pois quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas quanto a viver, vive para Deus.”). Assim sendo, o Batismo não pode ser reiterado. Por esta razão, (Hb 6,4-6: “Porque é impossível que os que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; visto que, quanto a eles, estão crucificando de novo o Filho de Deus, e o expondo ao vitupério.”) é dito que os que desejam batizar-se novamente estarão “crucificando novamente o Filho de Deus” [Para os católicos, quem rebatiza em nome da Trindade está crucificando novamente a Jesus.], e portanto, “uma morte de Cristo significa um só Batismo”.
Terceiro: porque o Batismo imprime um caráter indelével, e é conferido com uma certa consagração. Portanto, como outras consagrações, não são reiteradas na Igreja, assim também não o é o batismo. Esta é a visão expressa por Agostinho que diz (Contra Epist. Parmen. II) que “o posto militar não é renovado”, e que “o sacramento de Cristo não é menos duradouro que esta condecoração corporal, então podemos ver que nem mesmo os apóstatas serão desprovidos do Batismo, e portanto, se eles se arrependerem e voltarem à Igreja, não serão batizados novamente”. (Grifo acrescentado) Quarto: porque o Batismo é conferido principalmente como um remédio contra o pecado original, e portanto, como o pecado original não pode ser renovado, então o Batismo também não pode, e também está escrito em Rm 5,18: “Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida”. [Quando a igreja católica fala em batismo válido, até mesmo se feito por hereges ou assassinos, fala de sua fórmula de batismo em nome de sua Santíssima Trindade.]
Parte 8 Hinos ______________
1) Mudanças no Hino nº 12 (Texto de autoria de Jonas-DF disponibilizado no site adventistas.com) Quando li o texto de um irmão de como poderiam ser (e foram!) alterados textos da Bíblia e dos livros de Ellen Gould White, ei a prestar atenção também no Hinário Adventista, especialmente nas letras que falam do Espírito Santo e descobri as seguintes afirmações na introdução explicativa de nosso fabuloso e inovador hinário. “Alterações de Letras: Embora reconheça que deveria haver o mínimo de alteração nas palavras e nas frases, usando os seguintes critérios: clareza e simplicidade da mensagem, fidelidade à letra original do autor, traduções e letras tradicionais já consagradas dentro da hinódia evangélica, precisão teológica e doutrinária, prosódia musical, bem como beleza poética e literária." Hinário Adventista, pág. 06 Na seção em que falam um pouco da história de nossos hinários, contam-nos que, entre 1914 a 1933, foi publicado um hinário contendo somente letras. Poderíamos chamá-lo de nosso primeiro “Cantai ao Senhor”, composto de 321 hinos.
Já em 1963 foi lançado um novo “Cantai ao Senhor”, que durou mais 30 anos até 1980, quando uma comissão composta de representantes de quatro Uniões brasileiras, da B e DSA, aram a re-estudar o hinário. O resultado do trabalho foi aprovado em assembléia em 1993 e, daí em diante, aram a confecção do novo hinário que hoje conhecemos. Agora que conhecemos um pouco da história, vejamos a alteração mais grotesca que percebi, tentando adequar os hinos que hoje cantamos à “nova doutrina” da trindade: Hino de número 12 do Hinário “Cantai ao Senhor” (antigo)
Vinde, Povo do Senhor Título em inglês: Come, Ye Thankful People Autor: Henry Alford, 1844 Compositor: George J. Elvery, 1859 Letra: Vinde, povo do Senhor, adorai-O, com louvor O Seu nome exaltai, a Jesus, e a Deus, o Pai; Dele advêm as bênçãos mil do perdão e amor gentil; Vinde, povo do Senhor, adorai o Criador.
Hino de número 12 do “Hinário Adventista do Sétimo Dia” (novo)
Vinde, Povo do Senhor Título em inglês: Come, Ye Thankful People Autor: Henry Alford, 1810-1871 Compositor: George J. Elvery, 1816-1893 Letra: Vinde, povo do Senhor, adorai-O, com louvor. Ao Deus trino exaltai: A Jesus a Deus, o Pai, E ao Espírito de luz Que em bondade nos conduz. Vinde, povo do Senhor, adorai o Deus de amor. Quem foi que autorizou colocar em nome do autor essa alteração do Hinário Adventista do Sétimo Dia?
Ele não morreu em 1871? Se a primeira versão para o português foi fiel ao original, o autor acreditava em Deus, o Pai e em Seu Filho Jesus Cristo (I Coríntios 8:6). Não numa trindade. Muitos de nossos pioneiros aqui no Brasil cantaram muitas vezes este hino e desconheço relatos históricos de que tenham solicitado alterações na letra por crerem diferente. Para quem afirmou no hinário que estava prezando pela fidelidade à letra original do autor, teria sido mais honesto da IASD ter excluído os autores e ter feito a sua composição do que usar ainda o nome do autor original e publicar uma tradução adulterada. (A Nota que se segue é de autoria de Robson Ramos) A letra original A letra original desse hino fala de Deus como Criador e Senhor da Seara, sem qualquer referência ou insinuação acerca de uma trindade: Come, Ye Thankful People
Come, ye thankful people, come, raise the song of harvest home; all is safely gathered in, ere the winter storms begin. God our Maker doth provide for our wants to be supplied; come to God's own temple, come, raise the song of harvest home. All the world is God's own field, fruit as praise to God we yield; wheat and tares together sown are to joy or sorrow grown; first the blade and then the ear, then the full corn shall appear; Lord of harvest, grant that we wholesome grain and pure may be. For the Lord our God shall come, and shall take the harvest home; from the field shall in that day all ofenses purge away, giving angels charge at last in the fire the tares to cast; but the fruitful ears to store in the garner evermore. Even so, Lord, quickly come, bring thy final harvest home; gather thou thy people in, free from sorrow, free from sin, there, forever purified, in thy presence to abide; come, with all thine angels, come, raise the glorious harvest home.
Proposta de Nova Letra para o Hino 12 (Sugerida por EDV/RR) Ao traduzir a letra de um hino, é quase impossível fazê-lo palavra por palavra. É necessário muitas vezes, ao traduzir palavras de uma língua para outra, considerar-se também o assunto geral da poesia e adaptá-la à métrica da música. Neste caso, em razão do uso de palavras já em desuso no próprio inglês, pois muitos desses hinos foram escritos há mais de cem anos, é necessária uma adaptação de palavras que rimem entre si, mas o principal ponto a ser observado é a fidelidade ao amplo sentido original. A letra abaixo é uma tentativa neste sentido. Fala de um tempo, que se chama hoje, em que pela fé já podemos vislumbrar a conclusão dos trabalhos na seara de Deus, cujo Filho logo virá para separar o joio do trigo e retribuir a cada um conforme seus frutos. A partir da terceira estrofe, incluímos dois outros tópicos importantes, tendo em vista o atual debate teológico-doutrinário no Brasil. Primeiro, a identificação da igreja triunfante com o povo vencedor e não meramente uma instituição ou denominação religiosa. Segundo, a figura do Noivo ou Cordeiro, que, na linguagem do Apocalipse, refere-se ao Filho de Deus. O objetivo é contrapor à heresia trinitariana da letra adotada pelo Hinário Adventista do Sétimo Dia, o ensino bíblico de que apenas Aquele que está assentado no trono (o Pai) e o Cordeiro (o Filho) são dignos de adoração . A Colheita Finda Está
A colheita finda está, dando graças, vinde já. Recolhido o fruto foi, ao inverno começar. Nosso Deus e Criador, sempre tudo suprirá. Vinde, pois, ao templo Seu, a colheita festejar. Logo o Senhor virá e a Seu povo levará. Ele o mal extinguirá e o pecado apagará. Aos Seus anjos mandará, todo o joio eliminar. Para sempre junto a Si, Ele ao trigo manterá. Triunfante a igreja irá, com Seu noivo, para o lar. Livre do pecado e dor, bem segura estará. Lá purificada então, junto a Deus irá morar. Esse povo vencedor, ao Cordeiro seguirá. Pelos séculos sem fim, esta história irão cantar. Os remidos do Senhor um coral irão formar. Com milhões de anjos, sim, junto ao trono vão louvar. Ao Eterno Criador e ao Cordeiro Salvador.
2) Mudanças no hino nº 73 (Atual 18 do HASD)
Apresentamos aqui a documentação em inglês que comprova a mudança na compreensão adventista do ensinamento bíblico acerca de Deus, através da letra do hino que conhecemos em português como “Santo, Santo, Santo”. Para nós, brasileiros, desde 1963, com a publicação de um segundo hinário chamado “Cantai ao Senhor”, havia já uma referência ao "Deus Jeová triúno", enquanto no Hinário Adventista em inglês adotou-se desde 1909 e na reedição em 1941 uma letra que não fazia referência à trindade. A história desse hino que, no Hinário Adventista em inglês, tem o número 73 é interessante. Originalmente, ele foi escrito em 1826 por Reginald Heber, um compositor que cria na existência da trindade. Por isso, em sua forma original, esse é um hino trinitariano, cuja letra diz, na primeira e quarta estrofes: “God in three persons, blessed Trinity!” (Tradução: “Deus em três pessoas, bendita Trindade!”). Porém, para que pudesse ser utilizado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, que ainda no começo deste século (1909, seis anos antes da morte de Ellen G. White), não cria na trindade, a letra do hino teve que ser modificada. Tanto que nessa edição de 1909 do hinário Christ in Song, quanto na edição de 1941 do Church Hymnal, a versão adventista dizia: “God over all who rules eternity” (Tradução: “Deus sobre tudo, que reina sobre a eternidade”). Assim, o hino 73 refetia a posição não-trinitariana da igreja naquela época.
Em 1985, por ocasião da edição do Adventist Hymnal, a letra do hino 73 retornou à sua forma original, refetindo agora o novo ponto-de-vista da Igreja Adventista do Sétimo Dia acerca da trindade. Observe o último verso da primeira e quarta estrofes:
Assim, fica demonstrado que entre 1941 e 1985 (ou entre 1941 e 1963, se considerarmos o segundo Cantai ao Senhor em português), a Igreja Adventista do Sétimo Dia deixou de ser não-trinitariana e tornou-se trinitariana!
(Fonte: Quotes From Adventist Pioneers Concerning The Doctrine of The Trinity: Did They Believe in the Trinity?, compilado por Lynnford Beachy, Agosto de 1996, págs. 40-41.)
Parte 9 Didática Trinitariana ________________________
Todo Adventista do Sétimo Dia conhece muito bem esta parte da Bíblia: “Guardai, pois, cuidadosamente, a vossa alma, pois aparência nenhuma vistes no dia em que o SENHOR, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo; para que não vos corrompais e vos façais alguma imagem esculpida na forma de ídolo, semelhança de homem ou de mulher, semelhança de algum animal que há na terra, semelhança de algum volátil que voa pelos céus, semelhança de algum animal que rasteja sobre a terra, semelhança de algum peixe que há nas águas debaixo da terra.” Deut. 4:15-18 O tempo em que ninguém se atrevia a representar Deus, o Pai através de uma ilustração ficou para trás, pois a Divisão Sul Americana da IASD recentemente preparou uma série de Estudos Bíblicos ilustradas em PowerPoint onde se pode ver o seguinte:
Esse é o primeiro slide da animação em PowerPoint preparada pela Associação Ministerial da DSA, sob a responsabilidade de Alejandro Bullón, para ilustrar o estudo número 27 da série Verdades Bíblicas para o Terceiro Milênio, intitulado “A Trindade”. O caderno-roteiro foi impresso pela Casa Publicadora Brasileira e vem acompanhado de um cd-rom com as animações. Perceba que para Warren Shipton, autor da série, Alejandro Bullón, ministerial da DSA, e outros pastores que analisaram esse material: 1. Não parece haver problema algum em representar graficamente a trindade e, inclusive o Pai, em semelhança humana e animal. 2. O “Deus Triúno” é representado como um ancião extra-terrestre (grisalho, mas de pele lisa), um ser humano e o espectro azul de uma pomba, mas dizem que se trata de três pessoas co-iguais, co-eternas e co-substanciais. 3. Portanto, para a atual doutrina adventista, o Pai, o Filho e o Espírito Santo não são três pessoas de fato. Mas se são iguais por que estão em planos diferentes? No slide nº 21, desse estudo, a mesma ilustração é repetida, em posição inversa e mais escura, sem a iluminação da Bíblia no canto.
A frase acrescentada ao slide apresenta a definição da divindade para a atual Igreja Adventista do Sétimo Dia: “A divindade é um Deus, formado por três pessoas -- o Pai, o Filho e o Espírito Santo.” Para quem assiste à animação, acompanhada da narração do pastor, e desconhece a Bíblia, que não costuma ser consultada durante os programas, uma vez que os textos já estão incluídos nos slides, a frase acima soa como se fosse também palavra de Deus.
Um detalhe curioso é que o tema da trindade está posicionado nessa nova série como se fosse doutrina característica da IASD. É uma das últimas palestras. Vem depois da Profecia dos 2.300 dias, o Juízo Investigativo, Viver Saudável, Dízimo, Dom de Profecia, Três Mensagens Angélicas, A Igreja Verdadeira e Como Partilhar a Fé. Depois dela, restam apenas três assuntos: Os Quatro Animais e o Chifre Pequeno de Daniel 7, Como Orar e Valores Eternos. Porém o mais surpreendente é verificar que essa representação da trindade adorada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia obedece às instruções do Papa. Acompanhem o breve histórico que se segue:
A gravura acima é uma representação gráfica da trindade desaprovada pela Igreja Católica, embora pretenda ilustrar exatamente a crença de que o Deus triúno é composto por três pessoas, mas não equivale a três deuses, pois esses três seres formariam um único Deus. O quadro, que data do século 19 e foi pintado na Alemanha, apresenta na verdade um deus siamês, com três cabeças em um único corpo! Quadros e imagens desse tipo estão proibidos pela Igreja Católica desde 1628, quando o Papa Urbano VIII condenou a representação da "santíssima trindade" sob a forma de um tronco humano com três cabeças. Antes disso, uma outra tentativa de representação artística produzida no século XV, pelo Monge André Rublev, da Igreja Ortodoxa Russa do Mosteiro de São Sérgio da Santíssima Trindade, mostrava o Pai, o Filho e o Espírito Santo, como três pessoas absolutamente iguais.
Dizia-se fundamentar no episódio bíblico da visita dos três anjos à casa de Abraão (Gênesis 18:1-4). O autor acreditava que, assim, a suposta unidade e igualdade entre os membros da Trindade poderia ser melhor visualizada, a ponto de confundirmos as personagens e, à primeira vista, não sabermos distinguir a pessoa do Pai, do Filho e do Espírito. Mas em 1745, o Papa Bento XIV rejeitou também essa cena de três pessoas sentadas uma ao lado da outra, para representar a Santíssima Trindade. Isso porque, segundo ele, o Espírito Santo nunca apareceu sob forma humana. Ainda em 1745, o Papa Bento XIV afirmou, através da Sollicitudini nostrae, que as imagens da Santíssima Trindade eram temerárias e contrárias ao costume da Igreja. “Imagens da Santíssima Trindade que são comumente aprovadas e que podem ser permitidas com segurança, são aquelas que representam a pessoa de Deus, o Pai, como um venerável patriarca, fgura tomada do ‘ancião de dias’ que se assentou em Daniel 7:9; e próximo dele Seu Filho unigênito, Jesus Cristo, Deus e Homem; e entre ambos, o Espírito Santo, o Paracleto, em forma de uma pomba.” (Bullarium Rom., p. 318) – Citado em: "Modernistic Art and Divine Worship" http://www.petersnet.net/browse/3141.htm Será que quem desenhou e quem aprovou tal ilustração na Igreja Adventista sabia disto?
Parte 10 Um ingrediente do Vinho de Babilônia ___________________________________________
1) Livro de Alberto Timm Comprova que Andrews Ensinava que a Trindade faz Parte do “Vinho de Babilônia”
As novas gerações de adventistas, talvez, desconheçam a importância histórica do Pastor John Nevins Andrews, identificado na maioria das vezes pelas iniciais J. N. Andrews, ou em português por João Nevins Andrews. J. N. Andrews (1829-1883) nasceu quinze anos antes do grande desapontamento de 1844, na pequena cidade de Poland, estado do Maine, EUA. E esteve intimamente ligado com Tiago e Ellen White na liderança e trabalho evangelístico da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Como intelectual e teólogo autodidata, teve grande participação no desenvolvimento de nossas doutrinas. Foi ele que identificou a besta de dois chifres de Apocalipse 13 com os Estados Unidos da América. Em 1855, depois de uma investigação minuciosa, Andrews adotou o pôr-do-sol de sexta-feira como o início do sábado (Ver Lev. 23:32). Andrews também ajudou a organizar a igreja como pessoa jurídica, a fim de que pudessem adquirir e manter propriedades em nome dela. Nesse período, exerceu forte infuência na elaboração dos primeiros estatutos e regimento da IASD. Durante a Guerra Civil, Andrews fez pressão junto às autoridades para que os soldados adventistas fossem dispensados de lutar. Em 1860, envolveu-se também na organização da primeira editora adventista. No ano seguinte, publicou um extenso trabalho de pesquisa, intitulado History of the Sabbath &
the First Day of the Week. Essa obra procurou documentar a guarda do sábado do sétimo dia ao longo da história. Andrews foi Presidente da Conferência Geral de 1867 a 1869. Entre 1869-1870, trabalhou como editor da Review and Herald. Ele é considerado um dos principais pioneiros do movimento missionário mundial. Em 1874, tornou-se o primeiro missionário adventista na Suíça, onde procurou organizar os grupos de guardadores do sábado e unificá-los doutrinariamente. Enquanto vivia em Basel, contraiu tuberculose e morreu aos 54 anos. O livro História do Adventismo conta que a mente de Andrews permaneceu clara e seu ânimo vivo no Senhor. Embora jazesse no leito como um esqueleto vivo, permaneceu dando instruções a seus auxiliares quase até o fim. Relembrar J. N. Andrews, atribuindo seu nome à nossa principal Universidade, nos Estados Unidos, justifica-se, portanto, como uma homenagem mais do que merecida. Everett Dick, no livro Fundadores da Mensagem, publicado pela Casa Publicadora Brasileira, em 1995, inclui J. N. Andrews entre os sete principais personagens da história da Igreja Adventista do Sétimo Dia, descrevendo-o nessa biografia como Teólogo-Pioneiro, Defensor do Sábado e Primeiro Obreiro de Além-Mar. Note que J. N. Andrews é descrito não apenas como um dos fundadores da Igreja Adventista do Sétimo Dia, mas como um fundador da Mensagem Adventista do Sétimo Dia!
É o peso de sua contribuição no estabelecimento de nossos fundamentos doutrinários que nos leva destacar o que é dito sobre Andrews e a doutrina da trindade, pelo diretor do Centro de Pesquisas Ellen G. White, do Brasil, e do Centro Nacional da Memória Adventista, especialista na teologia e nas doutrinas adventistas, com título de Ph.D. obtido exatamente na Universidade Andrews, professor Alberto R. Timm, em seu livro O Santuário e as Três Mensagens Angélicas - Fatores Integrativos no Desenvolvimento das Doutrinas Adventistas, págs. 191-192:
Página 191
Página 192
2 - Uma escorregada da literatura adventista ofcial? O pastor Alexandro Búllon em seu livro “Terceiro Milênio” nas páginas 41 e 42, parece dar a entender que a doutrina da trindade foi uma das doutrinas pagãs que entraram na igreja cristã na época do Imperador Romano Constantino. Veja sua surpreendente declaração logo abaixo:
Se lermos com cuidado podemos verificar que ele está dando a informação de que no tempo de Constantino, muitas doutrinas estranhas pretendiam misturar-se as verdade bíblicas. Mas após a frase “Doutrinas Estranhas que Pretendiam Misturar-se às Verdades Bíblicas”, inicia-se uma outra frase: “Entre as doutrinas em confito, podemos mencionar: o pecado original, a Trindade, a natureza de Cristo,...”. Isto pode nos levar a pensar que, sobre estas doutrinas, o pastor Búllon está apenas dizendo que havia muita discussão na época, utilizando a expressão “entre as doutrinas em confito...”. A trindade estava em discussão, pois alguns acreditavam na trindade e outros não (a natureza de Cristo também estava em discussão). É claro que se algum livro do Bullón insinuasse clara e explicitamente que a doutrina da trindade não é bíblica, este não aria assim tão fácil pela Casa Publicadora Brasileira. Por outro lado, o Pr.Bullón, talvez, até quisesse dizer outra coisa, mas o sentido no texto parece ser o de que uma das doutrinas em confito com as verdades bíblicas naquele período foi a da doutrina da Trindade.
3) Os Reformistas também já creram como os Pioneiros Em seu livro Um Novo Mundo, cuja capa reproduzimos abaixo, o conhecido escritor reformista Alfons Balbach (Igreja Adventista da reforma), às págs. 96 e 97 (também reproduzidas), menciona a doutrina da Trindade, ou pelo menos parte dela, entre "as inúmeras inovações heréticas que se introduziram na Igreja", incluindo-a ainda entre as "heresias mais protuberantes" e "mais salientes" "erros de fé".
Confira nestas próximas imagens:
4) O Ingrediente Básico do Vinho de Babilônia (Adaptação do Texto de autoria de Marcelo Gomes disponibilizado no site adventistas.com) Para começar, analisemos um texto do livro ESTUDOS BÍBLICOS da editora Casa Publicadora Brasileira, Tatuí-SP, edição de 1987, página 383, artigo A MUDANÇA DO SÁBADO:
“Foi a Igreja Católica que, por autoridade de Jesus Cristo transferiu esse descanso para o domingo, em memória da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo; de modo que a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que prestam, independentemente de sua vontade, à autoridade da Igreja.” O Monitor Paroquial de 26 de agosto de 1926, Socorro, Estado de São Paulo. Como podemos observar através deste documento católico, todo protestante que observa o domingo em vez do sábado bíblico, presta homenagem a Igreja de Roma, a Mulher de Apocalipse 18 (a Igreja Católica Apostólica Romana). Nisto, todo bom adventista concorda. Esta outra citação de um artigo católico deixará até mesmo bons adventistas muito surpresos:
“Qualquer pessoa para ser salva, antes de todas as coisas é necessário que ela celebre a fé católica: A menos que cada um mantenha esta fé no seu todo, completa e sem mancha, sem dúvida perecerá eternamente. Mas esta é a fé católica; Que nós adoramos um Deus em uma Trindade, e a Trindade em uma unidade, não devemos confundir as pessoas; nem dividir suas substâncias. ...Assim, o Pai é Deus: o Filho é Deus: e o Espírito Santo é Deus. De forma que em todas as coisas, como supracitado, a unidade da Trindade, e a trindade em sua unidade devem ser adorados. Aquele que será salvo, tem que pensar desta maneira sobre a trindade. “Nossos oponentes (protestantes) às vezes reivindicam que nenhuma crença deveria ser dogmatizada que não é explicitamente declarada na Bíblia (ignorando que é somente na autoridade da Igreja que nós conhecemos a certeza dos evangelhos, e não outros como verdadeiros). Mas as igrejas protestantes por elas mesmas têm aceitado tais dogmas como a TRINDADE pela qual não há nenhuma autoridade precisa nos evangelhos.” Revista Vida, 30 de outubro de 1950. Exatamente aqui, começa a surgir um grande embaraço para nós. Se de fato concordarmos com a primeira citação (em relação ao domingo que os protestantes prestam homenagem a Igreja Católica), deveremos também concordar com a segunda (de que a Igreja Adventista tem dentro do seu credo uma doutrina católica alheia às Escrituras) como verdadeira. Obviamente, isto só acontecerá se existir um mínimo de honestidade em nosso coração.
Não digo isso para trazer constrangimento à Igreja, pois quem criou o embaraço foi a liderança da Igreja que, de forma desonesta, inseriu no seio adventista um doutrina inteiramente católica e inteiramente alheia às Escrituras.
Outras citações Afirmações semelhantes devem conduzir-nos a uma profunda refexão e decisão.
“O MISTÉRIO DA TRINDADE é a doutrina central da fé católica. Sobre essa doutrina estão baseados todos os outros ensinos da Igreja.” Manual para o Católico de Hoje, pág. 16. De acordo com o texto acima. Qual é a fonte ou base de todas as doutrinas católicas, às quais denominamos "vinho de Babilônia"? A doutrina da TRINDADE! E a Igreja Adventista tem aceitado tal doutrina em seu credo? Compare por você mesmo o que diz o Catecismo da Igreja Católica Apostólica Romana com o que é declarado nas Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia. No Catecismo do Católico de Hoje, pág. 12, lemos: “A Igreja estudou este mistério com grande solicitude e, depois de quatro séculos de investigações, decidiu expressar a doutrina deste modo: Na unidade da Divindade há três pessoas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – realmente distintas uma da outra. Assim nas palavras do Credo de Atanásio: ‘O Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus, e no entanto não são três deuses, mas um só Deus” (Número 1248, da Editora Santuário, Edição 28, 2002.) No Manual da Igreja, pág. 10, lemos: “2. A TRINDADE “Há um só Deus. Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de Três Pessoas Coeternas.” E o livro Nisto Cremos, pág. 42, acrescenta:
“Embora a Divindade não seja apenas uma Pessoa, Deus é um em propósito, mente e caráter. Esta unicidade não oblitera as personalidades distintas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Tampouco a existência destas personalidades separadas destrói o conceito monoteísta das Escrituras, de que Pai, Filho e Espírito Santo são um único Deus.” (B, 2000). Por outro lado, a Bíblia afirma:
“Para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.” I Coríntios 8:6. “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos.” I Timóteo 2:5-6. Podem mil palavras filosóficas contradizer algo tão claro? Sei que ao ler isto muitos se sentem como os católicos que descobrem um dia que Maria não está no Céu, mas segundo as Escrituras, descansa em uma sepultura aguardando a volta de Jesus. Sentem-se tristes, desapontados e enganados. Foi precisamente assim que me senti quando Deus me revelou esta verdade. Eu sei, não é fácil aceitar isso. Mas é a VERDADE. Continuaremos amando o erro fazendo de conta que a verdade não existe? Leia esta outra citação surpreendente da própria REVISTA ADVENTISTA AMERICANA (Review and Herald), em um artigo escrito pelo pioneiro Tiago White, esposo de Ellen White:
“Como erros fundamentais nós poderíamos classificar como este falso sábado [o domingo], outros erros que os protestantes trouxeram da Igreja Católica, como o batismo por aspersão, A TRINDADE, a consciência dos mortos, o tormento eterno. O grupo que abraçou estes erros fundamentais fez isso ignorantemente, mas poderia a Igreja de Cristo levar junto de si estes erros até as cenas do julgamento que há de vir sobre o mundo? Nós acreditamos que não.” Review and Herald, 12 de setembro de 1854. (Ênfase acrescentada). Nós acreditamos no ensino do tormento eterno? Claro que não! Isto não é bíblico. Nós acreditamos na imortalidade da alma? Não. Então por que aceitamos a trindade? Como podemos rejeitar os frutos da árvore e aceitar tomar um chá de sua raiz? Notem o que diz o livro Estudos Bíblicos:
“No credo do Papa Pio IV, uma autorizada declaração da fé Católica Romana é encontrada no seguinte asserto: ‘Reconheço a Santa Igreja Católica Apostólica como mãe e soberana de todas as igrejas.’ – Artigo 10. Quando as professas igrejas protestantes repudiam o princípio fundamental do protestantismo, pondo de parte a autoridade da Palavra de Deus, aceitando em seu lugar a tradição e especulação humanas, adotaram o princípio fundamental da moderna Babilônia e exige uma proclamação da queda da moderna Babilônia… “Ainda que muitos líderes do moderno protestantismo, conhecido como altos críticos, não tenham formalmente adotado o credo da Igreja de Roma, e não se tenham tornado parte orgânica desta corporação, mesmo assim pertencem à mesma classe ao rejeitar a autoridade da palavra de Deus, aceitando em seu lugar o produto de suas próprias argumentações. Há tanta apostasia num caso como no outro, e ambos devem ser
incluídos, portanto, em Babilônia, e ambos se acharão envolvidos, afinal em sua queda”. Estudos Bíblicos, Casa Publicadora Brasileira, TatuíSP, págs. 213 e 214, artigo A QUEDA DA MODERNA BABILÔNIA. Isso é forte. É uma afirmação contundente. Exige uma proclamação da queda da moderna Babilônia, a qual fazemos prontamente em relação ao “cisco no olho” dos outros e deixamos de fazê-lo quando o “cisco” está no nosso. Com freqüência nós adventistas dizíamos (não pregamos mais): “A igreja fulano é filha de Babilônia porque aceita a doutrina da guarda do domingo em seu credo, e cairá com Babilônia e será grande a sua queda!” Assim, apontávamos o dedo para lá. Só nos esquecemos de uma coisa: "Então, disse Natã a Davi: Tu és o homem". Esquecemos que o pecado também é nosso e guardamos durante anos esta capa de Acã em nosso meio. Em que estão baseadas as doutrinas do tormento eterno, a consciência dos mortos, a guarda do domingo, a adoração dos mortos e todas as outras doutrinas da Igreja Católica? Na TRINDADE. Esta doutrina faz parte do vinho. Na verdade, segundo a própria Igreja Católica, é a doutrina básica, o vinho mais envelhecido, o mais antigo, ao qual todas as nações pagãs têm bebido ao longo da história. Tiago White faz uma importante pergunta que deveria nortear nosso posicionamento a partir de agora: “Pode a Igreja de Cristo levar junto de si estes erros até as cenas do julgamento que há de vir sobre o mundo?” Ellen White escreveu:
“Triste verdade é que nós, como igreja, temos usado de complacência e tolerância dentro de nossa organização para com certas forças que têm literalmente sabotado os princípios do adventismo que temos defendido durante anos.” Testemunhos para Igreja, Vol. 5, pág:13, 14.
Apêndice A NISTO CREMOS (1): Textos Bíblicos 1º - “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” Mat.11:27 2º - “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" João 14:6 3º - “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” I Tim. 2:5 4º - “Ouvistes que eu vos disse: Vou, e voltarei a vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai; porque o Pai é maior do que eu” João 14:28 5º - “Eu e o Pai somos um” João 10:30 6º - “Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Paie vosso Pai, meu Deus e vosso Deus” João 20:17 7º - “… o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo” I João 1:3 8º - “A ele, o único Deus, o nosso Salvador, sejam dados, por meio de Jesus Cristo, o nosso Senhor, a glória, a grandeza, o poder e a autoridade, desde todos os tempos, agora e para sempre! Amém!”. Judas 25. 9º - “Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos”. Apoc. 5:13 10º - “... e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence à salvação”. Apoc. 7:10 11º - “Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele os cento e quarenta e quatro mil tendo nas frontes escrito o seu nome e o nome de seu Pai.” Apoc. 14:1 12º - “Então me mostrou o rio da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro.” Apoc. 22:1 13º - “Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão.” Apoc. 22:3
14º - “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse mesmo é o anticristo, esse que nega o Pai e o Filho”. I João 2:22. 15º - “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” - João 17:3 16º - “A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” João 17:21 17º - “A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos, graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.” Rom. 1:7 18º - “para que concordemente e a uma voz glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” Rom. 15:6 19º - “graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.” I Cor. 1:3 20º - “graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.” II Cor. 1:2 21º - “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação!” II Cor. 1:3 22º - “O Deus e Pai do Senhor Jesus, que é eternamente bendito, sabe que não minto.” II Cor. 11:31 23º - “graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do [nosso] Senhor Jesus Cristo” Gal. 1:3 24º - “graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.” Efésios 1:2 25º - “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” - Efésios 1:3 26º - “para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele” - Efésios 1:17 27º - “dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” - Efésios 5:20 28º - “Paz seja com os irmãos e amor com fé, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo” - Efésios 6:23 29º - “graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.” - Fil.1:2
30º - “Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós” - Col. 1:3 31º - “Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros.” - I Tess.1:1 32º - “recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” - I Tess. 1:3 33º - “Ora, o nosso mesmo Deus e Pai, e Jesus, nosso Senhor, dirijam-nos o caminho até vós” I Tess. 3:11 34º - “Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus, nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo” - II Tess. 1:1 35º - “graça e paz a vós outros, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo.” - II Tess. 1:2 36º - “a Timóteo, verdadeiro filho na fé, graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor.” - I Tim. 1:2 37º - “ao amado filho Timóteo, graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor.” - II Tim. 1:2 38º - “graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.” - Filemom 1:3 39º - “a Tito, verdadeiro filho, segundo a fé comum, graça e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador.” - Tito 1:4 40º - “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” - I Pedro 1:3 41º - “o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.” - I João 1:3 42º - “a graça, a misericórdia e a paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor.” - II João 1:3 43º - “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo” - Judas 1:1 44º - “e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” - Apoc. 1:5-6
45º - “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” - Filip. 2:10,11 46º - “ao Deus único e sábio seja dada glória, por meio de Jesus Cristo, pelos séculos dos séculos.” - Rom. 16:27 47º - “Todo aquele que ultraa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho.” - II João 9:2 48º - “Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo.” - Apoc. 12:10 49º - “..serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.” - Apoc. 20:6 50º - “Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.” - Apoc. 21:22 51º - “Mas quero que saibais que Cristo é o cabeça de todo o homem, e o homem o cabeça da mulher, e Deus o cabeça de Cristo.” - I Cor. 11:3 52º - “Perguntou-lhes Ele: E vós, quem dizeis que eu sou? Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Respondeu-lhe Jesus: Bemaventurado é tu, Simão Barjonas, pois não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus.” Mat.16:15-17 53º - “...tem herança no reino de Cristo e de Deus.” - Efésios 5:5 54º - “todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.” - I Cor. 8:6 Perguntamos Onde está o Deus, Espírito Santo, a terceira pessoa da trindade? A quem nós devemos e iremos adorar? A quem estamos adorando hoje? Será os atuais doutores em divindade da Igreja Adventista irão também acusar os discípulos de Jesus, e em especial o apóstolo Paulo, de estarem equivocados em sua concepção da divindade, assim como acusam nossos pioneiros? Não encontramos na bíblia e nem nos Testemunhos uma única citação que me diga para adorar uma trindade. Não há um só verso da bíblia ou uma só citação dos Testemunhos orientando-nos a prestar reverência a uma terceira pessoa divina. Se Deus é uma trindade, como pode a “terceira pessoa”, o Espírito Santo, ser desconsiderada nestas citações acima?
Apêndice B
NISTO CREMOS (2): Textos de Ellen G. White
“Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai - um em natureza, caráter, propósito - o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus.” Patriarcas e Profetas, pág. 34 “Único” significa que ninguém a não ser Cristo, o Unigênito de Deus, possui a mesma natureza divina que o Pai. Se o Espírito Santo fosse uma pessoa divina a semelhança do Pai e do Filho, a palavra “único” usada por Ellen White estaria errada! Está bem claro pela palavra “único” que ela escolheu, que a concepção de uma divindade triúna manifesta nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo, tal como é itido na nova teologia adventista, não ava nem de longe por sua cabeça. “O Rei do Universo convocou os exércitos celestiais perante Ele, para, em sua presença, apresentar a verdadeira posição de Seu Filho, e mostrar a relação que Este mantinha para com todos os seres criados. O Filho de Deus partilhava do trono do Pai, e a glória do Ser eterno, existente por Si mesmo, rodeava a ambos. Em redor do trono reuniamse os santos anjos, em uma multidão vasta, inumerável – ‘milhões de milhões, e milhares de milhares’ (Apoc. 5:11), estando os mais exaltados anjos, como ministros e súditos, a regozijar-se na luz que, da presença da Divindade, caía sobre eles. Perante os habitantes do Céu, reunidos, o Rei declarou que ninguém, a não ser Cristo, o Unigênito de Deus, poderia penetrar inteiramente em Seus propósitos, e a Ele foi confiado executar os poderosos conselhos de Sua vontade. O Filho de Deus executara a vontade do Pai na criação de todos os exércitos do Céu; e a Ele, bem como a Deus, eram devidas as homenagens e fidelidade daqueles. Cristo ia ainda exercer o poder divino na criação da Terra e de seus habitantes. Em tudo isto, porém, não procuraria poder ou exaltação para Si mesmo, contrários ao plano de Deus, mas exaltaria a glória do Pai, e executaria Seus propósitos de beneficência e amor.” Patriarcas e Profetas, pág. 36
Veja o texto acima na página do próprio livro em uma edição de 1926:
“Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai - um na natureza, no caráter e no propósito - o único Ser em todo o Universo que poderia entrar nos conselhos e propósitos de Deus. Por Cristo, o Pai efetuou a criação de todos os seres celestiais. ‘NEle foram criadas todas as coisas que há nos céus ... sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades’ (Col. 1:16); e tanto para com Cristo, como para com o Pai, todo o Céu mantinha lealdade.” O Grande Conflito, pág. 493
“Não é aos homens que devemos exaltar e adorar; é a Deus, o único Deus verdadeiro e vivo, a quem são devidos nosso culto e reverência. … Unicamente o Pai e o Filho devem ser exaltados.” The Youth's Instructor, 7 de julho de 1898. – Filhos e Filhas de Deus, MM 1956, 21 de fevereiro, pág. 58
“Deus é o Pai de Cristo; Cristo é o Filho de Deus. A Cristo foi atribuída uma posição exaltada. Foi feito igual ao Pai. Cristo participa de todos os desígnios de Deus”. Testemunhos Seletos. Vol. III. 5ª ed. 1985. p. 266
Percebam a ginástica mental que fazem os doutores em divindade da Andrews para contradizer algo dito de maneira tão clara, simples e enfática através da Bíblia e dos escritos de Ellen G. White:
Compare as explanações acima com este estudo simples e direto ao ponto preparado por Silas Jakel: 1) O Filho de Deus – Na Bíblia Apocalipse 3:14 “Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:” Provérbios 8:22-30 “O Senhor me criou como a primeira das suas obras, o princípio dos seus feitos mais antigos. Desde a eternidade fui constituída, desde o princípio, antes de existir a terra. Antes de haver abismos, fui gerada, e antes ainda de haver fontes cheias d'água. Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros eu nasci, quando ele ainda não tinha feito a terra com seus campos, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando traçava um círculo sobre a face do abismo, quando estabelecia o firmamento em cima, quando se firmavam as fontes do abismo, quando ele fixava ao mar o seu termo, para que as águas não trasassem o seu mando, quando traçava os fundamentos da terra, então eu estava ao seu lado como arquiteto; e era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele em todo o tempo;” Salmos 2:7,12 “Falarei do decreto do Senhor; ele me disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei...Beijai o Filho, para que não se ire, e pereçais no caminho; porque em breve se infamará a sua ira. Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam.”
Atos 13:33 “a qual Deus nos tem cumprido, a nós, filhos deles, levantando a Jesus, como também está escrito no salmo segundo: Tu és meu Filho, hoje te gerei.” Hebreus 1:5-6 “Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho? E outra vez, ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.” Hebreus 5:5 “assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei;” João 3:16-18 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” Colossenses 1:14-15 “em quem temos a redenção, a saber, a remissão dos pecados; o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;” João 1:14,18 (BLH) “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai...Ninguém jamais viu a Deus. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o deu a conhecer.” I João 4:9 “Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por meio dele vivamos.” Miquéias 5:2 “Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. 2) O Filho de Deus – Nos Testemunhos e Escritos dos Pioneiros a) Antes da Criação da Terra . O grande Criador convocou os exércitos celestiais para, na presença de todos os anjos, conferir honra especial a Seu Filho. O Filho estava assentado no trono com o Pai, e a multidão celestial de santos anjos reunida ao redor. O Pai então fez saber que, por Sua própria decisão, Cristo, Seu Filho, devia ser considerado igual a Ele, assim que em
qualquer lugar que estivesse presente Seu Filho, isto valeria pela Sua própria presença. A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a palavra do Pai. Seu Filho foi por Ele investido com autoridade para comandar os exércitos celestiais. Especialmente devia Seu Filho trabalhar em união com Ele na projetada criação da Terra e de cada ser vivente que devia existir sobre ela. O Filho levaria a cabo Sua vontade e Seus propósitos, mas nada faria por Si mesmo. A vontade do Pai seria realizada nEle.” História da Redenção, pág. 13. “Disse meu anjo assistente: Pensas que o Pai entregou Seu mui amado Filho sem esforço? Não, absolutamente. Foi mesmo uma luta, para o Deus do Céu, decidir se deixaria o homem culpado perecer, ou se daria Seu amado Filho para morrer por ele. Os anjos estavam tão interessados na salvação do homem que se podiam encontrar entre eles os que deixariam sua glória e dariam a vida pelo homem que ia perecer. Mas, disse o anjo, isso nada adiantaria. A transgressão era tão grande que a vida de um anjo não pagaria a dívida. Nada, a não ser a morte e intercessão de Seu Filho, pagaria essa dívida, e salvaria o homem perdido da tristeza e miséria sem esperanças… Vi que era impossível a Deus alterar ou mudar Sua lei, para salvar o homem perdido, e que ia perecer; portanto, Ele consentiu em que Seu amado Filho morresse pela transgressão do homem. Satanás de novo regozijou-se com seus anjos de que, ocasionando a queda do homem, pudesse ele retirar o Filho de Deus de Sua exaltada posição. Disse a seus anjos que, quando Jesus tomasse a natureza do homem decaído, poderia derrotá-Lo, e impedir a realização do plano da salvação.” Primeiros Escritos, pág. 151-152 “A dedicação do primogênito teve sua origem nos primitivos tempos. Deus prometera dar o Primogênito do Céu para salvar os pecadores. Este dom devia ser reconhecido em todas as famílias pela consagração do primogênito.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 51. “O eterno pai, Aquele que é imutável, deu seu único Filho, nascido dEle, retirado do seu seio, aquele que foi feito a expressa imagem de sua pessoa e enviado a terra para revelar o quanto Ele amou a raça humana.” Adventist Review and Sabbath Herald - 07-09-95 “O Soberano do Universo não estava só em Sua obra de beneficência. Tinha um companheiro - um cooperador que poderia apreciar Seus propósitos, e participar de Sua alegria ao dar felicidade aos seres criados. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus." João 1:1 e 2. Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai - um em natureza, caráter, propósito - o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus. ‘O Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz’. Isa. 9:6. Suas ‘saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade’. Miq. 5:2. E o Filho de Deus declara a respeito de Si mesmo: ‘O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos, e antes de Suas obras mais antigas. ... Quando compunha os fundamentos da Terra, então Eu estava
com Ele e era Seu aluno; e era cada dia as Suas delícias, folgando perante Ele em todo o tempo’. Prov. 8:22-30.” Patriarcas e Profetas, pág. 34. “As escrituras em parte alguma falam de Cristo como de um ser criado, mas claramente afirmam que Ele foi gerado pelo Pai...Mas enquanto, como Filho gerado, não possuía com o Pai uma co-eternidade de existência pretérita, o começo da sua existência é anterior a toda obra da criação, em relação a qual Ele foi criador juntamente com Deus.” As Profecias de Apocalipse - Urias Smith, pág. 82 (1945 Publicadora Atlântico) “As Escrituras declaram que CRISTO é o ‘unigênito de DEUS’. Ele é gerado, não criado. Quando Ele foi gerado não nos compete indagar, nem nossas mentes poderiam assimilá-lo se nos fosse indicado. O profeta Miquéias nos diz tudo quanto podemos saber sobre isto nestas palavras: ‘E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade’. Miquéias 5:2. Houve um tempo em que CRISTO procedeu e veio de DEUS, do seio do PAI (João 8:42; 1:18), mas esse tempo está tão recuado nos dias da eternidade que para a compreensão finita é praticamente sem início. Mas a questão fundamental é que CRISTO é um Filho gerado, não um súdito criado. Ele tem por herança um nome mais excelente do que o dos anjos; Ele é um ‘Filho sobre a Sua casa’. E sendo Ele o Filho unigênito de DEUS, é da mesma substância e natureza de DEUS e possui por nascimento todas os atributos de DEUS, pois o PAI agradou-Se de que o Seu filho fosse a expressa imagem de Sua pessoa, o fulgor de Sua glória, e repleto de toda a plenitude da Divindade. ” Cristo e Sua Justiça, pág. 19 – Ellet J. Waggoner b) No Jardim do Éden
“Seu irmão Abel procurou acalmar-lhe a ira, mostrando que houve compaixão de Deus em salvar a vida de seus pais, quando podia ter trazido sobre eles morte imediata. Disse a Caim que Deus os amava, ou não teria dado Seu Filho, inocente e santo, para sofrer a ira de que o homem, pela sua desobediência, era merecedor.” História da Redenção, pág. 54 “Os anjos mantinham comunicação com Adão depois da queda, e informaram-no do plano da salvação, e que a raça humana não estava além da redenção. Apesar da terrível separação que tivera lugar entre Deus e o homem, uma providência tinha sido tomada mediante o oferecimento de Seu amado Filho, pela qual o homem podia ser salvo.” História da Redenção, pág. 56
c) Na encarnação - Pela Segunda Vez Filho (Hebreus 1:5-6) “Fui conduzida ao tempo em que Jesus devia assumir a natureza humana, humilhar-Se como homem e sofrer as tentações de Satanás.
Seu nascimento foi destituído de grandeza mundana. Ele nasceu em um estábulo, e teve por berço uma manjedoura; contudo, Seu nascimento foi muito mais honrado do que o de qualquer dos filhos dos homens. Anjos celestiais informaram os pastores do advento de Jesus, e luz e glória de Deus acompanharam seu testemunho. O exército celestial tocou suas harpas e glorificou a Deus. Triunfantemente anunciaram o advento do Filho de Deus a um mundo caído a fim de cumprir a obra da redenção e trazer paz, felicidade e vida eterna ao homem, mediante Sua morte. Deus honrou o advento de Seu Filho. Os anjos O adoraram.” Primeiros Escritos, pág. 153 “Satanás exultou quando Jesus depôs Seu poder e glória e deixou o Céu. Achou que o Filho de Deus estava então colocado sob o seu poder. A tentação fora tão vitoriosa com o santo par no Éden que ele esperou pelo seu poder e engano satânicos derrotar mesmo o Filho de Deus, salvando por esse meio sua própria vida e reino. Se ele pudesse tentar Jesus a afastar-Se da vontade do Pai, seu objetivo estaria ganho. Mas Jesus defrontou o tentador com a repreensão: "Vai-te, Satanás." Mat. 4:10. Ele deveria curvar-Se unicamente ante Seu Pai.” Primeiros Escritos, pág. 157 d) Pela Eternidade Afora
“Todas as questões sobre a verdade e o erro no prolongado confito são agora esclarecidas. A justiça de Deus acha-se plenamente justificada. Perante o Universo foi apresentado claramente o grande sacrifício feito pelo Pai e o Filho em prol do homem.” História da Redenção, pág. 427 3) O AntiCristo I João 4:15 “Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus.” II João 1:7 “Porque já muitos enganadores saíram pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o anticristo.” I João 2:22-26 “Quem é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai. Permaneça em vós o que ouviste desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis
vós no Filho e no Pai. E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna. Isto que vos acabo de escrever é acerca dos que vos procuram enganar.” (Fim do estudo preparado por Silas Jakel em Agosto de 2004) No grande confito entre Cristo e Satanás onde está a terceira pessoa da trindade?
“O pecado originou-se com aquele que, abaixo de Cristo, fora o mais honrado por Deus, e o mais elevado em poder e glória entre os habitantes do Céu”. O Grande Conflito, 36ª ed. Tatuí – SP, B, 1988. p. 493 “... Cobiçando a honra que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder de que era prerrogativa de Cristo, unicamente, fazer uso”. O Grande Conflito. 33ª ed. 1987. p. 497 “… A exaltação do Filho de Deus à igualdade com o Pai, foi representada como sendo uma injustiça a Lúcifer, o qual, pretendia-se tinha também direito à reverência e à honra. ...”. “Não tinha havido mudança alguma na posição ou autoridade de Cristo. A inveja e falsa representação de Lúcifer, bem como sua pretensão à igualdade com Cristo, tornaram necessária uma declaração a respeito da verdadeira posição do Filho de Deus; mas esta havia sido a mesma desde o princípio. Muitos dos anjos, contudo, ficaram cegos pelos enganos de Lúcifer”. “… Anjos que eram fiéis e verdadeiros sustentavam a sabedoria e justiça do decreto divino, e se esforçavam por reconciliar este desafeto com a vontade de Deus. Cristo era o Filho de Deus; tinha sido um com Ele antes que os anjos fossem chamados à existência. ...”. Patriarcas e Profetas. 12ª ed. 1991. pp. 18-19 “LÚCIFER no Céu, antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o primeiro em honra depois do amado Filho de Deus. ...” “O grande Criador convocou as hostes celestiais, para na presença de todos os anjos conferir honra especial a Seu Filho. O Filho estava assentado no trono com o Pai, e a multidão celestial de santos anjos reunida ao redor dEles. O Pai então fez saber que por Sua própria decisão Cristo, Seu Filho, devia ser considerado igual a Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse presente Seu Filho, isto valeria pela Sua própria presença. A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a palavra do Pai. Seu Filho foi por Ele investido com autoridade para comandar as hostes celestiais. ...” “Muitos dos simpatizantes de Lúcifer estavam inclinados a ouvir o conselho dos anjos leais e se arrependeram de sua insatisfação, e de novo receberam a confiança do Pai e Seu amado Filho. ...”. História da Redenção. 3ª ed. 1981. pp. 13 e 16.
Apêndice C
A ORIGEM DA TRINDADE
Tertuliano, sacerdote católico e autor de várias obras, que viveu entre os séculos 2 e 3, foi quem criou a filosofia que se denominou de Trindade: “Tres Personae, una substantia” (texto original em latim). Hoje, essa filosofia foi incorporada na Crença Fundamental N° 2 da Igreja Adventista: “Há um só Deus, que é uma unidade de três pessoas coeternas.”
