Apostila De Geografia 272f6j

Apostila Série: 3a

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Geografia A questão árabe-israelense O conflito entre judeus (Israel) e palestinos (árabes) pode ser explicado desde a época de Abraão, ando por Isaque, Esaú, Jacó, Davi, Salomão, Saul, etc. Por volta do século I d.C. os judeus foram expulsos de sua terra pelos romanos. Esse fato ficou conhecido como diáspora judaica, ou seja, a dispersão do povo judeu. Ao final do século XIX (1897), o judeu Theodor Herzl promoveu um movimento pela Europa, no qual conclamava os judeus a voltarem para sua terra prometida. Esse movimento recebeu o nome de sionismo (volta do povo judeu às colinas de Sion, situadas na velha Jerusalém). No início do século XX, o lord inglês Arthur Balfour declarou apoio ao estabelecimento de um lar judeu na região da Palestina, sob a condição de se ver respeitado o direito das comunidades não judaicas. Após a Segunda Grande Guerra Mundial, a população do mundo teve o aos horrores e barbáries praticados pelas tropas nazistas de Hitler, promovendo um massacre de cerca de 6 milhões de judeus (quase três vezes a atual população do Distrito Federal), esse episódio anti-semita (contra os judeus) ficou conhecido como Holocausto. Diante da pressão para a escolha de um lar para os judeus a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a região da Palestina para a futura criação de um Estado judeu. No dia 14 de maio de 1948, o primeiro-ministro de Israel, David Ben Gurion, lêu a declaração da criação do Estado de Israel. Cronologia 1948-1949 – Primeiro conflito entre árabes e judeus, pois os irmãos árabes (Síria, Líbano, Jordânia, Egito) não aceitavam a divisão da área, ou seja, 56% do território para os judeus e cerca de 44% para os palestinos.

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Adptado de: Natkiel, Atlas of 20 century warfare. New York: Gallery Books, 1982.

1956 – Guerra de Suez. O presidente egípcio Gamal Abdel Nasser nacionalizou o Canal de Suez, contrariando os interesses da França e da Inglaterra na região, pois o canal servia como atalho para as exportações, fazendo a ligação entre o Mediterrâneo e o Oriente (Petróleo). A Guerra teve a participação de Israel (Acordo dos Mosqueteiros), que serviu de base militar estratégica para as tropas sas e inglesas. 1–3

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Os EUA impam a retirada das tropas sas, inglesas e israelenses pondo um fim à guerra. E o canal continua nacionalizado pelo Egito. 1964 – Surgiu a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), liderada por Yasser Arafat. 1967 – Guerra dos Seis Dias.

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Territórios ocupados por Israel na Guerra dos Seis

Durante essa guerra Israel ocupou: – Faixa de Gaza (dos palestinos, porém sob controle egípcio). – Cisjordânia (dos palestinos, porém sob controle jordaniano). – Colinas de Golã (da Síria). – Península do Sinai (do Egito). – Jerusalém Oriental (istrada pela ONU). * Nessa guerra, Israel aumentou cerca de 80% em relação ao seu território original. 1973 – Guerra do Yom Kippur (Dia do Perdão). Essa guerra foi uma tentativa frustrada da Síria e do Egito em reconquistar os seus territórios tomados por Israel durante a Guerra dos Seis Dias. A Guerra do Yom Kippur foi a grande responsável pela Primeira Crise do Petróleo, quando o preço do barril ou de US$ 2,70 para 11,20. 1979 – Acordo de Camp David. Esse acordo de paz correspondeu à devolução da Península do Sinai para o Egito em troca de paz. Os protagonistas desse acordo foram o governante do Egito (Anwuar Al Sadat) e o primeiro-ministro israelense Menachem Begin, ambos ganharam o Prêmio Nobel da Paz. Porém, Sadat foi assassinado por um árabe que o considerou traidor, por ter negociado com um judeu. 1987-1988 – A Guerra das Pedras ou INTIFADA. Jovens palestinos, não mais agüentando a ocupação de suas terras por tropas e assentamentos israelenses, resolvem atacar. Porém, esses jovens não tinham armas, tanques ou qualquer outro material bélico, apenas paus e pedras, que lançavam contra os soldados israelenses armados com metralhadoras. O termo Intifada significa sobressalto ou levante, revolta, insurreição. Na década de 1980, surgem ou se fortalecem vários grupos extremistas ligados à causa palestina, como o Hamas, o Hezbollah, a Jihad Islâmica e outros mais recentes como a FPLP (Frente Popular para a Libertação da Palestina) e as Brigadas dos Mártires de Al Aqsa. 1993 – Acordo de Oslo I (Autonomia para Jericó e Faixa de Gaza). Esse acordo foi costurado secretamente por diplomatas noruegueses, porém foi assinado em Washington. Yasser Arafat (líder da OLP, que ou a se chamar ANP – Autoridade Nacional Palestina ou AP, Autoridade Palestina) e o primeiro-ministro israelense Ytzhak Rabin selam um acordo cuja tônica era trocar terras por paz e os dois lados terminam por ceder um pouco, havendo o reconhecimento mútuo da existência das partes. Ambos ganham o Nobel da Paz, juntamente com o israelense Shimon Peres. 2–3

