O Estrangeiro Albert Camus
Albert Camus
07/11/1913, Argélia – 04/01/1960, França 1934 Doutoramento em Filosofia 1941 Publicação do romance “O Estrangeiro” 1957 Prémio Nobel da Literatura
O Estrangeiro “Hoje, a mãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem.” “Maria veio buscar-me à noite e perguntou se eu queria casar com ela. Respondi que tanto me fazia (…)” “Disse-lhe que eram uns árabes, ressentidos contra Raimundo.” “Quando Raimundo me deu o revólver, o sol refletiu-se na arma.” “Ao fim de alguns instantes voltei para a praia e comecei a andar.” “(…) o árabe tirou a navalha da algibeira e mostrou-ma ao sol. A luz refletiu-se no aço (…). Sentia apenas as pancadas do sol na testa e, indistintamente, a espada de fogo brotou da navalha, sempre diante de mim. Foi então que tudo vacilou.”
O Estrangeiro “Logo a seguir à minha prisão, fui interrogado por várias vezes.” “É claro que gostava da minha mãe, mas isso não queria dizer nada.” “Depois de um silêncio, o juiz levantou-se e disse que me queria ajudar, que o meu caso lhe interessava e, com a ajuda de Deus, faria qualquer coisa por mim.”
“No início da minha detenção (…) Por exemplo, sentia de repente desejo de estar numa praia e de correr para o mar.” “O que me interessa neste momento é fugir à engrenagem, saber se o inevitável pode ter uma saída..” “Para que tudo ficasse consumado, para que me sentisse menos só, faltavame desejar que houvesse muito público no dia da minha execução e que os espectadores me recebessem com gritos de ódio.”
O Estrangeiro Albert Camus