O que mais fez Tertuliano? Basta consultar a (http://www.newadvent.org/cathen/14520c.htm)
Enciclopédia
Católica:
1. Foi quem instituiu o “Sinal da Cruz”. 2. Foi quem instituiu a absolvição. (um perdão que vale para os pecados futuros). 3. Foi quem instituiu a penitência. 4. Foi quem instituiu a transubstanciação na eucaristia, que é a crença de que o pão e vinho se transformam realmente no sangue e na carne de Jesus Cristo. Enciclopédia Britânica 1974/1979 Volume 10 pg.126
Tradução: A doutrina se desenvolveu gradualmente através de vários séculos e ando por muitas controvérsias. Inicialmente, por duas razões, a exigência do monoteísmo herdado do Velho Testamento, e a implicação pela necessidade de interpretar os ensinamentos da Bíblia para o paganismo GregoRomano... Não foi antes do 4º Século que a distinção dos três em sua individualidade, foi juntada numa única e ortodoxa doutrina; uma essência e 3 pessoas. O Concílio de Nicéia em 325 declara a fórmula crucial para esta doutrina [trindade] que o Filho é da mesma essência (homo ousios) do Pai, embora tenha dito muito pouco sobre o Espírito Santo. No decorrer do seguinte meio século, Anastásio defendeu uma fórmula mais refinada de Nicéia e lá pelo final do século, sob a liderança de Basil (Basílio) de Cesaréia, Gregório de Nissa e Gregório Nazianzo (Padres da Capadócia) a doutrina da Trindade tomou substancialmente a forma que é mantida desde então. É importante constatar que o aparecimento da doutrina da trindade não foi antes do 4° Século, e a origem gradual aconteceu em ROMA. O termo Trindade foi usado pela primeira vez por Teófilo de Antioquia no II século. A doutrina da Trindade é uma inferência com base bíblica, conforme é declarado em: José Carlos Ramos, “Santíssima Trindade” (estudo não duplicado, Instituto Adventista de Ensino - Campus Central, 1996), 1. Informação contida em literatura adventista: “Deus existe na forma de uma unidade de três pessoas co-iguais e coeternas: Pai, Filho e Espírito Santo. Essa ‘família’, ‘pluralidade’ ou ‘comunidade’ divina é conhecida entre os teólogos como ‘Trindade’ (tri-unidade), palavra primeiro usada em grego por Teófilo de Antioquia (c. 117-181 d.C.) e depois cunhada em latim por Tertuliano (c. 160-220 d.C.).” Revista Sinais, janeiro-fevereiro de 2003, pág. 15 Do Livro Trinity página 150, em nossa tradução: “É verdade que o Concílio de Nicéia e o Concílio de Constantinopla fizeram declarações que agora nós devemos rejeitar porque elas discordam das Escrituras. Em certos aspectos do entendimento de Athanasius(1) sobre o Filho, hoje ocasionam mais problemas do que eles resolvem, inclusive a sua descrição do Filho como ‘eternamente unigênito’. Mas estas coisas nem são partes e nem necessário para a fórmula Trinitária de Deus. No entanto como Adventistas, nós não podemos reconhecer o concílio com autoridade, nós devemos reconhecer o valor dos argumentos de Basil(2) sobre as Escrituras e sobre o culto. Nós não aceitamos a fórmula Trinitariana baseada baseada num dogma da igreja(3), ou dos concílios da igreja, mas no
fato que melhor representa o que as Escrituras apresentam sobre o Pai, Filho e o Espírito Santo como um Deus.” (1) Athanasius estava certo ao repetir o que a Bíblia diz e “unigênito” é uma condição que só teria mudado se Jesus tivesse um irmão da mesma origem (Unigênito de Deus). (2) Padre Católico Basil. (3) Os “doutores em divindade” da Andrews aceitam a mercadoria de ROMA, apenas não gostaram da embalagem! (não querem que a “embalagem” venha com o rótulo de Nicéia). Não aceitam a doutrina da trindade como um dogma imposto pela igreja Católica. Os próprios teólogos Católicos consideram a doutrina da trindade um dogma, (uma imposição) por não estar sustentada na Bíblia. O próprio Papa declara que a Trindade é uma Doutrina Católica A Trindade explica a vocação da humanidade a formar uma só família Deus não é solidão, mas comunhão perfeita, recorda ao rezar o “Angelus”
CIDADE DO VATICANO, 15 de junho de 2003 (ZENIT.org).- Do mistério maior do cristianismo, a Trindade, surge a vocação da humanidade “a formar uma só família”, sem acepção de raças ou culturas, assegura João Paulo II. Ao celebrar este domingo a solenidade da Santíssima Trindade, o Santo Padre convidou os crentes a contemplar “o primeiro e último horizonte do universo e da história: o Amor de Deus, Pai, e Filho e Espírito Santo”. Antes de rezar a oração mariana do “Angelus”, junto a milhares de peregrinos reunidos na praça de São Pedro no Vaticano, recordou que “a Unidade e a Trindade de Deus é o primeiro mistério da fé católica”. “Chegamos a ele ao final de todo o caminho de revelação que se cumpriu em Jesus: em sua Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição”, continuou explicando. “Deus não é solidão, mas comunhão perfeita --reafirmou--. De Deus comunhão surge a vocação de toda a humanidade para formar uma só grande família, na qual as diferentes raças e culturas se encontram e se enriquecem reciprocamente”. À luz desta verdade fundamental da fé, concluiu, compreende-se a gravidade de todas as ofensas contra o ser humano, em particular, mencionou o drama
das pessoas que são obrigadas a fugir de sua própria terra e o “redemoinho sem fim de violência e represália” que acontece na Terra Santa. Código: ZP03061505. Data de publicação: 2003-06-15
Fonte: Agência Zenit de Notícias O Papa: Os refugiados e a violência na Terra Santa, ofensa a Deus Trindade Palavras de João Paulo II ao rezar a oração mariana do Angelus CIDADE DO VATICANO, 15 de junho de 2003 (ZENIT.org).- Publicamos a seguir as palavras que João Paulo II pronunciou antes e depois de rezar a oração mariana do “Angelus” junto a milhares de peregrinos congregados na praça de São Pedro do Vaticano. Queridos irmãos e irmãs! 1. Neste domingo que segue o Pentecostes celebramos a solenidade da Santíssima Trindade. A Unidade e a Trindade de Deus é o primeiro mistério da fé católica. Chegamos a ele no final de todo o caminho da revelação que se cumpriu em Jesus em sua Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição. Desde a reunião da “montanha santa”, que é Cristo, contempla-se o primeiro e último horizonte do universo e da história: o Amor de Deus, Pai, e Filho e Espírito Santo. Deus não é solidão, mas comunhão perfeita. Do Deus comunhão surge a vocação de toda a humanidade a formar uma só grande família, na qual as diferentes raças, culturas se encontram e se enriquecem reciprocamente (Cf. Atos 17, 6). 2. À luz deste horizonte universal de comunhão, destaca como grave ofensa a Deus e ao homem toda situação na qual pessoas ou grupos humanos são obrigados a fugir da própria terra para buscar refúgio em outro lugar. Recorda-nos a anual Jornada Mundial do Refugiado, que acontecerá no próximo dia 20 de junho, e que este ano convida a prestar atenção na realidade dos jovens refugiados. No mundo, quase a metade dos refugiados são crianças e adolescentes. Muitos deles não vão à escola, carecem de bens essenciais, vivem em campos de refugiados, ou inclusive, detidos. O drama dos refugiados exige da comunidade internacional compromisso para enfrentar não só os sintomas, mas antes de tudo as causas do problema: ou seja, prevenir os confitos, promovendo a justiça e a solidariedade em todos os âmbitos da família humana. 3. Dirigímo-nos agora à Virgem Maria e a contemplamos como irável criatura da Santíssima Trindade: “ponto concreto de um conselho eterno” (“termine fisso d’eterno consiglio”), como canta o sumo poeta Dante Alighieri (Paraíso XXXII, 3). Pedimos-lhe que ajude a Igreja, mistério de comunhão, a ser sempre comunidade acolhedora, na qual toda pessoa, em particular se é pobre e marginalizada, pode encontrar acolhida e apoio.
(Tradução realizada por Zenit) Código: ZP03061502. Data de publicação: 2003-06-15 Fonte: Agência Zenit de Notícias
A Trindade e o Ecumenismo Pregador do Papa Faz da Trindade o Novo Símbolo Católico para o Ecumenismo. O mistério da Trindade, escola para superar divisões… O pregador da Casa Pontifícia comenta a questão central da fé cristã
CIDADE DO VATICANO, 17 de junho de 2003 (ZENIT.org - Noticiário oficial católico).- A contemplação da Trindade poderá impulsionar a superar nossas divisões aparentemente irreconciliáveis, afirmou o pregador da Casa Pontifícia comentando o mistério central e mais elevado da vida cristã, que a igreja celebrou domingo ado. “O Pai é, como na experiência humana, a origem de tudo”, explicou o padre Raniero Cantalamessa em uma aproximação à identidade das três pessoas divinas ante os microfones da Rádio Vaticano. “Especialmente no pensamento grego, o Pai é visto como a fonte de toda a Trindade da qual surgem o Filho e o Espírito Santo. O Filho foi interpretado desde o apóstolo São João, que fala d’Ele como o ‘logos’, a razão, o Verbo”, continuou. Por último, continuando o franciscano capuchino, “o Espírito Santo nos foi revelado através de imagens muito simples: o vento como símbolo de força, o sopro, o alento que representa a intimidade, a interioridade”. Para um crente, a Trindade é um mistério próximo, acrescentou o padre Cantalamessa, visto que a vida cristã --que começa no batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo-- desenvolve-se imersa na dimensão Trinitária, seja a confirmação, no sacramento do Matrimônio ou na hora da morte. Aproximar o mistério trinitário de um não crente pode-se fazer partindo do conceito de “Deus-amor”. “Não podemos explicar a Trindade mas ao menos podemos dizer que Deus não pode não ser Trindade”, comentou o padre Cantalamessa. “Deus, desde a eternidade, tem um objeto em si infinito para amar, que é o Filho, desde o qual é também amado com amor infinito, que é o Espírito Santo”, observou. “Às vezes --reconheceu--, quando falo deste mistério, acrescento que teria compaixão de um Deus que não tivesse ninguém para amar, ninguém com quem partilhar sua infinita felicidade: seria um Deus muito triste. Como os homens precisam de alguém com quem se comunicar, Deus necessita em sua intimidade de uma pessoa para quem possa expressar todo seu amor, e essa pessoa é o Filho”.
“Contemplar a Trindade, vencer a odiosa divisão do mundo”, é uma frase que São Sergio de Radonez usava, em certa medida o pai espiritual da Rússia, recordou o pregador da Casa Pontifícia. “Nós nos encontramos exatamente ante o mesmo problema --constatou--: a contemplação da Trindade, que é diversidade no amor e unidade na diversidade, deveria impulsionar-nos a superar nossas aparências irreconciliáveis diferenças de raça, de sexo, de cultura, porque a Trindade é perfeita unidade na diversidade”. Código: ZP03061702. Data de publicação: 2003-06-17. Fonte: http://www.zenit.org/portuguese/visualizza.phtml?sid=37344
Constrangedoras Perguntas que os Católicos fazem para os Adventistas http://www.cathinsight.com/apologetics/adventism/ http://www.angelfire.com/ms/seanie/adventism/sdatrinity.html Tradução: Eu estou seguro, que muitos Adventistas estão certos que Ellen G. White sempre acreditou na doutrina da Trindade. Mesmo que Ellen G. White sempre tenha acreditado na doutrina da Trindade, surgem muitas perguntas sobre a sua posição como mensageira do Senhor. Embaixo estão algumas perguntas que os Adventistas se devem perguntar. Eu convido a todos os Adventistas que leiam essa página, que descubram a verdade atrás dessas perguntas, por eles mesmos, e então honestamente se perguntem a sí mesmos se pertencem a “Igreja Remanescente”. Pergunta 1. Os Adventistas sempre tiveram em suas Doutrinas Fundamentais a doutrina da Trindade? Senão, quando oficialmente aceitaram esse ensinamento? Pergunda 2. Ellen White sempre aceitou a doutrina da Trindade? Ela negou a deidade de Cristo em alguma época? Se ela negou a deidade de Cristo, em que ano mudou a sua maneira de pensar? Pergunta 3. Ellen White foi sempre Trinitariana em seu pensamento, porque muitos Pioneiros Adventistas, inclusive James White foram não Trinitarianos? Pergunta 4. Se Ellen G. White defendia a doutrina da Trindade, especialmente nos primeiros anos do movimento, qual é a sólida prova disso? Pergunta 5. Se Ellen White foi Trinitariana e Mensageira do Senhor, porque não tomou medidas para corrigir os eréticos pontos de vista dos Pioneiros?
Pergunta 6. Se Ellen White era a Mensageira do Senhor e no controle da IASD porque permitiu que os Pioneiros publicassem artigos anti-Trinitarianos na Review and Herald e outras revistas? Com certeza, ela tinha a autoridade para impedir essas declarações se elas estivessem erradas. Enquanto existem poucas declarações de Ellen White que dão alguma idéia que ela acreditava na Trindade(ao menos em algum ponto) não existe explicação porque ela não tomou medidas para corrigir as declações dos Pioneiros concernentes à Trindade. Pergunta 7. O fato de Ellen White nunca ter corrigido os Pioneiros nas suas declarações anti-Trindade não indica que ela foi não Trinitariana em alguma época? Pergunta 8. Você concorda que um grupo que nega a Trindade os torna eréticos? Se é assim, a igreja IASD antes de aceitar oficialmente a Trindade não era um grupo erético e não cristão? Pergunta 9. Para Ellen White, aparentemente foi dada por Deus uma visão sobre a importância do sábado, porque Deus nunca deu a Ellen White uma visão sobre a importância da Trindade, que é mais importante que o sábado? Pergunta 10. Como a igreja Adventista pode proclamar que é a igreja remanescente, se por mais de 80 anos, ou tanto, o movimento não acreditava oficialmente na doutrina da Trindade? Se a igreja IASD era realmente a igreja remanescente, porque demorou tanto para oficialmente fazer da Trindade uma Crença Fundamental, (1932) embora declarem que Ellen White sempre acreditou na Trindade? Pergunta 11. Porque Deus apontaria essa mulher e esse movimento como sendo Seu representante quando não aceitavam a Trindade por 80 anos, ou tanto? Pergunta 12. Você concorda que Ellen White deve ser classificada como profeta falsa se negar a deidade de Cristo? Pergunta 13. Você considera os grupos como: Testemunhas de Jeová, Christadelphians, Mórmons, Christian Science, the United Pentecostal Church etc. como eréticos porque negam a Trindade? Pergunta 14. Você acredita que Deus deu uma revelação a um povo, ou grupo que tinham convicções eréticas, como negar a Trindade? Conclusão: Se a história da origem dos Adventistas do Sétimo-dia mostra que não eram Trinitarianos em sua crença, como podem reclamar ser a “igreja remanescente” e várias outras reivindicações que tem hoje? As Pedras estão clamando: Revista Secular confirma que a Igreja Cristã Primitiva não adorava a Trindade
Segue abaixo a cópia de página da Revista (Ecumênica) das Religiões, da Superinteressante (Edição de Março de 2004, pág. 28) em que se afirma que a Igreja Cristã primitiva NÃO ADORAVA A TRINDADE, e que a “realidade trinitária de Deus” foi definida “a partir do 4º século”. A matéria fala do monoteísmo como uma invenção equivocada das tribos de Israel, posteriormente corrigida pelos “teólogos” católicos com seus argumentos filosófico-enrolativos (sempre repetidos pelos pastores da IASD!)... As pedras clamam e “quem tem ouvidos para ouvir, ouça”!
Como os Evangélicos defendem a Trindade?
O texto que se segue foi tirado da seção de perguntas e respostas denominada “I Responde” do site do “Instituto Cristão de Pesquisa” (www.i.com.br), responsável pela revista apologética “Defesa da Fé”:
Gostaria de saber quem é o autor da expressão Trindade, uma vez que esta expressão não consta na Bíblia? “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém” (2Co 13.14). Devido à popularidade do assunto nos círculos estudantis e teológicos, e a abrangência de sua defesa bíblica, nos ateremos apenas ao seu aspecto histórico para que possamos conhecer a origem do termo. Alguns grupos sectários que zombam dos trinitarianos afirmam que a Trindade foi um conceito forjado (manipulado) por “homens”. Por exemplo: a Sociedade Torre de Vigia, organização das Testemunhas de Jeová, assevera que os primitivos cristãos não tinham consciência nem instruíam seus adeptos acerca da doutrina da Trindade. Querem afirmar, com isso, que a fé na doutrina da Trindade, advogada pelos cristãos, ocorreu por conta de uma heresia doutrinária por volta do século 3o. Se assim fosse, e se a Bíblia não comentasse nada sobre a Trindade, uma pergunta ficaria sem resposta: quem foi o “inventor” dessa doutrina? Uma coisa é certa: não foi inventada por homens. A bem da verdade, se os cristãos quisessem minimizar o suposto “problema” que permeia a compreensão genuína dessa doutrina, seria muito mais fácil alterá-la, manipulá-la ou, então, não reconhecê-la como bíblica. Antes de qualquer coisa, é necessário afirmar que a doutrina da Trindade não tem sua origem nas definições e escritos dos chamados “pais da igreja”. Ao contrário. Sempre esteve esposada nas Sagradas Escrituras. Conforme a obra Introdução à teologia sistemática, de Millard Erickson, “a doutrina ortodoxa da Trindade foi enunciada em uma série de debates e concílios, em grande parte, causada por movimentos tais como monarquianismo e arianismo. Foi no Concílio de Constantinopla (381 d.C.) que emergiu uma formulação definitiva em que a igreja explicitou as crenças que estavam implícitas. A concepção que prevaleceu foi basicamente a de Atanásio (293-373 d.C.), conforme elaborada e aperfeiçoada pelos teólogos capadócios: Basílio, Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa”.
Analisando as informações históricas referentes ao assunto, podemos afirmar que o termo Trindade foi uma expressão de caráter teológico conferida a Deus por Tertuliano, no final do século 2o. Obviamente que recebeu esta designação porque seus ensinos se encontram em várias partes da Bíblia. Não necessitamos dos chamados “pais da igreja” para justificar a doutrina da Trindade, mas os documentos ou os escritos desses “pais” provam, sem deixar nenhuma sombra de dúvida, que a doutrina da Trindade era ensinada e difundida pelos cristãos da antiguidade. Fonte: www.i.com.br/responde68.asp
A História da Trindade nas Esculturas através dos tempos
A própria Revista Adventista em uma edição especial em 1983 itiu o fato de a crença numa trindade já era uma realidade nas antigas religiões pagãs.
“Enquanto outras religiões incluíam uma ‘trindade’ em seu panteão, somente o cristianismo se distingue pela crença geral num Deus triúno - um só Deus verdadeiro e vivente (Deut. 6:4) existindo numa unidade de três Pessoas distintas e coeternas: Pai, Filho e Espírito Santo. As Pessoas divinas nessa Divindade trina e una são imortais, onipotentes e oniscientes.”
Apendice D
Analisando o “dogma” da Trindade Existem várias concepções da Trindade. Parte dos trinitarianos crêem em três pessoas divinas co-iguais e co-eternas, outros item diferentes níveis hierárquicos e de natureza entre Deus Pai, Deus Filho e o Deus Espírito Santo. Mas todos dizem ter razões bíblicas para acreditar que existem realmente três pessoas divinas e que esses três seres representariam um único Deus. Desse modo, tentam livrar-se da acusação de politeísmo, isto é, o pecado da adoração de mais de um Deus. Tendo a Bíblia como critério de avaliação, consideremos todas essas afirmações no Tribunal da Verdade: 1. Para serem co-iguais, as três diferentes pessoas da Trindade deveriam possuir idêntica autoridade e plena igualdade de poder. Mas as Escrituras Sagradas são muito claras quanto ao fato de que Deus, o Pai, é evidentemente superior a Seu Filho. Prova 1: O próprio Senhor Jesus refere-Se a Deus como o "Altíssimo" (Lucas 6:35), isto é, Aquele que ocupa a posição mais elevada, que está isolado em nível máximo, numa condição inatingível por qualquer outro ser. Prova 2: Jesus Cristo afirma explicitamente em João 14:28: "Ouvistes que eu vos disse: vou e volto para junto de vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu." Prova 3: Jesus também afirma categoricamente em João 13:16: "Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou." Deus, o Pai, que nos enviou Seu Filho é, portanto, obviamente, maior do que Ele, que, repetidas vezes, como em João 5:37, afirmou: "O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua forma." Também o Espírito Consolador é inferior ao Pai, uma vez que também seria enviado por Ele, segundo informa Jesus Cristo em João 14:26: "Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito." Prova 4: Jesus afirma e o apóstolo Paulo inspiradamente confirma, que Deus, o Pai, é maior do que tudo e todos: "Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai." João 13:29, Versão Revista e Corrigida.
I Coríntios 15:27-28: "Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos. 2. Se o Espírito Santo fosse realmente uma terceira e distinta pessoa divina, nada poderia justificar Sua omissão e ausência em textos bíblicos como estes: Prova 1 - I Coríntios 8:6: "Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele." Quando Paulo define o único Deus, ele omite qualquer referência ao Espírito Santo. Prova 2 - Marcos 13:32: "Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai." Quando Jesus cristo, no Evangelho de Marcos, menciona aqueles que poderiam conhecer a data de Sua volta, omite qualquer referência ao Espírito Santo. Prova 3 - João 16:32: "Eis que vem a hora e já é chegada, em que sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só; contudo, não estou só, porque o Pai está comigo." Se o Espírito Santo fosse uma terceira pessoa divina, não poderia "Ele" fazer companhia para Jesus em lugar do Pai? Contudo, Jesus nem sequer o mencionou nessa ocasião. 3. Jesus Cristo nunca é chamado "Deus Filho" no relato bíblico. Prova 1: Tudo que fez e disse foi realizado por ordem e permissão do Pai, a quem Ele próprio se referia como "Meu Deus" (confira em Mateus 27:46; João 20:17; Apocalipse 3:2 e 3:12). Prova 2: Jesus nos afirma que "o Filho nada pode fazer de si mesmo". João 5:19. Essa idéia se repete no verso 30. "Eu nada posso fazer de mim mesmo." E o mesmo pensamento aparece em João 5:17, 19, 30, 36; 8:28, 29; 9:4; 10:25, 32, 37; 14:10,11, 31; 17:4. João registra 14 vezes em seu Evangelho, que as obras de Jesus não foram feitas por Ele próprio, mas realizadas pelo poder de Seu Pai. Prova 3: Jesus nos diz que até as palavras que proferia não eram suas próprias. Em João 12:49, Jesus afirma: "O meu ensino não é meu, e sim daquele que me enviou." Esse pensamento é novamente expresso em João 7:16-18; 8:28, 29, 38; 12:49, 50; 14:24,31; 16:15. Em nove ocasiões, João retrata Jesus revelando que as palavras que proferia eram de Seu Pai!
Prova 4: Em João 12:44, Jesus afirma: "Quem crê em mim crê, não em mim, mas naquele que me enviou."
4. Se o Espírito Santo fosse uma terceira e distinta pessoa divina, o Pai não seria o pai! Prova 1: "Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo." Mateus 1:18. Prova 2: "Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo." Mateus 1:20. Prova 3: "Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus." Lucas 1:35.
5. A ausência de terminologia bíblica apropriada impede o entendimento e aceitação da doutrina da Trindade. Prova 1: Exemplos de expressões-chave ausentes da Bíblia, mas encontradas apenas nos credos: "Deus Filho", "Deus Espírito", "Deus triúno", "Filho eterno", "Coigual", "Co-eterno", "triunidade divina", "Trindade", "substância" (divina) e "essência" (divina).
6. As pessoas que, inspiradas por Deus, escreveram a Bíblia em sua linguagem original, não criam na Trindade! Prova 1: Os judeus eram uma nação estritamente monoteísta. Eles jamais poderiam sequer imaginar "um Deus em três pessoas". E Jesus disse que eles estavam corretos em seu culto a Deus! João 4:22: "Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus."
7. Além de tudo isso, há vários textos bíblicos em que forçosamente a "Trindade" deveria ter sido mencionada, caso fosse uma doutrina verdadeira. Prova 1: A oração-modelo, ensinada por Jesus Cristo, não menciona a Trindade, nem dois de seus supostos componentes ("Deus Filho" e "Deus Espírito"), como destinatária(os) de nossas mensagens de comunhão com o Céu. (Veja Mateus 6:9-13.) Se você ora unicamente ao Pai e pede que o atenda em nome de Jesus, como seu mediador, é porque, na prática, não crê na doutrina da Trindade! Prova 2: Quando Jesus foi transfigurado diante de Pedro, Tiago e João, e Moisés e Elias vieram ter com Ele, não seria mais lógico que o Pai e o Espírito viessem confortá-Lo? Por que apenas o Pai Se manifestou naquela nuvem, dizendo "este é o Meu Filho amado, a Ele ouvi". Veja Marcos 9:2-10. Prova 3: Jesus descreve o Pai como o único e verdadeiro Deus. Não deveria Ele ter incluído também o "Deus Filho" e o "Deus Espírito", isto é, a Trindade" em João 17:1-3?
"Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." Seu veredito E então, qual é o seu veredito? A doutrina da Trindade está no banco dos réus e o juiz é você! Uma variedade de provas já lhe foram apresentadas, embora existam muitas outras. Qual será sua decisão? Em sua avaliação, a doutrina da Trindade subsiste ao crivo das Escrituras Sagradas? Ou está na hora de você rever suas crenças? Um dia, todos nós estaremos em pé diante do trono do Deus único e verdadeiro, em cuja direita assenta-Se Seu Filho. Ele é Deus zeloso, que exige adoração exclusiva e não ite a idolatria. Estamos nós preparados para encontrá-Lo face a face? Ou tentaremos nos justificar, pedindo-Lhe que nos perdoe por ter confiado nos ensinos líderes da igreja que freqüentávamos?
Randall D. Rughes (Traduzido por Robson Ramos.)
Apêndice E Uma Análise dos Artigos Denominacionais em Defesa da Trindade Por Robson Ramos O debate acerca da impropriedade da inclusão da doutrina da trindade entre as crenças fundamentais adventistas, iniciado na internet, em pouco mais de um ano deixou aquele espaço virtual para transformar-se em discussão real nas igrejas, classes da Escola Sabatina e reuniões de pequenos grupos de estudo da Bíblia em todo o Brasil. Sempre atenta às demandas do mercado, a Casa Publicadora Brasileira aproveita o atual momento para lançar a tradução em português do livro The Trinity, da autoria de doutores adventistas de teologia e publicado nos Estados Unidos em 2002. Antes do lançamento oficial, es e departamentais de alguns Campos já haviam se apossado de alguns dos argumentos do tal livro e preparado folhetos e apostilas para tentar conter o avanço do escândalo do abandono pela istração da crença original adventista acerca de Deus, após a morte dos pioneiros. A denúncia fechou com impacto uma série de divulgações acerca da corrupção istrativa denominacional, demonstrando de forma inequívoca que a liderança distanciou-se irremediavelmente de Deus e de Seu propósito para com a igreja, a ponto de mudar até o que cria e ensinava anteriormente sobre a Divindade. Essa é a prova maior da corrupção istrativa da IASD, pois nossa liderança não viu problema algum em alterar esta que é principal doutrina de qualquer grupo religioso (sua crença acerca de Deus), para substituí-la por outra de cunho ecumênico e anti-bíblico. Em troca, deixaria de ser considerada seita e poderia receber com mais facilidade recursos dos governos. Houve também vários artigos de teólogos brasileiros sobre o tema da Divindade, nas últimas edições das revistas Sinais, Adventista, Ministério e do Ancião. Nas igrejas, pastores da ativa e encostados levantaram-se em defesa do trinitarianismo, todos eles armados com suas escopetas filosófico-teológicas, apontadas em vão contra a Rocha da Verdade, que é a Palavra de Deus. No texto a seguir, você encontrará alguns dos principais "Chumbinhos Teológicos" disparados em defesa da Trindade por esses pseudosteólogos adventistas, confrontando-se com as potentes e certeiras balas do "Canhão da Verdade Bíblica".
Chumbinhos Teológicos X Canhão da Verdade Bíblica
01. A doutrina da Trindade é bíblica.
01. A doutrina da Trindade NÃO é Bíblica.
Quando proferem suas palestras ou infamados discursos à Igreja, os teólogos adventistas de plantão não apresentam qualquer prova bíblica de que exista uma Trindade divina, que seria formada por três pessoas coiguais e co-eternas, as quais, embora existindo isoladamente, formariam um único Deus.
Centenas de textos bíblicos deixam muito claro que o Deus soberano do Universo é uma única pessoa, a quem Seu Filho nos ensinou a designar como Pai. Estes são apenas alguns exemplos:
Eles simplesmente afirmam a existência da Trindade do alto de sua própria autoridade, eloqüência e erudição. Confiam na ividade e ignorância dos membros presentes, os quais não ousariam questionar publicamente ao pastor, uma vez que estão despreparados para defender biblicamente aquilo em que acreditam. Entre as ferramentas utilizadas por esses supostos "teólogos" para assegurar credibilidade junto aos membros, conferindo-se status teológico superior para garantir a não-contestação, figuram freqüentemente as citações a vocábulos das línguas bíblicas originais. E argumentos inconsistentes como: "A palavra
Deuteronômio 6:4-5: Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Marcos 12:28-30: Chegando um dos escribas, tendo ouvido a discussão entre eles, vendo como Jesus lhes houvera respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o principal de todos os mandamentos? Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. I Coríntios 8:5-6: Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas
Trindade não aparece na Bíblia, mas a palavra 'milênio' também não consta. E isso prova que um termo não precisa estar na Bíblia para identificar uma doutrina correta." O pior é que jogos infantis de palavras como esse ainda convencem o raciocínio pouco desenvolvido de boa parte de nossos irmãos, que estarão sempre receptivos a qualquer tolice desde que seja dita por seu pastor preferido, em quem foram treinados para confiar. Ora, a palavra "milênio" não existe na Bíblia, mas há informações de sobra sobre o período de mil anos em que a Terra permanecerá desolada entre a segunda e a terceira vinda de Cristo! O mesmo não acontece com a doutrina da Trindade.
as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele. I Timóteo 2:3-6: Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos.
2. A doutrina da Trindade deve ser aceita pela fé e não questionada.
2. A doutrina da Trindade não deve ser aceita pela fé sem questionamentos, por não ter origem bíblica.
Primeiro, como dissemos acima, os pseudo-teólogos adventistas tentam impor sua autoridade teológica e eclesiástica, arrotando vocábulos em hebraico e argumentos retóricos em lugar de textos bíblicos que representem um claro "Assim diz o Senhor" sobre o assunto.
Não estamos afirmando que o conhecimento do grego e do hebraico não sejam importantes para uma melhor compreensão da Bíblia. Há lugar, sim, para palavras dos textos originais bíblicos na defesa de nossas convicções doutrinárias, desde que o significado destas sejam apresentado para esclarecer pontos obscuros na linguagem que utilizamos e não para forçar um entendimento contrário ou diferenciado daquilo que, de fato, está escrito no contexto bíblico.
Quando percebem, porém, que o discurso não está funcionando, numa atitude que revela completo desespero de causa, apelam para a
substituição da razão pela fé, impondo a crença cega na Trindade como se entre nós adventistas houvesse lugar para dogmas, ou doutrinas empurradas goela abaixo pela autoridade do magistério e da tradição da Igreja. Assim, transferem para o ouvinte a culpa por sua própria incapacidade e impossibilidade de apresentar provas bíblicas da existência da Trindade. É como se nos dissessem: "Não é que eu não saiba explicar. É você que não está entendendo, por causa de suas limitações culturais, cerebrais e, acima de tudo, espirituais. Você não aceita a doutrina da Trindade, porque não tem fé!" É o mesmíssimo argumento daqueles pastores pentecostais que, quando o milagre prometido não se realiza, atribuem a razão do fracasso à falta de fé do interessado na graça. Mas a fé de que necessitamos como cristãos não visa a levar-nos a aceitar o que não está escrito na Bíblia, como uma verdade posteriormente revelada. Nossa fé se limita a aceitar que aquilo que está escrito na Bíblia é a Palavra de Deus.
Por exemplo, é exatamente por conhecer o significado das palavras ruach em hebraico e pneuma em grego, que afirmamos que a expressão bíblica "Espírito Santo" significa apenas "vento, brisa, fôlego, hálito" e por extensão "força vital, poder invisível, energia" de origem divina, isto é, santo. Observe que a palavra em hebraico é uma onomatopéia, que reproduz exatamente o som do ar em movimento, enquanto o vocábulo grego é bem conhecido entre nós por ajudar a identificar o estudo de problemas respiratórios (pneumatologia), doença do pulmão (pneumonia) e até os pneus cheios de ar de nosso carro (pneumáticos). Por isso, são raros os teólogos capazes de afirmar com sinceridade, como fez o Dr. José Carlos Ramos: "O termo Trindade foi usado pela primeira vez por Teófilo de Antioquia no II século. A doutrina da Trindade é uma inferência com base bíblica."1Inferência não é doutrina!
3. O homem não pode conhecer nem entender a Deus. Caso contrário, Este deixaria de ser Deus.
3. O homem pode e deve conhecer a Deus porque Este Se revela à humanidade, através dos ensinos do profetas, apóstolos e de Seu Filho unigênito.
Em defesa da doutrina católica da Trindade, são capazes de negar a própria teologia, cuja proposta é exatamente o "estudo de Deus" (Theos + Logia)! Não são capazes, porém, de perceber esse lado absurdo e ridículo de suas afirmações.
Obviamente, melhor seria adotar um outro termo em lugar de teologia, "bibliologia" (estudo da Bíblia) talvez. De qualquer modo, se existem "teólogos" é porque é possível, através das Escrituras Sagradas, estudarmos e até nos aprofundarmos no estudo da Revelação de Deus, acerca de Si mesmo.
Depois de verem falhar o argumento da autoridade intelectual e o da autoridade teológica, na tentativa de acrescentar algum conteúdo bíblico à sua argumentação pró-trindade, um versículo que os pseudo-teólogos adventistas costumam citar é Romanos 11:33: "Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!" Apresentam essa agem para tentar provar que é impossível ao homem conhecer a Deus em Sua plenitude. E acrescentam 1 Timóteo 3:16: "Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória." A ênfase, a partir de então, recai sobre os adjetivos "insondáveis" e "inescrutáveis", além do substantivo "mistério", deixando completamente de lado outras informações do contexto em que esses versículos estão inseridos. Pretendem provar que a Trindade seja um mistério insondável e inescrutável, embora os assuntos de que o apóstolo trata nada tenham a ver com a natureza de Deus.
Aliás, isto não é apenas possível, mas insistentemente sugerido pelo próprio Senhor Jesus, que disse que nossa vida eterna depende exatamente desse conhecimento correto acerca de Deus: "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3. Em relação às lado, Romanos mistério a que capítulo não é a
agens citadas ao 11:25 esclarece que o Paulo se refere nesse Trindade:
"Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios." Esse é o mistério! Entenda melhor Romanos 11:33, através desta versão da Bíblia na Linguagem de Hoje: "Como são grandes as riquezas de Deus! Como são profundos o seu conhecimento e a sua sabedoria! Quem pode explicar as suas decisões? Quem pode entender os seus planos?" O texto de 1 Timóteo 3:16 refere-se ao mistério da encarnação de Jesus Cristo, sem qualquer ligação com a Trindade.
4. A fé transcende a razão.
4. A fé depende da Revelação e não a pode ultraar.
Toda vez que você contradisser a um teólogo trinitariano, insurgindo-se contra sua pretensa autoridade teológica e eclesiástica para mostrarlhe que está equivocado e não tem razão por estar citando agens bíblicas fora do contexto, ele apelará para frases filosóficas, como: "A fé transcende a razão".
O único parâmetro para a fé cristã é a Revelação e não, a razão. A fé não se contrapõe à razão, não se compara a ela, nem procura acompanhar a razão até certo ponto. Portanto, não cabe julgar se a fé é racional, irracional ou extra-racional.
Através desse subterfúgio ou saída estratégica, procuram conduzir o debate acerca da natureza de Deus para um outro ambiente, o da mera disputa intelectual, em que toda argumentação é válida, sem que a Bíblia seja considerada como único critério de avaliação. Isto é, afirmam que a fé transcende a razão para tentar provar exatamente o contrário, que a razão transcende a fé, que a mente humana é capaz de chegar à verdade sobre Deus, sem que esta provenha totalmente da Bíblia ou ainda que não conste inteiramente dela.
O foco da fé é sempre e exclusivamente a Revelação. Fundamenta-se unicamente na Palavra de Deus, que a define e exemplifica em Hebreus 11: "Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. ...Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem." O cristão entende os assuntos espirituais pela fé, não pela razão. Fé não é a certeza de coisas que se deduzem, nem a convicção de fatos que se não vêem, mas parecem lógicos…
Esse é o momento em que entra em ação o velho estilo satânico de interpretar convenientemente o que diz a Palavra de Deus, insinuando que sua aplicação literal não faz sentido. "É assim que Deus disse?" perguntou a serpente no Paraíso. E no deserto, o Diabo contra-argumentou: "Mas também está escrito…"
Por isso, quando o teólogo trinitariano honra aparentemente a Bíblia com a sua citação para em seguida contradizê-la, mencionando o conceito bíblico apenas como uma das premissas do raciocínio, nós nos desvencilhamos dele com a afirmação de nossa ignorância e total confiança apenas naquilo que está escrito. Não seguiremos o seu raciocínio, porque oculta a astúcia da antiga serpente.
Esse é o momento das "inferências com base bíblica", em que o raciocínio
Um recente número da Revista do Ancião2 trouxe várias perguntas
humano contradiz o enunciado bíblico, alterando-lhe o significado. Equivale a substituir o "está escrito" pelo "está implícito". A Bíblia diz que Deus é único e está unido plenamente a Seu Filho em ideais e propósitos, mas a sabedoria e tradição humanas entram em ação para explicar que a unicidade de Deus é composta por três, que Sua singularidade é plural e que Sua unidade com o Filho é dividida também com um terceiro elemento, o Espírito…
capciosas desse estilo: Poderia o Eterno ser chamado de amor se existisse como ser solitário? Seria possível o amor divino se Deus não fosse múltiplo para exercitá-lo entre Si? Dependeria Deus dos seres criados para exercitar Seu amor? A todas elas nem nos atrevemos a considerar. Apenas respondemos: "Não sabemos, mas está escrito que o Deus Eterno é um só."
5. Na matemática divina: 1 + 1+ 1 = 1.
5. Na linguagem bíblica, vale o que está escrito.
A frase freqüentemente repetida -- "Na matemática divina, 1+1+1=1" -- é só um exemplo dos princípios casuísticos, criados pelos teólogos adventistas para interpretar textos bíblicos de modo que favoreçam à doutrina da Trindade.
O princípio, segundo o qual "na matemática divina, 1+1+1=1", é apenas frase de efeito, filosofia barata. Mesmo assim, o adventista-padrão confia tanto em seus teólogos que não percebe que está sendo enrolado e desencaminhado por eles.
O triste é que um recurso absurdo como esse funciona, quanto usado para convencer aqueles que aceitam definir a veracidade da crença trinitariana pela lógica, aparentemente fundamentada na Bíblia.
Alguns chegam a tomar nota de enunciados tolos como esse e repeti-los por aí, sem sequer atentar para o risco de Deus modificar as regras matemáticas por Ele criadas e que regem o Universo, para atender a um caso específico como a formulação de uma doutrina sobre Si mesmo.
E no arsenal dos teólogos, não faltam chumbinhos filosóficos, compostos de verdade e erro, através dos quais tentam desdizer aquilo que é explicitamente afirmado nas
Com base na criação de Adão e Eva à imagem e semelhança de Deus, os quais formaram "uma só carne",
Escrituras. Um exemplo é a manipulação que fazem do hebraico para concluir que o "Santo Shemá", encontrado em Deuteronômio 6:4, onde lemos: "Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor", significa em realidade: "Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é um entre outros em uma unidade conjunta ou partilhada." Esse é o argumentado apresentado por um dos autores do livro The Trinity, no artigo "A Trindade" publicado na edição de julho-setembro de 2003, da Revista do Ancião, pág. 29: "A leitura superfcial desse texto poderia apontar para o unitarianismo, mas quando o significado da palavra hebraica traduzida como 'único' ('echad) é explorado em profundidade e comparado com a palavra yachid, os resultados são reveladores: 'echad na verdade significa 'um (entre outros)'. ...A possibilidade de haver outros é inerente em 'echad, mas yachid impede essa possibilidade.' "A diferença entre 'echad e yachid pode ser explicada melhor: 'echad refere-se à unidade que resulta da união de várias pessoas, enquanto que yachid é usada, no hebraico, para referir-se a um ser exclusivamente único. Contrastando com 'echad, yachid "significa 'um' no sentido de 'único' ou 'sozinho'." Contudo, Moisés preferiu empregar a palavra 'echad para expressar a idéia de um entre outros em uma unidade conjunta ou partilhada." Não encontrei exemplo melhor da desonestidade e habilidade em distorcer o sentido das Escrituras dos teólogos adventistas do que esse! Isso deve ser um dom de origem satânica. Através de Moisés, Deus está ordenando ao povo de Israel que O sirva com exclusividade e ame com inteireza de coração: "Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único
embora fossem duas pessoas (Gênesis 2:24); e também com base na afirmação de Cristo de que Ele e o Pai (apenas!) são um (João 10:30); poderíamos no máximo dizer que, no relato da Criação e na revelação feita por Jesus, a Divindade é dual, composta por duas Pessoas. Mas sem nos esquecer de que Cristo também disse: "O Pai é maior do que eu." (João 14:28.) Se Deus fosse trindade composta por três pessoas, por que criaria uma unidade à Sua imagem e semelhança composta de apenas duas pessoas? E note que do mesmo modo que Deus é o cabeça de Cristo, Adão foi posto como o cabeça de Eva. (Veja I Coríntios 11:3.) A unidade de propósito não anula a desigualdade hierárquica. Felizmente, o mesmo poder que inspirou a redação das Escrituras, ilumina-nos hoje o entendimento para que encontremos na própria Bíblia as respostas de que necessitamos, sem que haja necessidade de recorrermos aos sinuosos raciocínios da Teologia. Aliás, a irmã White ensina que regras de interpretação bíblica inventadas por teólogos, só atrapalham! "As verdades mais claramente reveladas na Escritura Sagrada têm sido envoltas em dúvida e trevas pelos homens doutos que, com pretensão de grande sabedoria, ensinam que as Escrituras têm um sentido místico, secreto, espiritual, que não transparece na linguagem empregada. Estes homens são falsos ensinadores. Foi a essa classe que Jesus declarou: 'Errais vós em razão de não saberdes as Escrituras nem o poder de Deus.' Mar. 12:24. A linguagem da Bíblia deve ser explicada de acordo com o seu óbvio sentido, a menos que seja empregado um símbolo ou figura." O Grande Conflito, págs. 598-599. O próprio contexto de Deuteronômio 6, por exemplo, mostra que o Deus de Israel tanto é 'echad por ser um só, quanto por ser singular, ou sem igual, entre os deuses, mas isso não significa que seja uma Trindade.
SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força…" Ou seja, porque Deus é único não aceitará um coração dividido com outro deus ou por mais de um. Mas eis que surge o teólogo adventista e, assentado na cadeira de Moisés, diz que não é bem assim, que a unidade divina é composta, que numa leitura superficial o unitarista teria razão, mas explorado com profundidade, comparado e explicado melhor é inerente que Moisés queria dizer que Deus não é um, mas três-em-um…
Veja o que dizem os versos 13-14: "O SENHOR, teu Deus, temerás, a ele servirás, e, pelo seu nome, jurarás. Não seguirás outros deuses, nenhum dos deuses dos povos que houver à roda de ti, porque o SENHOR, teu Deus, é Deus zeloso no meio de ti, para que a ira do SENHOR, teu Deus, se não acenda contra ti e te destrua de sobre a face da terra."
Deuteronômio 6:4-5: "Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força." I Coríntios 8:5-6: Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.
Referências: 1. Dr. José Carlos Ramos em: "Santíssima Trindade" (estudo não duplicado, Instituto Adventista de Ensino - Campus Central, 1996), pág. 1. 2. Woodrow W. Whidden, no artigo "A Trindade", publicado na Revista do Ancião, edição de julho-setembro de 2003, págs. 28-30.
Apêndice F Uma Análise Inteligente e Bem Humorada do Livro “A Trindade” Por Tales Fonseca 1) "Os Teólogos, Autores do Livro A Trindade, Só Podem Estar Brincando" Antônio Rodrigues estudava Química na UFRJ. Muito inteligente, mente científica, era ateu. Além de não acreditar em Deus, considerava os religiosos ignorantes e merecedores de um tipo de piedade intelectual. A convite do Ner, seu colega de turma na faculdade, foi visitar o IPAE, em Petrópolis-RJ. Após o almoço (na minha casa), o assunto convergiu para a crença em Deus. Eu era menino, e assistia com interesse o debate. Estavam presentes, além do seu colega, dois Pastores, sendo que um também era formado em Latim e Grego, e o outro, estudava Filosofia. O cético Antônio encontrou-se, pois, entre pessoas cultas – porém, crentes. Aproveitando que não precisava ter pena de ninguém ali, lançou o desafio: -- As pessoas que crêem em Deus não examinam o assunto corretamente. Crer em Deus é um tipo de ignorância – isto é, desconhecimento de causa e falta de lógica. Se estudarmos o tema sem preconceitos, não há como continuar crendo em Deus. O desafio foi aceito. Assim, durante várias tardes de Sábado, ele subia a serra para tentar convencer os amigos que a crença em Deus é incompatível com a razão e a lógica. Alguns meses depois, foi batizado. Mais tarde, tornou-se obreiro, professor de Química no IPAE. Um ótimo professor e autêntico cristão. No século XVI, o doutor Michael Bajus, eminentíssimo teólogo da antiga e famosa Universidade de Lovaina, resolveu fazer uma refutação bem fundamentada contra as idéias reformistas de Calvino. Só que o doutor tanto estudou, que acabou defendendo o ponto de vista dos reformistas, recebendo do Papa uma bula de condenação. Já ouvi relatos sobre pessoas que se dispam a esquadrinhar os escritos de Ellen White para atacar a IASD, e acabaram se tornando adventistas. Estes exemplos são para chamar a atenção sobre os autores do livro “A Trindade”. Os três, teólogos e doutores da Universidade de Andrews, receberam a incumbência de “responder ao desafio” da “crescente minoria” que “defende uma volta à posição antitrinitariana de muitos pioneiros”, conforme diz a contracapa do livro.
Crescente minoria A primeira vez que vi as idéias desta “ crescente minoria” foi no site do Ennis Méier. Não faltou quem o aconselhasse a parar com isso, pois discutir doutrina é coisa para Ph.D. Mas a idéia se espalhou, e logo o Robson começou com esta heresia aqui no “adventistas.com”. Na ocasião, trocamos alguns e-mails raivosos, pois ninguém vai tirar minhas crenças assim de qualquer jeito, sem pedir licença. No lado da esmagadora maioria há centenas de teólogos inteligentes e dezenas de saudáveis PhDs. No grupo da minoria, só alguns PHDs (Pobres, Humildes e Desnutridos). Vejam o Ricardo Nicotra: magro, cara de menino, sem curso teológico, quer desafiar os doutores da Andrews com seu pequeno livro. Parece até falta de respeito. O Nicotra jamais seria um eminente teólogo, pois lhe falta a principal característica: saber falar as coisas simples de forma complicada. Lendo o que ele escreve, é fácil entender o que está dizendo. Há poucos dias, ouvi uma senhora adventista de 91 anos (nasceu quando Ellen White ainda vivia), ao ler o livro “Eu e o Pai Somos Um”, confidenciar: “até que enfim alguém conseguiu explicar isso de forma clara”. Os teólogos Woodrow Whidden, Jerry Moon e John Reeve, todos da Universidade Andrews, devem ter pesquisado muito, consultado muitas fontes, meditado. Sua missão era defender a doutrina da Trindade. A questão é: estudando, lendo, pensando... será que eles, como tantas vezes já aconteceu, também não aram a ter dúvidas, talvez até a descrer? Eles sabem que discordar da doutrina oficial, no mínimo custaria o emprego. Mas isto não seria nada, comparado ao desdém, o ostracismo, o risco de ser comparado às “ardorosas” e “zelosas” Testemunhas de Jeová, conforme deixam claro na introdução do livro (pág. 9). Por outro lado, é normal querer compartilhar suas descobertas. Diz a lenda que Galileu, já condenado por questionar a verdade teológica que o sol gira ao redor da terra, descobriu as fases de Vênus, mas colocou tal descoberta em um poema, driblando a censura e garantindo seu lugar na história. Mas, de que forma eles, ou ao menos um deles, colocaria no livro evidências de que não crêem? Teriam deixado pistas? Mensagens escondidas? Teriam de escrever de tal modo que os editores não percebessem… Pois então. Creio ter encontrado várias pistas, que, se não provam, sugerem fortemente tal idéia. O livro é muito bom. É preciso reconhecer o mérito dos autores. Há uma parte histórica, muito agradável de se ler, onde além da narrativa de fatos históricos são feitas correlações interessantes. Por exemplo, na pág. 204, ficamos sabendo que na Transilvânia, hoje parte da Romênia, há mais adventistas que nos outros países da Europa Oriental. Isto, “graças à herança” do grande número de guardadores do Sábado que não criam na Trindade que viviam lá há séculos. Isto facilitou muito a entrada da mensagem adventista, na época que nossa igreja não defendia a doutrina da Trindade.