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Setembro de 1995 – Acordo de Oslo II. Retirada das tropas israelenses da maior parte da Cisjordânia, eleições legislativas palestinas e o controle palestino sobre as principais cidades da Cisjordânia. 1995 – Rabin é assassinado pelo judeu Yigal Amir, um jovem estudante de Direito, que o considerou traidor por ter feito acordo com os palestinos. Com esse ato a proposta pela paz na região volta à estaca zero. 1996 – Assume o governo Benjamin “Bibi” Nethanyahu, membro do Partido Likud, (Coalizão dos partidos conservadores - adeptos do grande Israel), ultra-direitista, que é totalmente contra a existência de um Estado palestino. 1998 – Acordo de Wye Plantation – previa a retirada militar da Cisjordânia. 1999 – Ehud Barak, do Partido Trabalhista, mais moderado, chega ao poder em Israel. O governo de Barak vinha promovendo a paz lentamente, sem os holofotes da mídia. 2000 – No dia 28 de Setembro, Ariel Sharon, membro do Partido Likud e maior inimigo do povo palestino, visita a Esplanada das Mesquitas, a terceira área mais sagrada para o povo muçulmano (a primeira é a cidade de Meca e a segunda é Medina, ambas na Arábia Saudita). Esse fato gerou uma grande revolta no povo palestino e, assim, se inicia a II INTIFADA, ou seja, toda essa onda de protestos que a televisão nos mostra diariamente. 2001 – Ariel Sharon chegou ao poder prometendo gerar a paz na região. 2003 – Estados Unidos, Rússia, União Européia e a ONU (“O Quarteto da Paz”), elaboraram um plano de paz para a região, conhecido como o Mapa do Caminho ou Caminho da Paz. – Ariel Sharon ordenou a construção de um muro entre a Cisjordânia e Israel, para impedir ataques terroristas do lado dos extremistas palestinos. Esse ato é condenado pela ONU e pela União Européia por considerarem um desrespeito ao direito internacional, mas é apoiado pelos EUA por razões óbvias, ou seja, aquela ligação, no mínimo promíscua, entre esses dois países. 2004 – O líder espiritual do Hamas, Ahmed Yassim foi morto durante um ataque aéreo israelense, incendiando mais ainda o conflito entre judeus e palestinos. O Hamas tem um grande respaldo junto à população palestina, pois ele exerce uma função assistencialista junto à população árabe. Final de 2004 – O Primeiro Ministro Ariel Sharon acertou a retirada de todos os assentamentos da Faixa de Gaza e de quatro assentamentos da Cisjordânia, dando prosseguimento ao Plano de Paz, que foi elaborado em 2003 pelo “Quarteto” (EUA, União Européia, ONU e Rússia). – Morte de Yasser Arafat. – Início do processo de sucessão à presidência da Autoridade Palestina. 2005 – Mahmud Abbas (Abu Mazen) foi eleito, por voto direto, presidente da Autoridade Palestina no lugar de Yasser Arafat, e Ahmed Qorei foi escolhido Primeiro-Ministro. – No segundo semestre de 2005, Ariel Sharon, de forma unilateral, retirou todas as colônias da Faixa de Gaza e 04 assentamentos da Cisjordânia. * O interesse de Sharon ao retirar totalmente os assentamentos da Faixa de Gaza era se livrar dos grandes gastos militares (para se ter uma idéia, na região mencionada, existiam 8 mil colonos judeus e 40 mil soldados israelenses entre 1,3 milhões de palestinos). – Apesar da retirada do exército israelense de Gaza, o governo Judeu continua monitorando o espaço aéreo e marítimo da região. – Em função de seu plano de retirada da Faixa de Gaza ter sido intensamente contestada e pelo seu próprio partido (Likud), Ariel Sharon cria um novo partido (Kadima). – Início de 2006 - Ariel Sharon sofreu um derrame (AVC – Acidente Vascular Cerebral), entrou em coma e até o final de março encontrava-se em estado vegetativo. (1) A população palestina, já extremamente insatisfeita com o partido Fatah (corrupção, desvio de verba), no poder há décadas, nas eleições parlamentares de fevereiro de 2006, deu vitória ao Hamas (Movimento de Resistência Islâmica), aumentando, assim, a tensão na região, pois um dos objetivos declarados do Hamas é a destruição do Estado de Israel. Ismail Hanyeh foi escolhido pelo Hamas para ocupar o cargo de 1 Ministro Palestino. O

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O Conflito Israelo-libanês de 2006 ou Chamado de a Segunda Guerra do Líbano Iniciou-se no dia 12 de julho e foi travado entre forças israelenses e a milícia xiita Hezbollah. O estopim da guerra foi a "Operação Promessa Leal", durante a qual milicianos do Hezbollah dispararam foguetes katyusha sobre localidades e posições militares israelenses próximas ao território libanês. Simultaneamente houve uma incursão por parte dos militantes xiitas ao território de Israel que culminaram com o sequestro de dois soldados israelenses. Ao fim deste dia haviam 8 soldados israelenses mortos e dois capturados pela guerrilha islâmica. Israel respondeu com a maior ação militar no Líbano desde a invasão de 1982, num conflito que deixou aproximadamente 1.500 mortos e destruiu parte importante da infraestrutura libanesa, além de deixar desabrigados perto de 900.000 libaneses (dos quais cerca de 250.000 não haviam retornado após quase um mês de terminado o conflito) e 500.000 israelenses. O cessar-fogo foi declarado no dia 11 de agosto do mesmo ano, após intensas negociações. A resolução 1701 da ONU foi aceita por ambas as partes e determinava, entre outros pontos, a cessação das hostilidades, a retirada das tropas israelenses do território libanês, o desarmamento do Hezbollah, e a atuação de forças armadas libanesas e de uma força armada internacional (UNIFIL) no sul do Líbano. A movimentação de tropas libanesas começou no dia 17 de agosto, e o bloqueio marítimo que Israel impôs foi levantado no dia 8 de setembro. 3–3