Outra importante herança da Transilvânia absorvida pela igreja (não citada no livro) foi a conduta estranha de um famoso conde local, de hábitos noturnos, que é imitado por alguns es na forma como sugam as doações dos irmãos mais pobres. A primeira pista Uma das maiores dificuldades para fazer alguém crer na doutrina da Trindade, é que ela não é lógica. Três é três, um é um. Não dá para mudar isso, nem espremendo a matemática até sangrar. A doutrina diz: “Há um só Deus. Esse Deus consiste de três Pessoas divinas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo”. Pronto. Como aceitar isto? Se há um só Deus, não podem ser três, se são três, não há só um. Mas os teólogos são bonzinhos. Eles tentam ajudar: “Não são três deuses, e sim três Pessoas divinas”, garante o livro {pág. 273). Se a questão parasse aí, um Deus composto por três pessoas, até daria para conversar. Deus não seria uma pessoa, mas uma entidade, uma empresa, algo assim. Mas, lamentavelmente, após afirmar que não são três Deuses, eles arão a metade do livro tentando provar que os outros dois, (além do Pai, que ninguém discorda que é Deus) também são Deus. Isto é, são três Deuses. Se um é Deus, o outro é Deus, e o outro também é Deus, são três. Parem de querer fazer os outros de bobo. E a outra metade do livro, eles gastam tentando provar que o terceiro Deus é uma Pessoa, já que os dois primeiros ninguém questiona que são pessoas. Quer dizer, cada um é Deus, e cada um é uma Pessoa. E são três. Portanto, se são três, não são um. O triângulo é um triângulo, mas tem três lados. Uma centopéia tem cem pernas, mas é uma centopéia, uma boiada tem mil bois, mas é uma boiada. Mas uma centopéia é uma centopéia, não uma perna. E cada lado do triângulo é um lado, não um triângulo. E não há triângulo de um lado só. Sinto-me ridículo, depois de tantos séculos com milhares de pessoas argumentando este mesmo tema, estar aqui repisando idéias. Mas há uma possibilidade prática de usar este conceito de que não se respeitam mais os números. Se três e um é a mesma coisa, um time formado por onze jogadores é apenas um time, portanto, se acrescentarmos mais jogadores, vinte, duzentos, dez mil, continua sendo um time. Assim, os técnicos iriam acrescentando tantos jogadores quanto disponíveis. Como os profissionais são poucos, apelar-se-ia para a torcida. Qual time levaria vantagem? O de maior torcida. Quem sabe, então, o Flamengo voltaria a ganhar, poupando-nos de tanto sofrimento... Matemática extravagante Alguém questionou neste site que às vezes brinco um pouco, o que poderia ser encarado como desrespeito. Não é desrespeito. O humor pode ser usado como forma de argumentar, assim como o xingamento. O doutor José Carlos Ramos
chama os que não crêem como ele de “ignorantes”. O Pastor Lessa trata o movimento leigo de “grupo de amargurados”. Prefiro o bom humor. E não fui eu quem começou a falar de futebol: no livro da Trindade, os autores citam times como exemplo da unidade entre personalidades distintas, já preparando-nos para aceitar a doutrina (pág. 37), e citam Pelé como o representante maior do futebol. (pág. 113). (Dizem que houve protestos em Buenos Aires, aos gritos de “Maradona es el único!)”. Desrespeito é querer enfiar goela abaixo nos outros aquilo que acreditamos, ou querer definir, catalogar e explicar um mistério e depois perseguir os que não concordam. Mas o problema continua. Para os trinitarianos conseguirem que sua doutrina seja aceita, é absolutamente necessário que provem que sua teoria é lógica. Deus criou o universo com leis inteligentes e lógicas. No livro, há um capítulo (7) chamado “Objeções lógicas à Trindade”. O autor, honesto, ite: “Os trinitarianos precisam apresentar uma explicação factível e coerente de como podemos logicamente conceber três como um” “na vida real e prática, onde vivemos, não toleraríamos tal matemática extravagante: 3=1”. “assim, é bastante aceitável que os trinitarianos apresentem alguma descrição coerente para tentar explicar como três são um e um é três na vida da Divindade”. Enfim, chegamos à parte fundamental do livro, onde será demonstrado que 1+1+1=1. Os doutores nos demonstrarão que esta não foi uma teoria arranjada só para conciliar a existência de mais dois à enorme quantidade de textos afirmando categoricamente que só há um Deus. Aqui, não dá para nos esnobar usando regras de gramática hebraica ou pergaminhos antigos. É explicar que três é igual a um e pronto. Com a palavra, os doutores: “A primeira resposta à questão da lógica inerente ao pensamento trinitariano” (pausa para um suspense...) “é itir que estamos lidando com um mistério extremamente profundo”! Ah, sim! O velho truque do mistério extremamente profundo. Quando não dá para explicar, vira mistério. Mas, apesar da decepção inicial, o capítulo prossegue, longo, complexo, enrolado. Que saudade do livro do Nicotra. Mas darão uma explicação, sim. E esta começa com I João 4:8. Deus é amor. Até aqui, tudo bem. Depois, o argumento virá na forma de que, se Deus é amor, “o perfeito amor somente é possível entre iguais” (parece slogan daquela gente colorida e alegre). Mas a parte que será usada para nos convencer definitivamente de que três é igual a um, é que Deus, antes de criar o mundo, não tinha ninguém para amar, portanto, precisava haver mais de um para que o amor existisse.
“Houve um tempo em que o universo não existia”, e, tentando traduzir o complicado teologuês usado neste capítulo, a seqüência do raciocínio, é que Deus, para ser amor, teria que amar alguém, mas como o universo não havia sido criado, não havia ninguém para ser amado, nem nada para se fazer... então, Deus precisaria… amar a outro Deus! Agora, vamos tentar entender de novo. Deus é amor. Isto não se discute. Mas, antes de criar o universo, o que Ele fazia? Amava, pois Ele é amor. Amava a quem, se ninguém existia? Amava a si próprio? Não, isto não é possível. Então, “tanto a inspiração quanto a razão demandam a existência de um Deus triúno, composto de Pai, Filho e Espírito Santo”. Quando ficamos em um mesmo ambiente por muito tempo, nos acostumamos e amos a considerar todas as coisas ali como normais. Médicos arrancam tripas e pedaços do fígado com naturalidade, pensando na pizza que comerão ao sair do hospital. Um advogado presente no centro cirúrgico, ao ver tanto sangue espirrando, fica horrorizado, pode até desmaiar. Entretanto, quando é a vez do médico ir à audiência com o juiz, morre de medo, enquanto o advogado conversa com o promotor sobre o jogo de futebol à noite. Portanto, quando ficamos envolvidos por horas e horas em questões teológicas, também perdemos um pouco da “normalidade”. Assim, podemos deixar ar coisas importantes. No caso, os autores nos induzem a raciocinar em teologuês. A linguagem é pesada, truncada. Mas, o argumento é simples: Deus, antes de criar o universo, não tendo nada para fazer ou ninguém para amar, para ser amor teria que amar outro, ou outros, iguais a si, o que O torna plural, portanto, Ele é três. A maior bobagem E aqui está, finalmente, a primeira pista de que os autores não estão convictos da doutrina que defendem. Pois, se querem convencer a outros, como usariam um argumento tão absurdo, tão absolutamente ridículo? Isto é uma total falta de senso. É a maior bobagem já publicada neste milênio. É para achar engraçado. Eles não podem estar falando sério! Falei deste argumento para oito pessoas, quatro cultas e quatro menos instruídas, mas todos cem por cento trinitarianos. Não disse que era um argumento para provar a Trindade, pois o medo infui muito no raciocínio. Todos usaram estes adjetivos: “ridículo”, “absurdo”. Apesar de atordoados com esta suprema bobagem, é preciso respirar fundo e voltar a pensar como gente normal. Escuta aqui. Eles não iam provar que três é igual a um? Pois é, nem tocaram no assunto. Provar que Deus, para ser amor, precisa ser plural, não tem absolutamente nada, absolutamente nada mesmo, a ver com a questão lógica de três ser igual a um. Aqui, é uma questão matemática. O que eles tentaram provar, com este argumento absurdo, é que há mais de um Deus. Pois bem, se forem dois, serão dois, não um. Se forem três, serão três, não um. Se forem nove, serão nove, não um.
Assim, tivemos nossos melhores teólogos usando seus melhores argumentos, e nem mesmo tocaram na questão lógica. Falaram uma bobagem de forma tão grandiloqüente que ninguém percebeu que se negaram a responder como três pode ser igual a um. E foram além. Criaram uma fantástica fantasia cósmica em cima de um único verso da Bíblia! Entrando neste mundo encantado, poderíamos perguntar: Deus é poder, Deus é onipotente. Mas, como exercia este poder se nada existia? Um mandava no outro? Deus é misericordioso. Mas, como usaria sua misericórdia, se ainda não existia ninguém para ser perdoado? Um deles, então, erraria só para o outro perdoar? Deus é onipresente. Mas onde estaria presente se não havia lugar nenhum ainda criado? Deus é justo. Mas, como exercitaria sua justiça, se nada existia para julgar? É muita loucura tirar conclusões, definir, medir e explicar Deus, usando apenas um verso fora do contexto! Foi Deus quem disse que “o perfeito amor só existe entre iguais?” Não, foi um homem, Bruce M. Metzger. E o respeitável sr. Bruce é Deus? Não. Foi Deus que disse que antes de criar o universo, não tendo nada para fazer, ficava amando outros Deuses? Não. Foram homens, que, embora importantes, não são Deus. Mas querem dizer mais, ir além do que o próprio Deus disse. E, se estivessem apenas filosofando, isto seria saudável. Mas, a função prática do livro da Trindade tem sido dar aos líderes da igreja um instrumento para perseguir, humilhar e finalmente, excluir pessoas sinceras, simples, que apenas discordam de uma doutrina. Era obrigação deles dar uma explicação lógica para o 3=1, não criar uma fantasia absurda. Por que teriam feito isso? Ora, eles não estão falando sério. Colocaram esta brincadeira ali para alguém notar que eles não estão assim tão convencidos daquilo que defendem. O que há de mais insano neste argumento, é que pressupõe um Deus ocioso. Sim, porque, antes de criar o Universo, nada havia para ser feito. E isso não foram apenas duzentos anos, um bilhão de anos, mas eternidade e eternidade e eternidade e eternidade e eternidade para trás… Interessante é que, na página 110, eles citam João 5:17 e 18: “Mas Ele lhes disse: ‘Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também’”. Embora se diga que “Deus é Brasileiro” – os autores, americanos, não devem conhecer este ditado. E este seria o único argumento que justificaria pensar em um Deus ocioso. Três Deuses, ou dois, ou vários, que ficariam por incontáveis absurdilhões de anos sem nada para fazer, a não ser um amando o outro… Não consigo conceber a idéia de um Deus que não trabalha. João disse que Deus é amor. Jesus disse que Deus trabalha. João não disse que Deus é amor para provar que Deus é múltiplo, mas para dizer que quem não ama não pode conhecê-lo. Jesus disse que Deus trabalha até agora... isto é, já vinha trabalhando antes. Quando começou? Teria, começado a trabalhar só depois do
“Big-Bang?” Só começou a trabalhar depois de criar isso que nós, meros mortais, chamamos de universo? A eternidade ociosa para trás seria eternamente extensa! Muito recentemente, Ele, com seu Filho, esteve ocupado em um pequeno planeta desta galáxia. Trabalhou seis dias e descansou no Sétimo. E o abençoou e o santificou, mas a grande maioria dos renomados e brilhantes teólogos trinitarianos acha que o correto é descansar no primeiro, o dia do Sol, embora já não queimem os que não crêem que é o Sol que gira ao redor da terra. Fantasia de teólogos O tema é a Trindade, mas esta fantasia dos teólogos sobre o que Deus fazia ou como Ele era antes de criar o universo nos desperta a vontade de também sonhar. Porém, este assunto tem sido encarado por ambos os lados como uma guerra, com muita gente sofrendo, muita injustiça, acho melhor não dar minha opinião, pois ela jamais seria outra coisa além de uma opinião. Tenho respostas razoáveis para as perguntas que formulei. Mas, seria apenas a minha concepção do universo, não sou autoridade. Entretanto, não vejo razão para aceitar como divinas meras opiniões de outros homens, que, embora doutores em divindade, formulam uma explicação dessas sem nem mesmo estarem bêbados. Sim, eles só podem estar brincando. Há outras pistas de que eles não crêem na Trindade, a mais evidente delas, no capítulo 5. E, há também um pastor brasileiro com grande importância nacional, figura chave para a manutenção da sã doutrina, que deu pista que está mudando de lado. Mas isto fica para a próxima. 2) Tá Explicado! A Doutrina da Trindade se Localiza Antes do Gênesis e Depois do Apocalipse (Ou Mais Evidências de que os Teólogos da Andrews Não Crêem na Trindade!) Astrônomos, biólogos, físicos e outros cientistas costumam trabalhar em equipe, e com aparelhos sofisticados e caros. Grandes avanços da ciência em geral envolvem muitos estudiosos e anos de pesquisas. Mesmo assim, pouco se sabe sobre a nossa Terra. Por isso, é emocionante ver como os doutores em Divindade fazem suas descobertas. Enquanto os cientistas usam aparelhos que custam milhões de dólares para estudar pequena parte do universo, os teólogos da Universidade Andrews vão muito mais longe, sabendo como eram as coisas “antes” da formação do mundo e do universo e como será “depois” que tudo acabar. E o mais assombroso são os instrumentos que usam! No livro A Trindade, na pág.312, os autores afirmam que “a evidência escriturística é de que a subordinação de Cristo ao Pai e do Espírito Santo a ambos ocorre meramente para propósitos práticos de criação e redenção entre aqueles que, de outra maneira, são iguais em sua natureza divina compartilhada”.
Traduzindo: Jesus é obediente ao Pai e o Espírito Santo obedece aos Dois apenas do Gênesis ao Apocalipse. Antes da criação do Universo, e depois, quando tudo terminar, as coisas seriam diferentes, isto é, o Líder-Chefe (pág.309), o Leão/Cordeiro (págs. 94-96) e o Rio (págs 100-102), seriam absolutamente iguais, sem hierarquia. Vamos explicar de novo. Segundo os teólogos, de acordo com suas descobertas, esta convenção de primeira, segunda e terceira pessoas da Trindade, esta hierarquia aonde o Pai vem primeiro, depois o Filho e depois o Espírito Santo, isto foi meramente para a história desta Terra. “Meramente”. Antes da criação e depois da última cerimônia do Apocalipse, os três são absolutamente iguais, sem hierarquia. Não será mais preciso dizer sempre que o Pai é o primeiro, podemos começar a contar de qualquer um. E como é que os teólogos descobriram isso? Os astrônomos não conseguem investigar nada “antes” do “big-bang”, teoria inventada para explicar como tudo começou. Seus magníficos telescópios, naves e aceleradores de elétrons mal vislumbram coisas envolvendo nossa própria terra. Entretanto, os teólogos da Andrews conseguiram ir muito, muito mais além. E usando o quê, qual sofisticadíssimo aparelho? Ora, apenas um par de meias! Foi assim. Estando o Dr. Woodrow Whidden imerso em seus pensamentos para finalizar o livro A Trindade, em uma tarde quente em seu escritório, ele aproveitou que estava sozinho e, seguindo a recomendação de seu médico, tirou os sapatos e colocou os pés sobre a mesa. (Aqui é preciso observar que o médico do Dr. Whidden é um profissional dedicado e humano, nada a ver com a medicina fria e impessoal, criticada por ele na pág. 312.). Elevar as pernas ajuda o retorno do sangue, o que dá uma sensação de alívio para quem está muito tempo sentado. E assim, com os pés no alto, olhando para as suas meias, ele teve esta idéia assombrosa. Sim, a teoria da Trindade diz que os Três são iguais, mas só o fato de se começar a contar sempre a partir do Pai, e de se estabelecer a ordem “primeiro, segundo e terceiro”, já mostra que não são iguais. Qual o primeiro lado do triângulo? Então, antes que esses antitrinitarianos insolentes usem este argumento, já fica aí o antídoto. Os Três são absolutamente iguais, e o “líder-chefe” (pág. 309) não será mais líder nem chefe, assim como nunca foi Pai. O problema é que isto não está escrito em absolutamente lugar nenhum! O problema é que, do Gênesis ao Apocalipse, nenhum verso diz isso, ou algo parecido com isso! Ele diz que é a “evidência escriturística”, que lhe deu tal informação. Não foi. Não há absolutamente verso nenhum na Bíblia, nem no Alcorão, nem no Talmude, nem no manual do escoteiro, que diga isso ou algo que e perto disso. É uma fantasia exclusiva do Dr. Whidden, ao olhar para suas meias. Está bem. Para fins científicos, não posso afirmar que ele teve esta idéia ao olhar para as meias. Mas pode ter sido, pois quando estamos pelados no banheiro, em geral não pensamos em metafísica, pois a visão do nosso corpo
ridículo nos inibe pensamentos tão grandiosos. E a mente humana, para criar bobagem desta magnitude, precisaria estar sossegada, em ambiente tranqüilo. Poderia ser em uma pescaria, também. Mas é mais fácil provar aqui que foi olhando para as meias do que ele provar o que afirmou sobre a Trindade. Não é preciso abrir a Bíblia para ver a incoerência. O primeiro verso da Bíblia já começa com a criação, e o final do livro do Apocalipse, é onde termina a história da Redenção. A evidência escriturística do Dr. Whidden deve ser procurada, portanto, antes do Gênesis e depois do Apocalipse. Bom, vai ver ele possui uma Bíblia especial, ou algumas tabuinhas de ouro trazidas por um anjo. Pegadinha celestial: Jesus se disfarça de anjo! O pastor Ruben Schaefel em artigo na Revista Ministério também exerceu seu direito a teorizar, e afirmou que Jesus, no “antes”, andava disfarçado de anjo. Observe que a teoria dele e a teoria do Dr. Whidden são um tanto antagônicas, pois se os “Três Deuses” fossem realmente absolutamente iguais, não faria sentido um deles andar disfarçado de anjo. A igreja terá que optar por uma dessas duas fantasias. Se for na base do voto, votarei no pastor Schaefel, pois ao menos há alguma base escriturística para sua teoria. É mais fácil acreditar em um Jesus humilde que em um trio absolutamente igual onde o Pai não é pai e o Filho não é filho. Outra razão para apoiá-lo é que temos que valorizar a teologia nacional. No artigo anterior, afirmei haver encontrado evidências de que os autores do livro “A Trindade” poderiam não crer mais na Trindade, e teriam deixado pistas, que a censura não poderia perceber. Teriam que ser lidos por outros teólogos, inclusive, sem que os mesmos notassem. Assim, o Dr. José Carlos Ramos e o Dr. Amin Rodor leram, mas não viram nada de anormal. Pensando bem, enganar o Dr. Rodor não deve ser difícil, mas enganar a todos, seria possível? É difícil precisar até onde pode ir a imaginação de um professor da Andrews ao observar seu dedão do pé mexendo dentro da meia. Mas qual sua intenção ao afirmar uma absurdidade dessas? Não seria para que, após o livro ter cumprido sua função de combater os hereges, alguém observasse que eles estão só brincando? Encerramento: E o vento sagrado vira água da vida... Há poucos dias houve o encerramento das olimpíadas. Na festa de encerramento, ficamos sabendo oficialmente quem foram os melhores. Nas formaturas da Universidade Andrews, o professor Whidden deve compor a mesa ao entregar os diplomas. São ocasiões de muita importância. Quando acabar “o grande confito”, no “final e glorioso triunfo”, haverá também uma cerimônia para todo o universo assistir. A Nova Jerusalém será apresentada aos futuros habitantes da Terra e do Universo. Tudo o que era escondido será revelado. Satanás e seus enganos e mentiras não mais existirão.
Deus Pai e seu Filho compartilharão o trono, e os autores, defendendo a teoria da Trindade, mostram que isto é uma prova final e inquestionável que ambos são Deus. Aqui, os que dizem que Jesus não é Deus ficam sem ter o que falar. Bem feito! Assim, estaria provada a Trindade, mas, calma aí, até agora só há dois. E o livro de Apocalipse vai acabar, estamos na última página. É a cerimônia final, é o encerramento, é o clímax glorioso da história da criação e da redenção. Ali todos estão presentes. Os anjos, os 144.000, a grande multidão, a cidade, a árvore da vida... e o mais importante de tudo, o trono onde Deus reinará pelos séculos dos séculos. E, ao seu lado, do lado direito para ser mais exato, está seu Filho. Ele também reinará para sempre e sempre. E do lado esquerdo, podemos ver, está o... não, ainda não está. Bom, a história da redenção acabou, agora, segundo o Dr. Whidden começa uma nova história, onde os três serão novamente absolutamente iguais. Se forem absolutamente iguais, sem privilégio ou favoritismo ou hierarquia, não deveria já começar nesta cerimônia? E, vejam, sentados ao trono, Pai e Filho. Só o Pai e o Filho. Talvez, em uma nova visão, apareçam os três… Mas o livro do Apocalipse acaba, a Bíblia acaba, os escritos de Ellen White, incluindo os acréscimos com caneta esferográfica, acabam, e só há dois, mesmo, no trono. Os autores poderiam aqui, num o súbito de humildade, continuar afirmando que crêem na Trindade, mas itir que o Espírito é espírito. Eles diriam simplesmente que o Espírito Santo estaria lá pessoalmente em pessoa, mas, como crê a maioria do povo, espírito que se preza não pode ser visto. Não se pode ver o vento. Mas não. Novamente, eles nos deixam uma pista de que não crêem na lógica da Trindade, pois, nas páginas 100, 101 e 102, em teologuês intrincado, eles tentarão nos convencer que o rio que sai do trono é o Espírito Santo. Quer dizer, na cerimônia de encerramento, na formatura final, a terceira Pessoa, que jamais teve o privilégio de ser adorado em toda a Bíblia, novamente comparece dissimulado, sob forma de rio. Todos estão presentes, cantam hinos, louvam ao Pai e ao Filho, mas a terceira Pessoa Divina, permanece disfarçada. Porquê? E logo de rio! O vento (ruach, pneuma), agora vira líquido. Os teólogos da Andrews só podem mesmo estar brincando! Assim como no caso do Deus que para ser amor precisa ser três, este é outro argumento dolorosamente difícil de ser engolido. Assim que o livro foi lançado no Brasil, esta absurdidade foi comentada neste site. Quer dizer, os três são iguais, mas o terceiro seguirá sendo o menos importante, e permanecerá todo o futuro disfarçado de rio. Por que não está sentado no trono? Os autores buscam vários versos para identificar o Espírito Santo com a água, mas só pioram as coisas. Melhor se apelassem para a homeopatia. A homeopatia é defendida por doutores importantes, sérios, que escrevem cartas indignadas quando se questiona sua ciência. A homeopatia diz que uma substância dissolvida várias vezes na água, “impressiona” as moléculas da
água, e, mesmo depois de a substância já não estar presente, a água mantém as propriedades desta substância. É como se a água retivesse “o espírito” da substância. Muitas pessoas importantes crêem na homeopatia, muitos artistas famosos já foram curados por ela, é uma especialidade médica reconhecida por lei e com diversos profissionais sérios e honestos atendendo ao povo, e que merece todo respeito. Só não funciona. Água não tem espírito. Mas, conforme os nossos doutores teólogos, pode ser que sim, pode ser que a água seja espírito. Talvez os índios, em seus rituais, ou os antigos egípcios, que adoravam o Nilo, tenham lá suas razões. (Há quem adore o Rio Ganges ainda hoje). O espírito da água. O rio espírito. Gente, eles não podem estar falando sério! É mais uma coisa engraçada dita em linguagem complexa para o resto da turma não perceber. A linguagem “vento”, “Ruach”, “Pneuma”, era fácil de ser entendida pelas pessoas de antigamente, que mesmo sem saber o que é Oxigênio e Nitrogênio, sabiam que o vento existia, estava em todos os lugares, e só. O símbolo era de fácil compreensão. Agora, o vento vira água. Como, então, o Espírito estará em todos os lugares ao mesmo tempo? Só com uma enchente, um dilúvio! A fé dos nossos pais: Quanta emoção, prazer, nos traz! Desde que foi implantada esta doutrina têm se mantido, conforme vemos na História, à força. Todos os que discordam são perseguidos e mortos. Era uma boa forma de argumentar. Hoje, com leis nos países cristãos que impedem tal forma de convencimento, os argumentos usados são o desprezo, o opróbrio, a perseguição e a exclusão. Quem está “bem” em seu ambiente social na igreja, não vai querer se arriscar. Mas,... e se… Ora, e não é que o pastor Rubens Lessa, responsável pela defesa da Trindade na Revista Adventista, faz algumas emotivas considerações no editorial de Julho sobre os tempos de antigamente?... Não dá para discordar dele. A fé dos nossos pais, a religião dos antigos obreiros, era muito mais sincera, havia mais dedicação. O mundo estava menos corrompido. Houve um tempo que cinema era pecado. Hoje, as crianças vêem os programas do João Kleber… Quanto mais para trás, mais obreiros fiéis encontramos. Sigamos o caminho que o pastor Lessa indicou. E não é que, se voltarmos mesmo, chegaremos aos pioneiros? Ali sim, tínhamos fé e dedicação total! Que bom, se tivéssemos pastores com a garra e a fé de um Tiago White ou Uriah Smith! Levando o raciocínio do pastor Lessa adiante, com certeza chegamos aos pioneiros. Só que eles não criam na Trindade!... Pastor Lessa, pastor Lessa! Olha o emprego! (Não, dr. Rodor, o pastor Lessa não está mudando de lado, é só uma brincadeira…) Convido a todos os que crêem nos teólogos para um banho de rio na Nova Terra, (se eu for, claro). Rio é formado de água, não de vento. Não tomaremos banho dentro de um Deus. Alguém que fale inglês poderia convidar o Dr. Whidden para entrar conosco na água (sem as meias, claro).
O DESENVOLVIMENTO DO DOGMA DA TRINDADE NOS CREDOS É provável que a maioria dos freqüentadores das igrejas, hoje em dia, crê que foram Jesus Cristo e os seus apóstolos os que desenvolveram a doutrina da Trindade. No entanto, o Professor E. Washburn Hopkins explica no seu livro Origin and Evolution of Religion (Origem e Evolução da Religião), na página 336: “A doutrina da trindade era evidentemente desconhecida a Jesus e a Paulo; de qualquer modo, não dizem nada sobre ela.” Não formularam nenhum credo definindo a Trindade. De fato, a palavra “trindade” não ocorre nenhuma vez na Bíblia Sagrada. Tampouco se encontram na Bíblia expressões tais como “um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo”, num “consubstancial com seu Pai”. Ao contrário, a Bíblia fala de Cristo como sendo “o princípio da criação de Deus”, e diz que “a cabeça do Cristo é Deus” (Apoc. 3:14; I Cor. 11:3). Portanto, a Nova Enciclopédia Católica, em inglês, diz a respeito da Trindade: “Não é, conforme já se viu, direta e imediatamente a palavra de Deus.” - Volume 14, página 304. DESCONHECIDA AOS PRIMITIVOS ECLESIÁSTICOS “Tampouco se desenvolveu o conceito de ‘três pessoas em um só Deus’ logo após a morte de Jesus e dos seus apóstolos. Isto foi observado pelo professor episcopal de história eclesiástica James Arthur Muller, que escreve: “Esta falta de uma doutrina formulada da Trindade refete o pensamento teológico do segundo século. Nas obras de Justino, o Mártir, que escreveu por volta de 150 A. D., enfatiza-se a pré-existência do Filho, no entanto, em relação ao Pai, falase Dele como estando ‘em segundo lugar’.” - Creeds and Loyalty, página 9. Mesmo perto do fim do segundo século, o destacado clérigo Ireneu fala de Cristo como estando subordinado a Deus, não igual a ele. - Veja Irenaeus Against Heresies, Livro 2, capítulo 28, seção 8. De modo que a Trindade era desconhecida aos primitivos eclesiásticos. Realmente foi uns 400 anos ou mais após a morte de Cristo que o conceito de “três pessoas em um só Deus” foi finalmente formulado por homens e introduzido na igreja. O CREDO DOS APÓSTOLOS “Mas”, objeta talvez alguém, “não foram os próprios apóstolos que compam o Credo dos Apóstolos? E não ensina este credo a Trindade?” Por séculos se ensinou que os doze apóstolos escreveram este credo, e isso foi crido piamente. Mas esta afirmação se mostrou inverídica. Na realidade, a evidência revela que o “Credo dos Apóstolos”, ou “Símbolo dos Apóstolos”, foi formulado por homens que viviam centenas de anos depois deles!
The Faith of Christendom (A Crença da Cristandade), livro que é fonte de informações sobre credos e confissões, editado por B. A. Gerrish, observa: “Até
agora, portanto, quanto a ter sido composto pelos Apóstolos em pessoa, não temos motivo para presumir que o Credo que leva seu título tenha aparecido menos de quinhentos anos após o tempo deles”. Examine o Credo ou Símbolo dos Apóstolos, conforme apresentado a seguir: “Creio em Deus Pai onipotente, Criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, o qual foi concebido do Espírito Santo, nascido da Virgem Maria; tendo sofrido sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu aos infernos, no terceiro dia ressuscitou dos mortos; subiu aos céus, está assentado à direita de Deus Pai onipotente, donde há de vir julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.” Conforme pode ver, aqui não se diz nada sobre Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo serem “um só Deus”. No entanto, no decurso dos anos em que se formulou o Credo dos Apóstolos, surgiu grande controvérsia sobre a natureza de Cristo. Qual era exatamente a sua relação com Deus? Era inferior a Deus e distinto dele, ou era Jesus o próprio Deus? O CREDO DE NICÉIA Por volta do quarto século, alguns eclesiásticos, inclusive o jovem arcediago Atanásio, argumentavam que Jesus e Deus eram a mesmíssima pessoa. Por outro lado, homens tais como o presbítero Ário apegavam-se à posição bíblica, de que Jesus fora criado por Deus e era subordinado ao seu Pai. Em 325 d.C., reuniu-se em Nicéia, na Ásia Menor, um concílio eclesiástico convocado pelo imperador romano Constantino para resolver tais questões. Neste concílio, o imperador pagão Constantino favoreceu o lado de Atanásio. Portanto, os conceitos expressos por Ário foram declarados heréticos. Seguiu-se então um “experimentar palavras e afiar frases” para projetar um credo como instrumento a ser usado contra os que afirmavam que Cristo teve início e não era consubstancial com seu Pai. O Credo ou Símbolo de Nicéia, na sua forma original, destinava-se claramente a combater a posição de Ário. Concluía com a seguinte declaração, que mais tarde foi excluída do credo: “Mas os que dizem que houve tempo em que não existia; ou que não existia antes de ser gerado; ou que foi feito daquilo que não teve princípio; ou que afirmam que o Filho de Deus é de qualquer outra substância ou essência, ou criado, ou variável, ou mutável, estes são anatemizados [amaldiçoados] pela Igreja Católica e Apostólica.” - Cyclopedia de M'Clintock & Strong, Volume 2, páginas 559-563. Digno de nota é também o fato de que o credo original redigido em Nicéia não atribuiu personalidade ao Espírito Santo. Todavia, adições posteriores, que se crê terem sido feitas pelo Concílio de Constantinopla, em 381 d.C., fizeram isso. O credo ou símbolo redigido em Nicéia, em 325 d.C., com as suas alterações posteriores, ou para a história como o Credo de Nicéia. Reza do seguinte modo:
“Creio em um só Deus, Pai onipotente, Criador do Céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos; Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial com seu Pai, por quem todas as coisas foram feitas; o Qual, por causa de nós homens e por causa da nossa salvação, desceu dos céus e, por virtude do Espírito Santo, tomou carne da Virgem Maria e foi feito homem. Também, por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos, sofreu e foi sepultado; e ressuscitou no terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu para o céu; está assentado à direita de seu Pai e outra vez há de vir, com glória, para julgar os vivos e os mortos; e do seu Reino não haverá fim. E (creio) no Espírito Santo, Senhor e vivificador, que procede do Pai e do Filho; o qual simultaneamente com o Pai e o Filho, é adorado e conglorificado; o qual falou pelos profetas. E em uma só Igreja Santa, Católica e Apostólica. Confesso um só batismo para a remissão dos pecados e espero a ressurreição dos mortos e a vida do século vindouro. Amém.” Depois de se ler cuidadosamente o Credo de Nicéia, é interessante notar que ainda não se define nele completamente a Trindade. Afirma-se que o Pai e o Filho são da mesma substância, e o Espírito Santo é chamado de “Senhor e vivificador”, mas não se diz que estes três são “um só Deus”. Ainda havia de haver mais “experimentar palavras e afiar frases”. O CREDO DE ATANÁSIO É no Credo ou Símbolo de Atanásio que se define finalmente a Trindade. Conforme deve lembrar-se, Atanásio foi o jovem arcediago que se destacou em apoiar os conceitos apresentados no Credo de Nicéia. Foi também ele quem compôs este credo que leva seu nome? Foi isto o que se acreditou por séculos, mas, por fim, provou-se definitivamente que não é verdade.
The Faith of Christendom observa, na página 61: “A atribuição do Credo a Atanásio foi exposta no século dezessete pelo erudito holandês G. J. Voss. Argumentou-se, à base de evidência interna, que o documento pode datar do período entre 381 e 428 A. D.” No entanto, não existe nenhuma evidência certa para uma data tão antiga para o credo. De fato, até centenas de anos depois, não existe nenhuma referência a ele na forma completa! John J. Moment, no seu livro sobre os credos, declara por isso decididamente: “Atanásio já estava morto por quinhentos anos quando apareceu.” (We Believe, página 118) Veja como o Credo Atanasiano defne a Trindade: “. . . que adoremos um só Deus em Trindade e a Trindade na Unidade, nem confundindo as Pessoas, nem separando a Substância. Na verdade, uma é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo; mas uma só é a Divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo; igual a glória, coeterna a majestade. Qual é o Pai, tal o Filho, tal o Espírito Santo. Incriado é o Pai, incriado o Filho, incriado o Espírito Santo. Imenso é o Pai, imenso o Filho, imenso o Espírito Santo. Eterno é o Pai, eterno o Filho, eterno o Espírito Santo. E, no entanto, não (há) três eternos, mas um só Eterno; assim como não (há) três incriados, nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso.
Igualmente onipotente é o Pai, onipotente o Filho, onipotente o Espírito Santo; e, no entanto, não (há) três onipotentes, mas um só é o Onipotente. Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus; e, no entanto, não são três deuses, mas Deus é um só. Assim, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor; e, no entanto, não são três senhores, mas um só é o Senhor. Pelo que, assim como somos obrigados, na verdade cristã, a confessar cada uma Pessoa, singularmente, como Deus e Senhor, assim nos é proibido, pela religião católica, dizer três Deuses ou três Senhores. O Pai por ninguém foi feito, nem criado, nem gerado. O Filho só pelo Pai foi: não feito, nem criado, mas gerado. O Espírito Santo, pelo Pai e pelo Filho: não foi feito, nem criado, nem gerado, mas deles procede. Um só, portanto, é o Pai; não três Pais; um só, o Filho; não três Filhos; um só, o Espírito Santo; não três Espíritos Santos. E nesta Trindade nada é primeiro ou posterior; nada maior ou menor; mas todas as três Pessoas são a si coeternas e coiguais. Portanto, por tudo, assim como acima já foi dito, deve ser adorada a Unidade na Trindade e a Trindade na Unidade. Portanto, quem quiser se salvar, assim sinta (pense) da Trindade. . . .” Portanto, a doutrina da Trindade foi finalmente formulada muitas centenas de anos após a morte de Jesus Cristo. Nas palavras do teólogo N. Leroy Norquist, os homens “experimentaram palavras, afiaram frases, até que definiram a relação das três ‘pessoas’ da Trindade de tal modo, que finalmente podiam dizer: ‘A menos que creia nisso, não é verdadeiro crente.’” Assim se formulou, portanto, o conceito sobre Deus adotado agora na maioria das igrejas. [Nota de rodapé] Os credos, conforme aparecem neste artigo, são citados da Exposição da Doutrina Católica, por Cyro Nunes Ferreira, 1ª edição, Edições Paulinas. AMPLA ACEITAÇÃO Pode ser, porém, que não creia que a sua igreja aprove realmente estes credos. É verdade que tem havido a tendência de nem mesmo tentar ensinar aos paroquianos o conceito perplexo sobre Deus que é adotado. Mas isto não quer dizer que os credos tenham sido rejeitados pelas igrejas. Ao contrário, quase todas as igrejas ainda se apegam ao seu conceito confuso sobre Deus. Que a Igreja Católica Romana o faz é claramente declarado em The Catholic Encyclopedia sob o verbete “Trindade”. Depois de citar parte do Credo Atanásiano, ela declara: “Isto é o que a Igreja ensina.” A Igreja Anglicana também endossa os credos dos Apóstolos, de Nicéia e de Atanásio. A Igreja Episcopal, protestante, também o faz, explicando que “está longe de pretender afastar-se” da Igreja Anglicana “em qualquer ponto essencial de doutrina”. Os grupos luteranos também adotam estes credos. A constituição da Igreja Luterana da América, Artigo II, seção 4, diz: “Esta igreja aceita os credos dos Apóstolos, de Nicéia e de Atanásio como declarações verazes da fé da Igreja.” De modo similar, a constituição da Igreja Unida de Cristo declara: “Reivindica como sua a fé da Igreja histórica, expressa nos antigos credos . . . Os presbiterianos adotam o Credo de Nicéia, e o mesmo fazem os grupos grandes dos metodistas. Estas religiões adotam oficialmente o conceito
trinitarista. Embora os grupos batistas, em geral, não aprovem credos, o Secretário Geral Adjunto da Convenção Batista Americana observou a respeito do Credo Atanasiano: “Estou certo de que a maioria dos batistas americanos estaria em substancial acordo com o seu conteúdo.” É verdade que certas igrejas da cristandade não endossam oficialmente nenhum credo, mas, quase todas elas adotam o dogma trinitarista que estes desenvolveram. Quanto a isso, John J. Moment escreveu no seu livro We Believe (Cremos) a respeito do Credo Atanasiano: “Suas definições estereotípicas continuaram a ser aceitas no Protestantismo, mais ou menos conscientemente, como norma de ortodoxia.” .......................... ... exame da doutrina misteriosa da “Trindade”. Trata-se dum dogma básico da Igreja Católica Romana e de todas as mais de duzentas igrejas pertencentes ao Conselho Mundial de Igrejas, das quais se exige que creiam no conceito trinitário de “um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo”. [Partes de um artigo publicado na revista “A Sentinela” de 15 de janeiro de 1970, editada pela Sociedade de Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, gentilmente nos enviado pela Testemunha de Jeová, Cristiane Silva.]
Alberto R. Timm, Ph. D., em "Adventismo: Histórias e Crenças", artigo publicado na Revista Adventista de junho de 2002, pág. 10.
O PRIMEIRO O PARA APOSTASIA “A possibilidade de posterior desenvolvimento da verdade presente foi uma razão pela qual Tiago White e outros primeiros crentes adventistas se opam ao estabelecimento de credos. Ademais, não tinham muitos dos adventistas sido expulsos de suas denominações anteriores, justamente por causa da descoberta de novas verdades bíblicas, a respeito das quais não puderam calar-se? Em virtude dessa experiência, os primeiros adventistas estabeleceram que seu único credo seria a Bíblia. Em 1861 numa reunião em que os primeiros sabatistas organizaram sua primeira Associação estadual, John Loughborough enfatizou o problema que os pioneiros viam no credo. De acordo com ele, ‘o primeiro o para a apostasia é estabelecer um credo e dizer que devemos crer nele. O segundo é fazer desse credo um teste de discipulado. O terceiro é provar os membros por esse credo. O quarto o é denunciar como heréticos aqueles que não crêem no credo. E, quinto, persegui-los por isso’. Tiago White então falou, mostrando que ‘estabelecer um credo é fazer estacas e levantar barreiras ao futuro desenvolvimento’. Ele se queixou de algumas pessoas que através de seus credos ‘delimitaram um caminho para o Todo-poderoso. Elas dizem virtualmente que o Senhor não deve fazer qualquer coisa no futuro, além daquilo que está marcado no credo. … A Bíblia é nosso credo. Rejeitamos qualquer coisa na forma de um credo humano’, ele concluiu. Depois de uma animada discussão, a Associação unanimemente votou adotar um ‘Compromisso de Igreja’, que continha uma curta declaração de crenças fundamentais, sobre a base de que a Igreja tem a responsabilidade de dizer alguma coisa do que crê a seus membros e interessados, mesmo evitando um credo infexível. Desde o desenvolvimento da primeira Associação organizada em 1861, a Igreja Adventista do Sétimo Dia teve apenas três declarações de crenças que conseguiram certo grau de aceitação oficial, e apenas uma foi votada por uma assembléia da Associação Geral. A primeira foi a declaração de Uriah Smith, em 1872. A segunda data de 1931, e a terceira é a declaração de crenças fundamentais adotada pela Associação Geral, na Assembléia de 1980”. (KNIGHT, George. Revista Ministério. As Mudanças do Adventismo. Edição única. Tatuí – SP, B, janeiro/fevereiro 1994. p. 21.). [A informação acima fornecida por George Knight com respeito as três declarações de crenças esta parcialmente correta. Após a primeira publicação das crenças fundamentais em 1872 num folheto redigido por Uriah Smith, esta mesma declaração foi publicada no primeiro número da revista “The Sign of the Times” em 1874, e repetida em 1889 na primeira edição do Year Book. Porém, foi no ano de 1894 que houve a aprovação destas crenças fundamentais na Assembléia da Igreja de Battle Creek-Michigan. Segundo LeRoy Edwin Froom em seu livro Moviment of Destiny, esta foi “a mais representativa; compreensiva e autorizada declaração das crenças fundamentais na história até aquele tempo” (pág.342). Devemos destacar que o texto das crenças fundamentais aprovada nesta importante Assembléia em 1894, era essencialmente o mesmo daquele que foi colocado num folheto em 1872 por Uriah Smith. Depois desta aprovação estas crenças fundamentais
foram repetidas nas 9 edições do Year Book entre os anos de 1905 e 1914. Ellen White morreu em 1915 e as crenças fundamentais deixaram de ser publicadas, até que no ano de 1931 elas voltaram para o Year Book, só que modifcadas. Não eram mais as mesmas crenças fundamentais dos pioneiros defendidas até o ano de 1914, pois elas tinham sido alteradas de forma a incluírem a crença na trindade. Esta alteração ou a fazer parte das crenças fundamentais dos adventistas de forma oficiosa, pois foi somente no ano de 1980 que elas foram “aprovadas” de forma geral (juntamente com as demais doutrinas) na Assembléia Geral em Dallas.] NISTO CREMOS – A BASE PARA O CREDO “OFICIAL DA IASD”
Sobre esta última declaração de crenças: o livro Nisto Cremos, onde consta a de 1980, está escrito o seguinte: “Durante muitos anos os Adventistas do Sétimo Dia têm-se demonstrado relutante em formalizar um credo (no sentido usual desta palavra). ...”. “... Embora este volume não represente uma declaração votada ofcialmente – já que somente uma sessão da Associação Geral poderia tomar tal medida -, ele deve ser visto como representativo da ‘verdade ...”. (Editores: LESSA, Rubens S., GUARDA, Márcio D. e SCHEFFEL. 4ª ed. Tatuí – SP, B, 1997. p. 6.). Portanto, diante disso, percebe-se que essa última declaração de crenças não é uma declaração oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Por que ela não é ofcial?
DECLARAÇÃO DE URIAH SMITH A primeira declaração de crenças, é conhecida como a “declaração de Uriah Smith” datada de 1872. Sobre o pensamento dele, no artigo “as mudanças do adventismo”, está escrito o seguinte: “Não apenas era antitrinitariano e semi-ariano, tal como os outros de seus companheiros, também apresentava o Espírito Santo como ‘esta divina, misteriosa emanação, através da qual Eles (o Pai e o Filho) levam avante Sua grande Obra’. Noutra ocasião, Smith falou do Espírito Santo, como uma ‘influência divina’ e não uma ‘pessoa como o Pai e o Filho’. Muitos dentre os fundadores do adventismo não se uniriam à Igreja hoje, se eles tivessem que subscrever as crenças fundamentais da denominação. Mais especificamente, muitos deles não concordariam com a crença nº 2, a qual trata da doutrina da Trindade. Para José Bates, essa era uma doutrina espúria. Tiago White a classificava como ‘o velho absurdo trinitariano. E para M. E. Cornell tratava-se de um fruto da grande apostasia, tal como os falsos ensinamentos da guarda do domingo e da imortalidade da alma’”. (KNIGHT, George. Revista Ministério. As Mudanças do Adventismo. Edição única. Tatuí – SP, B, janeiro/fevereiro 1994. p. 15.). No livro Nisto Cremos, também está escrito sobre a declaração de Uriah Smith: “Em 1872 a editora adventista de Battle Creek, Michigan, publicou uma ‘sinopse de nossa fé’ em 25 proposições. Esse documento, tendo sofrido rápidas revisões e sido ampliado para 28 seções, apareceu no Yearbook denominacional de 1889. O texto não constou de edições sucessivas da publicação, mas foi novamente inserido no exemplar de 1905, e continuou a sê-lo até 1914. ...”. (Editores: LESSA, Rubens S., GUARDA, Márcio D. e SCHEFFEL. 4ª ed. Tatuí – SP, B, 1997. p. 6.). A MUDANÇA Notem que o breve histórico do livro “Nisto Cremos” fala das crenças fundamentais publicadas no Year Book de 1931 sem nada mencionar sobre as mudanças que foram nelas feitas (até 1914 nada mencionava sobre a crença num Deus triúno, já em 1931 declarasse abertamente esta crença). A “declaração de 22 doutrinas fundamentais, que apareceu impressa pela primeira vez no Yearbook de 1931, permaneceu até a seção da Associação Geral de 1980, quando foi substituída por um sumário mais amplo e abrangente de 27 parágrafos, publicado sob o título ‘Doutrinas Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia...”. (Ibidem.). “O presente volume, Nisto Cremos, baseia-se nesses breves resumos. Eles aparecem no início de cada capítulo. Neste livro estamos apresentando a
nossos membros, amigos e demais pessoas interessadas – sob forma ampliada, de fácil leitura e de maneira prática – essas convicções doutrinárias atual. Embora este volume não represente uma declaração votada ofcialmente– já que somente uma sessão da Associação geral poderia tomar tal medida -, ele deve ser visto como representativo da ‘verdade ... em Jesus’... ” (Editores: LESSA, Rubens S., GUARDA, Márcio D. e SCHEFFEL. 4ª ed. Tatuí – SP, B, 1997. p. 6.). O curioso, é que o livro “Nisto Cremos” preparado pela “Associação Ministerial”, diz que - “o esboço inicial de cada capítulo”, foi escrito por uma única pessoa. “Assim combinamos os esforços de muitos com os esforços de uma pessoa, P. G. Damsteegt, que recebeu incumbência de preparar o esboço inicial de cada capítulo”. (Editores: LESSA, Rubens S., GUARDA, Márcio D. e SCHEFFEL. 4ª ed. Tatuí – SP, B, 1997. p. 7.).
ADVERTÊNCIAS QUANTO AO PERIGO DOS CREDOS “Roma privou o povo da Escritura Sagrada e exigiu que todos os homens aceitassem seus ensinos em lugar da própria Bíblia. Foi obra da Reforma restituir a Palavra de Deus aos homens; não é, porém, sobejamente verdade que nas igrejas modernas os homens são ensinados a depositar fé no credo e dogmas de sua igreja em vez de nas Escrituras? Falando das igrejas protestantes, disse Carlos Beecher: ‘Horrorizam-se com qualquer palavra rude contra os credos, com a mesma sensibilidade com que os santos padres se teriam horrorizado com uma rude palavra contra a incipiente veneração dos santos e mártires, por eles fomentada. ... As denominações evangélicas protestantes por tal forma ataram as mãos umas às outras, bem como suas próprias, que, em qualquer dessas denominações, um homem não pode absolutamente se tornar pregador, sem, de alguma maneira, aceitar outro livro além da Escritura Sagrada. ... Nada há de imaginário na declaração de que o poderio do credo está começando hoje a proibir a Bíblia tão realmente como o fez Roma, se bem que de maneira mais sutil’. - Sermão sobre a Bíblia como um credo sufciente, pronunciado em Fort Wayne, Indiana, a 2 de fevereiro de 1846”. “Quando ensinadores fiéis expõem a Palavra de Deus, levantam-se homens de saber, pastores que professam compreender as Escrituras, e denunciam a doutrina sã como heresia, desviando assim os inquiridores da verdade. Não fosse o caso de se achar o mundo fatalmente embriagado com o vinho de Babilônia, e multidões seriam convencidas e convertidas pelas verdades claras e penetrantes da Palavra de Deus. Mas, a fé religiosa parece tão confusa e discordante que o povo não sabe o que crer como verdade. O pecado da impenitência do mundo jaz à porta da igreja”. (Idem. O Grande Confito. 36ª ed. 1988. pp. 388-389.). “Quando a Palavra de Deus for estudada, compreendida e obedecida, uma luz brilhante se refetirá sobre o mundo; novas verdades, recebidas e postas
em prática, ligar-nos-ão, em fortes laços, a Jesus. A Bíblia, e a Bíblia tãosó, deve ser nosso credo, o único laço de união; todos os que se submeterem a essa Santa Palavra estarão em harmonia entre si. Nossos próprios pontos de vista e idéias não devem controlar nossos esforços. O homem é falível, mas a Palavra de Deus é infalível. Em vez de lutar uns com os outros, exaltem os homens ao Senhor. Defrontemos toda oposição, como o fez o Mestre, dizendo: ‘Está Escrito.’ Ergamos o estandarte no qual está escrito: A Bíblia, nossa regra de fé e disciplina”. – Review And Herald, 15 de Dezembro de 1985. (Idem. Mensagens Escolhidas, Vol. 1. 2ª ed. Santo André – SP, B, 1985. p. 416.).
UM ASSIM DIZ O SENHOR “Este princípio, temos de manter frmemente em nossos dias. A bandeira da verdade e da liberdade religiosa desfraldada pelos fundadores da igreja evangélica e pelas testemunhas de Deus durante os séculos decorridos desde então, foi, neste último conflito, confada a nossas mãos. A responsabilidade deste grande dom repousa com aqueles a quem Deus abençoou com o conhecimento de Sua Palavra. Temos de receber essa Palavra como autoridade suprema. Cumpre-nos reconhecer o governo humano como uma instituição designada por Deus, e ensinar obediência ao mesmo como um dever sagrado, dentro de sua legítima esfera. Mas, quando suas exigências se chocam com as reivindicações de Deus, temos que obedecer a Deus de preferência aos homens. A Palavra de Deus precisa ser reconhecida como estando acima de toda a Legislação humana. Um ‘Assim diz o Senhor’, não deve ser posto à margem por um ‘Assim diz a Igreja’, ou um ‘Assim diz o Estado’. A coroa de Cristo tem de ser erguida acima dos diademas de potentados terrestres”. (Idem. Atos dos Apóstolos. 6ª ed. Tatuí – SP, B, 1990. p. 69.). “Mas Deus terá sobre a Terra um povo que mantenha a Bíblia, e a Bíblia só, como norma de todas as doutrinas e base de todas as reformas. As opiniões de homens ilustrados, as deduções da ciência, os credos ou decisões dos concílios eclesiásticos, tão numerosos e discordantes como são as igrejas que representam, a voz da maioria nenhuma destas coisas, nem todas em conjunto, deveriam considerar-se como prova em favor ou contra qualquer ponto de fé religiosa. Antes de aceitar qualquer doutrina ou preceito, devemos pedir em seu apoio um claro – ‘Assim diz o Senhor’”. (Idem. O Grande Confito. 36ª ed. 1988. pp. 595.). “A Igreja Romana reserva ao clero o direito de interpretar as Escrituras. Sob o fundamento de que unicamente os eclesiásticos são competentes para explicar a Palavra de Deus, é esta vedada ao povo comum. Conquanto a Reforma fizesse ível a todos as Escrituras, o mesmíssimo espírito que Roma manteve impede também as multidões nas igrejas protestantes de examinarem a Bíblia por si mesmas. São instruídas a aceitar os seus ensinos conforme são interpretados pela igreja; e há milhares que não ousam receber coisa alguma contrária ao seu credo, ou ao ensino adotado por sua igreja, por mais claro que esteja revelada nas Escrituras”. (Ibidem. p. 596.).
“Um credo e os dons permanecem assim em oposição direta um ao outro. Ora, qual a nossa posição como um povo? A Bíblia é nosso credo. Rejeitamos tudo quanto apresenta a forma de um credo humano. Aceitamos a Bíblia e os dons do Espírito, abraçando a fé que o Senhor nos ensinará de tempos em tempos. E nisto tomamos posição contra a formação de um credo. No que estamos fazendo não estamos dando um único o rumo a tornar-nos Babilônia.” - (DOUGLASS, Herbert E. MENSAGEIRA DO SENHOR – O ministério profético de Elle G. White. 1ª ed. Tatuí – SP, B, 2001. p. 427). [Partes do texto publicado no Adventistas.com enviado por
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Finalizamos aqui o acervo do site e fica o contato abaixo para possíveis contatos dentre outros esclarecimentos com o pessoal do site em questão.
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Para contato com o adaptador deste documento: Cristian dos Santos Gonçalves
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DOSSIÊ Textos adulterados de Ellen G. White Documentado por Jairo Carvalho
Caros amigos e irmãos em Cristo, Não me encontro feliz ao fazer a denúncia que abaixo se segue, uma vez que o inimigo das almas certamente a usará de várias formas, procurando tirar a credibilidade da igreja, procurando denegrir imagem do denunciante (eu), ou ainda acusando de que uma mensagem como esta causa divisão no povo de Deus, e este deveria estar unido a qualquer custo. Faço neste momento de Deus o meu escudo, pois através da Sua ação esta verdade chegou até mim, e deixo com Ele as conseqüências desta denúncia. O objetivo deste artigo não é descredibilizar a obra dos pastores e líderes que dirigem atualmente a IASD, uma vez que a maioria obsoluta deles sequer tinha conhecimento dos fatos que serão aqui mencionados, ou mesmo nem era viva quando as manipulações dos textos do Espírito de Profecia aqui mencionadas foram feitas. Entretanto, ele servirá de alerta para aqueles que sinceramente têm defendido a doutrina da Trindade para seus irmãos e ovelhas, crendo que ela fosse apoiada pelo Espírito de Profecia. Ressaltamos que a nossa igreja, IASD, não é Babilônia, mas está em apostasia e precisa se arrepender disso, convertendo-se a Deus. Caso não o faça, os tempos de terrível perseguição farão com que todos nós, Adventistas do Sétimo Dia, bebamos o cálice da ira de Deus até as fezes, vendo nossa igreja sendo abatida até aos infernos (E.F. págs. 43, 53). O artigo apresentado a seguir mostra como foram feitas as seguintes alterações nos escritos de Ellen G. White, para que se sustentasse a idéia de que ela teria crido na Trindade: -
1923 – Alteração no livro “Testimonies For Minister and Gospel Workers” (Testemunhos para Ministros); 1940 – Alteração no livro “Desire of Ages” (Desejado de Todas as Nações) por ocasião de sua revisão, modificando o que havia sido originalmente escrito; 1946 – Colocação de textos manipulados e retirados de seu contexto original no compilado de textos de Ellen G. White denominado “Evangelism” (Evangelismo); 1957 – Alteração no livro “Consels fo Health” (Conselhos Sobre Saúde) por ocasião de sua revisão, modificando o que havia sido originalmente escrito.
É interessante ressaltar que, na década de 1960, após terem sido efetuadas todas as manipulações desonestas no livros do Espírito de Profecia citados acima, foi editado o livro “Questions and Doctrine” (Questões de Doutrina). Este livro cita os escritos manipulados de Ellen G. White encontrados no compilado “Evangelism” (Evangelismo), feito em 1946, para apoiar a crença na
Trindade, levando os seus leitores a crer que os escritos de Ellen G. White embasavam esta doutrina. Com base nas denúncias aqui expostas, fica caracterizado que foi construída uma base para a crença na doutrina da Trindade na Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) através de manipulação desonesta de textos. Através da análise das modificações efetuadas ao longo do tempo, verifica-se que Satanás atuou durante décadas através de pessoas infiéis dentro da IASD para que modificações sutis fossem sendo feitas de maneira que vários textos escritos por Ellen G. White fossem modificados para que dessem a entender que ela teria crido na Trindade. Segundo os fatos apresentados neste artigo mostram, isto em verdade nunca aconteceu. Além das alterações citadas acima, são mostradas também transcrições infiéis aos manuscritos originais que constam em Manuscripts Releases Vols. 2 e 4. A essência do material abaixo partiu de uma pesquisa cujos méritos não são somente do autor deste artigo. Entretanto, todas as referências de textos de Ellen G. White aqui apresentadas foram conferidas junto ao Ellen G. White estate entre os dias 20.08.2002 e 25.08.2002, para garantir a fidedignidade destas denúncias. Quem quiser conferir todas as referências e verificar sua autenticidade, pode fazê-lo através do site do Ellen G. White estate na internet: www.egwestate.andrews.edu. Sugiro a você, irmão, que lerá este artigo, para que ore para Deus, antes de ler este artigo, para que Ele te encha com o Seu Santo Espírito e capacite-o a compreender claramente o texto do mesmo. As citações comentadas dos livros mencionados acima não estão apresentadas em ordem cronológica, pois por questões de didática optou-se por apresentá-las em grupos que versam sobre o mesmo tipo de alteração.
DENÚNCIAS: 1 - CITAÇÕES DO LIVRO “EVANGELISM” (EVANGELISMO) 1.1 – A afirmação de que o Espírito Santo seria uma pessoa O livro “Evangelism” (Evangelismo) é um compilado de textos de Ellen G. White elaborado em 1946, aproximadamente 31 anos após a morte de Ellen G. White. Como este livro foi escrito após a morte da mensageira do Senhor, ele não foi revisado por ela. Assim, quaisquer diferenças encontradas entre os textos originais escritos por ela e os textos transcritos para o livro “Evangelism” são frutos de modificações acidentais ou intencionais por parte dos elaboradores deste compilado. O primeiro texto do livro “Evangelism” que trazemos para a análise é o que se encontra na página 616: "We need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking through these grounds." Ev-616. Tradução: “Nós precisamos entender que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como Deus é uma pessoa, está andando por estes caminhos.” Muitas pessoas sinceras podem assumir esta frase como estando a dizer “Deus, o Espírito Santo”, está andando pela Terra, enquanto “Deus, o Pai” e Seu Filho estão no Céu. O texto citado no livro “Evangelism” apresenta como fonte o Manuscrito 66, 1899. Entretanto, ao compararmos o texto do livro “Evangelism” com o texto do manuscrito citado por ele, vemos uma diferença significativa. Apresentamos abaixo o texto deste manuscrito em seu contexto original: "The Lord instructed us that this was the place in which we should locate, and we have had every reason to think that we are in the right place. We have been brought together as a school, and we need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking through these grounds, that the Lord God is our keeper, and helper. He hears every word we utter and knows every thought of the mind." Manuscript Releases, Vol. 7, page 299 / Manuscript 66, 1899
Tradução: “O Senhor nos instruiu de que este era o lugar no qual deveríamos estar, e nós temos tido razão para pensar que estamos no lugar certo. Nós fomos colocados juntos como uma escola, e precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como Deus é uma pessoa, está andando por estes terrenos, que o Senhor Deus é nosso mantenedor e ajudador. Ele ouve cada uma de nossas palavras e sabe cada pensamento da mente.”
No original em inglês apresentado acima, enfatizamos e grifamos o texto que foi tirado do original e colocado como sendo uma frase completa no livro Evangelismo. Vejam os irmãos que a palavra “we”, que aparece depois da vírgula no manuscrito original, foi colocada com letra maiúscula (We) como sendo o início da frase que aparece no livro “Evangelism”. Observem também que a vírgula que se encontra após a palavra “grounds” no original foi substituída por um ponto no livro “Evangelism”, fazendo parecer que esta parte da frase do texto original fosse uma sentença completa: Citação do livro Evangelism, apresentada como se fosse uma sentença completa: "We need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking through these grounds." Ev-616. Citação do original – Manuscrito 66: We have been brought together as a school, and we need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking through these grounds, that the Lord God is our keeper, and helper. Os trechos do início e do final da frase (que negritamos acima) que estão no manuscrito original foram omitidos, e apenas a parte central da frase foi colocada no livro “Evangelism”. Note-se que não foram colocadas reticências ao final da frase, indicando que o trecho apresentado no livro é somente uma parte da frase do texto original. Percebe-se portanto claramente a intenção de fazer parecer com que a frase do livro “Evangelism” corresponde à mesma frase completa do texto original. Todos nós sabemos que um texto fora de contexto é um pretexto para alguma coisa, e este é bem o caso em questão. O texto foi tirado do seu contexto para dar o leitor a falsa idéia que Ellen G. White teria crido no Espírito Santo como um Deus. A versão em português, traduzida com o nome de “Evangelismo”, apresenta uma frase ainda mais tendenciosa: “Precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como o próprio Deus, está andando por estes caminhos.” Evangelismo, 616 Quando analisamos a frase e o contexto do texto original em inglês, fica evidente que Ellen G. White não estava de forma alguma afirmando que o Espírito Santo é um Deus. Leiamos novamente o texto original, traduzido para o português: “O Senhor nos instruiu de que este era o lugar no qual deveríamos estar, e nós temos tido razão para pensar que estamos no lugar certo. Nós fomos colocados juntos como uma escola, e precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como Deus é uma pessoa, está andando por estes terrenos, que o Senhor Deus é nosso mantenedor e ajudador. Ele ouve cada uma de nossas palavras e sabe cada pensamento da mente.” Manuscript Releases, Vol. 7, page 299 / Manuscript 66, 1899
O objetivo do texto original NÃO era provar que o Espírito Santo é um “outro Deus”, junto com o Pai e o Filho. O texto mostra que o”Senhor”, que “nos instruiu”, “o Espírito Santo” que está “andando por estes caminhos”, o “Senhor Deus”, o qual é nosso “mantenedor” e “ajudador” e que “ouve cada uma de nossas palavras” e “sabe cada pensamento” é a mesma pessoa – Jesus Cristo glorificado. O pensamento principal da citação original de Ellen G. White é extraído do texto de Salmos 139:1-8: “Senhor, tu me sondas e me conheces... de longe penetras meus pensamentos... Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da Tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço minha cama no mais profundo do abismo, lá estás também.” Salmo 139:1-8 Ellen G. White estava afirmando o mesmo que afirma o texto bíblico. Jesus, “é tanto uma pessoa” quanto Deus, o Pai “é uma pessoa”. Jesus “está andando por estes caminhos”. Jesus “é nosso mantenedor e nosso ajudador”. Jesus “ouve cada uma de nossas palavras e sabe cada pensamento da mente. A irmã White está enfatizando que uma pessoa real está conosco, e não somente uma força intangível ou eletricidade, como o Dr. J. H. Kellog estava ensinando. Na citação que apresentamos a seguir, fica evidente que Ellen G. White cria que a pessoa divina que está andando conosco na Terra é Jesus: “Há poder para nós em Cristo. Ele é nosso Advogado perante o Pai. Ele envia Seus mensageiros à cada parte do Seu domínio a fim de comunicar Sua vontade ao Seu povo. Ele anda no meio das Suas igrejas... “que anda no meio dos sete candeeiros de ouro.” Apocalipse 2:1. Este texto mostra a relação de Cristo para com as igrejas. Ele anda no meio das Suas igrejas através da longitude e da latidude da Terra. Ele as assiste com intenso interesse para ver se elas estão em tal condição espiritual que possam avançar para Seu reino. Cristo está presente em cada assembléia da igreja. Ele está ligado a cada um que se encontra envolvido no Seu serviço. Ele sabe quais corações Ele pode encher com o óleo santo, para que estes dividam-no com outros.” Testimonies, Vol. 6, págs. 418, 419 “Pudessem nossos olhos ser abertos, e poderíamos ter visto Jesus em nosso meio com seus santos anjos. Muitos sentiram sua graça e Sua presença em rica medida.... Nós sabemos que o Salvador, perdoador dos pecados, estava em nosso meio.... Eu sabia que Jesus estava em nosso meio.” 1888 Materials, págs. 58, 59
1.2 – A afirmação de que o Espírito Santo tem personalidade Outra citação comumente mal interpretada e analisada fora do seu contexto para dar a parecer que Ellen G. White cria na Trindade, é também encontrada no livro “Evangelism”. Quando lida da forma que está apresentada no livro, ela nos dá a clara impressão de que Ellen G. White está afirmando que o Espírito Santo é uma pessoa, apoiando o conceito de que Ellen G. White teria crido na Trindade. Entretanto, quando acrescentamos o texto do original que está substituído por reticências (...) no livro “Evangelism”, verificamos que o Ellen G. White não estava de maneira alguma afirmando que o Espírito Santo era uma pessoa diferente de Deus Pai e Jesus Cristo. Apresentamos esta citação abaixo: (as sentenças que estão em negrito abaixo não aparecem no texto do livro Evangelism) “O Espírito Santo é uma pessoa; pois dá testemunho com o nosso espírito de que somos filhos de Deus. Uma vez dado este testemunho, traz consigo mesmo sua própria evidência. Em tais ocasiões acreditamos e estamos certos de que somos filhos de Deus. [Que forte evidência do poder da verdade nós podemos dar aos crentes e não crentes quando nós podemos dizer as palavras de João, “Nós temos conhecido e crido no amor que Deus tem por nós. Deus é amor; e aquele que está em amor, está em Deus, e Deus nele.”] O Espírito Santo tem uma personalidade, do contrário não poderia testificar ao nosso espírito e com nosso espírito que somos filhos de Deus. Deve também ser uma pessoa divina, do contrário não poderia perscrutar os segredos que jazem ocultos na mente de Deus. “Por que , qual dos homens sabes as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.” MS 20, 1906. Evangelism págs. 616, 617. Note porque Ellen G. White afirma que o Espírito Santo é uma pessoa: “porque ele testemunha com nosso espírito que nós somos filhos de Deus”. De quem nós somos filhos? Somos nós filhos de uma força impessoal, um vapor ou uma influência? Não, de maneira nenhuma! Nós somos filhos de um Deus pessoal. Se Deus, o Pai não era um ser pessoal, mas apenas um Espírito; se Seu Espírito não tem personalidade, sendo meramente uma força ou poder impessoal, então ele não poderia testemunhar “com” nosso espírito e “para” nosso espírito de que somos filhos de Deus. Qual é o contexto da citação acima? O testemunho acima era uma advertência contra os ensinamentos panteístas do Dr. Kellogs de que o Espírito Santo habita em cada criatura viva, como uma essência viva, relegando assim o Espírito de Deus a uma mera força intangível. A ênfase de Ellen G. White sobre a personalidade do Espírito santo na citação acima foi para contra-atacar a ênfase dada por Kellogs na não personalidade do Espírito Santo de Deus, e por conseqüência de Deus mesmo. Ellen G. White cria no Espírito Santo como sendo o Espírito de Deus, não uma pessoa separada de Deus. Perceba isto nas citações abaixo: “Dando-nos Seu Espírito, Deus dá-nos a Si mesmo, fazendo-se uma fonte de influências divinas, para dar saúde e vida ao mundo.” Testimonies, Vol. 7, pág. 273
“O maravilhoso poder que opera através de toda a natureza e mantém todas as coisas não é, como alguns homens da ciência afirma, meramente um princípio ou uma energia atuante. Deus [o Pai – João 4:24] é Espírito; ainda assim Ele é um ser pessoal, porque o homem foi feito a sua imagem. Como um ser pessoal Deus revelou a Si mesmo em Seu Filho... A grandeza de Deus é incompreensível para nós. “O trono de Deus está no céu;” (Salmos 11:4) mas pelo Seu Espírito Ele é onipresente. Ele possui um íntimo conhecimento e um interesse pessoal em todas as obras das suas mãos... Um princípio intangível, uma essencial impessoal e abstrata, não pode satisfazer as necessidades e desejos dos seres humanos nesta vida de sofrimentos e pecado, pranto e dor.” Education, págs. 132, 133 Ellen G. White também cria e afirmava que somente Jesus poderia perscrutar os segredos de Deus. A citação abaixo, escrita por sua própria pena, prova isto: “Deus informou a Satanás que apenas a Seu Filho Ele revelaria Seus propósitos secretos, e que requeria de toda a família celestial, mesmo Satanás, que lhe rendessem implícita e inquestionável obediência; mas que ele (Satanás), tinha provado ser indigno de ter um lugar no Céu.” História da Redenção, pág. 18 Segundo Ellen G. White, Deus deixou claro para Satanás que somente Jesus Cristo pescrutaria Seus segredos. Deus, o Ser que nunca muda, disse a Satanás que o perscrutar os segredos que jaziam ocultos em Sua mente seria uma prerrogativa somente de Cristo. Assim, Ellen G. White, mensageira do Senhor, não poderia em nenhuma citação contradizer o que Deus havia afirmado. Isto mostra que, para entender que na citação do livro “Evangelism” Ellen G. White estava colocando o Espírito Santo como uma pessoa divina diferente do Pai e do Filho, temos que desconsiderar todo o contexto histórico e mesmo do próprio texto, bem como uma série de outros textos nos quais ela demonstra que não cria desta forma.
1.3 A afirmação de que há três pessoas vivas no “Trio” celestial Outra citação escrita a respeito do Dr. Kellogs (contra suas teorias panteístas) que é apresentada fora do seu contexto no livro “Evangelism”, para dar a entender que Ellen White afirmou que o Espírito Santo era uma pessoa, e portanto teria crido na Trindade, é a seguinte: “Fui instruída a dizer: Os sentimentos dos que andam em busca de avançadas idéias científicas, não são para confiar. Fazem-se definições como estas: “O Pai é como a luz invisível; o Filho é como a luz corporificada; o Espírito é a luz derramada.” “O Pai é como o orvalho, vapor invisível; o Filho é como o orvalho condensado numa bela forma; o Espírito é como o orvalho caído sobre a sede da vida.” Outra apresentação: “O Pai é como o vapor invisível; o Filho como a nuvem plúmbea; o Espírito é chuva caída e operando em poder refrigerante.” Todas essas definições espiritualistas são simplesmente nada. São imperfeitas, inverídicas. Enfraquecem e diminuem a Majestade a que não pode ser comparada nenhuma
semelhança terrena. Deus não pode ser comparado a cosias feitas por Suas mãos. Estas são meras coisas terrenas, sofrendo sob a maldição de Deus por causa dos pecados do homem. O pai não pode ser definido por coisas da Terra. O Pai é toda a plenitude da Divindade corporalmente, e invisível aos olhos mortais. O Filho é toda a plenitude da divindade manifestada. A palavra de Deus declara que Ele é “ a expressa imagem de Sua pessoa”. “ Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Aí se manifesta a personalidade do Pai. O consolador que Cristo prometeu enviar depois de ascender ao Céu é o Espírito em toda a plenitude da divindade, tornando manifesto o poder da graça divina a todos quantos recebem e crêem em Cristo como um Salvador pessoal. Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados, e esses poderes cooperarão com os súditos obedientes do Céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo. ... Será realizado trabalho na simplicidade do verdadeiro poder de Deus, e os velhos tempos estarão de volta, quando, sob a direção do Espírito Santo, milhares se converterão em um só dia. Quando a verdade, em sua simplicidade, for vivida em cada lugar, então Deus atuará através de Seus anjos como Ele atuou no dia de Pentecostes, e corações serão mudados tão decididamente que haverá uma manifestação da influência da genuína verdade, como é representada na descida do Espírito Santo.” Special Testimonies, Serie B. N.7, págs. 62 e 63 (1905). Evangelismo, págs. 614, 615 A frase negritada extraída do texto acima diz o seguinte: “Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados” O texto acima foi copiado do livro traduzido para o português, denominado “Evangelismo”. Primeiramente, ressaltamos que o original em inglês deste livro não traz o termo “Trindade”. Apresentamos o texto abaixo para que os irmãos vejam: “There are three living persons of the heavenly trio; in the name of these three great powers – the Father, the Son, and the Holy Spirit...” do livro Evangelism O texto do original em inglês diz: “existem três pessoas vivas no trio celestial”. Não existe a palavra Trindade. Mas mesmo o texto em inglês do livro “Evangelism”, não é fiel ao manuscrito original. No manuscrito original, Ellen G. White escreveu o termo “persons”, que significa pessoas. Entretanto, ela mesmo corrigiu e colocou o que deveria ser o correto entendimento. Riscou a letra “s” e acrescentou o final “alities”, transformando a palavra “persons” em “personalities”, que significa personalidades. Além disso, ela acrescentou o termo “the” logo após o início da frase, de maneira que a frase do manuscrito original se encontra da seguinte forma: “There are the living three persons alities of the heavenly trio in which every soul repenting of their sins believing receiving Christ by a living faith to them who are baptized.”
Tradução: Existem as três personalidades vivas no trio celestial nas quais cada alma arrependida dos seus pecados recebendo a Cristo por meio de fé viva por eles são batizados. “There are the living three persons alities of the heavenly trio in which every soul repenting of their sins believing receiving Christ by a living faith to them who are baptized.”
Para que não fique só no meu testemunho, coloco abaixo uma fotocópia escaneada do manuscrito original de Ellen G. White, que comprova que as modificações aqui mencionadas foram feitas por ela mesma:
Qualquer publicação honesta dos testemunhos deveria levar em conta as alterações feitas pela própria escritora. Entretanto, como os irmãos podem ver, isto não foi feito. Fica claro que foi colocado o que interessava de maneira a favorecer a idéia errônea de que Ellen G. White algum dia teria crido na Trindade. Se ela realmente houvesse crido, não seria necessário transcrever os seus manuscritos de maneira desonesta, de maneira a fazer parecer isto. Ainda sobre a citação acima, ela é entendida por muitos como estando a dizer que “existe um trio de três Deuses vivos na “família de Deus”, que possuem as mesmas qualidades e poderes divinos”, em virtude de um entendimento errôneo do termo “Godhead” (divindade), no parágrafo que fala que o “Consolador ... é o Espírito em toda a plenitude da divindade”. Usam este entendimento para apoiar que Ellen G. White teria crido na Trindade. Será que é isto que Ellen G. White está querendo dizer nesta citação? Se fosse, contradizeria uma série de outras citações que dizem o contrário. Citamos algumas delas abaixo: “Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o Eterno Pai – um em natureza, caráter e propósito – o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus.” Patriarcas e Profetas, pág. 34 “O Filho de Deus partilhava do trono do Pai, e a glória do Ser Eterno, existente por si mesmo, rodeava a ambos. ... Perante os habitantes do Céu, reunidos, o Rei declarou que ninguém, a não ser Cristo, o unigênito de Deus, poderia penetrar inteiramente em Seus propósitos, e a Ele foi confiado executar os poderosos conselhos de Sua vontade.” Patriarcas e Profetas, pág. 36 “Pai e Filho empenharam-se na grandiosa, poderosa obra que tinham planejado – a criação do mundo. A Terra saiu das mãos de seu Criador extraordinariamente bela. ... E agora disse Deus a Seu Filho: “Façamos o homem à nossa imagem”. Ao sair Adão das mãos do criador, era ele de nobre estatura e perfeita simetria.” História da Redenção, págs. 2021 De acordo com as citações acima, que não dão margem a dúvidas, Ellen G. White tinha uma definição bem clara sobre quem é Deus, e qual era e é o papel de cada um dos seres que são Deus (o Pai e o Filho): 1 – O Filho e o Pai eram e são um em natureza, caráter e propósito – PP. pág. 34 2 – A glória do Ser eterno rodeia o Pai e o Filho – PP. pág. 36 3 – Pai e Filho executaram a criação do mundo – HR, pág. 20 4 – Pai e Filho fizeram o homem à Sua imagem – HR, pág. 21 Deus não muda. É IMPOSSÍVEL DEUS TER DADO INFORMAÇÕES DIFERENTES DAS CITADAS ACIMA PARA ELLEN G. WHITE. QUALQUER CITAÇÃO DELA USADA PARA SE ENTENDER ALGO DIFERENTE DO QUE ESTÁ COLOCADO ACIMA, SEJA ANÁTEMA.
Voltando então à citação de Ellen G. White do livro “Evangelism” que estamos analisando, temos que responder a seguinte pergunta: o que Ellen G. White estava realmente tentando dizer neste texto? A seguinte paráfrase expressa a correta interpretação da citação do livro “Evangelism” que estamos analisando: “Deus, o Pai, é a fonte e o detentor supremo da natureza divina (Divindade) em Si mesmo – sozinho. Ele é invisível aos olhos mortais (I Tim. 1:17; João 1:18).” “O Filho de Deus veio à Terra para representar, revelar, demonstrar e manifestar o caráter completo do Deus invisível. O Filho humilhou-se e esvaziou-se de Si mesmo para se tornar um homem, de maneira de que a plenitude da Divindade de Seu Pai, ou do Seu caráter divino pudesse ser manifestada para nós.” “O Espírito Santo de Deus e de Cristo, agindo em e através dos anjos ministradores, representa a plenitude do caráter e poder do Pai e do Filho (natureza divina), após o Filho ter ascendido ao Céu.” “Aqui nós vemos os três grandes poderes do céu que manifestam, representam e personificam Deus, o Pai. 1) O Próprio Pai, 2) O Filho de Deus como um representante de Seu Pai, 3) O Espírito Santo de Deus e Cristo agindo nos anjos e através dos anjos, personificando seu caráter para a humanidade perdida.” Ellen G. White explicou o Pai, o Filho e o Santo Espírito da forma que vimos no texto que estamos analisando, para esclarecer a confusão que estava sendo gerada pelos ensinamentos errôneos do Dr. Kellogs. Por isto, vemos que no mesmo texto, Ellen G. White havia colocado a seguinte declaração sobre declarações espiritualísticas a respeito do Pai, do Filho e do Espírito Santo: “Todas estas representações espiritualísticas são simplesmente nada. Elas são imperfeitas, irreais.” Evangelism, págs. 614, 615
2 – Citação do livro “Consels on Health” A DIVINDADE... DEU A SI MESMA Outra citação de Ellen G. White que é utilizada como prova de que ela cria na Trindade é a seguinte: “A Divindade se encheu de compaixão pela raça, e o Pai, o Filho, e o Espírito Santo deram a Si mesmos para o trabalho do plano da redenção.” Consels on Health, pág. 222 A palavra “Si” é colocada como tradução do termo “Themselves” do original inglês. É escrita com “S” maiúsculo para dar a entender que, como o texto estaria falando de três deuses, o termo “Si” representaria três nomes próprios. O mesmo acontece com o na versão em inglês – o termo “Themselves” é colocado com letra inicial maiúscula, dando a entender que Ellen G. White estava se referindo a três deuses (nomes próprios). Caso o termo “Themselves” fosse escrito com letra minúscula (themselves), isto significaria que Ellen G. White não estava se referindo a três nomes próprios – o termo escrito com letra minúscula indica que ao menos um dos termos – Pai, Filho ou Espírito Santo – não é uma pessoa. Não há dúvidas de que o Pai e o Filho são uma pessoa. Assim, caso o termo do inglês “themselves” estivesse com letra minúscula, isto deixaria claro que Ellen G. White não estava considerando o Espírito Santo como uma pessoa. Pois bem, é exatamente isto o que acontece. No artigo original, o termo “Themselves” está escrito com letra minúscula (themselves). A letra maiúscula foi colocada quando o texto foi incluso no livro compilado “Conselhos sobre Saúde”, em 1957. Ao vermos o contexto, que não aparece no compilado “Conselhos sobre Saúde”, percebemos claramente que Ellen G. White não estava dando a entender, através deste texto, de forma alguma que ela cria na Trindade: "The Godhead was stirred with pity for the race, and the Father, the Son, and the Holy Spirit gave themselves to the working out of the plan of redemption...The inhabitants of the heavenly universe are appointed to go forth to come into close touch with human instrumentalities who act as God's helping hand. In the performance of this mission of love, angels mingle with the fallen race, ministering to those who shall be heirs of salvation. Divine and human agencies unite in the work of restoring the image of God in man. All who partake of the divine nature are appointed of God to unite with the angels in carrying forward with untiring zeal the plan of redemption." Union Conference Record April 1, 1901 p. 2" (letter B12-1901). Primeiramente veja irmão, que no texto original apresentado acima, o termo “themselves” aparece em letra minúscula, tal como Ellen G. White o escreveu. Ellan G. White estava viva em 1901, quando o original foi escrito. Em 1957, quando a mudança foi efetuada, Ellen G. White não estava viva para autorizar a mudança. Isto caracteriza uma mudança proposital nos escritos de Ellen G. White para fazer parecer que ela cria na Trindade. Isto é traição para conosco, adventistas do sétimo dia. Apresentamos abaixo o texto original traduzido, para que os irmãos que tenham dificuldade com o idioma inglês possam ler o contexto da agem: “A Divindade moveu-se de compaixão pela raça, e o Pai, o Filho e o Espírito Santo deram-se a si mesmos para o trabalho do plano da redenção... Os habitantes do universo celestial foram comissionados para ir e estar em contato com as instrumentalidades humanas que agem como a mão ajudadora de Deus. Na execução desta missão de amor, anjos misturam-se com a raça
caída, ministrando àqueles que serão herdeiros da salvação. Agentes humanos e divinos unemse no trabalho de restauração da imagem de Deus no homem. Todos os que partilham da natureza divina são comissionados por Deus a unir-se com os anjos no trabalho de levar adiante o plano da redenção.” Union Conference Record April 1, 1901 p. 2" (letter B12-1901). Observe a letra minúscula no termo “si”, indicando que Ellen G. White não se refere a 3 pessoas, e sim 2, o Pai e o Filho. Observe também que a frase que negritamos deixa claro que Ellen G. White está relacionando o termo “Espírito Santo” ao ministério dos anjos. Ela não está dizendo que o Espírito de Deus são os anjos, mas está dizendo que Deus e Cristo também comunicam Seu Espírito Santo, Seus pensamentos, sentimentos e presença pessoal através do ministério dos anjos.
3 –Considerações sobre o entendimento de Ellen G. White do termo “Divindade” A palavra “Godhead”, usada diversas vezes por Ellen G. White, traduzida para o português como “Divindade”, no Grego simplesmente significa: divino ou divindade (natureza divina, Strongs #2304; 2305; 2320). A Bíblia apresenta este termo 3 vezes (Atos 17:29; Rom. 1:7,8,19,20 e Col. 2:9). O contexto destas três agens nos mostra que o termo “Divindade” na Bíblia se refere primariamente à pessoa do Pai, como a suprema deidade e fonte de toda a vida no universo. Por isto, Paulo assim o descreve: “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo o homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo.” I Coríntios 11:3 Então, o Filho estaria sujeito ao Pai, para que dessa forma o Pai fosse tudo em todos (I Cor. 15:28). Esta sujeição não diminui a igualdade de natureza que o Filho compartilha com o Pai. Pelo contrário, ela a afirma que o Filho de Deus herdou toda a Sua natureza divina do Pai. Se o “cabeça” de Cristo é o Pai, então o Pai é a “Divindade” no sentido primário da palavra. O Pai é a primeira pessoa, ou a primeira personificação da “Divindade”. O Filho partilha da “Divindade” do Pai por Sua filiação (o Filho tem as mesmas prerrogativas do Pai). Assim, Ele á a segunda “pessoa”, ou personificação da Divindade (Godhead) de Seu Pai (Heb. 1:1-3). O Filho humildemente esvaziou-se de Si mesmo para que a Divindade de Seu Pai pudesse ser revelada na humanidade e através da humanidade para o universo . Ellen G. White compreendeu claramente que Cristo veio a este mundo para revelar não a Si mesmo, mas a Divindade de Seu Pai (Godhead). “Pelo Filho de Deus... o Pai deve ser representado... Nosso redentor é uma revelação perfeita da Divindade; e é importante que, como Seus discípulos, nós compreendamos através dEle a relação de Deus para conosco.” Ms 43, 1897, pág. 2. Em outras palavras, nosso Redentor é uma revelação perfeita de Deus, o Pai. Ellen G. White entendia que o Espírito Santo de Deus e de Cristo é personificado através do trabalho dos santos anjos. O Espírito de Deus e de Cristo enviado e exercido através do ministério de Seus anjos (espíritos ministradores – Heb. 1:14), é a terceira personificação da Divindade (ou do Pai). Apresentamos abaixo alguns textos que comprovam isto, onde Ellen G. White descreve anjos comunicando poder, ajudando o homem a resistir o mal, e lembrando os homens de tudo o que ouviram para que testemunhem. Estas funções, bem sabemos, são atribuídas ao Espírito Santo – Consolador (João 14:26; 15:26, 27): Os anjos exercem o poder de Deus para ajudar-nor a resistir o pecado e o mal (terceira pessoa da Divindade, citada em DTN, pág. 671): “Os anjos de Deus, milhares de milhares, ... nos guardam do mal, e repelem os poderes das trevas que nos estão procurando destruir.” A Verdade Sobre os Anjos, pág. 19
“Convém lembrar que cada verdadeiro filho de Deus tem a cooperação dos seres celestiais. Exércitos invisíveis, de luz e poder, auxiliam os mansos e humildes que crêem nas promessas de Deus e as invocam.... Anjos celestiais observam aqueles que buscam iluminação. Cooperam com os que procuram ganhar almas para Cristo.” A Verdade Sobre os Anjos, pág. 17 Os anjos comunicam o poder de Deus (Espírito Santo) aos homens: “Se vocês procurarem suprimir todo mau pensamento ao longo do dia, então os anjos de Deus virão e habitarão com vocês. Esses anjos são poderosos em força. ... Os anjos estão conosco todos os dias, guardando-nos e protegendo-nos dos assaltos do inimigo. Vocês não estão sozinhos na batalha contra o mal. Pudesse erguer-se a cortina, vocês observariam os anjos do Céu lutando do lado de vocês. Isso eles precisam fazer; é seu trabalho guardar a juventude. “Não são porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” Heb. 1:14” A Verdade Sobre os Anjos, pág. 19 Os anjos ajudam os discípulos de Cristo a lembrar de tudo o que ouviram (João 14:26): “Quando as inteligências celestes observam aqueles que professam ser filhos e filhas de Deus empreenderem esforços cristãos para ajudar os errantes, manifestando um espírito terno e comivo para com os arrependidos e caídos, os anjos colocam-se ao lado daqueles, trazendo-lhes à memória as próprias palavras que suavizarão e erguerão a alma.” A Verdade Sobre os Anjos, pág. 20 Os anjos confortam (consolam) e ensinam os discípulos de Cristo que estão privados hoje de sua presença (João 14:16). Assim, tornam-se os portadores do Espírito de Deus e de Cristo enviado para consolar e confortar os homens: “Aqueles que trabalham pelo bem dos outros, estão operando em união com os anjos celestiais. Contam sempre com a companhia destes, e com seu incessante ministério. Anjos de luz e poder sempre estão por perto, a fim de proteger, confortar, curar, instruir e inspirar.” A Verdade Sobre os Anjos, pág. 21
4 – Citação do livro “Desire of Ages” - A TERCEIRA PESSOA DA DIVINDADE No livro “Desire of Ages”, traduzido para o idioma português com o título de “O Desejado de Todas as Nações”, vemos a seguinte afirmação: “O pecado poderia ser resistido e vencido somente através da poderosa operação da Terceira Pessoa da Divindade, a qual viria não como energia modificada, mas na plenitude do divino poder.” Desire of Ages, 671 O termo “Terceira Pessoa” está escrito com letras iniciais maiúsculas, dando a entender que Ellen G. White teria crido que o Espírito Santo era uma pessoa, a terceira, da Divindade, formando, portanto, uma Trindade. Entretanto, verificamos que no texto original, o texto “Third Person”, traduzido como “Terceira Pessoa” está escrito com letras iniciais minúsculas, indicando que Ellen G. White não o está tratanto como um “Deus”, e sim de uma ação da terceira personalidade da Divindade, expressa pelo ministério dos anjos. Na edição de 1898 do livro “Desire of Ages”, o termo “third person” está da forma que apresentamos nesta frase – com letras minúsculas. As inicias maiúsculas foram colocadas neste termo na revisão de 1940 deste livro – cremos que para apoiar a idéia de que Ellen G. White teria crido na Trindade. A citação do livro “Desire of Ages” foi repetida na revista Review and Herald em 1904, e mostra o termo “third person” também com iniciais minúsculas: “Sin could be resisted and overcome only through the mighty agency of the third person of the Godhead, who would come with no modified energy, but in the fulness of divine power.” Advent Review and Sabbath Herald, May 19, 1904, paragraph 3 O mesmo texto aparece também com o termo “third person” sendo apresentado em letra minúscula em “The Faith I Live By, page 52, paragraph 6”, “Advent Review and Sabbath Herald, November 19, 1908, paragraph 5”, e “Special Testimonies for Ministers and Workers. -No. 10, page 25, paragraph 2”. As outras citações que datam do tempo em que Ellen G. White ainda etava viva, também trazem o termo “third person” escrito em letras iniciais minúsculas: “The Signs of the Times, December 1, 1898, paragraph 2”, “The Watchman, November 28, 1905, paragraph 2”, “The Upward Look, page 51, paragraph 3”, O termo “Third Person” apresentando letras iniciais maiúsculas aparece apenas nas obras revisadas ou compiladas após a morte de Ellen G. White. Quando analisamos os textos originais dela, verificamos claramente qual era a sua intenção com o texto de “Desire of Ages” que analisamos acima. Ela se referia ao ministério dos anjos. Isto fica claro ao compararmos a citação do livro “Desire of Ages”, que estamos analisando, com a seguinte citação, também de Ellen G. White: “Os anjos de Deus, milhares de milhares, ... nos guardam do mal, e repelem os poderes das trevas que nos estão procurando destruir.” A Verdade Sobre os Anjos, pág. 19
O homem só pode resistir ao pecado mediante a atuação da terceira personificação da Divindade, representada pelo ministério dos anjos, porque estes são comissionados por Deus para que impeçam Satanás e seus anjos maus de nos destruir, ou mesmo de nos tentar além de nossas forças. Os anjos são os instrumentos comissionados por Deus para restringir a atuação das forças Satânicas e nos fortalecer para que possamos resistir aos ataques do inimigo. A citação de Ellen G. White que apresentamos abaixo esclarece bem esta questão: “Se vocês procurarem suprimir todo mau pensamento ao longo do dia, então os anjos de Deus virão e habitarão com vocês. Esses anjos são poderosos em força. ... Os anjos estão conosco todos os dias, guardando-nos e protegendo-nos dos assaltos do inimigo. Vocês não estão sozinhos na batalha contra o mal. Pudesse erguer-se a cortina, vocês observariam os anjos do Céu lutando do lado de vocês. Isso eles precisam fazer; é seu trabalho guardar a juventude. “Não são porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” Heb. 1:14” A Verdade Sobre os Anjos, pág. 19
5 – Texto de “Special Testimonies for Ministers and Workers” – a terceira pessoa da Divindade Uma outra citação que também traz o termo “third person” (terceira pessoa), referindo-se ao ministério dos anjos é a que apresentamos abaixo: “O mal estava se acumulando por séculos, e não poderia restringido e resistido apenas pelo grande poder do Espírito Santo, a terceira pessoa da divindade, que viria não com energia modificada, mas na plenitude do poder divino... o Espírito de Deus se alojaria em seus corações. Ele convenceria do pecado... O Espírito divino revela seu trabalho no coração humano... Permitam Cristo trabalhar pelo Seu Espírito Santo, acordá-los como que da morte e levá-los consigo. Deixem ele empregar suas habilidades... Estão aqueles com o coração preparado como barcos escolhidos para o trabalho e que podem receber o óleo dourado o qual através dos mensageiros celestiais, representados pelas duas oliveiras, será derramado nos tubos dourados para encher as lâmpadas?” Special Testimonies for Ministers and Workers, Series A, #10, págs. 25, 26, 29, 30. Esta mesma citação extraída de “Testimonies Series A” foi alterada primeiramente na edição de 1923 e mantida nas versões posteriores do livro “Testimonies to Ministers and Gospel Workers” (Testemunhos para Ministros), página 392. Nesta citação o termo “third person”, que foi originalmente escrito com letras iniciais minúsculas, foi modificado para “Third Person” (letras iniciais maiúsculas), cremos que com o mesmo objetivo pelo qual foi feita a mudança no livro “Desire of Ages” (O Desejado de Todas as Nações) – apoiar a falsa idéia de que Ellen G. White teria crido na Trindade. O termo “Third Person” (terceira pessoa) também aparece com letras iniciais maiúsculas em “Manuscript Releases Vol. 2, pág. 34 e “Manuscript Releases Volume Four, page 329, paragraph 5”. Ambos citam “Letter 8, 1896”, como a fonte original. Mas na carta original, que pode ser encontrada em “Testimonies, Series A, #10; pág. 25”, em “Special Testimonies for Ministers and Workers. -- No. 10, page 25, paragraph 2”, em “Manuscript Releases Volume Ten, page 63, paragraph 3” e em “1888 mat., pág. 1493”, o termo “third person” não está colocado com letras iniciais maiúsculas, caracterizando-se assim mais uma alteração de textos. Trazemos uma outra citação abaixo onde vemos o termo “third person” associado por Ellen G. White ao poder de Deus, deixando claro que Ellen G. White não referia o termo “third person” (terceira pessoa) a uma pessoa divina separada de Deus Pai e de Seu Filho Jesus Cristo. “He determined to give His representative, the third person of the Godhead. This gift could not be excelled. He would give all gifts in one, and therefore the divine Spirit, that converting, enlightening, and sanctifying power, would be His donation.” 6BC p. 1052, (SW Nov. 28, 1905). Tradução: “Ele determinou-se a dar Seu representante, a terceira pessoa da Divindade. Este presente não poderia ser excedido. Ele daria todos os dons em um, e então o divino Espírito, aquele poder convertedor, esclarecedor e santificador seria Sua dádiva.”
Nesta citação, Ellen G. White claramente menciona o Espírito Santo como sendo um poder, e não uma pessoa. Conclusão: ALGUÉM INTENCIONALMENTE MODIFICOU E MANIPULOU OS TEXTOS DE ELLEN G. WHITE PARA DAR A ENTENDER QUE ELA TERIA CRIDO NA DOUTRINA DA TRINDADE. ESTAMOS DENUNCIANDO ISTO PARA QUE ESTAS PESSOAS, SE ESTIVEREM VIVAS, SE ARREPENDAM, E PARA QUE NOSSOS IRMÃOS ADVENTISTAS SINCEROS PERCEBAM QUE NÓS FOMOS ENGANADOS. Os textos analisados neste trabalho, comumente usados para “provar” que Ellen G. White teria crido na Trindade, quando analisados à luz dos manuscritos originais e dos seus respectivos contextos, deixam evidente que ela não estava de forma alguma apoiando uma crença na Trindade quando os escreveu. Pelas evidências aqui apresentadas, nos parece claro que Ellen G. White nunca creu na Trindade. Ao contrário, ela concordava com seu marido, James (Tiago) White, que morreu não crendo na Trindade. O próprio fato de que pessoas no decorrer da história manipularem os textos por ela escritos, após a sua morte, para fazer parecer que ela teria crido na Trindade quando viva, evidenciam que ela não cria na Trindade. Ellen G. White previu o ômega da apostasia, que seria muito pior do que o Alfa, encabeçado pelo Dr. Kellogs. Hoje vemos claramente porque o ômega seria de natureza muito pior. Ele foi construído por décadas através de pequenas manipulações nos escritos de Ellen G. White, para depois ganhar o que poderíamos chamar de “base doutrinária” pelos escritos manipulados. A crença na Trindade por parte da IASD, com base nos fatos apresentados neste artigo, faz parte do ômega da apostasia predito por Ellen G. White. A Deus seja toda honra e glória e louvor, por ter nos mostrado estas maravilhosas verdades. Hoje a seguinte afirmação bíblica faz para mim mais sentido do que nunca: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Obs.: Originalmente, esta citação se refere ao conhecimento da Bíblia. Entretanto, ao descobrir qual é a verdade sobre os textos de Ellen G. White, sinto que esta citação bíblica é válida para mim e para você, irmão e pastor adventista que leu este artigo.
Concluímos com o seguinte apelo: 1 - Oremos pelos responsáveis por estas modificações para que, se possível for, eles se arrpendam de seus pecados e se convertam realmente a Cristo, pois Deus é fiel e justo para perdoá-los de toda injustiça; 2 – Oremos por nossa liderança – departamentais, pastores distritais e líderes de igreja, para que tenham um coração e espírito humilde possam pedir perdão por termos adorado um Deus que não é Deus e para que os juízos divinos preditos no livro de Ezequiel, que estão prestes a cair sobre a IASD, sejam, se possível, retardados; 3 – Oremos por nós mesmos, para que Deus tenha misericórdia de nós e nos aceite como suas ferramentas para o Seu trabalho. 4 – Oremos para que a sacudidura, que já se iniciou na IASD (começa com questões doutrinárias e termina logo após a lei dominical, ver Eventos Finais – cap. “A Sacudidura” e Preparação para a Crise Final – Fernando Chaij) possa se encerrar com grande parte do Seu povo fiel preparada para receber a Chuva Serôdia, e para que não sejamos sacudidos para fora do povo de Deus. 5 – PARA QUE SATANÁS NUNCA MAIS TENHA PODER SOBRE A IASD, E QUE ESTA IGREJA SE ARREPENDA DE SEUS PECADOS E DEIXE DE SER MILITANTE, PARA AR A SER TRIUNFANTE. Que Deus abençoe a todos.
Maranata – o Senhor logo vem!
Jairo Carvalho
(Some information taken from Foundation of Our Faith by Allen Stump) http://smyrna.org There is but one way of escape for the sinner. There is but one agency whereby he may be cleansed from sin. He must accept the propitiation that has been made by the Lamb of God, who taketh away the sins of the world. The shed blood of Christ cleanseth us from all sin. “For he hath made him to be sin for us, who knew no sin; that we might be made the righteousness of God in him.” “Him hath God exalted with his right hand to be a Prince and a Saviour, for to give repentance to Israel, and forgiveness of sins.” A complete offering has been made; for “God so loved the world, that he gave his only-begotten Son,”— not a son by creation, as were the angels, nor a son by adoption, as is the forgiven sinner, but a Son begotten in the express image of the Father’s person , and in all the brightness of his majesty and glory, one equal with God in authority, dignity, and divine perfection. In him dwelt all the fullness of the Godhead bodily. (Signs of the Times, May 30, 1895) The Eternal Father, the unchangeable one, gave his only begotten Son, tore from his bosom Him who was made in the express image of his person, and sent him down to earth to reveal how greatly he loved mankind. ( Advent Review and Sabbath Herald, July 9,1895) God is the Father of Christ; Christ is the Son of God. To Christ has been given an exalted position. He has been made equal with the Father. All the counsels of God are opened to His Son. (Testimonies for the Church, vol. 8, pp. 268, 269) The Lord has shown me that Satan was once an honored angel in heaven, next to Jesus Christ. .... And I saw that when God said to his Son, Let us make man in our image, Satan was jealous of Jesus. He wished to be consulted concerning the formation of man. He was filled with envy, jealousy and hatred. He wished to be the highest in heaven, next to God, and receive the highest honors. (Spiritual Gifts, Vol. 1, p. 17) At the time when He was most needed, Jesus, the Son of God, the world’s Redeemer, laid aside His divinity, and came to earth in the garb of humanity. (Bible Echo and Signs of the Times, Oct. 12, 1896)
Cartas para as Igrejas M. L. Andreasen
Na década de 1950, a liderança americana da IASD entrou em acordo com líderes porta-vozes evangélicos americanos (Martin & Barnhouse), para que a IASD não mais fosse considerada uma seita, mas sim uma igreja como as demais igrejas evangélicas. Tanto assim que já em 1959, a IASD ou a fazer parte como membro cooperador do Concílio Nacional de Igrejas dos Estados Unidos, uma organização ecumênica. Para tanto, a IASD deveria abdicar de certas doutrinas fundamentais dos pioneiros adventistas, as quais são apoiadas pelo Espírito de Profecia de Ellen G. White. Dentre essas doutrinas fundamentais está a da Encarnação, a qual os evangélicos e católicos crêem que JESUS encarnou com a natureza de Adão antes de sua queda, ou seja, Sua natureza seria isenta ou imune às paixões e às leis da hereditariedade a que estão sujeitos os filhos de Adão, depois de sua queda. Assim, a partir de 1957, os teólogos adventistas aram a ensinar que JESUS veio com a natureza sem pecado de Adão, antes de sua queda, ao contrário do que ensinavam os pioneiros e a Sra. White. JESUS seria apenas nosso substituto e não nosso exemplo a ser seguido. Com essa mudança teológica o mundanismo entrou na IASD, junto com o ecumenismo. Na ocasião, uma das raras vozes oficiais que se levantaram contra esse compromisso apóstata foi a do Pr. Andreasen (1876-1962), conhecido entre nós brasileiros como o autor do livro O Ritual do Santuário. Depois de tentar em vão fazer-se ouvir pela liderança apóstata da Igreja, ele escreveu seis longas cartas às igrejas adventistas de todo mundo, denunciando toda essa conspiração ecumênico-doutrinária. Devido ao protesto do Pr. Andreasen, a Associação Geral, em 06.04.61, tirou suas credenciais e sua pensão por aposentadoria. Só depois que uns irmãos do sul da Califórnia, revoltados com a injustiça feita ao Pr. Andreasen, ameaçaram não encaminhar mais o dízimo à Organização, é que a Associação Geral voltou a pagar sua aposentadoria, mas isto já perto de sua morte, que ocorreu em 19.02.62. Em 01.03.62, após sua morte, a Associação Geral restaurou as credenciais do Pr. Andreasen.
Índice:
Apresentação Carta 1 - A Encarnação Carta 2 - Tentativa de Alterar Escritos de EGW Carta 3 - Depreciando a Sra. White Carta 4 - Um Resumo Carta 5 - Por Que Não Uma Audiência? Carta 6 - A Expiação
Carta 1 - A Encarnação Foi CRISTO Imune? A palavra encarnação deriva de duas palavras latinas, in carnis, que signifca "em carne" ou "na carne". Como um termo teológico, denota "o assumir a forma e natureza humana por JESUS, concebido como Filho de DEUS. Nesse sentido João usa a palavra quando diz, "Nisto conheceis o ESPÍRITO de DEUS: todo espírito que confessa que JESUS CRISTO veio em carne é de DEUS; e todo espírito que não confessa que JESUS CRISTO veio em carne não é de DEUS." I João 4:2,3. Isto torna a crença na encarnação um teste de discipulado, embora sem dúvida signifque mais que a mera crença na aparência histórica de CRISTO. A vinda ao mundo de uma nova vida - o nascimento de um bebê - é em si mesma um milagre. Infnitamente mais que isto deve ser a encarnação do próprio Filho de DEUS. Sempre permanecerá um mistério além da compreensão humana. Tudo que o homem pode fazer é aceitá-la como uma parte do plano da redenção que tem sido gradualmente revelado desde a queda do homem no jardim. Por razões que não podemos completamente compreender, DEUS permitiu o pecado. Ao assim fazer, contudo, Ele também proveu um remédio. Esse remédio compreende o plano da redenção e está estreitamente ligado com a encarnação, a morte e a ressurreição do Filho de DEUS. Não pode ser concebido que DEUS não soubesse o que a criação Lhe custaria; e o "conselho de paz" que decidiu o assunto, deve ter incluído provisões para toda contingência prevista. Paulo chama esse plano de "sabedoria de DEUS oculta em mistério, a qual DEUS ordenou antes dos mundos para nossa glória." I Coríntios 2:7. A frase "antes dos mundos" signifca antes que houvesse criação de qualquer espécie. Assim, o plano da salvação não foi um pensamento posterior. Ele foi "pré-ordenado". Mesmo quando Lúcifer pecou, o plano não estava completamente revelado, mas foi "mantido em silêncio através dos tempos eternos." Romanos 16:25. Para isto DEUS não dá razão. Paulo informa-nos "que pela revelação DEUS me tornou conhecido o mistério... o mistério de CRISTO que em outras eras não foi tornado conhecido aos flhos dos homens, como é agora revelado aos Seus santos apóstolos e profetas pelo ESPÍRITO." Efésios 3: 3-5.
Tornou-Se Há duas palavras na epístola aos Hebreus que são de interesse nesta ligação. São elas "tornou-se", no verso dez do capítulo dois, e "convinha", no verso 17 do mesmo capítulo. A palavra grega para tornou-se é prepo, e é defnida como "conveniente, apropriado, adequado, adaptado, bem-parecido." Paulo, que cremos ser o autor de Hebreus, é muito corajoso quando assim presume atribuir motivo a DEUS e declara que foi conveniente e direito para DEUS tornar CRISTO "perfeito através do sofrimento." Hebreus 2:10. Ele considera gracioso a DEUS assim fazer; isto é, DEUS o aprova. Em julgar a DEUS, Paulo emula Abraão que foi mais corajoso que Paulo. Entendendo mal o que DEUS intentava fazer, Abraão aconselhou DEUS a não fazer aquilo. Disse ele, "Também destruirás o justo com o ímpio?... Longe de Ti tal coisa, de destruir o justo com o ímpio... Longe de Ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra? Gênesis 18:23,25. Moisés também ensaiou oestar a DEUS e instruí-Lo. Quando Israel dançou ao redor do bezerro de ouro, DEUS disse a Moisés, "Agora, pois, deixa-Me, que o Meu furor se acenda contra eles, e os consuma; e Eu farei de ti uma grande nação." sxodo 32:10. Moisés tentou pacifcar a DEUS e disse, "SENHOR, por que se acende o Teu furor contra o Teu povo?... Torna-Te da ira do Teu furor e arrepende-Te deste mal contra o Teu povo." Êxodo 32:11,12. "E o SENHOR arrependeu-Se do mal que dissera que havia de fazer ao Seu povo." Verso 14. Prontamente vemos que nesse interessante episódio DEUS meramente estava testando Moisés, e dando-lhe uma oportunidade de pleitear pelo povo. Mas também notamos que isto ilustra a vontade de DEUS de falar sobre assuntos com Seus santos; sim, e com aqueles que não são santos. Seu convite à humanidade é, "Vinde então, e argüi-Me, diz o SENHOR;" Isaías 1:18. DEUS está ansioso para comunicar-Se com Seu povo. Nem Abraão nem Moisés foram reprovados pela coragem deles.
Convinha A outra palavra à qual queremos chamar atenção é convinha. Falando de CRISTO, Paulo diz, "Em todas as coisas convinha a Ele ser feito igual a Seus irmãos, para que pudesse ser misericordioso e fel sumo sacerdote nas coisas pertinentes a DEUS, para fazer expiação pelos pecados do povo."Hebreus 2:17. Enquanto tornou-se, no verso dez, é uma palavra branda, convinha, no verso 17 (ophilo em grego), é uma palavra forte e é defnida "sob obrigação", "deve", "precisa", "necessita", "obrigado", "devedor". Se CRISTO deve ser misericordioso e fel sumo sacerdote, Paulo diz que cumpria a Ele "em todas as coisas" ser como Seus irmãos. Isto é obrigatório. E um dever que JESUS tem e não pode ser evitado. CRISTO não podia fazer reconciliação (expiação) pelo
homem a não ser que tomasse Seu lugar com eles e em todas as coisas Se tornasse como eles. Não foi uma questão de escolha. JESUS devia, precisava, estava sob obrigação de. A não ser que CRISTO tivesse de lutar com as mesmas tentações que os homens enfrentam, Ele não poderia simpatizar-Se com eles. Uma pessoa que nunca esteve faminta, que nunca esteve fraca e doente, que nunca lutou com as tentações, é incapaz completamente de simpatizar-se com os que são assim afigidos. Por esta razão foi necessário para CRISTO em todas as coisas tornar-Se como Seus irmãos. Se JESUS tem de ser tocado com os sentimentos de nossas enfermidades, Ele próprio deve ser "rodeado de fraqueza". Hebreus 4:15; 5:2. Portanto, se os homens são afigidos, JESUS também deve ser afigido "em todas as afições deles." Isaías 63:9. O próprio CRISTO testifca: "Não fui rebelde; nem voltei atrás. As costas dou aos que Me ferem e a face, aos que Me arrancam os cabelos; não escondo a face dos que Me afrontam e Me cospem."Isaías 50:5,6. JESUS "próprio tomou nossas enfermidades, e levou as nossas doenças." Mateus 8:17. Em nada CRISTO Se poupou. Ele não pediu para ser isento, imune de qualquer provação ou sofrimento humano; e DEUS não O imunizou (isentou). Essas experiências eram todas necessárias se CRISTO tivesse de ser um sumo sacerdote misericordioso. Ora, Ele pode simpatizar-Se, pois JESUS conhece a fome por experiência real e a doença e a fraqueza e a tentação e tristeza e afição e a dor e o sentir-Se abandonado por DEUS e pelo homem. JESUS foi "tentado em todos os pontos como nós somos, embora sem pecado." Hebreus 4:15. É a participação de CRISTO nas afições e fraquezas dos homens que O capacita a ser um simpático Salvador como é JESUS.
Foi CRISTO Isento/Imune? Com essas refexões em mente, lemos com espanto e perplexidade, mesclado com tristeza, a falsa declaração em Questions on Doctrine, pág. 383 de que CRISTO foi "isento das paixões herdadas e das poluições que corrompem os descendentes naturais de Adão." Para apreciar a importância dessa afrmação, precisamos defnir "isento/imune" e "paixões". O College Standard Dictionary, defne isento: "liberar ou excusar de alguma obrigação pesada; libertar, desembaraçar ou dispensar de alguma restrição ou carga." O Webster's New World Dictionary defne isento: "tirar, libertar, livrar como de um regulamento que os outros devem observar; excusado, liberado... isenção implica uma dispensa de alguma obrigação ou exigência legal, especialmente quando outros não são liberados." Paixão é defnida: "originalmente sofrimento ou agonia... qualquer das emoções como ódio, tristeza, amor, medo, alegria; a agonia e sofrimento de
JESUS durante a crucifxão ou durante o período após a última Ceia. Paixão usualmente implica uma forte emoção que tem um efeito compelente ou irresistível." Paixão é uma palavra inclusiva. Conquanto originalmente ela tenha referência à tristeza, sofrimento, agonia, ela não se confna a esses signifcados nem às paixões da carne somente, mas inclui todas as emoções humanas como mencionado acima, tanto quanto a ira, tristeza, fome, piedade; inclui, de fato, todas as tentações que incitam os homens à ação. Tirar essas emoções do homem, isentá-lo de todas as tentações, resulta numa criatura menos que humana, uma espécie de não-homem, um homem sombra, uma não-entidade, à qual Markhan chama "um irmão do boi." As tentações são os ingredientes da construção do caráter da vida para o bem ou o mal, conforme o homem reaja a elas. Se CRISTO fosse isento/imune das paixões da humanidade, Ele seria diferente dos outros homens, nenhum dos quais é assim imune. Tal ensino é trágico, e completamente contrário ao que os ASDs têm sempre ensinado e crido. CRISTO veio como um homem entre homens, não pedindo nenhum favor nem recebendo nenhuma consideração especial. De acordo com os termos do concerto, JESUS não deveria receber nenhuma ajuda de DEUS que não estivesse disponível a qualquer outro homem. Esta era uma condição necessária se Sua demonstração tivesse de ser de algum valor e Sua obra aceitável. O menor desvio dessa regra invalidaria o experimento, tornaria nulo o acordo, falto o concerto, e efetivamente destruiria toda esperança para o homem. A acusação de Satanás tem sempre sido que DEUS é injusto ao requerer que os homens guardem a lei, e duplamente injusto em puni-los por não fazer o que não pode ser feito, e o que ninguém jamais fez. Sua reivindicação é que DEUS deve ao menos fazer uma demonstração para mostrar que pode ser feito, e feito sob as mesmas condições às quais os homens estão sujeitos. Noé, Jó, Abraão, Davi - todos foram bons homens, mas todos falharam em subir ao elevado padrão de DEUS. "Todos os homens pecaram", diz Paulo. Romanos 3:23. DEUS não foi movido pelo desafo de Satanás; pois muito tempo antes, mesmo na eternidade, DEUS decidira sobre Seu curso de ação. De acordo, quando chegou a tempo, DEUS enviou Seu próprio Filho, na semelhança de carne pecaminosa, pelo pecado condenou o pecado na carne." Romanos 8:3. CRISTO não tolerou o pecado na carne; Ele condenou-o, e ao assim fazer, JESUS, além disso, reforçou a lei ao pagar a pena requerida pela transgressão dela, e ou a infição de sua pena ao pagar sua exigência; CRISTO estava então na posição de perdoar sem ser acusado de ignorar a lei ou de colocá-la de lado. Quanto tornou-se evidente que DEUS intentava enviar Seu Filho e Nele demonstrar que o homem pode guardar a lei, Satanás sabia que isso
constituiria a crise, e que ele precisava vencer a CRISTO ou perecer. Uma coisa grandemente o preocupava: Haveria de CRISTO vir a esta terra como um homem, com as limitações, fraquezas e enfermidades que os homens têm trazido sobre eles devido aos excessos? Se assim fosse, Satanás cria que ele poderia vencer a JESUS. Se DEUS devesse isentá-Lo das paixões que corrompem os descendentes naturais de Adão, Satanás poderia reclamar que DEUS estava fazendo favoritismo, e que o teste era inválido. Nas seguintes citações do Espírito de Profecia temos a resposta de DEUS:
"DEUS permitiu a Seu Filho vir, como um bebê carente, sujeito às fraquezas da humanidade. Ele Lhe permitiu enfrentar os perigos da vida em comum com cada alma humana, lutar a batalha que todo flho da humanidade deve lutar, ao risco de falha e perda eterna." O Desejado, 49.
"Muitos reclamam que era impossível para CRISTO ser vencido pela tentação. Então Ele não poderia ter sido colocado na posição de Adão... nosso Salvador tomou a humanidade com todas as suas responsabilidades. Ele tomou a natureza de Adão com a possibilidade de ceder à tentação." O Desejado, 117.
"As tentações às quais CRISTO estava sujeito eram uma terrível realidade. Como um agente livre JESUS foi colocado em provação com a liberdade de ceder às tentações de Satanás e operar em oposição a DEUS. Se assim não fosse, se não fosse possível que CRISTO caísse, Ele não poderia ter sido tentado em todos os pontos como a família humana é tentada." The Youth's Instructor, 26-10-1899.
"Quando Adão foi assaltado pelo tentador, nenhum dos efeitos do pecado estavam sobre ele. Adão permaneceu na força da perfeita varonilidade, possuindo o pleno vigor de mente e corpo... Não foi assim com JESUS quando entrou no deserto para lutar com Satanás. Por quatro mil anos a raça humana tinha estado decrescendo em força física, em poder mental, em valor moral; e CRISTO tomou sobre Si as enfermidades da humanidade degenerada. Somente assim poderia JESUS resgatar o homem das mais baixas profundezas de sua degradação." O Desejado, 117.
"CRISTO venceu a Satanás na mesma natureza sobre a qual Satanás obteve a vitória sobre o homem. O inimigo foi vencido por CRISTO em Sua natureza humana. O poder da divindade do Salvador foi escondido. Ele venceu na natureza humana, dependendo de DEUS para ter força. Este é o privilégio de todos." The Youth's Instructor, 25-04-1901.
"Cartas têm-me chegado, afrmando que CRISTO não podia ter tido a mesma natureza como o homem, pois se o tivesse, JESUS teria caído sob tentações similares. Se JESUS não tivesse a natureza do homem, Ele não poderia ser nosso exemplo. Se JESUS não fosse participante de nossa natureza, Ele não poderia ser tentado como tem sido o homem. Se não fosse possível JESUS ceder às tentações, Ele não poderia ser nosso ajudador. Foi uma solene realidade que CRISTO veio para lutar a batalha como o homem, em favor do homem. Sua tentação e vitória nos dizem que a humanidade precisa copiar o Padrão; os homens devem tornar-se participantes da natureza divina." R&H, 18-02-1890.
"CRISTO portou os pecados e enfermidades da raça como ela existia quanto Ele veio à terra para ajudar o homem... JESUS tomou a natureza humana, e ou as enfermidades da raça degenerada." As Tentações de CRISTO, 30,31.
Se CRISTO fosse isento de paixões, Ele seria incapaz de entender ou de ajudar a humanidade. Portanto, cumpria-Lhe "em todas as coisas ser feito como Seus irmãos, para que pudesse ser um misericordioso e fel sumo sacerdote... pois naquilo que Ele mesmo sofreu, sendo tentado, é capaz de socorrer os que são tentados." Hebreus 2:17,18.
Um Salvador que nunca foi tentado, que nunca teve de batalhar com as paixões, que nunca "ofereceu orações e súplicas com fortes brados e lágrimas a DEUS que era capaz de salvá-Lo da morte", que "embora fosse um Filho" nunca aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu, mas que foi "isento" das próprias coisas que um verdadeiro Salvador deve experimentar: tal Salvador é o que essa nova teologia nos oferece. Não é o tipo de Salvador que eu preciso, nem o mundo. Um que nunca lutou com as paixões não pode ter conhecimento do poder delas, nem nunca teve a alegria de sobrepujá-las.
Se DEUS estendesse favores especiais e isenções a CRISTO, neste próprio ato DEUS O desqualifcaria para Sua obra. Não pode haver heresia mais prejudicial do que esta aqui discutida. Ela afasta o Salvador que tenho conhecido e substitui por Ele uma personalidade fraca, não considerada por DEUS capaz de resistir e conquistar as paixões que DEUS pede ao homem para vencer. É, de certo, patente para todos, que ninguém pode reivindicar crer nos Testemunhos e também crer na nova teologia de que CRISTO foi imune às paixões humanas. É uma coisa ou outra. A denominação adventista é agora chamada a decidir. Aceitar os ensinos do livro Questions on Doctrine necessita abdicar da fé do dom de profecia que DEUS tem dado a este povo.
Alguma História Pode interessar ao leitor conhecer como essas novas doutrinas vieram a ser aceitas pelos líderes da IASD, e como foram incluídas no livro Questions on Doctrine, e assim receberam posição ofcial. A questão da natureza de CRISTO enquanto em carne é um dos pilares fundamentais do cristianismo. Nessa doutrina se apóia a salvação do homem. O apóstolo João a torna um fator decisivo ao dizer, "Todo espírito que confessa que JESUS CRISTO veio em carne, é de DEUS. E todo espírito que não confessa que JESUS CRISTO veio em carne, não é de DEUS." I João 4: 2,3. Em que tipo de carne veio JESUS a esta terra? Repetimos uma citação dada acima: "CRISTO tomou sobre Si as enfermidades da humanidade degenerada. Somente assim poderia Ele resgatar o homem das mais baixas profundezas da degradação humana." O Desejado, 117. Somente enquanto CRISTO colocou-Se no nível da humanidade que Ele tinha vindo salvar, podia JESUS demonstrar ao homem como vencer suas paixões e debilidades. Se os homens com os quais Ele se associou tivessem entendido que JESUS era isento das paixões com as quais eles tinham de lutar, Sua infuência teria sido destruída e Ele seria considerado como um enganador. Sua declaração, "Eu venci o mundo,"(João 16:33) seria aceita como uma jactância desonesta; pois sem paixões JESUS nada tinha a vencer. Sua promessa "ao que vencer, lhe concederei que se assente Comigo no Meu trono, assim como Eu venci e Me assentei com Meu Pai no Seu trono" (Apocalipse 3:21), enfrentaria a reivindicação de que se DEUS os isentasse das paixões, eles também poderiam fazer o que CRISTO fez. Que DEUS isentou a CRISTO das paixões que corrompem os homens, é o auge da heresia. É a destruição de toda verdadeira religião e nulifca completamente o plano da redenção, e torna DEUS um enganador e CRISTO Seu cúmplice. Grande responsabilidade repousa sobre os que ensinam tais falsas doutrinas para destruição das almas. A verdade, evidentemente, é que DEUS, "não
poupou Seu próprio Filho, mas no-Lo entregou" (Romanos 8:32); além disso, porque a natureza de CRISTO era sensível à menor desconsideração ou desrespeito ou desdém, Suas provas eram mais árduas e Suas tentações mais fortes do que qualquer um tem de ar. JESUS resistiu "mesmo até o sangue." Não, DEUS não O poupou ou O isentou. Em Sua agonia JESUS "ofereceu orações e súplicas com fortes clamores e lágrimas para DEUS que era capaz de salvá-Lo da morte, e foi ouvido naquilo que temia."Hebreus 5:7. "Embora fosse o Filho, ainda aprendeu Ele a obediência pelas coisas que sofreu." Verso 8. Em vista de tudo isso, repetimos a pergunta: Como essa doutrina que desonra a DEUS teve seu curso dentro desta organização adventista? Foi ela o resultado de íntimo e fervoroso estudo por homens competentes durante uma série de anos, e foram as conclusões fnais submetidas à denominação em reunião pública representativa, anunciada de antemão na Review, dando os detalhes de que mudanças eram contempladas, como a denominação votou, de acordo com o procedimento apropriado? Nenhuma dessas coisas foi feita. Um livro anônimo apareceu, e os homens foram julgados e os freios foram aplicados sobre qualquer um que objetasse. Eis aqui a história de como essas novas doutrinas acharam seu caminho para dentro da denominação adventista, conforme relatado pelo Dr. Donald Grey Barnhouse, editor da revista religiosa Eternity, em setembro de 1956, no artigo entitulado "São os Adventistas do Sétimo Dia Cristãos? Com permissão citamos desse artigo. Podemos dizer que o Dr. Barnhouse nos adverte que o conteúdo inteiro do artigo foi submetido aos líderes adventistas da Conferência Geral para aprovação antes da publicação. O fato que esse relatório foi publicado há três anos [1956 para 1959], e nenhuma correção ou protesto foi exarado por nossos líderes, fortemente mostra que eles aceitam a veracidade do artigo. O Dr. Barnhouse relata que "há pouco menos de dois anos foi decidido que o Dr. Martin deveria realizar pesquisa em relação ao adventismo do sétimo dia." O Dr. Walter R. Martin era na ocasião um candidato ao grau de Doutor de Filosofa na Universidade de Nova Iorque e estava ligado também ao conselho editorial da revista Ministry. Desejando conseguir informação de primeira mão e confável, o Sr. Martin foi a Washington à sede dos adventistas onde ele contatou com alguns líderes. "A resposta foi imediata e entusiástica." O Sr. Martin "imediatamente... percebeu que os adventistas estavam energicamente negando certas posições doutrinárias que antes eram-lhes atribuída. Principalmente entre essas estavam a questão da marca da besta, e da natureza de CRISTO enquanto em carne." O Sr. Martin apontou-lhes que na livraria adventista anexa ao edifício em que essas reuniões estavam ocorrendo, um certo volume publicado por eles e escrito por um de seus ministros categoricamente afrmava o contrário do que eles estavam agora declarando.
Os líderes mandaram buscar o livro e descobriram que o Sr. Martin estava correto, e imediatamente levaram esse fato à atenção dos ofciais da Conferência Geral, que a situação tinha de ser remediada e que tais publicações tinham de ser corrigidas." Aquilo era concernente particularmente sobre a doutrina da marca da besta, uma das doutrinas fundamentais da igreja adventista mantida desde os seus primórdios. Quando os líderes descobriram que o Sr. Martin estava certo, eles sugeriram aos ofciais que a situação fosse "remediada e tais publicações corrigidas." Isso foi feito. Não fomos informados sobre quais publicações foram assim "remediadas e corrigidas", nem se os autores foram notifcados antes de as mudanças serem feitas; nem se o comitê editorial devidamente apontado fora consultado; nem se os editores do livro ou se a casa de publicação estavam concordes com as mudanças. Sabemos, contudo, que na Lição da Escola Sabatina do segundo trimestre de 1958, que trata do livro do Apocalipse, capítulo após capítulo, o 13º capítulo que discute a marca da besta foi inteiramente omitido. O capítulo 12 estava lá, assim como o 14, mas não havia o capítulo 13. As licões da Escola Sabatina haviam sido evidentemente "remediadas e corrigidas." É certamente incômodo quando um ministro de outra denominação tem bastante infuência com nossos líderes para fazê-los corrigir nossa teologia, e efetuar uma mudança nos ensinos da denominação, numa doutrina mais vital da igreja, e mesmo invadir as lições da Escola Sabatina do mundo e retirar dela importantes lições do Apocalipse 13. Para nossos líderes aceitarem isto é equivalente a uma abdicação de sua liderança. O mesmo Procedimento Mas isto não é tudo. O Dr. Barnhouse relata que o mesmo procedimento foi repetido com relação à natureza de CRISTO enquanto na carne, assunto com o qual estivemos tratando. Nossos líderes asseguraram ao Sr. Martin que "a maioria da denominação tem sempre mantido que a natureza de CRISTO enquanto em carne era sem pecado, santa, e perfeita, a despeito do fato de alguns dos escritores adventistas terem ocasionalmente publicado pontos de vistas contrários completamente repugnantes à igreja como um todo." Se nossos líderes falaram isso ao Sr. Martin, eles disseram a maior inverdade possível. Pois a denominação jamais manteve qualquer outro ponto de vista que o expresso pela Sra. White nas citações usadas neste artigo. Desafamos nossos líderes, ou qualquer pessoa, a apresentar prova da afrmação deles. Quão grosseiramente inverídica é a declaração de que certos escritores adventistas publicam pontos de vista "completamente repugnantes à igreja como um todo." A Sra. White foi uma dessas escritoras que "publicou." Ouvi também o que nosso livro padrão, Bible Readings for the Home Circle [Estudos Bíblicos, em português], vendido ao público aos milhões, tem a dizer sobre o
assunto. Tenho diante de mim duas cópias, uma da Pacifc Press, de 1916, a outra da Southern Publishing House, de 1944. Ambas dizem o mesmo. Eis o ensino aceito pela denominação: "Em Sua humanidade CRISTO participou de nossa pecaminosa natureza caída. Se assim não fosse, então, Ele não teria sido feito 'como Seus irmãos', não fora 'em todos os pontos tentado como nós somos,' não vencera como temos de vencer, e não é, portanto, o completo e perfeito Salvador que o homem precisa e deve ter para ser salvo. A idéia de que CRISTO foi nascido de uma mãe imaculada e sem pecado (os protestantes não reivindicam isto para a virgem Maria, [mas os católicos sim]), que não herdou tendências para o pecado, e que por isto não pecou, remove JESUS do mundo caído, e do próprio lugar onde a ajuda é necessária. Em Seu lado humano, CRISTO herdou exatamente o que todo flho de Adão herda - uma natureza pecaminosa, caída. Do lado divino, desde a Sua própria concepção JESUS foi gerado e nascido do ESPÍRITO. E isto foi feito para colocar a humanidade em posição vantajosa, e para demonstrar que do mesmo modo que todos os que são 'nascidos do ESPÍRITO' podem ganhar semelhante vitória sobre o pecado em sua própria carne pecaminosa. Assim cada um deve vencer como CRISTO venceu (Apocalipse 3:21). Sem este nascimento não pode haver vitória sobre a tentação, e nenhuma salvação do pecado (João 3:3-7)." Bible Readings, pág. 21. Em explanação de como há escritores adventistas que publicam seus pontos de vista, nossos líderes disseram ao Sr. Martin que "eles tinham entre seu número certos membros de sua 'margem lunática', tanto como há similares excêntricos irresponsáveis em todo campo do cristianismo fundamental." Penso que isto é ir muito longe. A Sra. White não pertence a essa "orla lunática" que publica, nem os autores de Bible Readings. Nossos líderes precisam pedir a mais humilde desculpa à denominação por tal calúnia sobre seus membros. É quase inaceitável que eles tivessem feito tais declarações. Mas a acusação tem estado publicada há aproximadamente três anos, e não houve nenhum protesto de qualquer tipo. Estou humilhado de que tais acusações tenham sido feitas, e mesmo mais assim que nossos líderes estejam completamente endurecidos em sua atitude para com elas. Para que o leitor possa ver por si mesmo o relatório original do Dr. Barnhouse, eu anexo uma cópia da reimpressão, "São os Adventistas do Sétimo Dia Cristãos?" Este não é o relatório completo, mas apenas aquela parte que se relaciona às questões aqui discutidas. Mais tarde apresentaremos outros extratos. "Pouco menos de dois anos atrás foi decidido que o Sr. Martin devia realizar pesquisa em relação ao adventista do sétimo dia. Contatamos com os adventistas, dizendo que desejávamos tratá-los com justiça e apreciaríamos a
oportunidade de entrevistar alguns de seus líderes. A resposta foi imediata e entusiástica. "O Sr. Martin foi a Takoma Park, Washington, D.C., na direção do movimento adventista do sétimo dia. De início os dois grupos olharam-se com grande suspeita. O Sr. Martin tinha lido uma vasta quantidade de literatura adventista e os apresentou uma série de aproximadamente 40 perguntas concernentes à posição teológica dos adventistas. Numa segunda visita foi-lhe apresentado várias páginas de detalhadas respostas teológicas àquelas perguntas. Imediatamente foi percebido que os adventistas estavam ardorosamente negando certas posições doutrinárias que lhes haviam sido previamente atribuídas. Conforme o Sr. Martin lia suas respostas ele chegou, por exemplo, na declaração que eles repudiavam absolutamente o pensamento que a guarda do sábado do sétimo dia fosse uma base para salvação e uma negação de qualquer ensino que a guarda do primeiro dia da semana (domingo) fosse considerada ser o recebimento da anti-cristã 'marca da besta'. Ele lhes assinalou que na livraria anexa ao prédio onde se realizava as reuniões, um certo livro publicado por eles e escrito por seus ministros, categoricamente declarava o contrário do que estavam afrmando. Os líderes mandaram buscar o livro, descobriram que o Sr. Martin estava certo, e imediatamente levaram este fato à atenção dos ofciais da Conferência Geral, que essa situação tinha de ser remediada e tais publicações corrigidas. Este mesmo procedimento foi repetido com relação à natureza de CRISTO enquanto em carne, que a maioria da denominação tem sempre mantido ser sem pecado, santa, e perfeita, a despeito do fato de que certos de seus escritores terem ocasionalmente publicado pontos de vista contrários, completamente repugnantes para a igreja como um todo. Eles além disso explicaram ao Sr. Martin que tinham entre eles certos membros de sua 'orla lunática', assim como há excêntricos irresponsáveis em todo campo do cristianismo fundamental. Essa ação dos ASD foi indicativa de os similares que foram tomados, subsequentemente. "O livro do Sr. Martin sobre o adventismo do sétimo dia aparecerá na imprensa em poucos meses. Ele terá um prefácio dos líderes responsáveis da IASD para o efeito de que não sejam mal citados no volume e que as áreas de acordo e desacordo, como expostas pelo Sr. Martin, sejam acuradas do ponto de vista deles, tanto quanto de nosso ponto de vista evangélico. Todas as referências do Sr. Martin a um novo livro adventista sobre suas crenças serão da prova de página do livro deles (Questions on Doctrine), que aparecerá publicado simultaneamente com o livro do Sr. Martin. Doravante qualquer crítica justa do movimento adventista deve referir-se a essas publicações simultâneas." "A posição dos adventistas parece a alguns de nós em certos casos ser uma nova posição; aos ASD poder ser meramente a posição do grupo majoritário da sã liderança que está determinada a colocar um freio em qualquer membro
que busque manter velhos pontos de vista divergentes daqueles da liderança responsável da denominação adventista. "Para evitar acusações que contra eles foram apresentadas pelos evangélicos, os adventistas já tinham feito arranjos para que o programa da Voz da Profecia e a revista Signs of the Times, seu maior periódico, fossem identifcados como apresentações da IASD."
Ao encerrar este artigo, quero reenfatizar certos fatos salientes: 1 - Questions on Doctrine, pág. 383, declara que CRISTO foi isento. O Espírito de Profecia torna claro que CRISTO não foi isento das tentações e paixões que afigem os homens. Qualquer um que aceite a nova teologia deve rejeitar os Testemunhos. Não há outra escolha. 2 - O Sr. Martin foi o instrumento em ter mudado nossos ensinos sobre a natureza de CRISTO na carne e a marca da besta. Mudanças similares foram feitas em outros livros, mas não estamos informados que mudanças são. 3 - Nossos líderes prometeram não fazer proselitismo. Isto efetivamente interromperá nossa obra para o mundo. E prometeram relatar ao Sr. Martin aqueles que transgredirem. 4 - Fomos ameaçados de ter freios aplicados aos que deixarem de crer e seguir os líderes. Tais pessoas são caracterizadas como "excêntricos irresponsáveis e são ditas constituírem a "margem lunática". 5 - Estamos estarrecidos ao saber que de algum modo esses clérigos evangélicos têm tido infuência bastante com nossos líderes para fazer que a Voz da Profecia e Signs of the Times aprestem suas velas para "evitar as acusações que têm sido trazidas contra elas pelos evangélicos." Isto é notícia terrifcante. Esses órgãos são instrumentos de DEUS, e é inacreditável que os líderes devam permitir qualquer infuência externa afete esses veículos. Nisto um grande pecado contra a denominação adventista foi cometido que só pode ser apagado mediante profundo arrependimento das partes culpadas, ou em vez disso, que tais líderes envolvidos quietamente resignem de seus ofícios. Nossos membros estão largamente desapercebidos das condições existentes, e todo esforço está sendo feito para mantê-los em ignorância. Ordens foram emitidas para manter tudo em segredo, e será notado que mesmo na última sessão da Conferência Geral [1958] nenhum relatório foi dado sobre o tráfco de nossos líderes com os evangélicos e de fazer alianças com eles. Nossos ofciais estão brincando com fogo, e a confagração resultante cumprirá a predição de que a vinda da apostasia Ômega "será de natureza mais surpreendente".
Sete vezes pedi audiência, e foi-me prometida uma, mas somente na condição que eu me encontrasse privadamente com certos homens, e que nenhum registro fosse feito da ata de reunião. Pedi um audiência pública, ou se fosse privada, que uma gravação fosse feita, e que me fosse dada uma cópia. Isto me foi negado. Como não posso ter essa audiência, estou escrevendo estas mensagens que contêm e conterão, o que eu teria dito em tal audiência. Pode o leitor suspeitar a razão por que os ofciais não querem a audiência que pedi? Sou um adventista do sétimo dia, e amo esta mensagem que tenho pregado por tanto tempo. Entristeço-me profundamente quando vejo os pilares fundamentais serem destruídos, abandonados, as verdades abençoadas que nos fzeram o que somos.
Carta 2 Tentativa de Alterar Escritos de EGW _______________________________________________________
Logo no começo do verão de 1957 foi-me colocado nas mãos, providencialmente creio, uma cópia das Minutas da Mesa Diretora dos Depositários White para o mês de maio daquele ano. Para os que não estão familiarizados com essa mesa diretora, devo declarar que é uma pequena comissão apontada para ter em guarda o grande volume de cartas, manuscritos e livros deixados pela falecida Sra. Ellen G. White. Em conselho com os ofciais da denominação adventista a mesa decide quem deve ter o ao material, e em que extensão e para que propósito; o que deve ser publicado e o que não deve; e que material não deve estar disponível em absoluto. Muito do trabalho da comissão consiste em examinar e editar esses escritos e recomendar para publicação tal matéria que pareça ser de valor permanente. Esse trabalho é de grande importância para a igreja, pois somente o que é liberado pela comissão vê a luz do dia. Durante toda sua vida a própria Sra. White fez muito da obra de selecionar e editar, e em todos os casos ela tinha a supervisão do que era feito. Todos sabiam que qualquer coisa que fosse publicada estava sob sua supervisão e que tinha sua aprovação. A comissão agora assumiu essa obra.
Dois Homens e a Comissão De acordo com as Minutas White, foi em 1º de maio de 1957 que dois homens [Roy Allan Anderson e Walter Read], membros da comissão que fora apontada para escrever o livro Questions on Doctrine, foram convidados pela mesa para reunir-se, a fm de discutir a questão que tinha recebido alguma consideração na reunião de janeiro de 1957. Referia-se a afrmações feitas pela Sra. White com relação à expiação ora em progresso no santuário celestial. Essa concepção não estava de acordo com as conclusões atingidas pelos líderes da denominação em conselho com os evangélicos. Para entender isto completamente, e sua importância, é necessário rever alguma história. Os líderes adventistas estiveram por algum tempo em contato com dois ministros de outra fé, evangélicos, o Dr. Barnhouse e o Sr. Martin, respectivamente editor e editor assistente do jornal religioso Eternity, publicado na Filadélfa, e discutiram com eles várias de nossas doutrinas. Nessas conversações, como em numerosas cartas trocadas entre eles, os evangélicos levantaram sérias objeções a algumas de nossas crenças. A
questão de grande importância foi se os adventistas poderiam ser considerados cristãos enquanto mantêm tais pontos de vista, como a doutrina do santuário; os 2300 dias; a data 1844; o juízo investigativo; e a obra expiatória de CRISTO no santuário no céu desde 1844. Nossos homens expressaram o desejo de que a Igreja Adventista do Sétimo Dia fosse contada como uma das igrejas protestantes regulares, uma igreja cristã, não uma seita. Os dois grupos gastaram "centenas de horas" estudando, e escreveram muitas centenas de páginas. Os evangélicos visitaram nossa sede em Takoma Park, e nossos homens visitaram Filadélfa e foram hóspedes do Dr. Barnhouse em sua confortável casa. De tempos em tempos outros homens foram chamados para consulta em tais assuntos como a Voz da Profecia e nossos periódicos, todos com o ponto de vista de acertar o que impedia que fôssemos reconhecidos como uma denominação cristã. Após longas e demoradas discussões, os dois partidos chegaram fnalmente a um acordo de trabalho, e embora os evangélicos ainda objetassem a um número de nossas doutrinas, eles fcaram desejosos de nos reconhecer como cristãos. Deveríamos fazer algumas mudanças em alguns de nossos livros com relação à "marca da besta" e, também, "com relação à natureza de CRISTO enquanto na carne." Eternity, setembro de 1956. Isto foi levado à "atenção dos ofciais da Conferência Geral, que a situação deveria ser remediada e que tais publicações deveriam ser corrigidas. As correções foram feitas, e "essa ação dos ASDs foi indicativa de os similares que foram tomados subsequentemente." Ibid. Não estamos informados de quais outros livros foram "remediados e corrigidos". Os evangélicos publicaram um relatório de suas conferências com os adventistas em Eternity, da qual as citações acima são tomadas. O Dr. Barnhouse declara que eles tomaram a precaução de submeter seus manuscritos aos adventistas, para que nenhuma declaração errada ou erro pudesse ocorrer. Os adventistas publicaram um relatório. Mesmo na sessão da Conferência Geral do último ano (1958), o assunto não foi discutido. Somente poucos sabiam que houvera algumas conferências com os evangélicos. Havia rumores que os líderes adventistas tinham estado em conferência com os evangélicos, mas aquilo foi considerado por alguns como boato apenas. Os poucos que sabiam, mantiveram-se calados. Parecia haver uma conspiração de sigilo. Até hoje (1959) não sabemos, e não supomos saber, quem realizou as conferências com os evangélicos. Não sabemos, e não supomos conhecer, quem escreveuQuestions on Doctrine. [Posteriormente, soube-se que fora escrito pelos pastores Leroy Froom e Roy Allan Anderson.] Investigação diligente não deu resultado. Não sabemos, nem supomos saber, exatamente que mudanças foram feitas, e em que livros, concernentes à marca da besta e
à natureza de CRISTO enquanto em carne. Não sabemos quem autorizou a omissão do capítulo 13 do Apocalipse em nossas lições da Escola Sabatina para o segundo trimestre de 1958, que trata da marca da besta. [Não é à toa que já em 1959 a Conferência Geral da IASD entrou como sócia da organização ecumênica Conselho Nacional de Igrejas dos Estados Unidos.] O Dr. Barnhouse relata que para "evitar acusações contra os ASDs pelos evangélicos", os adventistas "fzeram arranjos" no que concerne à Voz da Profecia e à revista Signs of the Times. O que foi feito não sabemos e não nos foi dito. Não teremos um relatório detalhado? Nós, de certo, imaginamos como aconteceu que ministros de outra organização tivessem qualquer voz ou qualquer opinião em como conduzirmos nossa obra. Têm nossos líderes abdicado? Como é que eles consultam os evangélicos e mantêm nosso povo nas trevas?
O Que Foi Feito nas Conferências Para um relatório deste estamos confnados quase inteiramente ao que foi publicado na revista Eternity. O assunto que tomou muito tempo nas conferências foi o do santuário. O Dr. Barnhouse foi franco em sua estimativa dessa doutrina. Em particular ele objetou de nosso ensino sobre o juízo investigativo que ele caracterizou como "o fenômeno mais colossal, psicológico, para salvar as aparências na história religiosa." Mais tarde ele o chamou "a não importante e quase ingênua doutrina do 'juízo investigativo'", e disse que qualquer esforço para estabelecêla é estragado, vazio e inaproveitável." Eternity, setembro de 1956. O Dr. Barnhouse, ao discutir a explicação de Hiran Edson sobre o desapontamento de 1844, diz que a suposição de que CRISTO "tinha uma obra a realizar no lugar santíssimo antes da vinda a esta terra... é uma idéia humana, para salvar as aparências, que alguns adventistas desinformados... levam a extremos literários fantásticos. O Sr. Martin e eu ouvimos os líderes adventistas dizerem, positivamente, que eles repudiavam tais extremos. Isto eles disserem em nenhum termo incerto. Além disse, eles não crêem, como alguns de seus pioneiros ensinavam que a obra expiatória de JESUS não foi completada no Calvário, mas que em vez disso que JESUS ainda estava realizando uma segunda obra ministerial desde 1844. Essa idéia os líderes adventistas também repudiaram totalmente." Ibidem. Notem estas declarações: A idéia de que CRISTO "tinha uma obra a realizar no lugar santíssimo antes da vinda a esta terra... é uma idéia humana, para salvar as aparências," "o Sr. Martin e eu ouvimos os líderes adventistas dizerem positivamente que eles repudiavam tais extremos. Isto eles disseram em nenhum termo incerto."
Penso que nossos líderes devem dar uma declaração precisa à denominação adventista quanto a se o Dr. Barnhouse e o Sr. Martin disseram a verdade quando ouviram nossos líderes dizerem que repudiavam a idéia de que CRISTO tinha uma obra a fazer no lugar santíssimo antes de vir a esta terra. A questão demanda uma resposta precisa.
Tentativa de Adulterar os Escritos de Ellen G. White Antes de relatar mais do que foi feito nas conferências, voltemos aos dois homens que naquele primeiro dia de maio de 1957, encontraram-se com a Mesa dos Depositários White para buscar seu conselho e, também, fazer uma sugestão. Os homens estavam bem familiarizados com as declarações feitas pelo Dr. Barnhouse e o Sr. Martin, de que a idéia do ministério de CRISTO no lugar santíssimo do santuário tinha sido totalmente repudiada pelos nossos líderes. Isto tinha estado publicado há vários meses na ocasião, e não tinha sido protestado. Os homens, contudo, não precisavam da declaração publicada, pois ambos tinham tomado parte na discussão com os evangélicos. Um deles em particular tinha tido parte proeminente nas conferências [Roy Allan Anderson], tinha visitado o Sr. Barnhouse em seu lar, tinha falado na igreja do Dr. Barnhouse a seu convite. Ele era um dos quatro homens [T.E. Unruh, Roy Allan Anderson, Leroy Froom e Walter Read] que realmente levaram a carga, e um dos escolhidos para acompanhar o Sr. Martin em sua viagem à costa Oeste para falar em nossas igrejas. Ele era tido em alta estima pelo Dr. Barnhouse. Esse sentimento era mútuo. Na ocasião em que os dois homens visitaram os Depositários, uma série de artigos apareceu na Ministry [da qual Roy Allan Anderson era editor-chefe], que reivindicava ser "o entendimento adventista da expiação, confrmado e iluminado e clarifcado pelo Espírito de Profecia." Na edição da Ministry, de fevereiro de 1957, a declaração ocorre que o "ato sacrifcal sobre a cruz é uma expiação completa, perfeita e fnal em favor do pecado do homem." Esse pronunciamento está em harmonia com a crença de nossos líderes, como o Dr. Barnhouse citou-os. Está também em harmonia com a declaração assinada por um ofcial encarregado [R.R. Figuhr, presidente da Associação Geral na época], numa carta pessoal: "Não podes, Irmão Andreasen, tirar de nós este precioso ensino que JESUS fez um sacrifício expiatório completo e todo-sufciente sobre a cruz... Isto nós sempre manteremos frme, e continuaremos a proclamá-lo, mesmo como nossos queridos anteados venerados na fé." Seria interessante que o escritor desse prova de sua asserção. A verdade é, nossos anteados não criam nem proclamaram tal coisa. Eles não criam que a obra sobre a cruz fosse completa e toda-sufciente. Eles criam que o resgate foi pago ali e que era todo-sufciente; mas a expiação fnal aguardava a entrada de CRISTO no santíssimo em 1844. Isto os adventistas tinham sempre
ensinado e crido, e esta é a antiga e estabelecida doutrina que nossos venerados anteados criam e proclamavam. Eles não podiam ensinar que a expiação na cruz era fnal, completa, e todasufciente, e ainda crer que outra expiação também fnal, ocorreria em 1844. Tal seria absurdo e sem signifcado. Pagar a pena pelo nosso pecado era, certamente, uma parte vital e necessária do plano de DEUS para nossa salvação, mas em absoluto não era tudo. Era, como foi, colocar no banco do céu uma soma sufciente e de todo modo adequada para qualquer contingência, e da qual poderia ser sacada em favor e pelo indivíduo conforme necessitasse. Esse pagamento era "o precioso sangue de CRISTO, como um cordeiro, sem mancha e sem defeito." I Pedro 1:19. Em Sua morte na cruz JESUS "pagou tudo"; mas o precioso tesouro torna-se efcaz para nós somente conforme CRISTO saca dele em nosso favor, e isto deve esperar a vinda ao mundo de cada indivíduo; daí, a expiação deve continuar enquanto as pessoas forem nascidas. Ouçam isto:
"Há um fundo inexaurível de perfeita obediência advindo de Sua obediência. Como é isto, que tal infnito tesouro não é apropriado? No céu os méritos de CRISTO, sua abnegação e sacrifício próprio, estão entesourados como incenso, a ser oferecido com as orações de Seu povo." General Conference Bulletin, vol. 3, pág. 101, 102, quarto trimestre, 1899. Notem as frases: "fundo inesgotável", "tesouro infnito", "méritos de CRISTO". Esse fundo foi depositado na cruz, mas não "exaurido" lá. Ele está "entesourado" e é oferecido com as orações do povo de DEUS. Especialmente desde 1844, esse fundo é sacado pesadamente conforme o povo de DEUS avança em santidade; mas não é exaurido, há sufciente e para poupar. Leiam de novo: "JESUS que através de Sua própria expiação proveu para eles um fundo infnito de poder moral, não falhará a empregar esse poder em favor deles. Ele lhes imputará Sua própria justiça... Há um fundo inesgotável de perfeita obediência advindo de Sua obediência... conforme orações humildes e sinceras ascendem ao trono de DEUS, CRISTO mistura com elas os méritos de Sua própria vida de perfeita obediência. Nossas orações se tornam perfumadas por esse incenso. CRISTO comprometeu-Se a interceder em nosso favor, e o PAI sempre ouve a Seu Filho." Ibidem. Quando oramos, neste próprio ano de 1959, CRISTO intercede por nós e mistura com nossas orações "os méritos de Sua própria vida de perfeita obediência. Nossas orações são perfumadas por esse incenso... e o PAI sempre ouve a Seu Filho." Contrastem isto com a afrmação em Questions on Doctrine, pág. 381: "JESUS apareceu na presença de DEUS por nós... Mas não foi com a esperança de
obter algo nessa ocasião ou em algum tempo futuro. Não! Ele já o tinha obtido por nós na cruz." (snfase dos autores). Notem o quadro: CRISTO aparece na presença do PAI em nosso favor. Ele intercede, mas nada consegue. Por 1800 anos JESUS pleiteia, e nada obtém. Não sabe Ele que já o obteve na cruz? Ninguém Lhe informa que é inútil suplicar? Ele próprio não tem esperança de obter nada agora ou em qualquer tempo futuro. E mesmo assim Ele pleiteia, e Se mantém pedindo. Que visão para os anjos! E isso é representado ser ensino adventista! Esse é o livro que tem a aprovação dos líderes adventistas e é enviado ao mundo para mostrar o que nós cremos. Queira DEUS nos perdoar. Como podemos permanecer diante do mundo e convencer que acreditamos num Salvador que é poderoso para salvar, quando O apresentamos como suplicando em vão perante o PAI? Mas graças a DEUS, isso não é doutrina adventista. Ouçam isto da Irmã White, como citado acima: "CRISTO Se comprometeu a interceder em nosso favor, e o PAI sempre houve a Seu Filho." Isto é cristianismo, e o outro não. Ficaremos em silêncio sob tais condições? Diz a Irmã White:
"Pelos ados 50 anos cada fase da heresia tem sido posta em ação contra nós... especialmente concernente à ministração de CRISTO no santuário celestial... imaginai que quando vejo o começo de uma obra que removeria alguns dos pilares de nossa fé, eu tenha algo a dizer? Devo obedecer a ordem, 'Enfrentai-o!'"Special Testimonies, Series B, nº 2, pág. 58. De novo: "O inimigo das almas tem buscado introduzir a suposição de que uma grande reforma deveria ter lugar entre os adventistas do sétimo dia, e que essa reforma consistiria em renunciar às doutrinas que permanecem como pilares de nossa fé, e engajar-se num processo de reorganização. Caso essa reforma tivesse acontecido, o que resultaria? Os princípios da verdade que Deus em Sua sabedoria tem concedido à igreja remanescente seriam descartados. Nossa religião seria mudada. Os princípios fundamentais que têm sustentado a obra durante os últimos cinqüenta anos seriam considerados como erro. Uma nova organização seria estabelecida. Livros de uma nova ordem seriam escritos. Um sistema de flosofa intelectual seria introduzido. Os fundadores desse sistema iriam às cidades e realizariam uma maravilhosa obra. O sábado, logicamente, seria considerado levianamente, bem como o Deus que o criou. Nada seria permitido permanecer no caminho do novo movimento. Os líderes ensinariam que a virtude é melhor do que o vício, mas Deus sendo removido, eles depositariam sua dependência no poder humano, o qual, sem Deus, é sem valor. O seu fundamento seria edifcado sobre a areia, e a tempestade e a tormenta levariam de roldão a estrutura". Special
Testimonies, Série B, # 7, págs. 39-40 (outubro de 1903). Mensagens Escolhidas, Vol. 1, ppág. 204-205. Grifos supridos.
"Ficaremos calados, por temor de ferir os sentimentos deles?... Ficaremos calados por receio de prejudicar a infuência deles, enquanto almas estão sendo enganadas... Minha mensagem é: Não mais consintais em ouvir sem protestar contra a perversão da verdade." Special Testimonies, Series B, nº 2, pág. 9,15.
A Reunião de 1º de Maio Duvido que os líderes adventistas estivessem completamente a par das muitas referências nas obras da Sra. White sobre a expiação agora em progresso no santuário celestial desde 1844. Se estivessem, como ousariam tomar a posição que tomaram com relação à questão do santuário? Esta idéia encontra apoio na aparente surpresa dos dois homens (Roy Allan Anderson e Walter Read) que visitaram os Depositários White e declararam que em sua pesquisa fcaram "agudamente a par das declarações de Ellen G. White que indicam que a obra da expiação de CRISTO está agora em progresso no santuário celestial." Minutes, 1º de maio de 1957, pág. 1483. Por que se tornaram eles agudamente a par? A descoberta pareceu surpreendê-los. Ao usar o plural, declarações, eles item mais de uma referência. Não sei quantas acharam. Eu achei 17, e há outras sem dúvida. E por que usam eles a palavra "indicar"? A Irmã White faz mais do que indicar. Ela faz pronunciamentos defnidos. Eis alguns deles:
"Ao término dos 2.300 dias, em 1844, CRISTO entrou no lugar santíssimo do santuário celestial, para executar a obra de encerramento da expiação, preparatória para Sua vinda." O Grande Confito, 422. "CRISTO tinha apenas completado uma parte de Sua obra como nosso Intercessor para entrar noutra porção da obra, e Ele ainda pleiteia Seu sangue diante de DEUS em benefício dos pecadores." Ibid., 429. "Na abertura do lugar santíssimo do santuário celestial, em 1844, CRISTO entrou lá para executar a obra de encerramento da expiação. Eles viram que JESUS estava agora ofciando diante da arca de DEUS, pleiteando Seu sangue em favor dos pecadores." Ibidem, 433.
"CRISTO é representado como continuamente de pé no altar, momentaneamente oferecendo o sacrifício pelos pecados do mundo... Um Mediador é essencial devido ao contínuo cometimento de pecado... JESUS apresenta a oblação oferecida por cada ofensa e cada falta do pecador." MS 50, 1900.
Essas declarações são defnidas. Foi ao fnal dos 2300 dias, em 1844, que CRISTO entrou no santíssimo "para desempenhar a obra de encerramento da expiação". "JESUS tinha APENAS COMPLETADO UMA PARTE DE SUA OBRA como nosso Intercessor," no primeiro compartimento. Agora Ele "entra na outra porção da obra." Ele pleiteia "Seu sangue perante o Pai." Ele está "continuamente de pé diante do altar." Isto é necessário "por causa da contínua perpetração do pecado." "JESUS apresenta a oblação por toda ofensa e toda falta do pecador." Isto prova uma expiação contínua, presente. Ele oferece "momentaneamente". "JESUS apresenta a oblação oferecida por cada ofensa." "Ele sempre vive para fazer intercessão por eles." Hebreus 7: 25. Presume-se que quando os dois homens declararam que se tinham "tornado agudamente cientes das declarações de Ellen G. White que indicam que a obra expiatória de CRISTO está agora em progresso no santuário celestial", que eles tinham lido as citações dadas aqui e talvez outras. Em vista deste conhecimento, o que eles sugeriram que fosse feito? Mudariam eles as suas opiniões erradas anteriores e se harmonizariam com as claras palavras do Espírito de Profecia? Não, ao contrário, eles "sugeriram aos Depositários que algumas notas de rodapé ou apêndices devessem aparecer em certos livros de Ellen G. White, esclarecendo muito largamente nas palavras de Ellen White nosso entendimento das várias fases da obra de expiação de CRISTO." Minutes, 1483. Ponderem sobre essa surpreendente declaração. Eles item que a Irmã White diz que "a obra expiatória de CRISTO está agora em progresso no santuário celestial," e então eles propõem que inserções sejam feitas em alguns livros da Irmã White que darão nosso entendimento da expiação! Eles estavam, contudo, agindo somente em harmonia com a declaração ofcial em Questions on Doctrine de que quando se lê "nos escritos de Ellen G. White que CRISTO está fazendo expiação agora, deve ser entendido que simplesmente queremos dizer que CRISTO está agora fazendo aplicação" etc., pág. 354, 355. Se a Irmã White estivesse agora viva e devesse ler isto, ela certamente estaria tratando com certos escritores presunçosos e em palavras que poderiam ser entendidas. Ela não concederia o direito para ninguém, quem quer que fosse, de mudar o que ela tinha escrito ou interpretá-lo para viciar seu claro signifcado. A reivindicação que Questions on Doctrine faz de que a Sra. White quer dizer o que ela não diz, efetivamente destrói a força de tudo o que ela já escreveu. Se temos de consultar o intérprete inspirado [pelo diabo] de Washington antes de saber o que ela quer dizer, é melhor descartarmos todos os Testemunhos. Queira DEUS salvar o Seu povo. Cedo neste século, quando a sorte da denominação estava na balança, a Irmã White escreveu:
"Satanás lançou seus planos para debilitar nossa fé na história da causa e obra de DEUS. Estou profundamente convicta conforme escrevo isto: Satanás está operando com homens de posição proeminente para varrer os fundamentos de nossa fé. Permitiremos que isso aconteça, irmãos?" R&H, 12-11-1903.
Respondendo a sua pergunta, "permitiremos que isso seja feito?", ela diz:
"Minha mensagem é: Não mais consintais sem protestar contra a perversão da verdade... Fui instruída a advertir nosso povo; pois muitos estão em perigo de receber teorias e sofsmas que minam os pilares fundamentais de nossa fé." Letter to the Physicians and Ministers, Series B, nº 2, pág. 15. "Nos ados cinqüenta anos cada fase da heresia tem sido trazida sobre nós, para obscurecer nossas mentes com relação aos ensinos da Palavra - especialmente com relação à ministração de CRISTO no santuário celestial... Mas os marcos-guias que nos têm feito o que somos, devem ser preservados, e serão preservados, como DEUS tem signifcado através de Sua Palavra e do testemunho de Seu ESPÍRITO. Ele nos chama para fcarmos frmes, com as garras da fé aos princípios fundamentais que estão baseados em inquestionável autoridade." Ibidem, 59. "Imaginais que quando vejo o início de uma obra que removeria alguns dos pilares de nossa fé, eu teria algo a dizer? Devo obedecer a ordem, 'Enfrentai-o!'" Ibidem, 58 (Ênfases supridas).
Manifestar-se Proeminentemente Após os dois homens terem sugerido a inserção de notas e explicações em alguns dos livros de Ellen G. White [Isso ou a ser feito com regularidade a partir da década de 1960 em vários livros de Ellen G. White, por exemplo, Primeiros Escritos, Testemunhos para Ministros, baseados no princípio papal, de que a Igreja é a única fonte genuína de interpretação, quando na verdade é o ESPÍRITO SANTO.], que dariam ao leitor a impressão que ela não se oporia à nova interpretação deles, eles tiveram outra sugestão a dar. "Isto é um assunto", eles disseram, "que no futuro próximo vai se revelar proeminentemente, e que faríamos bem em prosseguir com a preparação e inclusão de tais notas nas futuras impressões dos livros de Ellen G. White." Minutes, pág. 1483. Deixo ao leitor decidir por que os homens estavam com pressa de introduzir as notas e explanações nos livros de Ellen White. Poderia ser que isto se constituiria um "fait accompli", um fato consumado, uma coisa que já tinha sido feita e que seria difícil ou impossível de mudar? Esta é uma consideração importante, pois há razão para crer que as coisas estão ocorrendo a outros de
nossos livros, e há um movimento defnido para mudar nossa doutrina em outros assuntos. Isto deve ser também explorado, antes que seja muito tarde. Em 2 de maio de 1957 está registrado nas Minutas: Afrmações de Ellen G. White sobre a Obra de Expiação de Cristo - "A reunião dos Depositários realizada em primeiro de maio encerrou-se com nenhuma ação tomada sobre a questão que foi discutida em extensão - adequadas notas de rodapé e explanações quanto às declarações de Ellen G. White sobre a obra expiatória de CRISTO, que indicam uma contínua obra no tempo presente no céu. Visto que o presidente de nossa mesa estará ausente de Washington para os próximos quatro meses, e os envolvimentos nesta questão são tais que deve haver a mais cuidadosa consideração e conselho, foi 'VOTADO, Que adiamos a consideração até mais tarde sobre os assuntos que foram trazidos a nossa atenção pelos Prs. "X" e "Y" envolvendo declarações de Ellen G. White sobre a obra expiatória contínua de CRISTO'." Minutas da Mesa dos Depositários White , pág. 1488. Ficou presumido quatro meses depois quando o Pr. Olson voltou que nenhum voto foi tomado para garantir o pedido. Isto foi oito meses após a primeira reunião deles em janeiro de 1957, tempo em que o assunto foi exposto.
Correspondência com Washington Depois que esse assunto veio ao meu conhecimento, orei bastante. Qual era minha responsabilidade nesse assunto, ou tinha eu alguma? Não confdenciei com ninguém. Decidi que minha primeira responsabilidade seria com os ofciais de Washington, assim escrevi à Associação Geral. Lá fui informado que eu não tinha nenhum direito à informação que eu obtivera. Aquilo era suposto ser secreto, e eu não tinha direito nem mesmo de ler os documentos. Depois de quatro cartas adas, foi-me dito que eles não estavam mais interessados em discutir o assunto. O assunto estava resolvido. Quando perguntei se isto signifcava que a porta estava fechada, recebi a resposta: "Considerei o assunto ao qual tens referido como encerrado." Quanto ao indecente e não verdadeiro artigo na revista Ministry, "Discuti isso com os irmãos envolvidos e gostaria de deixar o assunto lá." Assim a porta estava fechada. Eis alguns dos pronunciamentos ofciais: "As minutas são confdenciais e não destinadas ao uso público." Se erro é cometido, é proibido expô-lo meramente porque alguns querem mantê-lo confdencial? "Estás fazendo isso sobre boato e sobre minutas confdenciais que não tens o direito de ler." Ninguém nunca falou comigo sobre isso ou me informou. Li as Minutas e agi sobre elas. As minutas não são boatos. Elas são documentadas ofcialmente e assinadas.
"...não tens o direito mesmo de ler." Quando tenho evidência que me parece destrutiva da fé, devo eu fechar meus olhos para o que considero tentativas premeditadas para extraviar o povo pela inserção de notas, explanações e notas de apêndice nos livros da Sra. White? É ofcialmente aprovado? "Desejo repetir o que escrevi antes, que os homens têm o perfeito direito de ir às mesas diretoras, incluindo o grupo dos Depositários White, e fazer suas sugestões sem temor de serem disciplinados ou tratados como heréticos." Isto foi reenfatizado: "Reafrmo minha declaração anterior que creio que esses irmãos estavam inteiramente certos de ir aos responsáveis e delegados com qualquer sugestão que tivessem para estudo." Isto torna claro que o ato dos dois irmãos foi aprovado ofcialmente; que nada fzeram pelo que devessem ser reprovados, mas que fzeram o que tinham perfeito direito de fazer. Não penso que nosso povo dará boas-vindas a esse novo princípio. "Sugerir que bons e féis homens adventistas decidiram alterar os pilares de nossa fé está longe dos fatos como os pólos estão afastados... adulterar os testemunhos, quando isto nunca ocorreu, nem houve qualquer tentativa para fazê-lo." Deixo com a decisão do leitor exatamente por que os homens foram aos Depositários: não foram eles para ter inserções, notas, notas de apêndice, explanações feitas em "alguns dos livros de Ellen G. White"? Conquanto o comitê eventualmente decidiu não fazê-lo, a culpa dos homens não mudou por esse fato. Afrmar que quanto a "adulterar os Testemunhos quando nada disso nunca ocorreu nem nunca houve tentativa de fazê-lo," as Minutas falam por si mesmas.
Uma Situação Séria Esse episódio dos Depositários traz em foco uma grave situação. Não é meramente o assunto de dois homens tentarem ter inserções feitas em alguns livros da Sra. White. A coisa mais séria é que este fato teve a aprovação da istração, que declarou que os homens tinham "perfeito direito" de fazer o que fzeram. Este pronunciamento abre um caminho para outros seguirem, e como o assunto é mantido secreto, grande abuso poderia prontamente resultar. Sem dúvida, se o assunto for deixado para o povo votar, não haverá permissão para qualquer falsifcação, ou tentativa para adulterar os escritos de Ellen G. White. Os homens que visitaram os Depositários em primeiro de maio de 1957, como relatado, declararam claramente que haviam descoberto que a Sra. White ensina claramente "que a obra de expiação de CRISTO está agora em
progresso no santuário celestial." Por outro lado, a revista Ministry, de fevereiro de 1957, declara exatamente o oposto. Diz que o "ato sacrifcal na cruz é a expiação completa, perfeita e fnal para os pecados dos homens." Questions on Doctrine tenta reconciliar esses dois pontos de vista opostos declarando que quando se "ouve um adventista dizer ou ler na literatura adventista - mesmo nos escritos de Ellen G. White - que CRISTO está fazendo expiação agora, deve ser entendido que queremos signifcar ou dizer simplesmente que CRISTO está agora fazendo aplicação," etc. pág. 354, 355. Está claro que se a expiação na cruz foi fnal, não pode haver uma expiação mais tarde também fnal. Quando nós, portanto, por 100 anos temos pregado que o dia da expiação começou em 1844, estávamos errados. A expiação fndou 1800 anos atrás. As centenas de livros que temos publicado; as milhões de cópias do livro Bible Readings [Estudos Bíblicos] que temos vendido; os milhões de folhetos que temos distribuído, dizendo que é "a semana na corte no céu", são tudo falsa doutrina; as instruções bíblicas que temos dado às crianças e o ministério jovem e que eles têm sorvido como verdade bíblica, é uma fábula. Urias Smith, Loughborough, Andrews, Andross, Watson, Daniells, Branson, Johnson, Lacey, Spicer, Haskell, Gilbert, e uma hoste de outros fcam condenados por ter ensinado falsa doutrina; e a denominação inteira, cuja principal contribuição para o cristianismo é a doutrina do santuário e o ministério de CRISTO, deve agora confessar que todos estávamos errados, e que não temos nenhuma mensagem para o mundo para os últimos dias. Em outras palavras, somos um povo enganado e enganador. O fato que possamos ter sido honestos não altera o fato que temos dado uma falsa mensagem. Tirem de nós a questão do santuário, o juízo investigativo, a mensagem dos 2300 dias, a obra de CRISTO no lugar santíssimo, e não temos o direito de existir como um povo denominado, como mensageiros de DEUS a um mundo condenado. Se o Espírito de Profecia nos extraviou estes muitos anos, então vamos jogá-lo fora. Mas não! Alto! DEUS não nos tem extraviado. Não temos falado fábulas ardilosamente inventadas. Temos uma mensagem que ará o teste e confundirá as teorias destruidoras que estão encontrando seu caminho entre nós. Neste caso não é o povo que está se extraviando, exceto se seguirem os líderes. É tempo que haja uma viravolta. Já fazem agora mais de quatro anos que a apostasia começou a ser plenamente evidente. Desde aquele tempo tem havido uma tentativa deliberada de enfraquecer a fé no Espírito de Profecia, pois está claro que enquanto o povo reverenciar o dom dado a nós, eles não podem se extraviar. Disto falaremos resumidamente. O tempo para agir chegou. O tempo para abrir os cantos escuros chegou. Não mais deve haver acordos secretos, nenhum contato com outras denominações que odeiam a lei e o sábado, que ridicularizam nossa mais elevada fé. Não mais devemos ter intimidade com os
inimigos da verdade, não mais promessas que não faremos proselitismo. Não devemos tolerar lideranças que permitem adulterar os escritos confados a nós, e estigmatizar como pertencente à orla lunática os que ousam discordar deles. Não mais devemos fcar calados. Alarga tua tenda, ó Israel! Sejam de boa coragem, irmãos. O SENHOR ainda une. Temos uma obra a fazer. Trabalhem todos juntos. E não nos esqueçamos que nossa maior força jaz na íntima união com DEUS, em oração. Dediquemo-nos novamente todos a ELE.
Carta 3 Depreciando a Sra. White _____________________________ Na década de 1950 a liderança americana da IASD entrou em acordo com líderes porta-vozes evangélicos americanos (Martin & Barnhouse), para que a IASD não mais fosse considerada uma seita, mas sim uma igreja ecumênica, como as demais igrejas evangélicas. Para eles, uma igreja cristã é considerada seita, quando baseia suas doutrinas na Bíblia e em algum outro livro, como é o caso dos Mórmons e também a IASD que baseia suas doutrinas na Bíblia e no Espírito de Profecia de E. G. White, enquanto os protestantes e evangélicos só aceitam a Bíblia como única regra de fé e prática. Para não ser considerada seita, a IASD deveria mudar certas doutrinas fundamentais apoiadas pelo Espírito de Profecia de Ellen G. White, ou seja, rebaixar os escritos da Irmã White. Dentre essas doutrinas fundamentais está a doutrina do santuário e da expiação. Os protestantes e evangélicos não aceitam a doutrina do santuário, e para eles a expiação completou-se na cruz. Para os adventistas a doutrina do santuário é fundamental e a expiação não se completou na cruz, mas continuou a ser feita por JESUS no santuário celestial, ao oferecer o Seu sangue em benefício do pecador. É sobre este assunto que trata esse artigo do Pr. Andreasen.
Anos atrás enquanto eu viajava no norte de Minnesota, fquei num fm de semana numa pequena cidade, pois não havia serviço de trem no domingo nem ônibus. Eu não queria fcar ocioso e assim consegui utilizar uma sala na prefeitura com a intenção de fazer uma palestra. Afxei um aviso escrito a mão dizendo que à tarde eu falaria sobre o tópico "Adventistas do Sétimo Dia".
Confesso que eu preferiria não ter falado, pois eu precisava de um repouso. Meu aviso certamente não atrairia muitas pessoas. Para minha surpresa a sala fcou bem cheia. Como as pessoas mostraram interesse no assunto, decidi fazer outra palestra à noite. Prontamente um homem bem-vestido levantou-se na audiência, apresentou-se como um pastor temporário da única igreja da cidade, e me convidou para ir a sua igreja e falar à noite. Relembrei-lhe sobre meu assunto, mas ele disse que o assunto era satisfatório e eu poderia ir falar sobre adventismo. Agradeci e aceitei o convite. Após a reunião daquela noite ele me disse que ele quase se arrependera por ter-me convidado. "Quando te ouvi esta tarde", ele disse, "pensei que tu fosses um homem inteligente. Agora sei que não és." - "O que te fez mudar de idéia?" perguntei-lhe. - "Disseste que acreditas no Gênesis," ele respondeu. - "Tu não acreditas? - "Claro que não. Nenhum homem inteligente crê na história da criação de Gênesis." - "Então não acreditas no Velho Testamento?" - "Nenhum homem inteligente acredita." - "Crês no Novo Testamento?" - "Bem, sim, há muitas coisas boas ali. Mas quanto a Paulo, eu retiro a linha. Ele é a causa de todas as nossas difculdades." - "E sobre CRISTO?" - "Bom homem, muito bom homem. Claro que Ele tinha Suas faltas. Mas Ele foi um bom homem." - "Tu não és um ministro?" - "Sim, de certo modo. Sou presidente do Seminário .................. . Estou aqui de férias e estou substituindo temporariamente o pastor aqui na cidade, um de meus antigos alunos." Aquilo nos conduziu a uma conversação que durou grande parte da noite e foime muito esclarecedora. Eu estava algo familiarizado com seu Seminário, e um de meus professores estava assistindo a algumas aulas lá. - "Ensinas aos teus alunos o que me disseste hoje à noite?" perguntei. - "Sim, e muito mais," ele respondeu. - "E teus alunos falam às suas congregações?"
- "Oh, à minha não! Isso nunca faria. As pessoas não estão preparadas para isso. Elas são mais conservadoras que os pregadores. Tens que agir vagarosamente com elas." Esse episódio me veio à mente enquanto tenho considerado a situação de nossa denominação nos últimos anos. Tenho estado inquieto desde que ouvi que nossos líderes estiveram negociando com os evangélicos; mas tenho esperado que a lisonja de nossa igreja ser contada entre as igrejas estabelecidas como sendo uma delas não empolgasse nossos homens. Temos ouvido muitos sermões sobre o texto, "O povo habitará sozinho, e não será contado entre as nações," para sermos enganados. Números 23:9. Como as negociações foram consideradas muito secretas, foi há pouco tempo que alguma notícia vazou. Quando vazou, foi perturbadora. Washington forneceu pouca informação, e todos os outros me informaram que nada tinham a dizer. Parecia aparente, contudo, que nossos líderes estavam sendo infuenciados e os estavam sendo tomados que seria difícil retroceder. A primeira notícia autêntica não veio dos líderes ou através de nossas revistas, mas de publicação evangélica datada de setembro de 1956, que publicava uma edição especial, relatando o que ocorrera. Aquele relato era tão inacreditável que hesitamos em dar-lhe crédito. Estávamos certos que aquilo que relatava nunca ocorrera e que nossos líderes prontamente publicariam uma contestação. Esperamos um ano, esperamos dois anos. Mas até hoje (1959), nenhum protesto ou negação foi emitido. Relutantemente, precisamos, portanto, aceitar o relatório como verdadeiro. Consideremos a situação como se desenvolve.
Nossas Publicações Principais Quando leio a Review de semana em semana, encontro artigos geralmente úteis. Os colabores citam livremente do Espírito de Profecia, como fazem os editores e escritores principais. Há ocasiões em que não concordo com certas posições que considero incorretas, mas isto não é frequente. Há algumas vezes relatórios que sugerem jactância, e outras vezes muita ênfase é dada às estatísticas. Mas aprendi a não levar muito a sério alguns assuntos menores. Leio a Review [Revista Adventista, em inglês] com confança; eu a aprecio. Posso dizer o mesmo da Signs of the Times. Mas não da revista Ministry [O Ministério], nossa revista ministerial. Os artigos gerais são da mesma espécie e qualidade da Review, mas nem sempre é assim com artigos especiais e editoriais. Então devo ler cuidadosamente e criticamente. ds vezes eles contêm o que considero heresia e perversões perigosas da verdade. Isto pode parecer uma séria acusação. E é assim pretendido. Posso melhor ilustrar o que tenho em mente ao apresentar um exemplo concreto.
O Ministério Nos últimos anos tem havido uma mudança defnida de ênfase na revista Ministry [o editor da época era Roy Alan Anderson], e não para melhor. Esta mudança coincide com o período no qual nossos líderes estiveram em íntimo contato e acordo com os evangélicos. A tendência estava em evidência antes, mas agora tem forescido. Como um exemplo disso, chamarei atenção ao artigo de fevereiro de 1957 [do Pr. Leroy Froom] intitulado, "A Aplicação Sacerdotal do Ato de Expiação". Ele reivindica que "é o entendimento adventista da expiação, confrmado e ilustrado e clarifcado pelo Espírito de Profecia." Como não foi rejeitado ou protestado, podemos justamente concluir que é aprovado ofcialmente.
A Expiação O autor presta um certo tributo ao "magnífco transparente", o Espírito de Profecia, então declara que a expiação "...Não é, de um lado, limitada apenas à morte sacrifcal de CRISTO sobre a cruz. Por outro lado, não está ela confnada ao ministério de nosso Sumo Sacerdote celestial no santuário acima, no dia antitípico da expiação, ou hora do julgamento de DEUS, como alguns de nossos precursores de início erroneamente pensavam e escreveram." O autor realça o fato que o Espírito de Profecia claramente ensina que ambos esses aspectos estão incluídos, "um aspecto sendo incompleto sem o outro, e cada um sendo o indispensável complemento do outro." Ministry, fevereiro de 1957, pág. 9. Isto é, ambos a morte na cruz e o ministério no segundo compartimento são necessários à expiação. Com isto, estamos de pleno acordo. A morte foi uma parte necessária da expiação. Uma é incompleta sem a outra. Este ponto deve ser notado, pois poucas sentenças adiante o autor dirá que a morte na cruz é completa em si mesma; citando: "O ato sacrifcal na cruz é uma expiação completa, perfeita e fnal para o pecado do homem." pág. 10. Depois de primeiro ter dito que a morte sacrifcal foi incompleta, ele agora diz que é completa, perfeita e fnal. Ele não considera a morte meramente como uma expiação parcial, mas uma expiação completa e perfeita e fnal. Com isto não concordamos. As duas declarações são irreconciliáveis. Isso é mais do que meramente um infeliz fraseado. Enquanto no parágrafo próximo o autor dá louvores à necessidade de ministração no santuário acima, ele deixa fora todos os aspectos essenciais da expiação e omite as datas que são essenciais ao conceito adventista da expiação, as quais justifcam nossa existência como um povo nomeado com mensagem para o mundo neste tempo. Em sua explanação da obra de CRISTO no santuário, ele não se refere nem menciona Daniel 8:14: "Então o santuário será purifcado." Sem este texto, a
obra de CRISTO no santuário torna-se sem signifcado. Ele não menciona o ano 457 A.C. ou as 70 semanas, ou o meio da semana que aponta o tempo do sacrifício sobre a cruz, e é "...como um prego no lugar frme," (Isaías 22:23) ao qual amarramos toda estrutura cronológica na profecia e que também justifca a data de 1844. Remova-se ou mude-se essa data, e os adventistas estão sem uma âncora para o sistema cronológico culminando em 1844, e são incapazes de justifcar sua existência como um povo que deve proclamar esta mais importante mensagem ao mundo para este tempo: "Temei a DEUS e dai-Lhe glória; porque chegou a hora do Seu juízo." Apocalipse 14:7. Cada uma dessas datas o autor deixa fora, e o que resta, nas palavras do Dr. Barnhouse, "é vazio, caduco e inaproveitável."Eternity Extra, setembro de 1956, pág. 4.
Uma Compilação Abrangente Em Questions on Doctrine [livro forjado por Leroy Froom e Roy Alan Anderson, publicado em 1957, que contém mudanças doutrinárias para agradar os evangélicos, a fm de que a IASD não mais fosse considerada como seita], a começar na página 661, há uma seção C consistindo de coleções dos escritos da Irmã White sobre o assunto da expiação, trinta páginas ao todo. Reivindica ser uma "abrangente compilação" dos ensinos da Irmã White sobre a expiação. Do uso da palavra "abrangente" eu esperava encontrar uma coleção completa e extensiva. Mas ao consultar esse material, fquei desapontado por sua escassez e parcialidade. Achei-o ser uma coleção insufciente e incompleta, deixando fora numerosas citações, sendo apenas uma pequena compilação, não uma abrangente, como diz o autor. E bastante estranho, as citações que foram omitidas eram aquelas que não deveriam ser omitidas. Primeiro de tudo, eu queria saber o que a Irmã White tinha a dizer da data de 1844, que é o "ano da crise". Eu queria saber se 1844 tinha alguma coisa particular a ver com a expiação, ou se podia seguramente ser deixado fora. Descobri que o autor a omitiu. Assim procurei por outras citações, nenhuma das quais achei na compilação. Procurei pela declaração: "Ao término dos 2300 dias em 1844... nosso grande Sumo Sacerdote... entra no lugar santíssimo, e ali aparece na presença de DEUS, para... realizar a obra do juízo investigativo, e fazer uma expiação por todos que se mostraram habilitados aos seus benefícios." Isto é dito ser o "grande dia da expiação fnal." O Grande Confito, 480. Pesquisei por essa importante declaração na compilação abrangente, mas não estava lá. Procurei pela afrmação paralela: "... ao término dos 2300 dias em 1844, CRISTO estou no lugar santíssimo do santuário celestial para executar a obra de encerramento da expiação, preparatória para Sua vinda." Ibidem, pág. 442. Não a encontrei. Procurei por esta declaração: "...este é o serviço que começou quando os 2300 dias fndaram. Nessa ocasião, como predito por
Daniel o profeta, nosso Sumo Sacerdote entrou no santíssimo, para realizar a última divisão de Sua solene obra - para purifcar o santuário." Não pude achála. Procurei pela declaração: "O fm dos 2300 dias em 1844 marcou uma crise importante." Ibidem, pág. 429. Não a encontrei. Procurei por outras declarações, tais como: "A obra sagrada de CRISTO que prossegue no tempo presente no santuário celestial", "...a obra expiatória de CRISTO está agora em progresso no santuário celestial," "Hoje Ele está fazendo expiação diante do Pai." Testimonies, vol 5, 520; White Board Minutes, pág. 1483; Mss. 21, 1895, citado em Ministry, fevereiro de 1957, pág. 30. Não achei nenhuma dessas. De início pensei que esse livro, Questions on Doctrine, não tivesse espaço para esses textos, nem tivesse a revista Ministry. Mas tive de abandonar essa idéia quando observei que fora apenas um tipo particular de declarações que fora omitido. As citações omitidas todas agrupadas sobre a importante data crise, 1844, o juízo investigativo, a entrada de CRISTO no lugar santíssimo para a expiação fnal; Sua realização da expiação agora; Sua execução da expiação "hoje diante do Pai." Essas são as declarações que o Dr. Barnhouse ridicularizou e que ele disse que nossos líderes tinham "totalmente repudiado." [É que os evangélicos não aceitam nossa doutrina do santuário.] Barnhouse também zombara da experiência de Hiram Edson no milharal, e chamou o juízo investigativo não somente de uma "idéia peculiar", mas de "idéia humana atrevida", de fato "o mais colossal, psicológico, descarado fenômeno da história religiosa." Eternity Extra, setembro de 1956, pág. 3,4. E agora encontramos todas essas declarações da Sra. White, ofensivas aos evangélicos, deixadas fora da "compilação abrangente" de Froom. Pode isto ser mera coincidência? Ponderamos que efeito o ridículo dos evangélicos tiveram sobre nossos líderes e sobre o autor (Leroy Froom) do artigo do Ministry, que estamos discutindo. Uma coisa que impediu nossos homens de irem ao mar, de corpo e alma, para os evangélicos, foi, sem dúvida, os escritos da Sra. White. Ela é muito enfática sobre a questão do santuário, e não seria fácil converter nosso povo para o novo ponto de vista, enquanto nosso povo tiver os Testemunhos para sustentálos na antiga posição. A fé de nosso povo no Espírito de Profecia precisa ser enfraquecida, ou melhor ainda, destruída, antes que muito progresso possa ser feito para levá-los ao novo ponto de vista. O artigo no Ministry serve bem para esse propósito. Foi o próprio editor do Ministry [R.A. Anderson], que em sua pesquisa "tinha se tornado agudamente ciente das declarações de Ellen G. White, as quais indicam que a obra expiatória de CRISTO está agora em progresso no santuário celestial." White Minutes, pág. 1483. Isto em absoluto não se adapta com o novo ponto de vista de que a expiação foi feita na cruz, e assim ele sugeriu que notas de rodapé e apêndices deveriam aparecer em alguns dos livros de Ellen G. White esclarecendo muito largamente nas palavras de Ellen G. White nosso
entendimento das várias fases da obra expiatória de CRISTO. Ibidem. E Roy Alan Anderson sugeriu pressa na "preparação e inclusão de tais notas nas futuras publicações dos livros de Ellen G. White." Quando o plano tornou-se conhecido, foi abandonado. O autor do artigo (Froom) na revista Ministry de fevereiro de 1957, então assumiu e teve o artigo publicado, o qual estamos considerando.
Nem um Único Caso O autor (Froom) faz esta pergunta, "Por que, nos primeiros dias, à luz de tudo isto, a Sra. White não apontou e corrigiu os conceitos limitados e algumas vezes errôneos de alguns de nossos primeiros escritores sobre a expiação? E por que emprega ela algumas das frases restritivas deles sem contrastar, na ocasião, seu próprio signifcado mais amplo, mais verdadeiro ao utilizá-los?" Ministry, fevereiro de 1957, pág. 11. Este era o dilema: Froom reivindica que alguns de nossos primeiros escritores tinham conceitos errados sobre a expiação. [Nota-se aqui a intenção de rebaixar nossos pioneiros, como também a Sra. White.] A Sra. White não os corrigiu, mas mesmo usou algumas das frases limitadas deles próprios. Como poderia isto ser explicado? A resposta, que o autor dá, é a mais surpreendente e estarrecedora resposta que jamais foi dada a tal pergunta. Lede isto: "Em resposta: é essencial que primeiro relembremos deste fato básico: Nenhuma verdade doutrinária ou interpretação profética jamais veio a este povo inicialmente através do Espírito de Profecia - nem um único caso." (Ênfase de Froom). Lede essas palavras novamente. E tende em mente que esse é um artigo que reivindica dar o verdadeiro signifcado da expiação, a interpretação ofcial; o artigo não foi mudado ou se retratado. Ele permanece. [E editor na ocasião da revista Ministry era Roy Alan Anderson, o mesmo que com Leroy Froom forjaram o livroQuestions on Doctrine, publicado em 1957, para agradar os evangélicos. Por isto, ambos, autor (Froom) e editor (Anderson) estavam de acordo com a aberração.] Essas são palavras em negrito, palavras quase inacreditáveis, e fnalmente palavras inverídicas. Afrmar que a Sra. White nunca, em nenhum único caso, contribuiu inicialmente para qualquer verdade doutrinária ou interpretação profética não será acreditado por milhares e milhões de leitores dela que têm todos se benefciado dos escritos dela. [Essa mentira que a Sra. White não teve participação no estabelecimento das doutrinas adventistas básicas e interpretações proféticas, mas que estas foram todas defnidas pelos pioneiros, sem a participação dela, vem sendo ensinada, desde a década de 1950, para os teologandos e professores adventistas e estes para aos membros até hoje.]
Eu mesmo, tenho sido grandemente ajudado e instruído pelos ensinos doutrinários e interpretação profética da Sra. White. Mesmo o próprio autor (Froom), que na página 11 do Ministry, de fevereiro de 1957, diz "Somos fundamentalmente protestantes, tomando a Bíblia somente como nossa única regra de fé e prática," numa carta assinada no mês seguinte afrma, "tomo os ensinos totais do Espírito de Profecia sobre um dado assunto como sendo o ensino autorizado adventista do sétimo dia." Não fortalece a fé ter um escritor dizendo publicamente, "A Bíblia e a Bíblia somente," e privadamente negandoo. Uma afrmação é evidentemente feita ao mundo para eles acreditarem; a outra ao nosso povo para aquietar seus temores. Alguma explicação é devida. [Para os protestantes e evangélicos vale "A Bíblia e a Bíblia somente como nossa única regra de fé e prática", mas para os verdadeiros adventistas vale "A Bíblia e o Espírito de Profecia somente como nossa única regra de fé e prática."] O leitor terá notado que o autor não diz que a Irmã White nunca contribuiu para qualquer verdade doutrinária ou interpretação profética. Ele diz que ela nunca contribuiu com nada inicialmente, isto é, ela nunca fez nenhuma contribuição original. Ela conseguiu aquilo de alguém mais, ela "o plagiou". Nossos inimigos têm feito essa afrmação por anos, mas nunca pensei que tal coisa seria anunciada a todo o mundo com o consentimento dos líderes. Mas eis aí. Tudo o que a Sra. White escreveu, seja o conselho do Pai e do Filho na eternidade, ou os pensamentos mais rebeldes de Satanás, "alguém disse para ela". Ela nunca contribuiu com nada, inicialmente. Nem um único caso! Deixaime produzir um único caso. O seguinte texto é tirado de Testimonies for the Church, série B, nº 2, pág. 56,57. "Muitos de nosso povo não compreendem quão frmemente a fundação de nossa fé foi lançada. Meu esposo, o ancião José Bates, o Pai Pierce, o ancião Edson, e outros que eram perspicazes, nobres e verdadeiros, estavam entre os que depois da agem do tempo de 1844, pesquisavam pela verdade como tesouro escondido. Eu me reunia com eles, e estudávamos e orávamos fervorosamente. Freqüentemente permanecíamos juntos até tarde da noite, e algumas vezes a noite inteira, orando por luz e estudando a palavra. Várias vezes esses irmãos reuniam-se para estudar a Bíblia, a fm de que pudéssemos saber seu signifcado, e estar preparados para ensiná-la com poder. Quando eles chegavam a um ponto de seu estudo em que diziam, 'Nada mais podemos fazer', o ESPÍRITO do SENHOR vinha sobre mim. Eu entrava em visão, e uma clara explanação das agens que estávamos estudando era-me dada, com instruções como deveríamos trabalhar e ensinar efetivamente. Assim a luz era dada que nos ajudava a entender as Escrituras com relação a CRISTO, Sua missão, e Seu sacerdócio. Uma linha da verdade estendendo-se desde aquele tempo até o tempo quando entraremos na cidade de DEUS, foi tornada clara para mim, e eu dava aos outros a instrução que o SENHOR me dera."
Neste caso não havia nenhum intermediário humano. A não ser que devamos crer que a Irmã White não dizia a verdade, ela obteve suas instruções de cima. Neste caso, a instrução concernia sobre "CRISTO, Sua missão, e Seu sacerdócio," os próprios assuntos que estamos agora considerando. Seja o que for que seja ou não seja, é certo que sabemos que a instrução que veio à Irmã White sobre o assunto de CRISTO, Sua missão e Seu sacerdócio, veio diretamente de DEUS. Isto signifca que a questão do santuário, como nossos precursores ensinavam e acreditavam tinha DEUS como seu autor. Veio como resultado de uma visão, que não creio que possa ser dito de qualquer outra doutrina que mantemos.
Uma Crise Alcançamos uma crise nesta denominação, quando os líderes estão tentando impor falsa doutrina e ameaçar aqueles que protestam. O programa inteiro é inacreditável. Os homens estão tentando agora remover os fundamentos de muitas gerações, e penso que terão sucesso. Se não tivermos o Espírito de Profecia não poderemos saber do afastamento da sã doutrina que agora está nos ameaçando, e a vinda do Ômega que dizimará nossas fleiras e causará feridas graves. A situação presente foi claramente prevista. Estamos próximos do clímax. Estou bem ciente de que várias vezes as visões foram dadas para confrma o estudo prévio. Estou bem a par que por algum tempo a mente da Sra. White fcava "bloqueada", como ela o expressava, e aquilo até que visões fossem dadas, como no exemplo aqui considerado. Ela própria diz que "por dois ou três anos minha mente continuou bloqueada ao entendimento da Escritura." Durante aquele tempo DEUS dava visões. Então uma experiência vinha a ela, e ela relata, "... desde aquele tempo até agora tenho sido capaz de entender a palavra de DEUS." Ibidem, pág. 58. Por "dois ou três anos" a mente da Sra. White fcou bloqueada. Isto era evidentemente o propósito de DEUS para fortalecer a fé no dom; pois os homens sabiam que dela mesma ela não tinha conhecimento. Então, quando chegaram ao fm da compreensão deles e não sabiam o que fazer, a luz vinha da fonte da qual sabiam que por ela mesma não podia resolver os problemas deles. Era claramente a guia divina, e eles o confessavam e "aceitavam como luz do céu as revelações dadas." Numa tentativa de proteger-se, o autor (Froom) agora se volta completamente e diz que ela freqüentemente chegava "bem adiante das posições tomadas por qualquer dos defensores originais, e os conselhos dela eram freqüentemente tão claros, tão completos, e de tão longo alcance que provavam estar bem a frente dos conceitos de qualquer um de seus contemporâneos - às vezes
cinqüenta anos adiante da aceitação de alguns." Imagino de quem ela copiou sob tais circunstâncias. Ao compor o livro Questions on Doctrine, foi necessário fazer algum trabalho de pesquisa nos manuscritos publicados e não publicados da Sra. White, para averiguar fora de dúvida exatamente o que ela dissera sobre vários assuntos. Essa obra foi trabalhosa para o autor do Ministry que relata como segue na revistaMinistry de fevereiro de 1957, pág. 11:
O Relato da Ministry "Uma pergunta além tem da mesma forma surgido: 'Exatamente por que não foram reunidos estes conselhos, esclarecimentos e exposições sobre a expiação para nosso uso antes disto?' A resposta, cremos, é igualmente simples, direta e óbvia: Ninguém tomou tempo para o esforço sustentado envolvido na pesquisa laboriosa e abrangente necessária para achar, analisar e organizá-los. "Uma vez que nossos líderes não estavam largamente a par desta latente evidência e seu valor inestimável, a necessidade não foi sentida, e o tempo requerido para tão vasto projeto não foi considerado disponível. O o aos arquivos completos de todos os velhos periódicos contendo os 2.000 artigos de Ellen White não é fácil, pois não há nenhum arquivo completo em nenhum lugar. Mais que isto, as inestimáveis declarações manuscritas não estão disponíveis na forma publicada. [Agora essa pesquisa é mais fácil, porque todos os escritos da Sra. White estão em inglês em CD. Há também boa parte deles digitalizada em português.] "Além disso, como uma igreja temos estado tão ocupados em dar nossa mensagem especial ao mundo, em manter na frente nosso complexo movimento prosseguindo em suas múltiplas atividades, que ninguém parece ter o tempo ou mesma a carga para tal enorme tarefa. Era sabido que a pesquisa seria a mais laboriosa por causa da vasta quantidade de material que precisa ser compulsado. "Contudo, quando a necessidade claramente surgiu e o tempo para tal pesquisa obviamente chegou, a necessidade foi reconhecida e o tempo tomado para abranger não somente as declarações familiares de livros, mas a vasta ordem de periódicos, artigos, e conselhos manuscritos sobre o assunto." Será notado que o autor não minimizou a tarefa diante dele - e foi uma grande tarefa. Deve-se lamentar que ele deveria tomar a oportunidade para nos informar que os líderes não sentiram a necessidade desse trabalho, não tinham tempo para isso, e não tinham qualquer peso por ele.
Foi nessa pesquisa que ele descobriu que a Sra. White não contradiz ou muda o que ela disse no início de sua obra. O autor coloca isto em sua fraseologia peculiar que, "As declarações posteriores da Sra. White não contradizem ou mudam suas primeiras afrmações." Ele evidentemente esperava que ela tivesse mudado sua posição sobre a expiação, cuja posição ele criticara e tentara explicar ao dizer que ela nunca, em nenhum caso, tinha contribuído com nada inicialmente para doutrina ou interpretação profética. É claro que se ela pretendesse mudar de posição, ela teve bastante oportunidade para assim fazer nos 60 ou mais anos que ela viveu após dar sua posição clara sobre a expiação. Mas ela não contradisse ou mudou o que ela uma vez escrevera. Este é o testemunho desse autor (Froom) que tinha desafado as primeiras posições dela, e que agora é compelido a testifcar que ela não mudou. É uma justiça poética que o autor do artigo do Ministry deva ser aquele a testifcar após ter examinado todo material de que não há evidência que ela jamais mudou sua mente ou contradisse o que ela escrevera de início. Isto cria outro dilema para o autor. Ele deve agora deixar fcar tudo o que ela escreveu, e não pode argumentar que ela autorizou qualquer mudança seja qual for. Que então poderia ele fazer ou fez? Uma única solução ele tinha: ele calmamente afrmou que a Irmã White não queria signifcar (dizer) o que ela disse! Notai novamente seu uso peculiar da língua inglesa, não uma declaração direta, mas uma abordagem iva: ele diz, "... um distinto esclarecimento de termos e signifcado emerge, que é destinado a ter conseqüências de longo alcance." As últimas declarações dela "investem aqueles primeiros termos com um signifcado maior, mais verdadeiro, inerentemente lá o tempo todo." E assim, ele explica quando ela diz que CRISTO está fazendo expiação (ele está omitindo a palavra agora), ela está "obviamente signifcando aplicar a expiação completa [feita na cruz] ao indivíduo." enfase dele. Isto está em completa harmonia com a declaração em Questions on Doctrine onde o autor audaciosamente afrma que se alguém "ouve um adventista dizer ou lê na literatura adventista - mesmo nos escritos de Ellen White - que CRISTO está fazendo expiação agora, deve ser entendido que queremos dizer (signifcar) simplesmente que CRISTO está fazendo aplicação dos benefícios da expiação sacrifcal que Ele fez sobre a cruz." Isto certamente é novidade. Escrevi muitos livros, um deles sobre o serviço do Santuário [O Ritual do Santuário] e portanto esses livros estão classifcados sob o que ele chama de "literatura adventista". E agora algum indivíduo não autorizado proclama ao mundo que quando eu digo em meu livro que CRISTO está fazendo expiação agora, eu não quero dizer isto. Eu quero dizer que JESUS está fazendo aplicação, mas não expiação que já foi feita [e completou-se] 1800 anos atrás.
Contudo, isto é apenas um assunto menor que ele presuma atuar como meu intérprete ou dizer o que eu quero signifcar pelo que eu digo. Mas quando ele se compromete a dizer ao mundo que quando a Irmã White diz que CRISTO está fazendo expiação, ela quer dizer simplesmente que JESUS está fazendo aplicação, isto é sério. A reprovação de DEUS a Jó quando Jó falava demais, pode aplicar-se aqui: "Quem é esse que obscurece o conselho por palavras sem entendimento?" Jó 38:1. Não é com freqüência que DEUS é sarcástico. Mas aqui Ele o foi. Lede o verso 21. Jó o merecia. E assim quando leio, "... mesmo nos escritos de Ellen G. White," que CRISTO está fazendo expiação, não devo acreditar nisso. Ele fez a expiação há 2.000 anos, não agora; e mesmo que ela afrme que CRISTO está fazendo expiação agora, que "hoje Ele está fazendo expiação", que "Estamos no grande dia da expiação, e a sagrada obra de CRISTO pelo povo de DEUS que prossegue no tempo presente (1882) no santuário celestial deve ser nosso constante estudo", ainda devo recorrer ao intérprete para achar o que ela quer dizer. Testimonies, vol. 5, pág. 250. Isto é jogar com palavras, é brincar com fogo, e tornar possível qualquer interpretação. Se o autor está certo, é-me permitido tomar qualquer palavra de um autor e dizer que ele quer signifcar algo mais do que ele diz. Isto torna a inter-comunicação impossível, e o mundo torna-se uma Babel. Que valeria os acordos, os contratos, ou a palavra de boca, se sou permitido colocar minha própria interpretação no que diz uma pessoa? A Bíblia diz que o sétimo dia é o sábado. Isto parece claro bastante. Mas a teoria do autor me permitiria dizer que a Bíblia não que signifcar ou dizer tal coisa. Absurdo, direis. E eu digo Amém. Quando a Bíblia diz sete, não signifca um. Com a flosofa do autor, contudo, as palavras se tornam sem signifcado. "Seja o vosso não, não, e vosso sim, sim," diz Tiago. Isto é, signifca o que dizeis. Fazer a clara declaração que "CRISTO está fazendo a expiação agora" signifcar que Ele está fazendo a aplicação agora é indefensável no senso comum gramatical, flosófco, teológico. E ir além e sobre tal falsa interpretação construir uma nova teologia para ser imposta por sanções, está simplesmente fora deste mundo. A indevida suposição de autoridade acoplada na confança excessiva na virtude de honras concedidas gera fruto. E o fruto não é bom. A presente tentativa para diminuir e destruir a confança no Espírito de Profecia e estabelecer uma nova teologia, pode enganar alguns, mesmo muitos, mas os fundamentos sobre os quais temos construído todos esses muitos anos, ainda permanecem, e DEUS ainda vive. Esta advertência não deveria ser desatendida: "Se diminuis a confança do povo de DEUS nos Testemunhos que Ele lhes tem enviado, estais vos rebelando contra DEUS tão certamente como fzeram Coré, Datã e Abirã." Testimonies, vol. 5, pág. 66.
Numa pesquisa completa que conduzi anos atrás, encontrei o que o autor encontrou, e mais. Entre outras coisas, encontrei um pequeno panfeto entitulado, "Uma Palavra ao Pequeno Rebanho", publicado por Tiago White em Brunswick, Maine, em 30 de maio de 1847, uma declaração pela Irmã White sobre o santuário, que imediatamente atraiu minha atenção. É datada de 21 de abril de 1847, e escrita em Topsham, Maine. Na página 12, encontro estas palavras, que suponho que nosso autor do Ministry também achou. Diz a Irmã White: "Creio que o santuário, a ser purifcado no fnal dos 2.300 dias, é o templo da Nova Jerusalém, do qual CRISTO é o Ministro. O SENHOR mostrou-me em visão, mais de um ano atrás, que o Irmão Crosier tinha a verdadeira luz sobre a purifcação do santuário, etc., e que era a vontade de JESUS, que o Irmão Crosier escrevesse a visão que Ele nos dera, no Day-Star, Extra, de 7 de fevereiro de 1846. Sinto-me completamente autorizada pelo SENHOR, a recomendar esse Extrapara cada santo. Oro para que estas linhas possam ser uma bênção para vós, e a todos os queridos flhos que possam lê-las. Assinado. Ellen G. White." Não perdi tempo para conseguir a cópia daquele Extra e lê-lo. Conforme escrevo isto tenho diante de um uma cópia fotostática do Day-Star Extra, de 7 de fevereiro de 1946, e na página 40 e 41 daquela edição leio o artigo do Irmão Crosier. Após ter discutido certas teorias nas quais ele não acreditava, o Irmão Crosier observa:
Crosier Fala "Mas de novo, eles dizem que a expiação foi feita e acabada no Calvário, quando o Cordeiro de DEUS expirou. Assim os homens nos têm ensinado, e assim as igrejas e o mundo crêem; mas isso não é verdadeiro nem sagrado, se não for apoiado pela autoridade divina. Talvez poucos ou ninguém que mantém essa opinião jamais testou o fundamento no qual repousa. "1. Se a expiação foi feita no Calvário, por quem foi feita? Fazer a expiação é a obra de um sacerdote; mas quem ofciou no Calvário? Os soldados romanos e os judeus. "2. Matar a vítima não fazia a expiação; o pecador matava a vítima. Levítico 4:1-4, 13-15, etc.; após aquilo o sacerdote pegava o sangue e fazia a expiação. Levítico 4:5-12, 16-21. "3. CRISTO era o apontado Sumo Sacerdote para fazer a expiação, e certamente não podia ter agido com tal autoridade até depois de Sua ressurreição, e não temos registro de Ele fazer algo sobre a terra após a Sua ressurreição que pudesse ser chamado de expiação.
"4. A expiação era feita no santuário, mas o Calvário não era tal lugar. "5. Ele não podia, de acordo com Hebreus 8:4 fazer expiação enquanto estava sobre a terra. 'Se Ele estivesse sobre a terra, Ele não podia ser um sacerdote.' O levítico era o sacerdócio terrestre; o Divino, era o celestial. "6. Portanto, JESUS não começou a obra de fazer a expiação, seja qual fosse a natureza daquela obra, até após Sua ascensão, quando por Seu próprio sangue CRISTO entrou no santuário celestial por nós." Esta, então é a "luz verdadeira", que o SENHOR mostrou à Irmã White em visão, que tinha Sua aprovação, e a qual ela sentiu-se completamente autorizada a recomendar a todos os santos. Somente se rebaixarmos a Sra. White podemos rejeitar esse Testemunho dela. Não estamos preparados para fazer isso. Agora enfrentamos esta situação: Achou o autor do Ministry em sua pesquisa completa esta declaração que o Irmão Crosier tinha "a verdadeira luz?" Se ele não a encontrou, ele tem pouco espaço para sentir-se contente com sua obra. Em ambos os casos, se eu fosse o professor e tivesse mandado ele fazer esse trabalho de pesquisa e ele apresentasse a coleção em Questions on Doctrine como seu relatório, eu teria lhe dado nota F, que em linguagem escolar vale para Fracasso. É ou um caso de pobre pesquisa, ou de omissão, que mais tarde, sob as circunstâncias, é o mais sério.
Carta 4 Um Resumo ____________________ Nos documentos e cartas que enviei de tempos em tempos concernentes ao que considero um sério afastamento da fé por parte dos líderes, tenho aderido estritamente ao conselho que CRISTO dá em Mateus 18:15-17. Lá Ele diz que se diferenças surgem entre irmãos, "dize-lhe sua falta entre ti e ele somente." Se ele não ouvir, "toma contigo mais um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas cada palavra possa ser estabelecida. E se ele negligenciar ouvi-los, dize-o à igreja." Segui este princípio como aparecerá dos relatórios. No mês de maio de 1957, foi-me coloca às mãos, providencialmente creio, uma cópia das minutas da Mesa Diretora dos Depositários White para 1 e 2 de maio de 1957, relatando o encontro de dois irmãos [Roy Allan Anderson e Walter Read] com os Depositários com relação a uma declaração que eles tinham
encontrado nos escritos da Sra. White quanto à expiação. Eles buscavam conselho sobre esse assunto, visto que aquilo que haviam achado não se harmonizava com o novo ponto de vista que os líderes estavam advogando. Que atitude deveriam esses pesquisadores tomar em vista da declaração da Sra. White? Por vários meses, mesmo por anos, nossos líderes tinham estado estudando com alguns ministros evangélicos [Martin & Barnhouse], com vistas ao eventual reconhecimento dos adventistas como um corpo cristão evangélico. Os estudos foram referentes às doutrinas dos adventistas, particularmente a Expiação, o Juízo Investigativo, a obra de CRISTO no santuário celestial desde 1844. A essas doutrinas, os evangélicos tinham chamado "o fenômeno mais colossal, psicológico e para salvar as aparências na história religiosa," e tinham assim as denominado no jornal deles, Eternity de setembro de 1956, reimpresso o artigo numa edição Extra, sob o título, "São Cristãos os Adventistas do Sétimo Dia?" Os ministros evangélicos parecem ter feito uma impressão pronunciada sobre os líderes adventistas, tanto que o Dr. Barnhouse [falecido em 05.11.60, com 65 anos], um dos ministros evangélicos participantes, relata que os líderes adventistas "totalmente repudiaram" algumas de suas mais importantes doutrinas. Pode ser melhor deixar o próprio Dr. Barnhouse contar a história como ele a relatou no Extra referido acima, de setembro de 1956. O assunto particular que ele discute é o que é chamado "O Grande Desapontamento", e tem referência ao grande desapontamento dos adventistas em 1844, quando eles esperavam que o SENHOR viesse. Eis o seu relato: "Na manhã após o 'Grande Desapontamento' dois homens [Crozier e Hiram Edson] estavam atravessando um milharal, a fm de evitar o olhar sem piedade de seus vizinhos zombeteiros, a quem eles tinham dado um eterno adeus na véspera. Para colocar isto nas palavras de Hiram Edson (o homem do campo de milho que primeiro concebeu essa idéia peculiar), ele estava dominado com a convicção de 'que em vez de nosso Sumo Sacerdote sair do Lugar Santíssimo do santuário celestial para vir a esta terra no décimo quarto dia do sétimo mês, ao fm dos 2.300 dias, JESUS pela primeira vez entrou naquele dia no segundo compartimento daquele santuário, e que CRISTO tinha um serviço a desempenhar no Lugar Santíssimo antes de Sua vinda a esta terra.' É para minha mente, portanto, nada mais que uma idéia humana para salvar as aparências! Deve ser também entendido que alguns adventistas do sétimo dia desinformados tomaram esta idéia e a levaram a fantásticos e literais extremos. O Sr. Martin e eu ouvimos os líderes adventistas dizerem, terminantemente, que eles repudiavam todos esses extremos. Isto eles disseram em termos bem claros. Além disso, eles não acreditam como alguns
de seus primeiros ensinadores ensinavam, que a obra expiatória de JESUS não fora completada no Calvário, mas que em vez disso CRISTO ainda estava executando uma segunda obra ministerial desde 1844. Esta idéia é também totalmente repudiada. Os líderes adventistas crêem que desde Sua ascenção CRISTO tem estado ministrando os benefícios da expiação que JESUS completou no Calvário. "Uma vez que a doutrina do santuário está baseada no tipo do sumo sacerdote judaico entrando no Santíssimo para completar sua obra de expiação, pode ser visto que o que permanece [dessa doutrina] é mais certamente uma especulação teológica exegeticamente insustentável de uma elevada ordem imaginativa. O que CRISTO está agora fazendo, desde 1844, de acordo com essa versão, é verifcar os registros de todos os seres humanos, e decidir que recompensa será dada aos cristãos individuais. Pessoalmente não acreditamos que haja mesmo uma suspeita de um verso das Escrituras que sustentem tal posição peculiar, e ademais cremos que qualquer esforço para estabelecê-la é antiquado, vazio, e inútil." (Ênfase no original). Em esclarecimento das declarações envolvidas, acrescento a explicação, que pode clarear algumas expressões.
seguinte
O Sr. Barnhouse relata primeiro o bem conhecido incidente de Hiram Edson, ando pelo milharal na manhã seguinte após o "Desapontamento", e tornando-se convencido de que "em vez de nosso Sumo Sacerdote sair do Lugar Santíssimo... JESUS pela primeira vez entrou naquele dia no segundo compartimento daquele santuário, e que CRISTO tinha uma obra a executar no Lugar Santíssimo antes de vir a esta terra." A obra que JESUS tinha a fazer antes de vir a esta terra era a conclusão da Expiação que envolvia o Juízo Investigativo. Esta concepção, diz o Dr. Barnhouse, "nada mais é do que uma idéia humana, para salvar as aparências." Então ele continua, "Alguns adventistas do sétimo dia tomaram essa idéia e a levaram a extremos fantásticos, literalísticos." Isto é, eles acreditavam que CRISTO realmente entrou no Lugar Santíssimo para fazer a obra que precisava ser feita antes de Sua vinda a esta terra, obra que envolvia a Juízo Investigativo e a conclusão da Expiação. O Dr. Barnhouse relata: "O Sr. Martin e eu ouvimos os líderes adventistas dizerem, positivamente, que eles repudiavam todos esses extremos. Isto eles disseram categoricamente. Se devemos crer na declaração do Dr. Barnhouse, então os nossos líderes repudiaram a doutrina que temos mantido sagrada desde o começo. Isto é tornado claro conforme o Dr. Barnhouse prossegue: "Alguns de seus primeiros ensinadores ensinavam que a obra expiatória de JESUS não foi completada no Calvário, mas em vez disso que Ele ainda estava realizando uma segunda obra ministerial desde 1844. Essa idéia é também totalmente repudiada [pelos líderes ASD]."
Quando o Dr. Barnhouse diz que alguns de nossos primeiros ensinadores ensinavam, "que a obra expiatória de JESUS não fora completada no Calvário," ele deve ter obtido essa informação de alguns dos "não informados" autores de nossa nova teologia; pois a história registra que todos os nossos ensinadores ensinavam assim. James White, J.H. Waggoner, Uriah Smith, J.N. Andrews, J.N. Loughborough, C.H. Watson, E.C. Andross, W.H. Branson, Camden Lacey, R.S. Owen, O.A. Johson, H.R. Johnson, F.D. Nichols (até 1955), todos frmemente defenderam a doutrina da obra expiatória de CRISTO desde 1844, e depositaram suas convicções ao escrevê-las. Conforme escrevo isto, tenho quase todos os seus livros diante de mim. James White, nosso primeiro presidente da Associação Geral, quando foi eleito o primeiro editor de Signs of the Times, escreveu na primeira edição daquela revista um artigo "para corrigir falsas declarações circuladas contra nós... Há muitos que se chamam adventistas, que mantêm pontos de vista com os quais não podemos ter simpatia, alguns dos quais, pensamos, são subversivos dos mais claros e importantes princípios estabelecidos na palavra de DEUS." O segundo dos 25 artigos de fé ensinava em parte como segue: "CRISTO viveu nosso exemplo, morreu nosso sacrifício, ressuscitou para nossa justifcação, ascendeu ao alto, para ser nosso único mediador no santuário do céu, onde, com Seu próprio sangue, Ele faz expiação pelos nossos pecados; cuja expiação, longe, de estar acabada na cruz, o que foi senão o oferecimento do sacrifício, é ela a última porção de Sua obra como sacerdote." Estas Crenças Fundamentais foram também impressas num pequeno tratado que circulou aos milhares. Seria interessante que aquele que escreveu as páginas 29 a 32 de Questions on Doctrine, fornecesse-nos a lista de escritores que mantinham pontos de vista contrários aos dos autores mencionados acima. Não encontrei nenhuma prova para as declarações incorretas encontradas nessas páginas de QD. Para continuar nosso estudo do relatório do Dr. Barnhouse no Eternity Extra. Ele mesmo afrmou que os líderes adventistas têm "repudiado totalmente" a idéia de que CRISTO está "ainda realizando uma segunda obra ministerial desde 1844," pela qual ele quer dizer uma obra de expiação. Em vez disso, ele diz, "os líderes adventistas crêem que desde Sua ascenção CRISTO tem estado ministrando os benefícios da expiação que Ele completou no Calvário." Este ponto de vista, contudo, ele não considera consistente. O Velho Testamento informa-nos que o sumo sacerdote matava o sacrifício no pátio fora do tabernáculo. Mas o ato de matar não era a expiação. "É o sangue que faz a expiação." Levítico 17:11. Portanto o sumo sacerdote "trará seu sangue para dentro do véu... e o expargirá sobre o propiciatório e diante do propiciatório, e ele fará uma expiação pelo lugar santo." Levítico 16:15,16. "Ele entra para fazer uma expiação." Verso 17.
O Dr. Barnhouse argumenta que, como baseamos largamente nossa doutrina da expiação na fgura nos dada em Levítico, e usamos isso em nosso ensino da expiação, devemos crer que como o sumo sacerdote na terra levava o sangue para dentro do santuário e ali fazia expiação, assim CRISTO deve fazer igualmente. JESUS deve entrar para fazer expiação. De outra forma teríamos uma expiação sem sangue. Se não tomarmos o último o, então somos compelidos a crer que a expiação foi feita no pátio [onde a vítima foi morta] e não no santuário, o que destrói completamente toda tipologia. Se este último serviço com o sangue for omitido, então nossa teoria da expiação está tristemente incompleta, e "é mais certamente uma especulação teológica, exegeticamente insustentável e de uma ordem altamente imaginativa." Se CRISTO não entrou com Seu sangue para completar a expiação, o que resta "é antiquado, vazio, e inútil". Ele tem um bom argumento.
É Isto Verdadeiro? Quando no início li no Extra que nossos líderes tinham repudiado a doutrina da obra expiatória de CRISTO no santuário desde 1844, e a tinham substituído pela "aplicação dos benefícios da expiação sacrifcal que JESUS fez na cruz", eu não pude crer nisso, eu não acreditei. Quando foi-me dito que mesmo se eu ler nos "escritos de Ellen G. White, que CRISTO está fazendo expiação agora", não devo acreditar nisto, ponderei, "A que chegamos?" A expiação foi concluída há 1.800 anos, dizem nossos líderes. A Sra. White diz que a expiação está prosseguindo agora. Questions on Doctrine fz que ela foi feita 1.800 anos atrás. A revista Ministry diz que a expiação na cruz foi fnal. A quem ou no que devo acreditar? Para mim, repudiar o ministério de CRISTO no segundo compartimento, agora, é repudiar o adventismo. Este é um dos pilares fundamentais do adventismo. Se rejeitarmos a expiação no santuário agora, podemos repudiar todo adventismo. Para isto o povo de DEUS não está preparado. Eles não seguirão os líderes na apostasia. Àquela altura ocorreu-me que talvez os homens da Eternity tivessem se arrependido do que tinham escrito e tivessem se retratado, ou se retratariam, de tudo o que tinham escrito. Assim, escrevi à Eternity, perguntando se eles ainda publicavam o Extra. Eles responderam que sim. O artigo sendo registrado, então pedi permissão para citá-lo. Recebi esta resposta: "Estamos contentes de dar-te permissão para citar do artigo, 'São Cristãos os Adventistas do Sétimo Dia?', e apreciaríamos que tu desses crédito à Eternity quando o fzeres." Esta carta foi datada de Filadélfa, Pensilvânia, 2 de maio de 1958, e assinada pelo editor. Isto foi 20 meses após o artigo ter aparecido na Eternity. Se em qualquer tempo durante esses 20 meses nossos líderes tivessem protestado, se
tivessem feito objeção, em honestidade o editor teria me avisado para não utilizar o material e não citar suas declarações. Mas o editor não fez isto. Ele fcou contente por eu usar o material, desejoso que eu os citasse. Já faz cinco anos completos desde que as discussões começaram, e três anos desde que o Extra foi publicado. Neste longo tempo tenho esperado que nossos homens neguem as acusações e reprovem os evangélicos por publicar tal difamação de nossa inteira liderança. Mas não ouvi nenhum protesto. Pelo contrário, tenho lido várias referências em nossos periódicos a esses evangélicos como sendo bons e gentis cristãos, que creio ser verdadeiro. Tais homens nos dizem falsidades. Na ausência de qualquer negação ou protesto da parte de nossos homens, tenho relutantemente tirado minhas próprias conclusões. Mas se nossos homens fzerem uma declaração direta de que o Dr. Barnhouse e o Sr. Martin [faleceu em 26.06.89] nunca os ouviram fazer tais afrmações como Eternity assevera, eu imediatamente entro em contato com os evangélicos e peço-lhes que pedirem desculpas por tais acusações graves e sérias. Este assunto é muito sério para fcar à revelia sem contestação. Milhares de nosso povo leram o artigo de Eternity e estão seriamente preocupados. Um dos principais pilares de nossa fé foi removido, de acordo com Eternity. Ficaremos indiferentes e permitiremos o santuário ser espezinhado, e isto pelos seus supostos patrocinadores?
O Incidente dos Depositários White Retornaremos agora aos dois homens que entraram nos Depositários White em maio de 1957, para se aconselharem com eles. Eles tinham terminado seu trabalho de pesquisa e relataram aos Depositários que tinham encontrado "indicações" que a Irmã White ensinava que "a obra expiatória de CRISTO está agora (1880, quando Ellen G. White escreveu) em progresso no santuário celestial." Essa descoberta foi um golpe fatal à nova teoria deles. Era evidentemente impossível crer que a obra de expiação fora completada na cruz e era fnal, e também ensinar que ela ainda estava em progresso no céu. Ambas as afrmações não podiam ser verdadeiras. Contudo, a denominação já tinha se comprometido neste ponto, e tinha em 1957 publicado na Ministry que o grande ato sobre a cruz fora "uma completa, perfeita e fnal expiação em favor do pecado do homem." Ministry, fevereiro de 1957. O artigo dizia que este é agora "o entendimento da expiação confrmado, e iluminado e esclarecido pelo Espírito de Profecia." Ibidem. Essa declaração nunca foi retratada ou modifcada ou mudada, e nem o escritor ou o editor foram reprovados. Ela permanece.
Em vista da situação, que deveriam os pesquisadores fazer? Eles estavam de frente com a declaração da Sra. White de que a expiação está agora em progresso no céu. Estavam face a face com outra afrmação dos líderes que a expiação fora feita e terminada na cruz. Deveriam aceitar uma ou outra. Os pesquisadores [R.A. Anderson e Walter Read] decidiram fcar com os líderes. Mas que fazer com as declarações da Irmã White, pois há muitas delas? Estava claro que de algum modo a infuência dela deveria ser enfraquecida e suas declarações atenuadas. Mas essa era uma peça delicada da tarefa; e seja o que for que devesse ser feito, precisava ser feito em segredo. Se fosse descoberto a tempo, o plano não teria sucesso. Se, contudo, pudessem trabalhar em segredo, e trabalhar rapidamente, o assunto seria um "fato consumado" - feito antes que alguém o descobrisse. Foi nessa ocasião que uma cópia das Minutas White foi-me entregue. Agora apresentarei as Minutas, para que todos possam ver por si mesmos o que foi feito.
As Minutas, de 1º de maio de 1957, pág. 1483: "Nesta conjuntura na obra, os pastores X e Y foram convidados para reunir-se com os Depositários para discutir mais o assunto que tinha sido estudado em janeiro. O Pr. X e seu grupo que estiveram estudando com certos ministros tinham se tornado vivamente a par de afrmações de Ellen G. White que indicavam que a obra de expiação de CRISTO estava agora em progresso no santuário celestial. Numa declaração em Fundamentos da Educação Cristã, a palavra 'sacrifício' é usada. Para não-adventistas não familiarizados com nosso entendimento da questão do santuário, referências à continuação da obra expiatória de CRISTO são difíceis de aceitar, e foi sugerido aos Depositários que algumas notas de rodapé ou Apêndices deveriam aparecer em alguns dos livros de Ellen G. White, esclarecendo muito extensamente nas palavras de Ellen G. White nosso entendimento das várias fases da obra expiatória de CRISTO. Foi sentido pelos irmãos que se reuniram com os Depositários na discussão, que esse é um assunto que virá proeminentemente à frente no futuro próximo, e que faríamos bem avançarmos na preparação e inclusão de tais notas nas futuras impressões dos escritos de Ellen G. White. O assunto foi discutido cuidadosamente e intensamente, mas na ocasião em que a reunião fndou, para acomodar outros comitês, nenhuma ação foi tomada." Reunião, 2 de maio de 1957, pág. 1488. Declarações de Ellen G. White sobre a Obra de Expiação de CRISTO. "A reunião dos Depositários realizada em 1º de maio de 1957 fndou sem nenhuma ação tomada sobre a questão que foi discutida em extensão adequadas notas de rodapé ou explanações quanto às declarações de Ellen G. White sobre a obra expiatória de CRISTO que indicam uma obra continuando no tempo presente no céu. Visto que o Presidente de nossa mesa estará fora
de Washington pelos próximos quatro meses, e os envolvimentos na questão são tais que se deve ter a mais cuidadosa consideração e conselho, "Foi VOTADO, que adiamos para ocasião posterior a consideração dos assuntos que foram trazidos a nossa atenção pelos Prs. X e Y, envolvendo declarações de Ellen G. White concernentes à continuação da obra de expiação de CRISTO." Depois que o Presidente da Mesa retornou de sua viagem de quatro meses, o assunto foi discutido além, e foi decidido não atender o pedido. Essa ação é digna de elogios, mas o louvor é de alguma forma ofuscado pelo fato que levou oito meses a chegar a essa decisão, e que eles não chegaram a essa decisão até que o plano tornou-se conhecido. Esse relatório me espantou. Como pôde alguém ousar sugerir inclusões nos escritos de Ellen G. White para amparar o novo ponto de vista? Ponderei bastante e orei muito. Tinha eu qualquer responsabilidade nesse assunto? Se eu tivesse, seria meu dever falar com um homem e somente um [o Presidente da Associação Geral - Pr. R. R. Figuhr]. Como a transgressão não fora contra mim, mas contra a igreja e nossa mais sagrada fé, era meu dever falar com um ofcial mais elevado. Isto eu fz. Em minha carta de 27 de fevereiro de 1957, eu tinha falado de meu temor sobre a publicação do livro proposto, Questions on Doctrine, como ele tinha sido preparado no todo muito apressadamente e depois de somente um curto tempo de estudo. Livros desse tipo não devem ser escritos em pouco tempo e devem ser preparados por homens que se deram a vida inteira ao estudo do assunto e gastaram anos nas pesquisas dos Testemunhos. Em 7 de março de 1957, recebi esta resposta: "Notei tua observação: 'Temo grandemente pelos conteúdos do livro que está sendo publicado expondo nossa crença.' Não creio, Irmão Andreasen, que deves temer pelo que aparece nesse livro. Ele está sendo cuidadosamente feito por um grupo de homens capazes, em quem temos o máximo de confança. Sinto-me bem confante que fcarás feliz com os resultados." Em minha resposta de 11 de março, novamente expressei meu temor sobre o conteúdo do livro. Referindo-me a um artigo que apareceu na Ministry, de fevereiro de 1957, eu disse: "Se o comitê concorda com seus pontos de vista publicados, devo mais insistentemente protestar. Pois os pontos de vista são mais certamente doutrina não adventista, mas opiniões derivadas de um estudo superfcial de certas porções dos escritos da Irmã White, e não representam os ensinos gerais." Terminei com esta palavra: "Eu pela presente apresento meu protesto contra a publicação neste tempo de qualquer doutrina da expiação, e desejo que meu protesto seja devidamente registrado. Posso senão sentir que alguns dos irmãos tenham sido conduzidos ao presente transe pelo desejo de ser como as outras nações ao nosso redor
(igrejas) e que ainda deploraremos o dia em que começamos a fazer concessões devido a pressões de fontes externas." Não recebendo resposta, escrevi novamente em 10 de maio de 1957: "Confo que percebeste que não estou brincando. Tenho a maior confança em ti. Em meus mais de 60 anos de ligação ofcial com a denominação, um de meus principais propósitos tem sido inspirar confança no Espírito de Profecia. Nos últimos dois anos tenho falado sobre o assunto 204 vezes. Tenho sentido que nosso povo precisa de ajuda, e tenho tentado ajudá-los. Estou profundamente desgostoso sobre o que o futuro parece conter, a não ser que DEUS nos ajude. Possa o SENHOR dar a ambos sabedoria e coragem para fazer o que a situação demanda." Depois que tive posse das Minutas confdenciais da mesa dos Depositários White, segui a instrução de CRISTO de "falar com ele a sós", e mandei quatro cartas ao nosso Ofcial principal [R.R. Figuhr]. Em 26 de junho de 1957, recebi esta resposta: "Estou certo que posso confar nos irmãos dos Depositários White de mover-se cautelosamente nesta direção e não tomar posições que possam ser embaraçosas no futuro. Certamente, Irmão Andreasen, não há intenção aqui seja qual for para mexer com os escritos da Irmã White. Nós os valorizamos muitíssimo. "Quanto ao livro Questions on Doctrine, permite te assegurar aqui, também, que essa não é a obra daqueles irmãos que mencionas. É verdade que fzeram certo trabalho original, mas foi tirado da mão deles e é produto de um grande número de homens do que de uns poucos." [N.T. O Comitê desse livro, composto de 14 membros - R.R. Figuhr, A.V. Olson, W.B. Ochs, L.K. Dickson, H.L. Rudy, A.L. Ham, J.I. Robison, W.R. Beach, C.L. Torrey, F.D. Nichol, T.E. Unruh, R.A. Anderson, L.E. Froom e Walter E. Read, presidido por R.R. Figuhr, mandou o livro, antes de publicá-lo, para cerca de 250 líderes mundiais da IASD para darem sua opinião. Isto prova que foi a liderança inteira da IASD que aprovou o livro herético Questions on Doctrine]. Em 4 de julho de 1957, respondi. Eis parte da resposta: "Temo que o dia possa vir quando este assunto se tornará conhecido ao povo. Abalará a fé de toda denominação. Evidentemente, alguns se regozijarão que fnalmente a Irmã White foi removida. Outros chorarão e clamarão ao SENHOR por consolação, 'Poupa o Teu povo, e não dês a Tua herança ao opróbrio.' E quando formos pego em nossa própria rede, exultarão as igrejas do mundo? Por favor, irmão, vê para que o livro proposto não seja publicado. Será fatal... Se não há obra expiatória agora prosseguindo no santuário acima, então a denominação pode também itir seu erro abertamente e imparcialmente, e aceitar as conseqüências. Lancemos de lado a Irmã White e não mais
defendamos hipocritamente seus escritos, mas por trás das cenas publica-os e ainda reivindica que eles são obra dela... Encerro com expressão de alta consideração por ti. Tens uma tarefa quase esmagadora diante de ti, enfrentar a maior apostasia que a igreja jamais enfrentou." Em 18 de setembro de 1957, recebi a comunicação: "Considero encerrado o assunto que referiste. "Não creio que tens o direito de usar as Minutas dos Depositários White como tens feito. As Minutas são confdenciais e não destinadas ao uso público. Espero que nunca chegue o tempo quando tomarmos posição que os homens devam ser condenados e disciplinados porque eles vêm diante de mesas da igreja, apropriadamente constituídas para discutir questões que possam pertencer à obra e crença de nossa igreja." Em 27 de setembro de 1957, respondi: "Agradeço tua carta de 18 de setembro, onde afrmas que 'o assunto ao qual te referiste está encerrado.' Eu pedi uma investigação. Isto tu negaste. Justifcaste os homens envolvidos, e também disseste que não tenho direito de usar a informação que me veio às mãos, e então fechaste a porta. Explico que não usei as informações de nenhum outro modo, senão para te informar. Que mais poderia eu fazer? Declaraste que se essa informação viesse a ti, não a terias usado. Boa issão. Considero o presente caso como a maior apostasia que jamais ocorreu neste denominação, e isto queres manter encoberto! E agora fechaste a porta... Não creio, Irmão Figuhr, que consideraste a seriedade da situação. Nosso povo não apoiará qualquer adulteração ou tentativa de adulterar os Testemunhos. Isto lhes dará um sentimento incômodo de que nem tudo está bem na Associação Geral. "Lê novamente minha carta de 12 de setembro. Podes salvar a situação, mas somente se quiseres abrir o assunto. Estás para arruinar a denominação. Estou orando por ti." Minha correspondência com Washington continuou nesta linha até que em 16 de dezembro de 1957, recebi este ultimatum: "Eles (os ofciais) portanto pedem que cesses tuas atividades." Três dias depois recebi esta palavra adicional: "Isto te coloca em plena oposição com tua igreja, e trará à tona o assunto de teu relacionamento com a igreja. Em vista de tudo isto, os ofciais, como previamente te escrevi, insistentemente pedem-te que cesses tuas atividades." Até esse tempo não tinha havido nenhuma sugestão de uma audiência. Simplesmente fora-me ordenado cessar minha atividade, e a ameaça implícita que se eu não o fzesse, "isto indubitavelmente trará o assunto de teu relacionamento com a igreja." Não houve sugestão de uma audiência, foi-me
simplesmente ordenado que eu parasse com minha atividade. Eu seria condenado sem recurso. A ameaça de que meu nome viria em consideração podia signifcar qualquer coisa. Não fora levantada nenhuma questão sobre a justiça de minha queixa. Eu já estava condenado; a única questão era qual seria minha punição. Isto me trouxe à mente o que tinha sido publicado na Eternity Extra, que nossos homens tinham "explicado ao Sr. Martin que eles (os adventistas) tinham entre eles certos membros de sua "orla lunática, assim como há similares irresponsáveis desvairados em todo campo do cristianismo fundamental." Em contraste com essa "orla lunática" havia uma "liderança sadia", de boas intenções. Não sei como nossos líderes se conduziram com os evangélicos, mas eles deixaram a impressão sobre aqueles homens que "o grupo majoritário da sã liderança está determinado a colocar um freio em qualquer membro que busque sustentar pontos de vista divergentes dos da liderança responsável da denominação." Eternity Extra, setembro de 1956, pág. 2. Que o leitor pondere sobre isto. Temos uma liderança sã, de acordo com sua própria estima. Temos também uma orla lunática de irresponsáveis fora de si. Essa liderança sadia está determinada a colocar um freio em "qualquer membro que busque manter pontos de vista divergentes dos daquela liderança responsável da denominação." [Esse "freio da IASD" está em confito com o princípio de liberdade religiosa exarado por A.T.Jones: "Tão certamente neste caso da igreja de Israel contra os apóstolos e discípulos do Senhor, é também divinamente mostrado que nenhuma igreja, nenhum concílio, comissão ou outra corporação ou associação de ofciais, ou outros, pode jamais ter o direito de ditar o que qualquer membro de sua própria comunhão qualquer coisa que tenha de ver com o que deve crer ou não crer, ou o que ensinará ou não ensinará."] Eu não pude acreditar nisto quando o li de início. Aqui estava eu, por 50 anos um honrado membro da igreja, tendo mantido posições responsáveis. Mas se eu ousasse sustentar "pontos de vista divergentes daqueles da liderança responsável da denominação", eu me tornaria um membro dos "irresponsáveis desvairados" que constituíam a "orla (margem) lunática" da denominação; e sem uma audiência fui ordenado cessar minhas atividades e sentir aplicados "os freios". Se eu não tivesse agora os documentos diante de mim, eu teria difculdades em crer que qualquer "liderança sadia" tentaria abafar a crítica e fazer ameaças contra qualquer membro que busque manter pontos de vista divergentes dos daqueles da liderança responsável da igreja. E chegou a isto. Roma foi um pouco além.
Alguns objetarão que isto é apenas o que os evangélicos dizem de nossos líderes. O fato permanece que nossos homens nunca protestaram contra essas acusações. Meu próprio caso torna claro que sem qualquer julgamento ou audiência eu devia ser levado diante do tribunal, não para uma audiência, mas para ser condenado sem ser ouvido, pelos homens que se apontaram a si mesmos como juízes. É para se ter em mente que isto foi antes da Conferência Geral realizada em 1958, antes que a nova teologia fosse ofcialmente aceita, e antes que a denominação tivesse uma oportunidade sobre o assunto. Toda crítica pública deve cessar. Se eu não cessar, "certamente isto levará o assunto de teu relacionamento para a igreja." Este foi o ultimatum. Como eu reagi a isto? Como qualquer homem faria. Ali estava uma usurpação de autoridade. Escrevi que eu era um homem de paz, e que eu poderia se persuadido, não ameaçado. Senti, e agora sinto, que esta denominação está enfrentando a apostasia predita há longo tempo atrás, que nossos líderes estão seguindo o exato procedimento que o Espírito de Profecia delineou que se seguiria, e que eu tenho um dever do qual não devo me esquivar. Lamento muito que nossos líderes pela ação deles tenham tornado possível aos nossos inimigos trazer merecido opróbrio para a causa de DEUS. Em minhas primeiras cartas mencionei que nossos inimigos mais cedo ou mais tarde descobririam nossa fraqueza para se aproveitarem dela. Pleiteei com nossos líderes para fazer emendas para o que tinha sido feito, mas sem resultados. Estamos agora colhendo o que semeamos. Em minha próxima carta repetirei os esforços que fz para conseguir uma audiência - não uma audiência secreta, mas uma audiência pública - e se isto não fosse o melhor - uma audiência privada, mas uma que fosse gravada e que eu conseguisse uma cópia. Nisto falhei. Darei as razões documentadas de meu insucesso de conseguir uma audiência gravada. Foi-me perguntado o que eu esperava realizar. Recebi centenas de cartas oferecendo apoio se eu somente fzesse certas coisas. Respondi a muitas poucas cartas, pois me é fsicamente impossível entrar em correspondência. Recebi muitas ofertas de conselho e direção, mas não quero envolver outros. Tenho tido todos os tipos de motivos atribuídos a mim, algumas boas pessoas aparentemente falhando em entender aquilo, ao atribuir motivos estão julgando. Também parece impossível para alguns entenderem que a doutrina em si mesma é bastante importante para fornecer motivos para protestar. Nesta crise em que estamos, seria covardia para mim falhar em vir em socorro do SENHOR contra o poderoso. Tive três delegações que vieram me pedir para fazer algo "prático". De fato eles disseram: "Estamos contigo, mas não estás tratando o assunto de modo prático. No momento que tomarmos nossa posição ao teu lado, podemos provavelmente perder nossa posição. (Eles eram ministros). Se tens algo a nos
oferecer, se quiseres começar outro movimento ao qual podemos nos ajuntar, iríamos contigo. Mas fcar em difculdades sem nenhuma expectativa, é inútil. Nunca chegarás à parte alguma a não ser que tenhas algo a oferecer." A isto respondi que sou adventista do sétimo dia, que não estou interessado em começar qualquer movimento, e que não estou interessado no apoio de ninguém que tenha tal ponto de vista. Isto não é a espécie de material que aria na crise vindoura. Sou adventista do sétimo dia, regozijando-me na verdade. O direito e a verdade triunfarão no fm. Espero que conforme a verdade da presente situação se torne conhecida, haverá homens e mulheres que protestarão e exercerão bastante infuência para causar certas mudanças em nossa organização, que assegurarão homens no santo ofício que são féis à verdade uma vez entregue aos santos. Termino esta com sinceros agradecimentos a todos. Minha próxima carta sobre o assunto de uma audiência deve ser interessante.
Carta 5 Por Que Não Uma Audiência? _________________________________________________________________________________________________
Numa carta anterior relatei como, no mês de maio de 1957, entrei de posse de algumas minutas ofciais dos Depositários White - supostamente "secretas" que revelavam uma tentativa de mexer nos Testemunhos ao inserir em alguns dos volumes notas e explanações que fariam parecer que a Irmã White estava em harmonia, ou pelo menos não oposta, com a nova teologia advogada na revista adventista Ministry e no livro Questions on Doctrine [Perguntas sobre Doutrina, aprovado pela Associação Geral da IASD]. Fiquei confuso quando li esse documento ofcial, e sem dúvida perplexo quando soube que esse plano tinha a sanção da liderança, e foi um procedimento aprovado. Isto signifcaria que os homens poderiam livremente tentar fazer inserções nos escritos do Espírito de Profecia, que viciariam ou mudariam o signifcado pretendido do que a Irmã White tinha escrito. Que segurança podíamos então ter de que os livros publicados eram os ensinos não adulterados do autor, e que eles não foram "remediados e corrigidos" como
foram outros livros, de acordo com o relato da revista evangélica Eternity Extra, de setembro de 1956? Conquanto me sentisse inquieto sobre o que os homens tinham tentado fazer, minha real preocupação era saber que aquilo tinha sido aprovado pela istração, e era doravante para ser uma política aceita. Os homens poderiam agora ir aos Depositários White, e com sua aprovação, inserir explanações e notas secretamente e privadamente, antes que alguém descobrisse o que estava acontecendo. E poderiam fazer isso com a segurança de que se alguém soubesse e revelasse o que estava sendo feito, a istração ameaçaria tal pessoa a não ser que cessasse sua "atividade". No meu caso, foi-me dito que as minutas eram confdenciais, e que eu não tinha o direito de tê-las nem mesmo de as ler. Embora eu tivesse citado diretamente e corretamente das minutas ofciais, foi-me dito: "Estás fazendo tudo isso sobre boatos e sobre minutas confdenciais que não tens direito nem mesmo de ler." Carta, dezembro de 1957. Enquanto os homens desejavam inserir "notas", "explanações", "notas de apêndice", "notas de rodapé", "notas apropriadas", "nas futuras edições dos escritos de Ellen G. White", (notem que todas essas declarações estão no plural), o presidente da Associação Geral da IASD [R. R. Figuhr] minimizou o assunto ao declarar na carta de 20 de setembro de 1957, que tudo o que aquilo envolvia era uma "referência cruzada inserida no pé de certa página"; isto é, uma referência cruzada, no fundo de uma página, em um dos livros da Irmã White. Isto está tudo em desacordo com o registro ofcial. Como pode essa discrepância ser explicada? Meu primeiro pensamento e esperança era que eu seria chamado para dar explicações imediatamente, e ser solicitado a provar minhas acusações ou a retratá-las; que um grupo imparcial de homens seria solicitado a conduzir a audiência. Mas nisto fui desapontado. A primeira reação contra minha "atividade" veio numa carta de 16 de dezembro de 1957. Ali foi-me dito: "A questão de tua atividade foi discutida pelos ofciais da Associação Geral, e eles profundamente deploram o que estás fazendo. Eles portanto pedem que cesses tuas presentes atividades." Antes que eu tivesse uma oportunidade de responder, recebi o seguinte em 19 de dezembro de 1957: "Quero repetir o que te escrevi antes, que os homens têm perfeito direito de ir aos conselhos, incluindo o grupo dos Depositários White, e fazer suas sugestões sem o temor de serem disciplinados ou tratados como heréticos. Quando recordamos que estás fazendo tudo isso sobre boatos, e sobre minutas confdenciais que não tens nem mesmo direito de lê-las, isto certamente dá a impressão que não é o modo de o adventista fazer as coisas. Não estiveste
presente nas reuniões deste conselho, e tudo o que sabes é boato e as notas breves registradas pelo secretário daquela reunião... Agora ao tu ires adiante e transmitires um assunto como este, certamente te colocas numa luz inviável. Se fzeres isto, teremos de fazer alguma difusão também. Isto te colocará em clara oposição com tua igreja, e certamente levará o assunto de teu relacionamento com a igreja. Em vista de tudo isto, os ofciais, como te escrevi anteriormente, insistentemente te pedem para cessar tuas atividades." Como será notado, não houve nenhum sugestão de uma audiência para averiguar a verdade ou falsidade de minhas acusações. Foi-me simplesmente pedido para cessar minhas "atividades", ou então... Como reagi a isso? Como qualquer homem faria sob ameaça. Respondi que eu era um homem de paz, que eu poderia ser persuadido, mas não ameaçado. Pedi que eles levassem adiante seus planos. Eu estava pronto para o que viesse. O que viria? Eu não sabia o que signifcava por considerar o meu "relacionamento com a igreja". Poderia não signifcar nada. Sei que impressão eles deixaram sobre o Sr. Barnhouse, se alguém objetasse à usurpada autoridade deles. Eis o que ele relatou: "A posição dos adventistas pareceu a alguns de nós em certos casos ser uma nova posição; para eles pode ser meramente a posição do grupo majoritário da liderança sadia que está determinada a colocar os freios em qualquer membro que busque sustentar pontos de vista divergentes dos daquele da maioria responsável da denominação." Eternity Extra, 1º de setembro de 1956. Parece lamentável que nossos líderes tenham deixado tal impressão sobre os evangélicos. Essa declaração tem estado agora publicada por três anos. A atenção de nossos líderes foi chamada a ela e pedidos foram feitos para que negassem tal intenção. Mas eles não fzeram qualquer negação ou protesto, e nosso povo relutantemente tem chegado à conclusão que o Sr. Barnhouse está correto em sua avaliação de nossos líderes. Acrescente-se a isto o que o Sr. Martin relata que os líderes lhe disseram, que "eles (os adventistas) têm entre seu número certos membros de sua 'orla lunática', assim como há similares 'extremistas irresponsáveis' em todo campo do cristianismo fundamental." Isto é o que os nossos líderes disseram aos evangélicos na discussão de importantes tópicos da natureza de CRISTO enquanto em carne. Essas declarações eu considero um insulto. Isto mostra o desprezo que nossos líderes têm por aqueles que discordam deles. Penso que essas declarações dão ampla base para denúncia. Nosso povo é tolerante, mas esta é a primeira vez que sei que leais adventistas do sétimo dia são cobertos de insultos pelos líderes.
Um Breve Encontro A única reunião que tive com nossos líderes foi num dia de fevereiro de 1958, quando dois ofciais me pediram para encontrar-me com eles durante os poucos minutos que tinham de folga entre as sessões de suas reuniões de negócios. A coisa principal pareceu ser o desejo deles de saber se eu pretendia continuar com minha "atividade". Disse-lhes que eu pretendia. Uma observação foi feita de por que eu não havia pedido uma audiência. Nunca tivera me ocorrido que eu devesse pedir uma audiência. Eu esperava ser convocado. Mas refetindo melhor sobre isso, no dia seguinte escrevi: "Eu não sabia que querias que eu fosse a Washington para uma audiência ou discussão, pois nunca mencionaste tal coisa. Se este é o teu desejo, estou pronto a ir... Tenho apenas um pedido, que a audiência seja pública, ou que um estenógrafo esteja presente, e que eu receba uma cópia das minutas." Carta, 5 de fevereiro de 1958. Em resposta a isto recebi uma carta, datada de 10 de fevereiro, convidando-me a ir, dizendo: "Em concordância com o teu desejo, os irmãos não vêem qualquer objeção em gravar nossa conversação. Foi sugerido que um gravador seria o meio mais prático de fazer isto." Isto me foi satisfatório. Notei, contudo, que nada fora dito de eu receber uma cópia das minutas. Mas talvez, pensei, isto era tomado como certo, uma vez que eu dera essa condição, e eles tinham aceito minha proposição. Mas me senti inquieto. Se eu devesse escrever por mais confrmação poderia parecer que eu estava questionando a sinceridade deles. Mas quando até 21 de fevereiro não recebi mais nenhuma palavra, escrevi: "Se por equívoco ou intenção, não respondeste ao meu pedido que me seria dada uma cópia das minutas. Isto é necessário, pois em qualquer discussão do que é dito ou não dito, será a minha palavra contra a dos doze. Não me posso permitir colocar nessa posição. Esta é a condição para que eu vá." A isto recebi uma resposta datada de 27 de fevereiro: "Sobre o assunto da gravação, penso que indiquei em minha carta de 10 de fevereiro que os irmãos tinham em mente gravar em fta as conversas da reunião. Isto forneceria uma gravação completa do que foi dito e feito. Assumimos que tal gravação completa seria conveniente para ti." Eu pedira uma cópia das minutas, e essa carta me assegurava que uma gravação em fta seria feita que "forneceria uma gravação completa do que seria dito e feito." Fora assumido "que tal gravação completa seria conveniente para ti." Ela seria. Finalmente fora-me assegurado que uma gravação plena e
completa seria feita, e que de acordo com a sugestão deles próprios seria gravada em fta. Nada mais eu poderia pedir. Mas tendo lido Questions on Doctrine cuidadosamente, eu notara que certas coisas eram ditas numa página, e poucas páginas adiante elas eram ignoradas. Eu notara certas expressões ambíguas, e isto me deu um senso de incerteza. Eu não podia evitar a convicção que algumas dessas expressões foram usadas com o propósito de confusão e foram intencionais para iludir. Eu portanto reli as cartas que eu tinha escrito, e também aquelas que eu recebera, especialmente as porções tratando com meu pedido por uma cópia das minutas. Notei que em nenhum lugar meu pedido tinha sido reconhecido, mas o assunto tinha sido evitado. Isto me fez pensar. Havia um estudado propósito de não me dar uma cópia das minutas, conquanto as cartas fossem escritas para dar a impressão que eu obteria uma cópia delas? A evidência parecia consubstanciar minha suspeita. Para tornar-me seguro, escrevi em 4 de março que eu queria a garantia absoluta, explicitamente declarada, que eu conseguiria uma "plena e completa cópia das minutas", tal como fora mencionado. Terminei dizendo: "Sobre este ponto preciso ter absoluta garantia." Como até 12 de março não recebi resposta, escrevi novamente, "Ainda estou aguardando pela palavra defnitiva que não somente uma gravação em fta será feita, mas que obterei uma cópia. Como declarei em minha primeira carta, esta é uma condição necessária." Em 18 de março veio esta resposta: "Tens te referido ao desejo de teres as minutas gravadas, e também uma cópia das minutas. Ao discutir isto com os ofciais, ocorreu ao irmãos que faremos isto, que parece justo para todos os interessados: um secretário é apontado dentro do grupo para escrever as conclusões a que chegarmos, e isto é submetido ao grupo inteiro para aprovação, após o que será dada uma cópia a todos. Cremos, Irmão Andreasen, que esta sugestão será aceitável para ti." Isto era inteiramente novo e uma sugestão inteiramente diferente. Depois que foi-me dito na carta de 27 de fevereiro, que uma fta gravada seria feita, uma "completa" gravação do "que foi dito e feito", e a esperança expressa de que tal "gravação completa seria satisfatória" para mim, era-me agora apresentado uma nova proposta não ouvida antes, uma reviravolta completa. Não haveria estenógrafo, nenhuma gravação, nenhuma minuta absolutamente, mas uma que escreveriam sobre as conclusões realizadas. E isto era suposto que me agradasse! Certamente que isto não me era satisfatório. Era uma completa ruptura da fé. Era como substituir Lia por Raquel, uma transação desonrosa. Senti-me como sentiu-se Jacó que havia sido iludido. Três semanas antes, tinham-me prometido "uma cópia completa" das minutas que era esperado ser-
me satisfatório. Agora foi-me oferecida uma cópia das conclusões, que também era esperada ser-me satisfatória. Essa carta de 18 de março revela o fato de que nunca fora a intenção dar-me uma cópia das minutas, e não obstante eles brincaram comigo, pensando que eu aceitaria a sugestão deles, vindo a uma audiência ou discussão, e não tendo nada gravado da discussão, mas somente as conclusões. Nas eras escuras, os heréticos eram presos e condenados em segredo. Naquela época não havia habeas corpus. E agora os ofciais sugeriram uma sessão não gravada, onde somente poucos estariam presentes e nenhum registro de qualquer tipo fosse feito! Considero isto uma sugestão imoral. Do que estariam eles com medo? Além disso, antes de ir a tal audiência a condição fora feita "de que concordas em submeter teu caso ao comitê da Associação Geral, de concordar com a decisão do comitê." (Carta de 13 de maio de 1958). Isto claramente revela a intenção do comitê. Uma audiência devia ser realizada, uma audiência secreta, e entrar numa discussão, mas antes que a audiência ou discussão fosse feita, eu deveria concordar em aceitar a conclusão e veredito deles. Sob essas condições, como poderiam eles ajudar a ganhar o caso deles? Parece que os ofciais tinham em mente nomearem-se como acusadores, jurados, juízes e executores. Num caso envolvendo pontos de doutrina onde é necessário que haja discussão para se chegar a conclusões seguras, uma comissão neutra de homens não diretamente envolvidos na controvérsia deve ouvir o caso. Nenhum juiz ouve um caso onde ele esteja pessoalmente interessado. Ele se recusa a julgar um caso onde ele esteja mesmo remotamente interessado. Mas nossos ofciais apontaram-se para julgar o caso e agir como árbitros numa disputa envolvendo pontos de teologia, com o poder de agir e pedir que um lado concorde de antemão em aceitar qualquer decisão que seja feita. Isto, de certo, é equivalente a aceitar o dito de homens elevados como es, executivos, promotores, fnancistas, organizadores e conselheiros a ter jurisdição sobre doutrina, para qual obra não estão educados. Tenho ouvido cada um deles dizer, "Não sou teólogo". Em 26 de março de 1958, respondi a carta que afrmava que não haveria gravação nenhuma, mas que eu receberia uma cópia das conclusões. Eu não precisava daquilo. Eu sabia de antemão quais elas seriam, pois eu já havia sido julgado e ameaçado. Eu tinha sido propositadamente mantido em ignorância sobre o intento de não me darem uma cópia das minutas, mas de me julgarem secretamente. Aparentemente fora intenção manter o assunto desconhecido, e se eu de antemão concordasse em aceitar as conclusões deles, eu poderia ser acusado de quebrar minha promessa se eu fzesse qualquer comentário posterior. Se eu pudesse ser induzido a vir a Washington sob essas condições, eu certamente seria "humilhado". Com o caso inteiro na mente, com as repetidas evasões ao meu pedido por uma cópia das minutas, senti que eu fora
iludido e terminei minha carta dizendo, "Tua promessa quebrada cancela o acordo." Minha fé nos homens tinha sido severamente abalada. Em 3 de abril recebi uma resposta declarando que minha carta "tinha sido recebida e seu conteúdo apresentado aos ofciais." Não havia menção alguma de minha declaração, "Tua promessa quebrada cancela o acordo", a parte mais importante. Além disso, esta declaração não fora lida aos ofciais, pois um mês mais tarde recebi uma carta dizendo, "Através de outros eu soube que sentes que quebramos nossas promessas para ti." Esta perversão de minhas palavras tinha saído ao campo, que naturalmente creriam que eu havia escrito aos outros e não para a pessoa interessada. Não faço esse tipo de obra. Nessa carta de 3 de abril o escritor declara: "É verdadeiro, como declaraste, que a gravação da fta foi sugerida no início, sem a promessa, contudo, de dar-te uma cópia. Desde que foi feita esta sugestão, pensamos mais sobre o assunto e cremos que tal sugestão não seria um plano sábio a seguir... A gravação de uma fta de cada pequeno detalhe não seria justa aos participantes. Em tais discussões não é incomum para homens fervorosos cometerem deslizes de que mais tarde se arrependem e corrigem. O homem mortal está sujeito a tais erros; mas por que preservá-los? O propósito sincero da reunião seria chegar a conclusões justas... Conforme revejo tuas cartas, isto pareceria estar de acordo com tua sugestão original." Isto torna claro muitos assuntos. ite que uma gravação de fta fora sugerida no início. Também torna claro que nunca foi intenção dar-me uma cópia, embora as cartas foram escritas para esconder este fato. Também declara que os ofciais mudaram de idéia e decidiram que seria sábio não gravar nada, pois isso "não seria justo para os participantes," uma mais surpreendente razão, e revelando a mais decidida fraqueza. E então a última declaração inverídica: "Conforme revejo tuas cartas, isto pareceria estar de acordo com tua sugestão original." Maior inverdade jamais pronunciada. Eu desafo o escritor que diz que releu minhas cartas, a encontrar qualquer lugar em que digo ou intimo tal coisa. E ainda, essa impressão foi para o campo a partir de Washington. Nunca suspeitando que Washington diria nada senão a absoluta verdade, os homens do campo que foram oestados a "manterem-se alinhados", naturalmente creriam que aquela fora minha "sugestão original". Nada pode estar mais longe da verdade. Várias vezes enfatizei em todas as minhas cartas que eu queria uma cópia das minutas, e agora o escritor diz como se ele tivesse relido em minhas cartas de que uma cópia das conclusões fora minha sugestão original. Qual foi sua razão por tão patente erro? Penso que sei. É possível que as notícias de Washington sejam dadas com ponto de vista viezado?
Por que esta mudança repentina? Deve haver algumas razões importantes para que fosse de repente decidido não ter nenhuma gravação, após ter sido primeiro decidido ter uma gravação completa e plena de "tudo o que for dito e feito"? Os registros da crise de 1888, o Alfa da apostasia, desapareceram em grande parte, e os relatos existentes estão seguramente escondidos e não disponíveis. Não queremos uma situação semelhante no tempo do Fmega. Que haja luz. Não sei por que veio a mudança. Posso apenas supor. Ficou entendido que minha "atividade" seria considerada tanto quanto meu relacionamento com a igreja. Os irmãos também sugeriram que talvez eu tivesse algumas questões além que deveriam ser discutidas. Eu tinha. Fiz uma lista desses assuntos. Eis aqui: 1 - Os artigos do Pr. Froom, particularmente aquele da revista Ministry de fevereiro de 1957, rebaixando a Sra. White. 2 - As visitas aos Depositários White dos Pastores Anderson e Read com relação a ter inserções feitas nos escritos da Sra. White, e as políticas gerais agora prevalecentes. 3 - A lista de tópicos discutidos com os evangélicos que tomaram "centenas de horas", e as primeiras conclusões chegadas. 4 - A lista detalhada de livros "remediados e corrigidos" sob a recomendação do Sr. Martin, e uma posterior lista de livros ainda serem remediados. 5 - O processo de US$ 3.000. 6 - Proselitismo. O que foi acordado. 7 - O signifcado de "colocar um freio" e "orla lunática" e "extremistas irresponsáveis". 8 - A nova universidade e os débeis campos externos. 9 - "Moedas cambiais". 10 - Uma auditoria completa por uma frma responsável de auditores externos. Esta lista não enviei para Washington, pois eu bem sabia que seria uma matéria de meses de espera por tal programa. Sugeri apenas poucos assuntos, e certamente eu sabia qual seria o resultado. Mas, curiosamente bastante, exatamente nessa ocasião os irmãos decidiram que não seria sábio ter qualquer gravação feita. Sob tais circunstâncias concordei com a decisão deles. A razão pusilâmine [covarde] dada para não ser feita nenhuma gravação - que os irmãos poderiam fazer observações das quais depois se arrependeriam - é simplesmente tola. Mas que não haja mal entendido. Uma explicação ainda terá de ser dada.
Para culminar, veio isto na carta de 3 de abril: "Nunca pediste uma audiência." Deixarei ao leitor decidir esta questão por si mesmo. Respondi: "Não cometas erro neste ponto. Eu não somente queria uma audiência, mas tal audiência deve ser realizada se todo este lamentável assunto tiver de ser resolvido. Dizes que imaginastes se eu estou sendo realmente sincero em querer uma audiência. Sim, quero uma audiência. Eu exijo uma. Não uma audiência secreta. Mas uma aberta, ou com uma gravação plena e completa de tudo o que for dito ou feito. Este tem sido meu desejo desde o começo. Nenhum tribunal secreto." Minha última comunicação com a Associação Geral foi datada de 28.06.58. Perguntei se ainda havia a determinação de dar-me uma audiência com uma fta gravada para mim. Uma secretária respondeu: "Com referência a uma gravação em fta da reunião, sou instruída a dizer que nossa correspondência não revela nenhuma promessa de uma fta gravada para ti. Se desejado, uma gravação pode ser feita, mas será mantida neste escritório para um registro permanente como previamente declarado." Isto me deixou livre. Exauri todos os meios de correspondência com os homens a quem havia de me dirigir. Posso agora falar à igreja, como CRISTO disse que deveria ser feito se os outros meios falhassem. Isto farei. Mas ainda estou pronto para uma audiência ou julgamento, apropriadamente conduzido e devidamente gravado. Deixa a luz entrar.
Paixões Herdadas Na página 383 do livro Questions on Doctrine ocorre a declaração que CRISTO "estava isento [imune] das paixões herdadas e das poluições que corrompem os descendentes naturais de Adão." Essa não é citação do Espírito de Profecia. É uma nova doutrina que jamais apareceu em qualquer das Declarações de Crenças da denominação adventista do sétimo dia, e está em confito direto com nossas anteriores declarações de doutrina. Não foi "adotada pela Associação Geral numa sessão quadrienal, quando delegados credenciados de todo campo estão presentes", como Questions on Doctrine diz que precisa ser feito para a declaração ser ofcial. Ver página 9. É portanto uma doutrina não aceita nem aprovada. Duas Declarações Há duas afrmações nos Testemunhos que são referidas para provar que CRISTO era isento [imune] de paixões herdadas. A primeira diz que CRISTO "é nosso exemplo em todas as coisas. Ele é um irmão em nossas enfermidades, mas não em possuir paixões semelhantes." Testimonies, vol. 2, pág. 202. A outra declara, "JESUS era um poderoso suplicante, não possuindo as paixões de
nossas humanas naturezas caídas, mas cercado com enfermidades semelhantes, tentado em todos os pontos mesmo como somos." Testimonies, vol. 2, pág. 509. Ambas essas declarações mencionam "paixões", nenhuma delas menciona "poluições". A palavra isento [exempt em inglês também signifca imune] não é encontrada. Porventura a declaração da Irmã White de que CRISTO não tinha ou possuía paixões signifca que Ele era imune a elas? Não, pois não ter paixões não é equivalente a ser isento delas [ou estar imune a elas]. São dois conceitos inteiramente diferentes. Isento é defnido "estar livre e excusado de uma obrigação opressiva; tirar, libertar, liberar como de um regulamento que os outros devem observar, que obriga os outros; estar imune de." Foi CRISTO excusado de "uma regra que os outros precisam observar, que obriga os outros"? Não, "DEUS permitiu Seu Filho vir, um indefeso bebê, sujeito à (não imune à) fraqueza da humanidade. Ele Lhe permitiu enfrentar os perigos da vida em comum com toda alma humana, lutar a batalha como cada flho da humanidade precisa combatê-la, ao risco de fracasso e perda eterna." Desire of Ages [O Desejado de Todas as Nações], pág. 49. "Enquanto Ele era uma criança, Ele pensava e falava como criança, mas nenhum traço de pecado desfgurava a imagem de DEUS dentro Dele. Não obstante Ele não estava isento da tentação. Ele estava sujeito (não imune) a todos os confitos que temos de enfrentar." Ibidem, pág. 71. "DEUS não poupou Seu próprio Filho." Romanos 8:32. "Nenhum flho da humanidade jamais será chamado a viver uma vida santa em meio a tão feroz confito com a tentação como foi nosso Salvador." Desire of Ages, pág. 71. "Era necessário para JESUS estar constantemente em guarda para preservar Sua pureza." Ibidem. Um homem pode não ter câncer, mas signifca isto que ele está imune, isento de pegar câncer? Não absolutamente. No ano seguinte ele por ser afigido pelo câncer. A Irmã White não diz que CRISTO era isento de paixões. Ela diz que Ele não tinha paixões, não possuía paixões, não que ele era imune a elas. Por que CRISTO não tinha paixões? Porque "a alma precisa propor-se ao ato pecaminoso antes que a paixão possa ter domínio sobre a razão, ou a iniquidade triunfar sobre a consciência." Testimonies, vol. 5, pág. 177. E CRISTO não se propunha a nenhum ato pecaminoso. Nem por um momento havia Nele uma propensão pecaminosa. "Era necessário para JESUS estar constantemente em guarda para preservar Sua pureza." O Desejado, 71. Ele era puro, santo, impoluto. Mas isto não signifca que JESUS era imune à tentação ou ao pecado. "Ele poderia ter pecado, Ele poderia ter caído." SDABC, vol. 5, pág. 1128. Ainda estou perplexo
como pode alguém fazer a Irmã White dizer que CRISTO era isento, quando ela diz exatamente o oposto, e não utiliza a palavra isento.
É a Tentação Pecado? Tentação não é pecado; mas pode tornar-se se nos rendermos a ela. "Quando pensamentos impuros são acariciados, eles não precisam ser expressos em palavras ou atos para consumar o pecado e levar a alma à condenação." Testimonies, vol. 4, pág. 623. "Um pensamento impuro tolerado, um desejo não santo acariciado, e a alma está contaminada... Todo pensamento mau deve ser imediatamente repelido." Testimonies, vol. 5, pág. 177. Satanás nos tenta a pecar. DEUS utiliza tentação controlada para nos fortalecer e ensinar a resistir. Satanás tentou Adão no Éden; ele tentou Abraão e todos os profetas; ele tentou CRISTO; ele tenta todo homem, mas DEUS "não nos deixará ser tentados além do que podemos ar." I Coríntios 10: 13. "CRISTO foi um agente moral livre que podia ter pecado se assim desejasse. Ele estava em liberdade de render-Se às tentações de Satanás e de agir em oposição a DEUS. Se assim não fosse, se não Lhe fosse possível cair, Ele não poderia ser tentado em todos os pontos como a família humana é tentada." Youths' Instructor, 26 de outubro de 1899. A Grande Lei da Hereditariedade
Questions on Doctrine diz na página 383, que CRISTO foi "isento das paixões herdadas e das poluicões que corrompem os descendentes naturais de Adão." Toda criança que é nascida neste mundo, herda diversos traços de seus ancestrais. Herdou CRISTO semelhantes traços? Ou foi ele isento? Eis a resposta: "Como todo flho de Adão, JESUS aceitou os resultados da operação da grande lei da hereditariedade." O Desejado, pág. 48. "O resultado disso é mostrado na história de Seus ancestrais terrestres." Ibidem. Alguns desses ancestrais eram gente boa; alguns não tanto; alguns eram maus; alguns eram muito maus. Havia ladrões, assassinos, adúlteros, enganadores, entre eles. JESUS tinha os mesmos ancestrais que todos nós temos. "Ele veio com tal hereditariedade para compartilhar nossas tristezas e tentações." Ibidem. "JESUS aceitou a humanidade quando a raça tinha sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado." Ibidem. Em vista dessas e de muitas outras declarações, como pode alguém dizer que JESUS era imune? Longe de estar isento ou relutantemente submisso a essas condições, Ele aceitou-as. Duas vezes isto é declarado nas citações aqui feitas. Ele aceitou os resultados da operação da grande lei da hereditariedade, e com
"tal hereditariedade Ele veio para compartilhar de nossas tristezas e tentações." A escolha do devoto adventista é portanto entre Questions on Doctrine e Desire of Ages, entre a falsidade e a verdade. "DEUS permitiu Seu Filho vir, um bebê indefeso, sujeito às fraquezas da humanidade. Ele Lhe permitiu enfrentar os perigos da vida em comum com toda alma humana, a lutar as batalhas como cada flhos da humanidade precisa lutá-la, ao risco de fracasso e perda eterna." O Desejado, pág. 49. "CRISTO sabia que o inimigo viria a todo ser humano para tomar vantagem da fraqueza hereditária... e ao ar pelo caminho que o homem deve percorrer, nosso SENHOR nos preparou o caminho para vencermos." O Desejado, pág. 122-123. "Sobre Ele que depôs Sua glória, e aceitou a fraqueza da humanidade, a redenção do mundo deve repousar." Ibidem, pág. 11. Poucos, mesmo de nossos ministros, conhecem algo do que a Irmã White chama de a grande lei da hereditariedade. Não obstante esta é a lei que tornou a encarnação efetiva e fez de CRISTO um homem real, como um de nós em todas as coisas. Que CRISTO devesse ser como um de nós em todas as coisas, Paulo considerava uma necessidade moral da parte de DEUS, e torna evidente ao assim afrmar. Diz ele: "Em todas as coisas convinha que Ele Se tornasse como Seus irmãos, para que Ele pudesse ser misericordioso e fel sumo sacerdote nas coisas pertinentes a DEUS para fazer reconciliação pelos pecados do povo; pois naquilo que Ele mesmo sofreu, sendo tentado, é capaz de socorrer os que são tentados." Hebreus 2:17-18. Convinha aqui signifca "devia", um dever moral recaído sobre DEUS. A grande lei da hereditariedade foi decretada por DEUS para tornar a salvação possível, e é uma das leis elementares que nunca foi abolida. Eliminada essa lei, e não temos Salvador que possa ser de ajuda ou exemplo para nós. Graciosamente CRISTO aceitou esta lei, e assim tornou a salvação possível. Ensinar que CRISTO era imune a esta lei nega o cristianismo e torna a encarnação um logro piedoso. Queira DEUS libertar os adventistas do sétimo dia de tais ensinos e ensinadores!
Poluição Não toquei no assunto da poluição, embora ele é mencionado em Questions on Doctrine em conexão com paixões. CRISTO estava sujeito à grande lei da hereditariedade, mas isto nada tem a ver com poluição. Pensamentos impuros tolerados, desejos ímpios acariciados, más paixões favorecidas, terminarão em contaminação, poluição, e pecado franco. Mas CRISTO não foi afetado por nada disso. Ele "não recebeu nenhum aviltamento;" "JESUS, vindo habitar com a humanidade, não recebeu nenhuma poluição." O Desejado, pág. 266.
Paixão e poluição são duas coisas diferentes, e não devem ser colocadas juntas como são em Questions on Doctrine. Paixão pode geralmente ser igualada com tentação, e como tal não é pecado. Um pensamento impuro pode vir espontâneo mesmo numa ocasião sagrada, mas ele não corrompe; não é pecado, a não ser que seja acariciado e tolerado. Um desejo não santo pode de repente refetir na mente sob instigação de Satanás; mas não é pecado a não ser que seja acariciado. A lei da hereditariedade se aplica a paixões e não a poluições. Se a poluição é hereditária, então CRISTO teria sido poluído quando veio a este mundo, e não poderia ser, portanto, "aquela coisa santa." Lucas 1:35. Mesmo os flhos de um marido descrente são chamados santos, uma declaração que deve ser um conforto às esposas de tais maridos. I Coríntios 7:14. Como adventistas, contudo, não cremos no pecado original. Sobre esse assunto de poluição há muito a dizer. Mas como o problema que estamos enfrentando trata somente com paixões, não discutiremos poluição adiante. Na ocasião, posso ter mais a dizer sobre paixões, pois considero a declaração em Questions on Doctrine heresia mortal, destrutiva da expiação. Minha próxima carta será a última desta série. Mas se o leitor consultar a lista dos dez assuntos que enumerei nesta carta, verá que ainda há muito a ser feito. E aquela lista não é exaustiva. Contudo, darei tempo para o que tenho dito penetrar, pois corpos grandes são vagarosos, e toma tempo para "levedar toda massa". Mas o fermento está operando, e no devido tempo os resultados esperados virão. Mas não tenho pressa. O tempo está com a verdade, e a verdade fará seu curso, e não é dependente de nenhum instrumento humano. Tenho recebido muitas cartas encorajadoras, e sou grato por elas, e só lamento que preciso deixar muitas sem responder. Um homem proeminente de Washington escreveu-me sobre a confusão existente lá, e declarou: "Estamos observando os eventos, e quando o tempo vier, estaremos prontos para agir. Pessoalmente, não creio que o tempo esteja maduro, mas está perto. Estamos contigo, e podes depender de nós." Estou contente de relatar que minha saúde está boa, e que estou desfrutando a vida no limite [O Pr. Andreasen faleceu em 1962, aos 86 anos]. É maravilhoso viver num tal tempo como este. "Sou imortal até que minha obra seja feita." Isto pode ser amanhã, mas se assim for, estou satisfeito e preparado. Saudações a todos os meus amigos com I Tessalonicenses 5: 25: "Irmãos, orai por nós."
(Assinado) M. L. Andreasen.
Carta 6 A Expiação _____________
Na década de 1950 a liderança americana da IASD entrou em acordo com líderes porta-vozes evangélicos americanos (Martin & Barnhouse), para que a IASD não mais fosse considerada uma seita, mas sim uma igreja como as demais igrejas evangélicas. Tanto assim que já em 1959, a IASD ou a fazer parte como membro cooperador do Concílio Nacional de Igrejas dos Estados Unidos, uma organização ecumênica. Para tanto, a IASD deveria abdicar de certas doutrinas fundamentais dos pioneiros adventistas, as quais são apoiadas pelo Espírito de Profecia de Ellen G. White. Dentre essas doutrinas fundamentais está a da Expiação, que os protestantes crêem ter-se completado no Calvário, porque eles não crêem na doutrina do santuário celestial. Mas a verdadeira posição adventista que a Sra. White escreve em seus livros, é que no Calvário encerrou-se apenas a primeira fase do processo da Expiação, a qual continuou no santuário celestial, após CRISTO ter ascendido ao céu, fazendo intercessão com Seu sangue em favor do pecador crente e arrependido. Assim, para agradar aos teólogos protestantes e iludir os adventistas, os teólogos da IASD (L.E. Froom, R.A. Anderson, Walter Read, etc.), apoiados pelo Presidente da Conferência Geral, R. Fighur, a partir de 1956, mudaram a terminologia, e aram a ensinar que a Expiação completou-se no Calvário, e que CRISTO no santuário celestial fazia apenas a aplicação dos benefícios da expiação completada no Calvário. Essa nova posição dos teólogos adventistas contraria inteiramente o Espírito de Profecia. Esta última carta da série escrita pelo Pr. Andreasen, que é considerado uma autoridade na doutrina do Santuário, trata desse importante tema da Expiação.
O estudante sério da Expiação fca provavelmente perplexo quando consulta o Espírito de Profecia ao achar dois conjuntos de afrmações aparentemente contraditórias sobre a Expiação. Encontrará que quando CRISTO "ofereceu-Se sobre a cruz, uma expiação perfeita foi feita pelos pecados do povo." Signs of the Times, 28 de junho de 1899. Achará que o Pai inclinou-Se diante da cruz
"em reconhecimento de sua perfeição. 'É sufciente', disse Ele, 'a expiação está completa.'" RH, 24-09-1901. Mas em O Grande Confito, pág. 422, achará isto: "No término dos 2.300 dias, em 1844, CRISTO entrou no lugar santíssimo do santuário celestial, para executar a obra de encerramento da expiação." Em Patriarcas e Profetas, pág. 357, lemos que os pecados "permanecerão registrados no santuário até a expiação fnal." (Em 1844). Na página 358 afrma-se que na "expiação fnal os pecados dos verdadeiros penitentes devem ser apagados dos registros do céu." Primeiros Escritos, pág. 253, diz que "JESUS entrou no santíssimo do celestial, ao fm dos 2.300 dias de Daniel 9, para fazer a expiação fnal." O primeiro conjunto de declarações diz que a expiação foi feita na cruz; o outro conjunto diz que a expiação fnal foi feita 1800 anos depois. Encontrei sete declarações que a expiação foi feita na cruz; achei 22 afrmações que a expiação fnal foi feita no céu. Ambos os conjuntos são sem dúvida incompletos; pois pode haver outras declarações que escaparam de minha atenção. É evidente, contudo, que não podemos aceitar um conjunto de declarações e rejeitar o outro se quisermos chegar à verdade. A questão portanto é qual declaração é verdadeira? Quais são falsas? Ou, são ambas verdadeiras? Se são, como podem se harmonizar? Fiquei perplexo quando na revista adventista Ministry, de fevereiro de 1957, encontrei a declaração [do Pr. Froom] que "o ato sacrifcal na cruz foi uma expiação completa, perfeita e fnal." Isto está em distinta contradição com os pronunciamentos da Sra. White que a expiação fnal começou em 1844. Defnição de Expiação Tenho ouvido a várias discussões sobre o signifcado da palavra hebraica "KAPHAR", que é a palavra usada no original para expiação, mas recebi pouca ajuda. A melhor defnição encontrei numa curta frase explanatória no Patriarcas e Profetas, pág. 358, que simplesmente afrma que a expiação, "a grande obra de CRISTO, ou o apagamento do pecado, era representada pelos serviços no dia da expiação." Essa defnição está em harmonia com Levítico 16:30, que diz que, "o sacerdote fará expiação por vós, para limpar-vos, para que possais estar purifcados de todos os vossos pecados diante do SENHOR." Expiação é aqui igualada a ser "limpo de todos os vossos pecados." Como o pecado foi a causa de separação entre DEUS e o homem, a remoção do pecado haveria novamente de unir DEUS e o homem. E isto seria reconciliação, harmonização [em inglês, at-onement, a uma mente]. CRISTO não precisava de nenhuma expiação (reconciliação), pois Ele e o Pai foram sempre um. João 10: 30. CRISTO orou por Seus discípulos "para que eles
todos sejam um, como Tu, Pai, és em Mim e Eu em Ti, que eles também possam ser um em Nós." João 17: 21. A defnição de expiação como consistente de três palavras, em inglês, at-onement, é por alguns considerada obsoleta, mas não obstante representa verdade vital. A Sra. White assim a usa. Diz ela: "a não ser que aceitem a expiação provida em favor deles no sacrifício reparador de JESUS CRISTO que é nossa expiação, at-one-ment, com DEUS." Mss. 122, 1901. O plano de DEUS é que "na plenitude do tempo Ele pudesse reunir juntos em um todas as coisas em CRISTO." Efésios 1:10. Quando isso for feito, "a família do céu e a família da terra são uma só." O Desejado, 835. Então, "uma única pulsação de harmonia e alegria vibra por toda a vasta criação." O Grande Confito, 678. Finalmente, a expiação está completa. Duas Fases da Expiação Muita confusão a respeito da expiação surge da negligência de reconhecer as duas divisões da expiação. Note que é dito de João Batista, "Ele não distinguia claramente as duas fases da obra de CRISTO - como um sacrifício sofredor, e um rei conquistador." O Desejado, 136, 137. O livro Questions on Doctrine [de Froom, Anderson e Read, publicado em 1957, cujos erros foram repetidos em Nisto Cremos, publicado em 1988, ambos da IASD] comete o mesmo erro. Não distingue claramente; de fato não distingue em absoluto; parece não conhecer as duas fases; daí a confusão.
A Primeira Fase da Expiação A primeira fase da expiação de CRISTO foi de um sacrifício sofredor. Isto começou antes que houvesse mundo, incluía a encarnação, a vida de CRISTO sobre a terra, a tentação no deserto, o Getsêmane, o Gólgota, e fndou quando a voz de DEUS chamou CRISTO da "prisão pétrea da morte". O capítulo 53 de Isaías é um quadro disto. Satanás venceu Adão no jardim do Édem, e em pouco tempo quase o mundo inteiro fcou sob seu domínio. No tempo de Noé houve apenas oito almas que entraram na arca. Satanás reivindicava ser o príncipe deste mundo, e ninguém o desafou. Mas DEUS não reconheceu a pretensão de Satanás por domínio, e quando CRISTO veio à terra, o Pai "deu o mundo na mão de Seu Filho, para que através de Sua obra mediatória Ele pudesse completamente vindicar a santidade e os reclamos obrigatórios de cada preceito da lei divina." Bible Echo, Janeiro, 1887. Este foi um desafo à pretensão de Satanás, e assim começou resolutamente a grande controvérsia entre CRISTO e Satanás.
"CRISTO tomou o lugar do caído Adão. Com os pecados do mundo postos sobre Ele, JESUS haveria de ir ao terreno onde Adão tropeçara." RH, 24-02-1874. "JESUS prontifcou-Se a enfrentar os mais altos reclamos da lei." RH, 02.09.1890. CRISTO fez-Se responsável por todo homem e mulher sobre a terra." RH, 27-01-1900. Como Satanás reclamava o domínio da terra, era necessário para CRISTO vencer a Satanás, antes que JESUS pudesse tomar possessão de Seu reino. Satanás sabia disso, e então fez uma tentativa de matar CRISTO tão logo Ele nascesse. Contudo, como uma disputa entre Satanás e uma criatura indefesa na manjedoura não seria justa, DEUS frustrou aquilo. O primeiro encontro verdadeiro entre CRISTO e Satanás ocorreu no deserto. Após 40 dias de jejum, CRISTO estava fraco e emaciado, à porta da morte. Nessa ocasião Satanás fez seu ataque. Mas CRISTO resistiu, mesmo "até o sangue", e Satanás foi compelido a retirar-se derrotado. Mas o diabo não desistiu. Por todo o ministério de CRISTO, Satanás perseguiu Suas pegadas, e tornou cada momento uma árdua batalha.
Getsêmane O clímax da luta de CRISTO com Satanás, veio no jardim do Getsêmane. Até ali CRISTO fora sustido pelo conhecimento da aprovação do Pai. Mas agora Ele "estava oprimido pelo terrível temor de que DEUS estivesse removendo Sua presença de JESUS." Spirit of Prophecy, vol. 3, pág. 95. Se DEUS O abandonasse, poderia JESUS ainda resistir a Satanás e morrer em vez de submeter-se ao diabo? "Três vezes Sua humanidade recuou do último sacrifício coroador... A sorte da humanidade tremeu na balança." Ibid., pág. 99. "Conforme a presença do Pai era retirada, eles O viram triste, com uma amargura de tristeza que excede aquela da última luta com a morte." O Desejado, pág. 759. "JESUS caiu moribundo ao solo, mas com Seu último resto de força murmurou, 'Se este cálice não pode ar sem que Eu o beba, seja feita a Tua vontade...' Uma paz celestial repousou sobre Sua face ensangüentada. Ele havia ado o que nenhum ser humano jamais podia ar; Ele havia provado os sofrimentos da morte em favor de todo homem." O Desejado, pág. 694. Em Sua morte, Ele foi vitorioso. "Quando CRISTO disse, 'Está consumado', DEUS respondeu, 'Está consumado, a raça humana terá outra provação [teste, prova].' O preço da redenção está pago, e Satanás caiu do céu como um raio." Mss. 11, 1897. "Quando o Pai contemplou a cruz Ele fcou satisfeito. DEUS disse, 'É sufciente, a oferta está completa." Signs of the Times, 30-09-1899. Era necessário, contudo, que fosse dado ao mundo uma severa manifestação da ira de DEUS, e assim, "na sepultura CRISTO foi o cativo da justiça divina."
M.V.F., 24-01-1898. Precisava ser abertamente atestado que a morte de CRISTO fora real. Assim, JESUS deveria "permanecer na sepultura o indicado período de tempo." R&H, 26-04-1898. Quando o tempo expirou, um "mensageiro foi enviado para aliviar o Filho de DEUS do débito pelo qual tornara-Se responsável e pelo qual tinha feito expiação completa." Mss. 94, 1897. "Na oração intercessória de JESUS com Seu Pai, CRISTO reivindicou que havia cumprido as condições que tornava obrigatório ao Pai cumprir a Sua parte do contrato feito no céu, com relação ao homem caído. JESUS orou, 'completei a obra que Tu Me deste para fazer.'" A Sra. White faz então este esclarecimento, "Isto é, JESUS tinha formado um caráter justo sobre a terra, como um exemplo para o homem seguir." Spirit of Prophecy, vol. 3, pág. 260. O "contrato" entre o Pai e o Filho feito no céu, incluía o seguinte: 1 - O Filho devia desenvolver um "caráter justo sobre a terra como um exemplo para o homem seguir." 2 - Não somente era para JESUS formar tal caráter, mas Ele devia demonstrar que o homem também poderia fazê-lo; e assim DEUS faria que os homens se tornassem "mais escassos do que o ouro puro, mais raros do que o ouro de Ofr." 3 - Se CRISTO assim pudesse apresentar o homem como uma nova criatura em CRISTO JESUS, então DEUS devia "receber os homens arrependidos e obedientes, e haveria de amá-los mesmo como Ele ama a Seu Filho." Spirit of Prophecy, vol. 3, pág. 260; O Desejado, pág. 790. CRISTO "cumpriu uma fase de Seu sacerdócio ao morrer sobre a cruz. Ele está agora cumprindo outra fase ao pleitear diante do Pai o caso dos pecadores arrependidos e crentes, apresentando a DEUS as ofertas de Seu povo." Mss. 42, 1901. "Em Sua encarnação JESUS atingiu o limite prescrito como um sacrifício, mas não como um rendentor." Mss. 111, 1897. No Gólgota CRISTO foi a vítima, o sacrifício. Aquilo foi tão longe quanto JESUS podia ir como um sacrifício. Mas agora Sua obra como redentor começou. "Quando CRISTO exclamou 'Está consumado', a mão invisível de DEUS rompeu de alto a baixo o forte tecido que compunha o véu do templo. O caminho para dentro do santíssimo foi tornado manifesto." Ibidem. Com a cruz, a primeira fase da obra de CRISTO como "sacrifício sofredor" terminou. JESUS tinha ido ao "limite prescrito" como um sacrifício. Ele tinha concluído a Sua obra "até aqui". E agora, com a aprovação do sacrifício pelo Pai, JESUS foi autorizado a ser o Salvador da humanidade. Na ulterior coroação, 40 dias mais tarde, foi-Lhe dado todo poder no céu e na terra, e ofcialmente investido como Sumo Sacerdote. A Segunda Fase da Expiação
"Após Sua ascensão nosso Salvador começou Sua obra como Sumo Sacerdote... Em harmonia com o serviço típico, Ele iniciou Sua ministração no lugar santo, e ao término dos dias proféticos em 1844... JESUS entrou no lugar santíssimo para executar a última parte de Sua solene obra, para purifcar o santuário." Spirit of Prophecy, vol. 4, pág. 265, 266. Na mesma página 266, a Irmã White repete, aparentemente para ênfase, "no término dos 2.300 dias em 1844, CRISTO então entrou no lugar santíssimo do santuário celestial, na presença de DEUS, para realizar a obra de encerramento da expiação, preparatória para Sua vinda." O leitor não pode falhar em notar quão claramente e enfaticamente isto é declarado. João Batista "não distinguia claramente as duas fases da obra de CRISTO, como um sacrifício sofredor e como um rei conquistador." O Desejado, pág. 136, 137. Nossos teólogos estão cometendo o mesmo erro hoje - e são inexcusáveis. Eles têm luz que João não tinha. Ao estudar esta parte da expiação, estamos entrando num campo que é distintamente adventista, e no que diferimos de todas as outras denominações. Esta é nossa única contribuição à religião e teologia, aquilo que "tem feito de nós um povo separado, e tem dado caráter e poder à nossa obra." Counsels to Editors and Writers, pág. 54. No mesmo lugar ela nos adverte contra "invalidar as verdades da expiação, e destruir nossa confança nas doutrinas que temos mantido sagradas desde que a mensagem do terceiro anjo foi dada pela primeira vez." Esse é um conselho vital, e escrito para este próprio tempo quando esforços estão sendo feitos por alguns entre nós para ter outras crenças, para que sejam iguais às igrejas ao nosso redor, um corpo evangélico e não uma seita. Paulo, em seus dias, teve de enfrentar a mesma heresia. Ele foi acusado de ser uma "peste", o "principal defensor da seita dos nazarenos." Atos 24:5. Em sua resposta diante de Felix, Paulo confessou que após o "caminho que eles chamam seita, assim sirvo eu o DEUS de nossos pais, crendo todas as coisas que estão de acordo com a lei e que estão escritas nos profetas." Atos 24:14. Naqueles dias os homens zombavam da verdadeira igreja como uma seita, como fazem hoje. Paulo não fcava perturbado por isto. Não temos registro que ele tentou ter a igreja do DEUS vivo reconhecida como um corpo evangélico pelos homens que lançavam no pó a lei de DEUS. Ao contrário, seja o que o chamassem e a sua "seita", ele confessou que cria em "todas as coisas que estão escritas na lei e nos profetas." Atos 24:14. O jornal religioso Cristianity Today, afrma na edição de 3 de março de 1958, que "os adventistas hoje estão contendendo vigorosamente que eles são verdadeiramente evangélicos. Parece que eles querem ser assim considerados." Mencionando o livro Questions on Doctrine, diz que esta "é a resposta adventista à pergunta se eles devem ser considerados como uma
seita ou como um membro da denominação evangélica." Declara além disso que "o livro" é publicado num esforço para convencer o mundo religioso que somos evangélicos e uma delas. Esta é uma situação interessante e perigosa. Como um ofcial que não estava a favor do que está sendo feito me afrmou: "Estamos sendo vendidos rio abaixo." Que cena para o céu e a terra. A igreja do DEUS vivo, à qual foi dada a comissão de pregar o evangelho para toda criatura debaixo do céu e chamar os homens para saírem de Babilônia, está agora de pé à porta dessas igrejas pedindo permissão para entrar e tornar-se uma delas. Como estão caídos os poderosos! Se o plano deles tiver sucesso, devemos agora ser um membro de alguma associação evangélica e não mais uma IASD distinta, em segredo "vendida rio abaixo." [N.T. Foi o que ocorreu em 07.08.1959, com a primeira divulgação pelo Conselho Nacional de Igrejas dos Estados Unidos, organização ecumênica, de que a IASD é um "membro cooperador".] Isto é mais que apostasia. Isto é desistir do adventismo. Isto é um rapto de um povo inteiro. É negar a condução de DEUS no ado. É o cumprimento do que o Espírito de Profecia disse anos atrás: "O inimigo das almas tem buscado introduzir a suposição de que uma grande reforma deveria ter lugar entre os adventistas do sétimo dia, e que essa reforma consistiria em renunciar às doutrinas que permanecem como pilares de nossa fé, e engajar-se num processo de reorganização. Caso essa reforma tivesse acontecido, o que resultaria? Os princípios da verdade que Deus em Sua sabedoria tem concedido à igreja remanescente seriam descartados. Nossa religião seria mudada. Os princípios fundamentais que têm sustentado a obra durante os últimos cinqüenta anos seriam considerados como erro. Uma nova organização seria estabelecida. Livros de uma nova ordem seriam escritos. Um sistema de flosofa intelectual seria introduzido. Os fundadores desse sistema iriam às cidades e realizariam uma maravilhosa obra. O sábado, logicamente, seria considerado levianamente, bem como o Deus que o criou. Nada seria permitido permanecer no caminho do novo movimento. Os líderes ensinariam que a virtude é melhor do que o vício, mas Deus sendo removido, eles depositariam sua dependência no poder humano, o qual, sem Deus, é sem valor. O seu fundamento seria edifcado sobre a areia, e a tempestade e a tormenta levariam de roldão a estrutura". Special Testimonies, Series B, # 7, ppág. 39-40 (outubro de 1903). Mensagens Escolhidas, Vol. 1, ppág. 204-205. "Não sejais enganados; muitos se apartarão da fé, dando ouvidos a espíritos sedutores e a doutrinas de demônios. Temos diante de nós o alfa desse perigo. O ômega será de natureza mais surpreendente." Series B, nº 2, pág. 16. "Quando homens na posição de líderes e professores trabalham sob o poder de idéias espiritualistas e sofsmas, fcaremos calados por medo de prejudicar a infuência deles, enquanto almas estão sendo enganadas?... Aqueles que se
sentem tão pacífcos em relação às obras de homens que estão danifcando a fé do povo de DEUS, são guiados por um sentimento enganoso." Ibidem, pág. 9, 11. Energia renovada é agora necessária. Ação vigilante é convocada. Indiferença e indolência resultarão na perda da religião pessoal e do céu... Minha mensagem para vós é: Não mais consintais a ouvir sem protestar contra a perversão da verdade. Devemos frmemente recusar sermos afastados da plataforma da verdade, que desde 1844 tem ado o teste." Ibidem, pág. 14, 15, 50. "Hesitei e demorei a enviar o que o ESPÍRITO do SENHOR me impeliu a escrever. Eu não queria ser compelida a apresentar a infuência desencaminhadora daqueles sofsmas. Mas na providência de DEUS, os erros que têm entrado devem ser enfrentados." Ibidem, pág. 55. "Que infuência é essa que conduziria os homens neste estágio de nossa história a trabalhar de um modo secreto e desonesto e poderoso para romper o fundamento de nossa fé - o fundamento que foi lançado no início de nossa obra pelo estudo fervoroso da palavra e pela revelação? Sobre este fundamento temos estado construindo os ados 50 anos. Imaginais que quando vi o começo da obra que removeria alguns dos pilares de nossa fé, eu teria algo a dizer? Devo obedecer à ordem, 'Enfrentai-o.'" Ibidem, pág. 58. Tudo isto foi escrito para enfrentar a apostasia no período alfa. Estamos agora no período ômega que a Irmã White diz que viria, e que "seria de uma natureza surpreendente". E as palavras são mesmo mais aplicáveis agora do que então. É o leitor um "dos que se sentem tão pacífcos a respeito das obras dos homens que estão arruinando a fé do povo de DEUS"? Ibidem, pág. 11. "Manteremos silêncio por temor de prejudicar a infuência deles, enquanto almas estão sendo enganadas?" Ibidem, pág. 9. É tempo de fcar de pé e ser contado. Há tempos que tenho sido tentado a pensar que estou de pé sozinho como esteve Elias. Mas DEUS lhe disse que havia 7.000 outros. Há mais que aquilo agora, graças a DEUS. Eles precisam se revelar - e o estão fazendo. As mais sinceras são as cartas que recebo. É com profundo pesar que acho que sou incapaz de entrar em extensiva correspondência. Estou sobrecarregado de trabalho.
A morte de CRISTO na cruz corresponde ao momento em que no dia da expiação o sumo sacerdote tinha justamente matado o bode do SENHOR no pátio. A morte do bode era necessária, pois sem o seu sangue não haveria expiação. Mas a morte em e de si mesma não era a expiação, embora ela fosse o primeiro e necessário o. A Irmã White fala que a "expiação começou na terra." Spirit of Prophecy, vol. 3, pág. 261. Diz a Escritura: "É o sangue que faz a expiação." Levítico 17:11. E, de certo, não pode haver sangue senão após a
morte ter tido lugar. Sem a ministração do sangue, o povo estaria na mesma posição como aqueles que na páscoa matavam o cordeiro, mas falhavam em colocar o sangue nos portais. "Quanto Eu ver o sangue", disse DEUS, "arei por cima de vós." Êxodo 12: 13. A morte era inútil sem a ministração do sangue. Era o sangue que contava. É o sangue que deve ser aplicado, não "um ato", "um grande ato", "um ato sacrifcal", "um ato expiatório", "o ato da cruz", "os benefícios do ato da cruz", "os benefícios da expiação", todas das quais expressões são usadas em Questions on Doctrine, mas qualquer referência ao sangue é cuidadosamente evitada. Não é um ato de qualquer espécie que deve ser aplicado. É o sanque. No entanto em todas as 100 páginas do livro tratando da expiação, nem uma vez é falado no sangue como sendo aplicado, ou ministrado. Pode isso ser meramente um descuido, ou é intencional? Estamos ensinando uma expiação sem sangue? O Pr. Nichols declara a posição adventista corretamente quando diz, "cremos que a obra da expiação de CRISTO começou em vez de completar-se no Calvário." Answers to Objections, pág. 408. Isto foi publicado em 1952. [Portanto, antes que a liderança tivesse feito compromisso com os protestantes.] Estamos interessados de ver o que dirá a nova edição. Muitos estão esperando para encontrar o que devem crer sobre esta importante questão.
Expiação de Sangue Eis aqui algumas expressões do Espírito de Profecia com relação ao sangue expiatório: "JESUS foi vestido de trajes sacerdotais. Ele contemplou com pena o remanescente, e com voz de profunda piedade clamou, 'Meu sangue, Pai; Meu sangue; Meu sangue; Meu sangue.'" Primeiros Escritos, pág. 38. "JESUS aparece na presença de DEUS como nosso grande Sumo Sacerdote, pronto para aceitar o arrependimento, e a responder as orações de Seu povo, e, através dos méritos de Sua própria justiça, apresentá-los ao Pai. JESUS levanta Suas mãos feridas a DEUS, e reivindica o perdão deles comprado com sangue. Tenho-os gravado nas palmas de Minhas mãos, Ele suplica. Aquelas feridas memoriais de Minha humilhação e angústia asseguram à Minha igreja os melhores dons da Onipotência." Spirit of Prophecy, vol. 3., 261,262. "A arca que abriga as tábuas da lei está coberta com o assento de misericórdia [propiciatório], diante do qual CRISTO pleiteia Seu sangue em favor do pecador." O Grande Confito, 415. "Quando no serviço típico o sumo sacerdote deixava o lugar santo no dia da expiação, ele entrava [no lugar santíssimo] diante de DEUS para apresentar o sangue da oferta pelo pecado, em favor de todo Israel que realmente se
arrependera de seus pecados. Assim CRISTO apenas completou uma parte de Sua obra como nosso intercessor, para entrar em outra porção da obra, e Ele ainda pleiteava Seu sangue diante do Pai em favor dos pecadores." Ibidem, 429. CRISTO está "agora ofciando diante da arca de DEUS, demandando Seu sangue em benefício dos pecadores." Ibidem, 433. "CRISTO, o grande Sumo Sacerdote, pleiteando Seu sangue diante do Pai em favor do pecador, leva sobre Seu coração o nome de cada alma crente arrependida."Patriarcas e Profetas, 351. "Como CRISTO em Sua ascensão apareceu na presença de DEUS para pleitear Seu sangue em favor dos penitentes crentes, assim o sacerdote na ministração diária aspergia o sanque do sacrifício no lugar santo em favor do pecador." Patriarcas e Profetas, 357. "O sangue de CRISTO, conquanto fosse para libertar o arrependido pecador da condenação da lei, não era para cancelar o pecado; era para manter em registro no santuário até a expiação fnal." Ibidem. E com todas essas declarações diante dele, nem uma vez o autor de Questions on Doctrine mencionou o sangue como sendo aplicado ou ministrado.
A Expiação Final "O Pai ratifcou a aliança feita por CRISTO, que haveria de receber os homens obedientes e arrependidos, e os amaria mesmo como Ele ama Seu Filho." Esta, como declarado acima, era na condição de que "CRISTO deveria completar Sua obra e cumprir Sua garantia de tornar o homem 'mais precioso que o fno ouro, mais raro que o ouro fno de Ofr.' Isaías 13:12." O Desejado, pág. 790. "Isto CRISTO garante." Spirit of Prophecy, vol. 3, pág. 250. Quando CRISTO diz em Sua oração sumo-sacerdotal, "Completei a obra que Tu Me deste para fazer," (João, 17:4) a Irmã White comenta: "JESUS desenvolveu um caráter justo sobre a terra como exemplo para o homem seguir." Spirit of Prophecy, vol. 3, pág. 260. Em desenvolver esse caráter justo, CRISTO demonstrou que isto pode ser feito. Mas podiam os outros fazer o mesmo? Isto também precisa ser demonstrado. CRISTO garantiu que poderiam. Era agora para CRISTO tornar efcaz Sua promessa. O caráter não é criado. É feito; é desenvolvido; é construído através de múltiplos testes e tentações e provações. DEUS de início dá um teste leve, depois um pouco mais forte, e ainda um pouco mais forte. Pouco a pouco a resistência às tentações fca mais forte, e depois de um tempo certas
tentações cessam de ser tentações. Um homem pode ter uma grande luta contra o tabaco; mas fnalmente é vitorioso, e sua vitória ser tão completa que o tabaco não é mais uma tentação. Assim, idealmente, deve ser com toda tentação. Santidade não é obtida num dia. "Redenção é aquele processo pelo qual a alma é treinada para o céu." O Desejado, pág. 330. Um homem pode ganhar vitórias cada dia, mas ainda não pode ter alcançado. Mesmo Paulo teve de itir que ele não havia "já alcançado, ou que era perfeito." Mas destemido exclama, "mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por CRISTO JESUS." Filipenses 3:12. CRISTO prometeu tornar o homem "mais puro que o ouro", mesmo que o ouro fno de Ofr. Nesta obra o homem não deve ser apenas um instrumento submisso; ele deve tomar parte ativa. Notem estas citações: "O resgate da raça humana foi apontado para dar ao homem outra prova [teste]." Mss. 14, 1898. "O plano da salvação foi designado para redimir a raça caída, para dar ao homem outro teste." Signs of the Times, 26-04-1899. "DEUS contemplou a vítima expirando sobre a cruz e disse, 'Está terminado; a raça humana terá outra prova [teste, provação]." Youth's Instructor, 21-061900. "Para que o transgressor possa ter outra prova... o eterno Filho de DEUS Se interpôs para ar a punição da transgressão." RH, 08-02-1898. "JESUS sofreu em nosso lugar para que o homem pudesse ter outro teste e provação." Special Instruction Relating to the Review Herald Ofce, pág. 28. "Como JESUS foi aceito como nosso substituto e penhor, cada um de nós será aceito se resistirmos o teste e a provação por nós mesmos." RH, 10-06-1890. "O Salvador venceu para mostrar ao homem como o homem pode vencer." "O homem precisa trabalhar com seu poder humano, ajudado pelo poder divino de CRISTO, para resistir e conquistar a qualquer custo para si mesmo. Em suma, ele deve vencer como CRISTO venceu... O homem deve fazer sua parte; deve ser vitorioso de sua própria conta, através da força e graça que CRISTO lhe dá." Testimonies, vol. 4, pág. 32, 33. CRISTO prometeu tornar os homens vencedores; Ele "garantiu" isto. Não foi tarefa fácil; mas a obra de expiação não foi terminada até e a não ser que JESUS a fzesse. E assim CRISTO perseverou até que Sua tarefa fosse feita. Da última geração, na mais fraca das fracas, CRISTO escolhe um grupo [os Remanescentes] com o qual fazer a demonstração que o homem pode vencer como CRISTO venceu.
Nos 144.000 CRISTO permanecerá justifcado e glorifcado. Eles provam que é possível para o homem viver uma vida agradando a DEUS sob todas as condições, e que os homens podem fnalmente fcar de pé "à vista de um DEUS santo sem um intercessor [é agora na luta de Jacó]." O Grande Confito, pág. 614. O testemunho é dado então a eles, "Eles são os escolhidos, co-herdeiros com CRISTO na grande frma do céu. Eles venceram, como JESUS venceu." Mss. 28.11.1897. Para nós vem o convite, "Agora, enquanto nosso Sumo Sacerdote está fazendo a expiação por nós, devemos buscar tornar-nos perfeitos em CRISTO."O Grande Confito, pág. 623. Um Mistério Em sua epístola aos efésios, Paulo apresenta-nos com um mistério. Diz ele, "Por esta causa deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e ambos serão uma só carne. Este é um grande mistério; mas eu falo com relação a CRISTO e a igreja." Efésios 5: 31,32. O casamento adequadamente representa a união entre CRISTO e a igreja, efetuada pela expiação. Em harmonia com esse quadro de casamento, o anúncio público é feito no fechamento da porta da graça: "Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-Lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a Sua noiva se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fno, puro e resplandecente; porque o linho fno são as justiças dos santos." Apocalipse 19:7,8. Como o esposo e a esposa são um, assim agora são CRISTO e a igreja. A expiação, a verdadeira expiação, a expiação fnal, a completa expiação, foi feita. "A família do céu e a família da terra são uma." O Desejado, pág. 835.
Os 144.000 Praticamente todos os adventistas têm lido os últimos capítulos de O Confito dos Séculos, que descreve a pavorosa luta através da qual o povo de DEUS ará antes do fm. Como CRISTO foi provado ao máximo na tentação no deserto e no jardim do Getsêmane, assim os 144.000 da mesma forma serão provados. Eles aparentemente serão deixados a perecer, pois suas preces fcarão sem resposta como as de CRISTO no Getsêmane quando Suas petições foram negadas. Mas a fé deles não cairá. Como Jó eles exclamarão, "Mesmo que DEUS me mate, Nele confarei." Jó, 13:15. A demonstração fnal do que DEUS pode fazer na humanidade é feita na última geração que porta todas as enfermidades e fraquezas que a raça humana adquiriu através de seis mil anos de pecado e transgressão. Nas palavras da Irmã White eles portam "os resultados da operação da grande lei da hereditariedade." O Desejado, pág. 48. Os mais fracos da humanidade devem ser submetidos às mais fortes tentações de Satanás, para que o poder de DEUS
possa ser abundantemente mostrado. "Foi uma hora de pavorosa, terrível agonia aos santos. Dia e noite eles clamavam a DEUS por libertação. Pela aparência exterior, não havia nenhuma possibilidade de eles escaparem." Primeiros Escritos, pág. 283. De acordo com a nova teologia que nossos líderes têm aceito e estão agora ensinando, os 144.000 serão sujeitos a uma tentação imensuravelmente mais forte do que CRISTO jamais experimentou. Pois enquanto a última geração portará as fraquezas e as paixões de seus anteados, nossos líderes reivindicam que CRISTO foi isento [imune] de todas elas. CRISTO, é-nos dito, não herdou nenhuma das paixões "que corrompem os descendentes naturais de Adão." Questions on Doctrine, pág. 383. Com esse falso ensino sobre a natureza de CRISTO, JESUS viveu quando na terra num nível mais elevado e completamente diferente do homem que tem de lutar com paixões herdadas, e assim CRISTO não conhece e não experimentou o real poder do pecado. Mas esse não é o tipo de salvador que eu preciso. Preciso de um Salvador que foi "tentado em todos os pontos como nós somos." Hebreus 4:15. O "cristo substituto" que nossos líderes nos apresentam, devo rejeitá-lo e o rejeito. Graças a DEUS, "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado." Ibidem.
Acusação contra DEUS Porém mais do que mesmo aquilo está envolvido na nova teologia; ela coloca uma acusação contra DEUS como o autor de um plano para enganar ambos o homem e Satanás. Eis a situação: Satanás tem consistentemente mantido que DEUS é injusto em requerer que os homens obedeçam a Sua lei, que o diabo diz ser impossível obedecê-la. DEUS tem sustentado que Sua lei pode ser obedecida, e para substanciar Sua reivindicação ofereceu mandar Seu Filho a este mundo para provar Sua contenda. O Filho veio e guardou a lei e desafou aos homens a convencê-Lo do pecado. JESUS foi achado ser sem pecado, santo e sem culpa. Ele provou que a lei podia ser guardada, e DEUS fcou vindicado; e Sua exigência que os homens guardem Seus mandamentos foi achada ser justa. DEUS venceu, e Satanás foi derrotado. Mas nisso havia um nó; pois Satanás reclamava que DEUS não tinha feito um jogo justo; Ele tinha favorecido Seu Filho, tinha-O "isentado" dos resultados da operação da grande lei da hereditariedade à qual todos os homens estavam sujeitos; DEUS tinha isentado [tornado imune] CRISTO "das paixões herdadas e poluicões que corrompem os descendentes naturais de Adão." Questions on Doctrine, pág. 383. DEUS não havia isentado a humanidade em geral, mas
somente CRISTO. Isto, evidentemente, invalidava a obra de CRISTO sobre a terra. JESUS não mais era um de nós que tinha demonstrado o poder de DEUS para guardar os homens de pecar. Ele era um enganador a quem DEUS dera tratamento preferencial e não foi afigido com paixões herdadas como são os homens. Satanás teve pouca difculdade em levar os homens a aceitar esse ponto de vista; a igreja católica o aceita; no devido tempo, os evangélicos deram seu consentimento; e em 1956 os líderes da IASD também adotaram esse ponto de vista. Foi o assunto de "isenção" que fez Pedro tomar JESUS à parte e dizer, "SENHOR, tem compaixão de Ti; de modo nenhum Te acontecerá isso. Ele, porém, voltando-Se disse a Pedro: Para trás de Mim, Satanás, que Me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de DEUS, mas só as que são dos homens." Mateus 16: 22,23. CRISTO não queria ser imune [isento]. Ele disse a Pedro, "Não compreendes as coisas que são de DEUS." Assim hoje alguns não compreendem as coisas de DEUS. Eles pensam que é meramente uma questão de semântica. Que DEUS tenha piedade de tais e lhes abra os olhos para as coisas que são de DEUS. Com a rendição dos líderes adventistas à monstruosa doutrina de um CRISTO "imune", a última oposição de Satanás tem capitulado. Oramos novamente, queira DEUS salvar Seu povo. Foi-me perguntado o que espero realizar com esta minha oposição. Não quero "vencer" qualquer argumento. Sou um ministro adventista do sétimo dia cujo trabalho é pregar a verdade e combater o erro. A Bíblia é em grande parte um registro do protesto das testemunhas de DEUS contra os pecados prevalecentes da igreja, e também de suas aparentes falhas. Praticamente todos os protestadores selaram seu testemunho com seu sangue, e a igreja prosseguiu até DEUS intervir. Tudo que Paulo esperava era que ele pudesse "salvar alguns." I Coríntios 9:22. Praticamente todos os apóstolos morreram como mártires, e CRISTO foi pendurado numa cruz. Levou 40 anos antes que a destruição viesse. Mas quando DEUS interveio Ele fez um trabalho completo. Esta denominação precisa voltar à instrução dada em 1888, a qual foi escarnecida. Necessitamos de uma reforma na organização, que não permita que uns poucos homens dirijam cada movimento feito em qualquer parte do mundo. Necessitamos de uma reforma que não permita que uns poucos homens gastem milhões em instituições não-autorizadas pelo voto dos representantes de toda a igreja, enquanto os campos missionários estão sofrendo por necessidades básicas. Necessitamos de uma mudança na ênfase que é dada para promover fnanças e estatísticas. Necessitamos restaurar a Escola Sabatina ao seu devido lugar na obra de Deus. Necessitamos dar um basta aos empresários artísticos e promotores comerciais, que defendem interesses próprios à guisa de levantar dinheiro para boas causas. Necessitamos pôr um ponto fnal nos anúncios semanais na igreja, que são
meramente propagandas disfarçadas. Esta lista poderia ser extremamente ampliada. Mas tudo isto, embora importante, torna-se pequeno, diante de nossa maior necessidade. Precisamos todos, a maioria de nós, de uma reforma e reavivamento. E se nossos líderes não nos conduzem como deveriam, "de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento". Ester 4:14. Eu, de bom ânimo, permaneço orando pela paz de Israel.
(Assinado) M. L. Andreasen
1
ÍNDICE
1.
INTRODUÇÃO
3
2.
UM POUCO DE HISTÓRIA
3
3.
O ALFA EM DETALHES
5
4.
PORQUE O ALFA ERA TÃO LETAL?
7
5.
COMO DEUS INDICOU SEU DESAGRADO SOBRE ISTO?
8
6.
O QUE ELLEN WHITE DISSE SOBRE O ÔMEGA?
10
7.
O QUE PREVIU A IRMÃ WHITE PARA O FUTURO?
10
8.
A ORDEM É: ENFRENTAI-O
11
9.
PÉROLAS DA NOVA TEOLOGIA!
12
2
1. INTRODUÇÃO
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2. UM POUCO DE HISTÓRIA )3
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Autor: Silas Jäkel – Edição 01 – Maio de 2009 Site: www.adventistas-historicos.com Email:
[email protected]
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